Pacto Secreto escrita por La Oliveira


Capítulo 5
Capítulo 04




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Presente (Ministério da Magia, Biblioteca)

— Você está nos dizendo que vamos precisar da ajuda de dois trouxas? – Ronald Weasley indaga, o tom de voz levemente venenoso.

— Sim senhor Weasley, é isso mesmo que estou dizendo – lhe responde Dumbledore – Sam e Dean Winchester são dois caçadores de seres sobrenaturais e são trouxas.

— Você tem certeza disso, professor Dumbledore? – Harry Potter pergunta receoso, parece que a idade finalmente estava afetando o cérebro de seu tão amado professor.

— Se não tivesse certeza não estaria aqui nesse momento, senhor Potter – o homem responde – É nossa única chance...

Hermione levanta seus olhos para o demônio que encontrava-se sentado ao lado de Dumbledore, analisando-o. Pelo que ela entendera o que eles estavam enfrentando era semelhante aquela criatura. Ela já ouvira falar de demônios, claro que sim, já assistira filmes e séries de tv durante sua adolescência e, até mesmo hoje em dia, quando ia fazer uma visita ao seus pai no mundo trouxa.

— O que vocês tem de tão especial que nós, os bruxos, não podemos ir contra? – ela fala, diretamente para Crowley, interrompendo mais um dos protestos mimados e egocêntricos de seu ex marido. Harry apenas olhava para Dumbledore como se ele fosse louco, Luna pensava em seu pudim de olhos azuis e Neville nada falava.

— Absolutamente tudo, minha jovem – responde o demônio de cabelos negros para ela, Hermione franziu as sobrancelhas.

— Se eu lhe lançasse uma maldição da morte, nesse momento, você morreria? – suas palavras foram cuidadosas. Ela analisava o território no qual pisava, traçando estratégias de guerra, desviando das bombas daquele campo minado.

— Não posso morrer por meios trouxas, muito menos por meio de sua magia mundana. – Crowley responde levemente arrogante, ele sabia o que a garota faria a seguir, isso seria divertido.

Avada Kedrava — e então o raio luminoso verde atingiu o demônio bem no meio de seu peito, lançando-o para trás.

— Merlin! Hermione o que você fez? – Luna pergunta alarmada, esquecendo momentaneamente o tom azul dos olhos de Troy. Exclamações são soltas por todas as pessoas da sala, talvez a garota estivesse ficando louca. Tanto conhecimento acaba nisso.

Hermione levantou-se de sua cadeira e dirigiu-se a porta, todos a encaravam chocados. Quando a bruxa tocou a maçaneta da porta tudo o que pode dizer foi: - Espero que os trouxas sejam tão bons como dizem, não estou nada afim de acabar morta, não agora. – e saiu pela porta.

— Deus – a voz do demônio pingava ironia – isso dói mais que levar um tiro, juro pra vocês.

Presente (morrendo dentro de um avião)

Dean suava frio, suas mãos tremiam... ele preferiria mil vezes está caçando um demônio ou pior, ele preferiria ter aparatado com o bruxo barbudo do que está dentro daquele avião.

— Arrependido? – Sam pergunta, sua voz pingando divertimento e bom humor.

— Cale a merda da sua boca, Samuel! – o loiro exclama enquanto sentia sua testa suar frio, céus! Ele parecia uma menininha! – Ai... ai... ta subindo, ta subindo – praticamente grita enquanto fecha os olhos com força, ele morde seu lábio inferior mas logo o solta, sentindo o gosto metálico do sangue – Vamos morrer, Sammy!

O outro apenas ria da cara de seu irmão, a situação já estava ridícula. As pessoas olhavam na direção dos dois irmãos e riam ao ver um marmanjão daquele tamanho dando um escândalo desse nível.

— Dean já chega, nem é tão ruim assim...

— É pior que ruim Sam, nós vamos morrer. – o loiro falava em desespero, não estava em sua lista de desejos morrer dessa forma.

Atenção, senhores passageiros. Passaremos por uma breve turbulência [...]

A voz mecânica da aeromoça encheu os ouvidos de todos os presentes, algumas pessoas olharam com certo divertimento na direção de Dean Winchester, esperando por seus gritos de socorro e clemencia.

— Sammy, qual é mesmo o número do nosso voou?

— Seiscentos e sessenta e seis... – Sam diz ironico, na verdade o número do voo dos irmãos era 158, então o avião começou a tremer levemente, por culpa da nuvem na qual passavam dentro.

— Nós realmente vamos morrer... – Dean murmura sentindo seu estômago embrulha.

Passado (1º de Setembro; Hogwarts; Salão Principal)

Scorpius estava nervoso, suava dentro de suas vestes enquanto ouvia os nomes dos outros serem chamados. Sua seleção se aproximava deixando-o incrivelmente nervoso.

Rose Weasley — ele ouviu, antes da ruiva sentar-se em cima do banquinho de carvalho, porém, o jovem Malfoy desviou os olhos irritado. Com raiva de mais para encara-la. Menos de meio segundo depois seus ouvidos aguçados capturaram a sentença que mudaria a vida de todos os presentes (e até mesmo dos que não estavam no salão) para sempre. Direta ou indiretamente.

O loirinho olhou em desespero para a futura irmã, encarando sua face vermelha e desesperada. Rose foi caminhando lentamente para a mesa das cobras, que a recebeu com palmas leves e fracas, palmas chocadas. Todos estavam, afinal.

Scorpius estava tão distraído e chocado que não ouviu quando seu nome foi chamado pela primeira vez, nem pela segunda ou pela terceira, foi preciso um menino baixinho e robusto (com cara de lufano) o cutucar. Malfoy seguiu até o banquinho e sentou-se, tendo o chapéu seletor colocado sobre sua cabeça.

Por favor, sonserina não, Rose Weasley pedia mentalmente enquanto observava seus ex melhor amigo sentado lá na frente, a menina era apertada por dois segundalistas com caras de maus, o rosto de Scorpius estava em desespero, seus olhos estavam cheios de lágrimas, ouvindo, prestando atenção. O que o chapéu seletor falava para ele é um mistério até hoje. A única certeza a qual temos é que aquilo marcou o menino, para sempre.

— SONSERINA.

Presente (em algum lugar demoníaco do mundo)

Os olhos do homem, antes azuis, assumiram uma forte coloração rosa, um forte rosa choque. Seus lábios se abriram em um sorriso demoníaco, os caninos projetando-se para frente, crescendo rapidamente. Ele tornava-se um demônio.

— Meu senhor – uma criatura de horrendos olhos verdes o cumprimentou, fazendo uma leve reverência. Ele falava em um latim fluente, uma língua que há muito tempo fora esquecida, por nós reles mortais, presos em nossa grande bolha mundana, mas não por eles. Eles são bons demais para isso que nós apelidamos de terra, são bons demais para viver isso que chamamos de vida. Eles são melhores, bem melhores.

— Laycan – o demônio de olhos rosas o cumprimentou de volta, sua forma original finalmente atingida, dentro dos limites daquele corpo humano inútil, é claro.

— Pensei que não voltaria mais, meu senhor – Laycan, o demônio, voltou a falar. Seu latim arrastava-se na voz ridiculamente fina e rouca.

— Eu sempre volto, meu caro, sabe disso – foi a resposta que o demônio mais fraco recebeu.

— Sinto muito, mestre, mas não posso evitar temer por sua partida – sua voz vacilou, fazendo o outro rir.

O de olhos rosas aproximou-se do de olhos verdes e abaixou-se encostando sua boca no ouvido do mesmo.

— Quem eu sou, Laycan. Vamos me diga.

— Ianatroy, o meu senhor.

— E quem você é?

— Laycan, seu servo mais fiel.

— Exato. Um rei nunca deve abandonar seus súditos, e eu nunca o abandonaria – Ianatroy fala, desviando seus olhos rosas para a boca do outro, seus lábios encostam-se iniciando-se um beijo rápido, veloz.

Ele realmente nunca abandonaria aquele escravo em especial, por motivos que ninguém sabe, ninguém além dele e um morto, mas mortos não falam e, enquanto a morte for a morte e a vida for a vida, seus segredos estariam guardados, muito bem guardados.


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