I Hate Everything About You escrita por DarkAngel


Capítulo 2
Começo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Alguma dúvida podem perguntar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/676216/chapter/2

Meu nome é Hannah. Cresci numa pequena aldeia rural, sem grande desenvolvimento. Toda a minha vida ambiciei mudar-me para a grande cidade, arranjar um bom emprego, uma boa casa e quem sabe um dia casar e ter filhos. Uma vida normal, para uma pessoa normal.

Não sou alta, aliás, sou bem baixa para a minha idade. Tenho 22 anos, trabalho como secretária de uma empresa de Marking. Cabelo castanho, curto, sem algum jeito nele. Uns dias esta fenomenal, outros parece aque acabei de vir da guerra.

Concluindo, sou uma pessoa normal.

Mas, naquele dia, a minha vida normal acabara ali. Naquele beco, o rapaz estendido, sem vida acabou com os meus sonhos e planos.  Ele aparentava ser da minha idade. Cabelo preto, um pouco comprido, cobria-lhe o rosto. As roupas dele estavam sujas, com lama e um pouco do sangue que lhe escorria da boca e da testa. Tinha levado uma grande tareia.

Apressei-me e retirei o telemovél da mala. Chamei uma ambulância.

Esperei que eles chegassem.

Enquanto esperava, o medo aumentava. E se ele acordasse? Notei ao lado do corpo, uns oculos quebrados. A minha cabeça dizia que nao era seguro me mexer e apanhar o objeto do chão. Entao deixei-os lá.

A ambulância veio. Os paramédicos perguntaram-me o sucedido. Expliquei apenas que o tinha encontrado naquele estado. Não sabia nome, idade, referências.. não sabia nada. Eles pegaram nele e levaram-no na maca para o hospital.

Ao longe, vi a ambulância afastar-se. A sair do meu contato visual. Mas as sirenes barulhentas ainda se ouviam ao longe, até sumir o som devez.

Respirei fundo. Agachei-me e peguei os óculos quebrados. Passei um pano neles, e guardei-os comigo.

Entrei em casa nessa tarde, completamente diferente de como tinha saido do trabalho. Estava despedaçada, como é que as pessoas conseguiam fazer tal coisa?

Tentei livrar-me destes pensamentos. Despi a roupa que tinha no corpo e entrei no quarto de banho para me limpar. Tomei um duche rápido, coloquei umas roupas mais confortáveis e sai.

Eu necessitava de saber como ele estava. Então apanhei o primeiro autocarro e dirigi-me para o hospital mais próximo.

Ao chegar lá, deparei-me com um edíficio enorme, pintado em amarelo claro. Dirigi-me a secretaria. Do outro lado do balcão uma senhora já de alguma idade, mexia no computador, sem habilidade nenhuma. Olhou-me por cima dos óculos e murmurou:

—O que deseja?

A voz dela era arrogante, notava-se que não tinha nenhum interesse em trabalhar mais ali. Mas por alguma razão que eu desconhecia ela continuava lá.

—À algum tempo atrás, alguém deu entrada de maus tratos fisicos? – Tentei parecer o mais simpática possivel, mas sem saber o nome, idade ou mesmo algo que o identificasse iria ser dificil de receber uma resposta plaúsivel.

—Minha senhora...tem noção de quantas pessoas entram neste hospital todos os dias? Precisa de ser mais específica.

Como temia.. Ela não ia facilitar o meu trabalho. Tinha de tentar me lembrar todos os detalhes possíveis.

—Ele deve ter dado entrado apenas à uma hora no máximo. Foi agredido. Tinha cabelo preto. Deve ter vindo de urgência. Deve ter por volta de uns 22 anos? É o máximo que eu sei.

Ela desviou o olhar de mim e focou-se novamente no computador. Teclou um pouco, demoradamente. Então uns minutos depois voltou-se para mim.

— Tenho aqui uma resposta que é semelhante a sua descrição. Ainda está para observação. Se desejar esperar, o médico entretanto aparece na sala à sua procura. Eu vou avisá-lo. Sente-se na sala de espera por favor.

A senhora levantou-se e saiu por detrás do balcão dirigindo-se a uma porta que gavia, onde pessoas que nao eram funcionárias não eram premitidas.

Ocupei uma das cadeiras livres. Esperei por volta de meia hora. O tempo parecia que não passava. Olhava para o relógio e nada. O tempo lá fora escurecia. E ameaçava chuva. Então, a senhora da secretaria veio ter comigo.

—O Sr.Doutor já vem ter consigo.

—Obrigada.

Ela não disse mais nada e voltou para de trás do balcão. Mais uns minutos passaram, então apareceu o médico.

Vestia uma bata branca, bem apresentável. Era alto e tinha um certo charme. Aparentava ter uns 40 e poucos.

— Boa tarde. A senhora está aqui por causa do jovem que foi agredido?

O tom de voz dele era suave e agradável de ser ouvido. Era simpático.

— Sim. Fui eu que o encontrei. Então gostaria de saber um pouco do seu estado. Poderia falar-me ?

O médico fez um gesto para me sentar. Eu sentei-me e ele sentou-se do meu lado. Retirou os óculos do rosto e colocou-os no bolso da bata.

— Ele entrou em estado critico. Se fosse encontrado mais tarde talvez não teriamos a sorte de o conseguir salvar. Os ferimentos não foram tão graves como aparentavam. Então ele está bem. Apenas o deixamos no quarto para descansar. O corpo dele estava fraco. Você não sabe nada dele?

Os olhos do médico encontraram-se com os meus. Eu desviei o meu olhar e foquei-o nas minhas mãos que tremiam ao de leve.

— Não sei doutor. Eu apenas o encontrei hoje. Eu vi os rapazes que o agrediram a sair do beco, achei que algo de errado se passava e fui ver. Normalmente eu passo direto, sem olhar. Então realmente não sei quem ele é. Nem o nome sei.

Ele levou a mão ao queixo num ar pensativo. Depois de alguns segundos voltou a falar.

— Pelo estado das roupas que ele trazia e do seu corpo, parece-me que ele não tem casa. Ele estava bastante magro. Sem força . Já não deve ter uma alimentação decente faz dias. Também não tinha identificação com ele. Então não sabemos o seu nome. Tinha esperança que você tivesse alguma ligação, mas afinal não.

Fiquei pasmada. Sem abrigo? Tão novo. E ainda por cima foi agredido sem se puder defender.

—Acha que posso vê-lo?

Falei sem pensar. Seria por pena?

—Hoje receio que não seja possível. A hora de visita acabou e eu quero que ele passe esta noite em repouso. Amanhã, de preferência de manhã, passe cá para o ver. Ele já deve estar acordado. Aposto que ele quer também agradecer-lhe.

Ele levantou-se em sinal que tinha que voltar ao trabalho. Eu levantei-me e agradeci. Sai do Hospital, sem saber o que fazer depois. Voltei para casa, na esperança de puder ainda descansar de tudo o que se tinha passado naquele dia.

Entrei, a casa parecia grande demais apenas para mim. Eu tinha lutado por aquilo. Mas será que tinha valido a pena? Do que me adianta ser feliz, se não tenho com quer partilhar a minha felicidade?

Realmente, só agora que me apercebi que não era feliz. Eu tinha alcançado tudo o que desejei, mas mesmo assim parecia que algo faltava para se tornar completo e perfeito. 

Naquela noite, a chuva batia forte contra as vidraças da janela. As gotas escorriam rapidamente, parecia uma corrida de gotinhas de chuva. O vento fazia o telhado ranger. E os meus pensamentos pareciam gritos na minha cabeça. Não conseguia dormir. Aquele rapaz, assombrava-me os pensamentos. E quando conseguia adormecer sonhava com o estado dele em que o encontrei. Ele realmente tinha mexido comigo de uma maneira inexplicável.  Não sabia a história dele. Mas estava curiosa. Como foi que ele parou nas ruas? Será que era mesmo verdade? Que tipo de pessoa ele era? E porque razão o agrediram, se nem dinheiro ele parecia ter?

Incomudada com esses pensamentos, desisti de dormir. Levantei-me e preparei algo para comer. Passei a noite a ver televisão.

Amanhã seria o dia em que o iria ver e tirar estas dúvidas incomodas que me assombravam. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!