O Preço da Perfeição escrita por Isabella
Notas iniciais do capítulo
Oi meu povo e minha pova!
Gente, quero lhes agradecer ao apoio que me deram pra mim continuar com a fanfic. Bem, prontos para verem o universo da Natasha Romanoff?
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Boa Leitura ♥
A ruiva estava sentada na cadeira de frente para o espelho, á mercê de uma maquiadora e um cabeleireiro que deixava seus cachos ruivos ainda mais perfeitos. Tinham apenas trinta minutos antes de a entrevista com ela começasse. Ela iria falar sobre o seu livro que estava fazendo o maior sucesso. Mas Natasha não tinha a mínima vontade de estar ali.
— Está incrível senhorita Romanoff — O cabeleireiro, de nome Saulo jogou uma borrifada de Spray em seu cabelo.
Ela sorriu em agradecimento. A maquiadora de cabelo rosa, também havia terminado.
— Se vista e em vinte minutos começará o programa — Hanna a maquiadora, saiu do camarim junto com Saulo.
Um longo suspiro saiu da boca de Natasha. O vestido estava no cabide, era um azul clarinho com algumas pedrinhas pratas no colo, mas nada muito chamativo, afinal era um programa matinal. E tinha, é claro, mangas longas. Natasha sempre pedia vestidos de manga longa ou terninhos, para esconder as marcas em seu pulso.
A ruiva parou de frente o espelho e retirou o roupão comprido que usava. Olhou-se no espelho, um rosto bonito, num corpo acabado. Algumas manchas roxas se espalhavam pelo seu tórax. Nos pulsos, ali estava seu segredo, os cortes que fazia com a lâmina. Passou a mão esquerda no pulso direito e dedilhou os cortes. Sentia pena e nojo de si mesma.
Vestiu o vestido e calçou os sapatos pretos. Pôs apenas um brinco e se olhou no reflexo, estava bonita. A maquiagem clara lhe dava um aspecto jovial, apesar de ter quase vinte e nove anos, o batom vermelho-mate contrastava com seu cabelo. Ali na sua mão estava a aliança, nunca conseguira tirá-la.
“Jimmy usava seu habitual terno quando chegou em meu apartamento. O cabelo loiro penteado para trás devidamente, ele estava perfeito.
— Oi, boneca — Ele tirou o terno e o colocou no sofá á minha frente
Fechei meu notebook e levantei para beijá-lo. A boca macia e com gosto de hortelã.
— Como está os preparativos? Ansiosa? — Ele andou até a cozinha
O segui e sentei no balcão. Ele pegou a garrafa de vinho e duas taças. Encheu a primeira e me deu. Bebi um gole.
— Já mandei os convites por e-mail e já temos trinta e sete confirmações e sim eu estou eufórica, afinal eu vou me casar em cinco dias — Falei meio embolado
Ele ficou entre minhas pernas e pousou seus braços em minha cintura. Começou a dar beijos em meu pescoço.
— O trabalho tem sido tão estressante, já cansei de caçar bandidos — Ele dizia entre beijos — Não vejo a hora da nossa lua de mel”
Um sorriso ínfimo surgiu nos lábios de Natasha ao relembrar essa cena, como queria voltar ao passado e mudar tudo.
— Entramos no ar em cinco minutos — Um mulher abriu a porta do camarim
Natasha foi até sua bolsa e pegou uma caixinha de remédios, separados por nome e dia das semanas. Bebeu o de depressão, Síndrome do Pânico e o de ansiedade. Saiu rumo aos bastidores do programa, que já havia começado.
A apresentadora, Elis Porter, falava com a câmera, o cenário era uma sala de estar de uma casa comum, apenas com um balcão, onde um fantoche de galo conversava com a apresentadora. Como ela odiava aquele galo falante.
—... a autora de Suspiros no Inverno, Natasha Romanoff — Elis anunciou a chegada da ruiva
Natasha entrou com o seu mais forçado sorriso, que passou despercebido. Cumprimentou a apresentadora com um abraço e se sentou ao lado dela no sofá branco.
— Seja bem vinda ao With You, Natasha — A mulher emperiquitada dizia — Primeira vez aqui
— E esperamos que não seja a última, é um prazer Elis — Natasha sorria
Na mesinha de centro estava seu livro e dois copos d’agua. Pra sua infelicidade o galo começou a falar.
— Eu já disse que sinto inveja do cabelo dela? É maravilhoso — O galo, chamado de Bob tinha uma voz dos infernos.
A apresentadora riu e pegou o livro.
— Bob tem razão, é um lido cabelo — Elis olhava as madeixas ruivas da mulher
Tinha que fingir que estava adorando aquilo, afinal, para as pessoas, ela era perfeita.
— Ah, obrigada Bob — Fingiu estar comovida
Por um leve impulso, levou a mão direita ao cabelo e colocou uma mecha detrás da orelha.
— Menina, eu li seu livro e adorei, a personagem, Lilith, nos cativa tanto. Eu queria saber como você consegue retratar bem um pessoa com problemas mentais, você inspira esses personagens em você, ou em alguém?
— Na verdade, eu tento ser aquela determinada pessoa, por exemplo, Lilith era atormentada por lembranças de um abuso e aquilo á deixava com medo de se ajuntar com as pessoas. Eu procurava tentar me sentir como ela — Natasha explicava á Elis
A apresentadora folheava o livro de capa azul e amarelo, como se procurasse algo.
— Nós ficamos muitos surpresos quando você lançou esse livro, afinal, tem quase um ano que seu ex-marido foi preso e você se divorciou dele, foram quase cinco anos de casamento e achamos que você ia dar um tempo, mas você nos surpreendeu com a linda história de amor de Lilith e Will, uma garota com problemas sobre seu passado e um rapaz que tinha medo do futuro e procurava fazer tudo á beira da perfeição — Elis havia tocado na ferida de Natasha.
Ela deu um sorriso fraco. Sua garganta parecia que ia fechar-se á qualquer momento, seu cérebro parecia uma geleia.
— Foram tempos que consegui superar graças ao apoio dos meus fãs — A ruiva não fazia ideia de como tinha conseguido falar isso
Daí pra frente ela não conseguiu raciocinar direito, não sabia o que era perguntado e nem o que ela respondia, só conseguia pensar em uma coisa: Jimmy.
[...]
A banheira lhe fazia relaxar, o som da voz de Lana del Rey tocando, lhe fazia se concentrar novamente.
It's better than I ever even knew
They say that the world was built for two
Only worth living if somebody
Is loving you
Baby, now you do
É melhor do que eu já imaginei
Eles dizem que o mundo foi feito para dois
Só vale a pena viver se alguém
Está amando você
Querido, agora você é amado
O relógio apita, duas da tarde. Natasha sai da banheira e a esvazia, veste seu roupão de seda, antes de voltar para o quarto, ele bebe novamente mais remédios, que sua psicóloga havia recomendado.
Vestiu uma calça, uma blusa branca de mangas longas, um scarpan e um colar rosa. Pegou sua bolsa e saiu do pequeno apartamento. Ela sabia exatamente o seu destino. Não precisava de carro. Já havia decorado o percurso.
Depois de dez minutos de caminhada, ela chegara á cafeteria América. O sininho tocou quando ela entrou, não estava muito cheio. Era um lugar aconchegante, não muito grande, afinal, havia umas três dessas pela cidade, ela havia combinado com o dono, Thor, ele havia autorizado ela ir ali todas as tardes e poder escrever seus livros no seu notebook.
Ali, sentada numa mesa de canto, ela o observara, o boné azul estampado da bandeira dos estados unidos. A blusa branca e o avental também azul. Ele ria com o caixa, de nome Ulisses. Ele era lindo.
[...]
Já havia uma hora que ela digitava no computador, Steve a observava de longe, Natasha era uma incógnita. Que tipo de mulher se separa do marido, mas continua usando a aliança? Todo dia, ás três da tarde ela se sentava-se à mesa sete, ás quatro ela pedia um café e deixava na conta e ás seis ela ia embora.
— Me deixa adivinhar — Steve se aproximou da mesa sete — Um café sem açúcar? — Ele sorriu para Natasha
Natasha devolveu o sorriso, na verdade, não tinha como não devolver.
— Muito bem, capitão da América — Ela riu
Steve voltou para a cozinha e como quase não tinha clientes, o café ficou pronto rapidinho.
— Aqui, Nat — Ele lhe entregou a xícara
Steve ia se virando, mas Natasha não ia deixar passar essa.
— Hey, Rogers — Ela o chamou pelo sobrenome — Sem querer ofender, quantos anos você tem?
Steve se sentou de frente para ela. Cruzou os braços e fez uma careta.
— Pois saiba que me ofendeu — Ele estreitou os olhos
As bochechas de Natasha coraram.
— Deixa pra lá então — Ela iria voltar a digitar
Steve soltou uma gargalhada abafada.
— Você fica uma gracinha corada — Ele se debruçou na mesa — Tenho vinte e nove, por quê?
Natasha abaixou a tela do notebook, para olhar diretamente em seu rosto.
— As maiorias dos homens só trabalham em cafeterias ou padarias, geralmente para pagar faculdade, só estava curiosa — Ela deu de ombros.
— Mas eu estou aqui por esse exato motivo — Ele mexeu no boné — Eu preferi fazer besteiras durante a juventude a estudar, mas ano que vem vou me formar em Artes.
O sorriso de Natasha aumentou mais ainda. Ele piscou para ela e foi atender uma mesa. A ruiva voltou a escrever seu livro.
“Ele faz faculdade, e tem o sorriso mais lindo do mundo”
Sim, ela escrevia sobre o homem que trabalhava na cafeteria América.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam da Nat? E do Steve? Notaram a Elis? E o Bob, referência a Ana Maria Braga.
Só mais uma perguntinha: Na opinião de vocês, por que o ex-marido da Nat foi preso?
Próximo será a Wanda