If I Could Fly escrita por Bahr


Capítulo 28
Spaces


Notas iniciais do capítulo

OLÁ OLÁ
Eu tinha desistido de postar aqui, fiquei desestimulada...
Porém, não é justo com quem lê.
Então eu voltei e vou deixar programado os próximos capítulos, um por dia.

Boa leitura!



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“Oh, the spaces between us, keep getting deeper

It's harder to reach her, even though I try”

(Oh, os espaços entre nós, continuam se aprofundando

É difícil te alcançar, embora eu tente)

Saímos da entrevista todos juntos. One Direction ao meu redor, Louis me abraçando de lado. Meus olhos ainda marejados ficaram irritados com a quantidade de flashes. Diversos jornalistas e fotógrafos atrás de nós enquanto entrávamos numa van. Assim que despistamos paparazzis, me joguei no colo de Harry e me permiti chorar mais um pouco.

—Alguém me explica o quê aconteceu. – Niall quebrou o silêncio

—Aconteceu que Amber estava realmente motivada a encontrar alguma coisa. Provavelmente ao ver Diana e Harry juntos, pesquisou por Diana e quando não encontrou nada... – Liam estava pensativo

—E o primeiro palpite dela fui eu? – Tentei controlar o choro

—Ela queria encontrar algo contra você, obviamente tentaria achar uma conexão e ela te viu pessoalmente. – Haz falou baixo enquanto acariciava meus cabelos.

—Ainda assim, ela precisou pesquisar a fundo para descobrir de Jordan. – Louis parecia quase tão irritado quanto eu.

Fomos todos juntos para a casa de Liam, onde os convenci a passarem a noite. Assistimos juntos a um filme de ação, cozinhei para eles um jantar trabalhoso que me ocupou bastante tempo e depois deitei com Harry num quarto de hóspedes.

—Com isso tudo, meu contrato com Amber não é mais válido e a mídia já te descobriu. Será que poderíamos ser vistos juntos agora? – Eu estava deitada no peitoral de Hazza enquanto ele acariciava minhas costas.

—Eu acabei de dizer que não tem envolvimento romântico. – resmunguei

—Meu amor, seu medo era de ter gente invadindo sua privacidade. Agora já era.

—Eu não quero ser outra namorada de Harry Styles. – Ele parou de me acariciar.

—Nossa... – Ele falou baixo e eu me levantei para encará-lo

—Desculpa Haz, não foi isso que eu quis dizer. Mas, não quero que fiquem falando por aí que fiz tudo o que fiz só para te conhecer e te seduzir. Já vão dizer que dei um jeito de trabalhar na casa por ser fã e fazer qualquer coisa pra te conhecer, imagine se tivermos um relacionamento.

—Deixe que falem meu amor. O que realmente importa é o nosso amor. Nós podemos superar qualquer coisa. – Ele esboçou um sorriso.

—Pode me dar uns dias? – Perguntei tímida.

—O tempo que precisar. – O sorriso se alargou e meu coração se encheu de alegria.

Me joguei em cima de meu namorado e o beijei com ternura. O mundo podia acabar do lado de fora que nada me abalaria, pelo menos não enquanto eu estivesse com ele.

“Oi mãe, tudo bem? Eu sei que você vai achar estranho que eu te mande um e-mail, já que estamos nos falando todos os dias por vídeo, mas preciso desabafar. Já fazem 10 dias desde a fatídica entrevista. Fazem 7 que estou dentro de casa. Depois da entrevista passei três dias dentro das casas dos meninos, apenas me escondendo e evitando olhar as notícias. Mas, como nada dura pra sempre, precisei voltar pra casa e com isso vi as notícias. Eu sei que te disse que não tinha ficado tão abalada, mas era mentira. Ver, em todos os lugares, minhas fotos junto com títulos me chamando de mentirosa, golpista e outras coisas piores foi uma das coisas mais duras que precisei tolerar. Só não foi pior do que sair para trabalhar e ter jornalista me esperando no trabalho. Chegar na faculdade e ter fotógrafo perguntando para meus colegas de turma a que horas eu chegaria. E depois disso, tê-los na porta de minha casa. Precisei pedir a meu porteiro para que me comprasse pão e leite, porque estou sem coragem de sair de casa. Não quero mais lidar com isso mamãe. Inclusive, tenho medo que acabem indo atrás de vocês. Por quê a vida tem que ser tão difícil? Não dá pra simplificar? Eu não podia ter ido trabalhar na casa de outra pessoa? Não podia ter me apaixonado por outra pessoa?

Como você já sabe, Harry está viajando por 15 dias para a gravação de um novo clipe e divulgação de uma nova música. Faltam ainda oito dias para ele voltar. Parece tudo muito pior quando ele não está. Me sinto tão sozinha... Eles viajam o tempo todo. Turnês, shows, entrevistas e mais mil compromissos. Não sei por quanto tempo ainda vou aguentar ficar sozinha.

Mamãe, tenho pensado muito em ir embora, voltar pra casa. Estou esperando que desistam de me perseguir e quero voltar. Preciso de você mãe. E ao mesmo tempo, pensar em deixar Harry dói. Eu o amo, de verdade. Preciso me decidir: se fico e enfrento tudo isso por ele ou se desisto e volto pra casa.

Acho que vou desistir. Tenho chorado todos os dias, me alimentado muito mal e vivo com dores. O corpo dói, a enxaqueca não passa e o estômago tá horrível com enjoos eternos. Não sei por mais quanto tempo meu corpo vai aguentar todo esse estresse.

Desculpe ter mentido e não ter te contado antes, não queria ter te preocupado à toa, mas agora já saiu do controle.

Tô com saudade. Quero seu colo. Te amo.

Amy”

“Olá filha! Fico feliz que tenha me contado, já há dias que sei da entrevista e sei que não está bem.

Filha, preciso que você seja firme, pois dessa vez não posso estar contigo pra te ajudar.

A primeira coisa que deve fazer é: Um teste de gravidez. Pelo amor de deus me diga que vocês usam camisinha. Mas, explicaria os enjoos e algumas dores. Também mexe muito com os hormônios, que nos deixam mais emotiva e impulsiva.

Segundo: Converse com Harry. Pergunte como lidar com fotógrafos e jornalistas, pergunte como proteger sua imagem. Você não poderá fugir pra sempre e será melhor se já estiver preparada. Se você o ama, vai dar conta do recado porque no fim ele será seu.

Terceiro: Não demore tanto para me contar as coisas. Eu quase morro de preocupação e estou a muitas horas de viagem.

Meu amor, o mundo é assim mesmo e você precisa ser forte. A vida vai ter sempre uma nova complicação e um novo desafio, você precisa enfrenta-la. Ok? Mas, se não se sentir forte o bastante, a casa da mamãe e do papai estarão pra sempre abertas.

Com amor, mamãe.

Ps.: SOU MUITO NOVA PARA SER AVÓ!!”

Deixei o notebook no sofá e caminhei até o interfone, a melhor coisa que podia fazer era obedecer minha mãe.

—Oi Peter, é a Amy de novo. Preciso de outro favor e juro que será o último.

—O quê precisa senhorita? – Peter sempre soava despreocupado

—Você poderia ir até a farmácia e me comprar um teste de gravidez?

—Assim que possível senhorita.

—Muito, muito obrigada Peter!

Voltei ao sofá e desabei. Eu poderia estar grávida? Quando tinha menstruado pela última vez? Não conseguia me lembrar. Os últimos meses tinham sido tão corridos que não conseguia me lembrar de nada. Só com a ideia de estar grávida já sentia minhas mãos tremerem. “Se acalma Amanda, você provavelmente não está grávida. É só por precaução.”

Esperei ansiosamente até que Peter me trouxesse o teste. Enquanto esperava, mandei mensagens para Haz perguntando como proteger minha imagem e lidar com fotógrafos. Ele não responderia na hora, pois estavam terminando a gravação do clipe.

“Você está grávida de 11-12 semanas. Procure um médico.”

Meu coração parou por um segundo. “Esses malditos testes modernos que nos contam até as semanas!”. O estômago embrulhou novamente, segurei a ânsia e fiz outro teste. Deu o mesmo resultado. Meus joelhos fraquejaram e caí no meio do banheiro. Não podia ser verdade. Estava sem chão e desesperada.

—Alô? – A voz dela soou preocupada.

—Oi mamãe. – Já estava soluçando de chorar.

—Ai meu deus! Você vai me dar um neto! – Ela estava chocada

—11 ou 12 semanas! – minha voz estava fraca.

—Minha filha! – Ela ainda estava chocada

—Mãe... – Funguei

—Já tem três meses... – Ela estava aérea. – Eu não vou poder acompanhar sua gravidez – Ela começou a chorar junto

—Você não ta brava?

—Muito! – Falou entre soluços.

—Eu não to pronta pra ser mãe – falei desesperada

—Ninguém nunca está. – Ela estava tentando controlar o choro. – Você é minha filha, forte e corajosa! Não há nada que não possa fazer.

Chorei no telefone por mais uma hora e então deixei que minha mãe desligasse, prometendo que me manteria calma e iria ao médico.

Tirei uma foto do visor do teste, onde dizia o resultado e mandei para Louis.

Amy: Nossos filhos terão quase a mesma idade.

Tommo: Não se brinca com essas coisas

Amy: Como eu não percebi? Quase três meses!

Amy: Meu próprio corpo e eu não percebi!

Tommo: Ah deus... Não é brincadeira.

Tommo: Por favor, se mantenha calma

Amy: Não sei o quê fazer

Tommo: Esperar mais 6 meses pra nascer

Amy: Muito engraçado você!

Tommo: Desculpe. Já contou para Harry?

Tommo: É de Harry né?

Amy: Por favor... Meu último parceiro antes de Harry foi, tipo, um ano atrás

Amy: Não sei como contar. Quero fazer o exame antes.

Amy: Talvez esperar descobrir o sexo logo

Tommo: Amy!

Amy: Quê?

Tommo: Ele merece saber.

Amy: Não seria melhor pessoalmente?

Tommo: A decisão é sua, mas quanto antes ele souber é melhor.

Amy: Tô muito nervosa.

Amy: Não tô pronta pra ser mãe

Tommo: O quê aconteceu com o discurso que você me fez quando eu te disse isso?

Amy: Eu vou carregar um neném dentro de mim!

Tommo: Okay, Okay.

Pouco tempo depois Harry ligou. Fiquei nervosa, indecisa, mas acabei decidindo por não contar nada. Hazza tentou me acalmar a respeito de paparazzis e fotógrafos. Prometi a ele que tentaria sair de casa e me manter educada com as pessoas, mesmo elas se intrometendo na minha vida. Chorei mais um pouco no telefone, a saudade estava apertando. Pude ouvir Harry fungando enquanto eu chorava, talvez ele estivesse chorando de saudade também. Adormeci com ele cantando para mim pelo telefone.

Quando acordei pela manhã, já me sentia mais disposta e decidida. Criei um novo twitter e todas as outras redes sociais. Invadi o e-mail de Harry e peguei a lista de contatos dele. Liguei para o responsável pelas entrevistas e pedi que me ajudasse a marcar uma entrevista no Late Late. Conseguimos marcar uma entrevista para um dia antes do retorno dos meninos. Poderia ir à entrevista sem que Harry tentasse me impedir. Não tinha mais como fugir da imprensa, então eu a enfrentaria de cabeça erguida. Queriam a minha vida? Eu lhes daria a minha vida. Nos dias que se passaram postei diversas fotos nas redes sociais: Selfies, Lua e Sky, trechos dos livros que estava lendo e alguns pratos que tinha cozinhado. Pedi permissão à Louis e postei a nossa selfie, que tinha sido mostrada na entrevista. A foto virou viral, mas fez com que os comentários se acalmassem um pouco. Percebi aos poucos os paparazzi sumindo e assim pude sair para fazer exames.

A princípio fiz apenas exame de sangue e ultrassonografia. Estava mais do que óbvio que eu realmente estava grávida. Mal tinha começado a ultra e já pude ouvir os batimentos cardíacos acelerados. Meu coração se inundou de amor no mesmo segundo. Meu bebê. Meu. As lágrimas rolaram e um largo sorriso brotou em meus lábios, eu já o amava, naquele primeiro segundo eu já o amava mais do que tudo. Já estava ansiosa para tê-lo nos meus braços, poder abraça-lo e protege-lo do mundo. Meus olhos marejados enquanto olhava fixamente para o monitor que mostrava meu neném. A vida já fazia sentido de novo, de agora em diante eu precisava garantir uma boa vida para ele e era só isso que importava.

Após alguns minutos me mostrando detalhes na ultrassonografia a médica disse que poderia ver o sexo. A curiosidade foi grande, mas pedi que não revelasse. Harry merecia descobrir junto comigo. Depois de me recompor do exame, pudemos conversar. Ela me passou uma dieta balanceada, um cronograma de próximos exames e alguns telefones de médicos e emergências. Me recomendou menos estresse, mais repouso e muita alegria. Eu já tinha passado os três meses perigosos, mas ainda precisava tomar cuidado. Saí do exame já ligando para minha mãe e fui para casa pendurada no telefone e chorando muito, pra variar. 


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Notas finais do capítulo

Tcharaaaaam!
Já esperavam por isso?



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