If I Could Fly escrita por Bahr


Capítulo 2
Drag Me Down


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, OLÁ, OLÁ
Milagrosamente consegui trazer outro capítulo rapidamente, hehe
Espero que gostem.

Boa leitura.



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All these lights, they can’t blind me

With your love, nobody can drag me down

Duas semanas se passaram sem novidades. Sem esbarrar em mais nenhuma celebridade. As músicas do CD gravadas em minha mente, mas a memória do sorriso estava se apagando. As meninas do apartamento estavam irritadas de tanto eu falar do one direction, de tanto ver vídeos... A culpa não era minha, mas depois de ver 5 vídeos, os outros foram aparecendo. Eu simplesmente me apaixonei.

—Senhorita Brezze, compareça ao escritório. – A general me tirou do meio da lavagem de roupas.

—O que eu fiz? – perguntei assustada.

—Espero sinceramente, que não tenha feito nada. Meu nome não será manchado! – Ela me encarou intimidadora.

Corri ansiosa para o escritório. Abri a porta devagar e vi o dono do hotel e um homem de terno. Estavam sérios, alguns papéis em cima da mesa, não parecia nada amigável.

—Com licença senhores. – fechei a porta atrás de mim

—Senhorita Brezze, este senhor está aqui para falar com a senhorita. – O dono do hotel estava inexpressivo. .Será que era do governo? Meu visto estava em dia, não poderia ser.

—Podemos falar a sós? – O homem perguntou.

O diretor rapidamente se retirou. Fui consumida pelo medo. Para que o senhor Figgins saísse da própria sala.

—Você é Amanda Brezze?

—Sim. – me aproximei devagar da mesa.

—Senhorita Brezze, estou aqui para lhe oferecer uma proposta de emprego.

—Uma... O quê? – Eu estava confusa.

—Estou representando um cliente do hotel. Você o surpreendeu e ele gostaria de tê-la como governanta de sua residência de campo.

—Que cliente? – Sentei na cadeira ao lado dele

—É uma pessoa pública, a senhorita terá que assinar alguns contratos de sigilo se estiver disposta.

Contratos de sigilo? Que tipo de pessoa precisa que uma empregada assine isso?

—Podemos falar de valores? – resolvi ser direta.

—Estamos falando de 3.5 vezes a mais no que o que você ganha atualmente.

—Quanto?! – Estava chocada.

—A senhorita precisa entender os termos antes dos valores. Não é em Nova Iorque, não é nem na América.

Me mudar? Pelo valor pago valeria a pena. Perguntei ao homem mais algumas informações. Uma casa no campo, em Londres. O dono da casa passava pouco tempo na casa e precisava de alguém para mantê-la. A atual governanta estava se aposentando. O trabalho parecia bom demais para ser verdade. Eu precisava manter a casa limpa e sempre cozinhar. A casa era de um homem só e eu dormiria do lado de fora num casebre. Dois seguranças por turno e eu teria a responsabilidade de fazer comida para eles também. Se eu aceitasse deveria assinar contrato de sigilo. Não poderia fotografar nem filmar nada da propriedade, não poderia dar entrevistas a ninguém ou convidar ninguém para a casa. Essa parte era fácil, difícil seria sair da bagunça de NY e meu apartamento com outras oito garotas, para uma casa no interior onde passaria a maior parte do tempo sozinha. Ele me disse que pagaria minha passagem para lá e seria feito um contrato de um mês apenas para teste. Se eu passasse no teste assinaria um contrato de 3 meses, depois 6 meses e assim por diante.

Fiquei com um cartão da empresa e um prazo de 5 dias para me decidir.

Três dias depois eu liguei para o número do cartão. Após conversar com minhas amigas e muitas ligações para minha mãe, decidi que iria. Precisava arriscar, afinal, não era pra isso que tinha saído do Brasil? Poderia juntar um bom dinheiro, sem gastar com moradia nem alimentação, conseguiria guardar o salário quase inteiro. Mesmo se eu não aguentasse mais de seis meses, teria dinheiro suficiente para dar entrada num apartamento. E Londres... Nunca tinha pensando em conhecer Londres, era mais um sonho se tornando realidade.

Em uma semana pedi demissão do hotel, arrumei minhas malas e estava pronta para viajar. Arrumar as malas não era difícil, nem guarda-roupa não tinha, mesmo depois de dois anos minhas coisas continuavam nas malas. Precisei comprar mais uma mala para conseguir guardar todas as minhas coisas. No meio de choro e despedidas eu deixei o apartamento, entrei num táxi e segui para o aeroporto.

Depois de 12 horas num avião, cheguei à Londres. Um homem alto de terno segurava uma placa. “Senhorita Brezze”.

—UAU. Eles realmente são importantes.

Eu nem consegui ver a capital, um carro aqui e ali, vi um dos famosos ônibus vermelhos e adormeci. Mais algum tempo de carro até chegar à casa. Claramente eu dormi todo o caminho. Podíamos estar em outro planeta que eu nem teria notado.

Visivelmente era casa de gente importante, passamos pela frente do portão principal com uma guarita e um segurança e fomos para a entrada dos fundos. Na entrada dos fundos um segurança sentado numa guarita mais simples. Entramos direto, sem nem identificação. O carro estacionou na frente de uma casa. A casa era toda branca com algumas flores nas janelas, deveria ter uns 60m². . Alguns metros adiante uma imensa piscina com deck e um barzinho. O quintal era deslumbrante, se juntasse todas as plantas poderíamos encher uma quadra de futsal. E então a casa principal: três andares. Janelas do chão ao teto, todas as cortinas fechadas. Nunca tinha visto uma casa tão bonita.

—Olá! Seja bem vinda! – Uma senhora se aproximou quando eu saí do carro.

—Olá! – Era final na tarde, o sol começava a se pôr.

—Meu nome é Johanna. – O sotaque inglês sempre me agradava.

—E eu sou Amanda. – Estendi a mão para cumprimenta-la.

Johanna e o homem de terno me ajudaram a colocar as malas para dentro da casa. Assim que terminamos o homem saiu. A casinha tinha uma cozinha e uma suíte. Eu dividiria a casa com Johanna por 2 semanas ou mais, dependendo de quanto tempo eu demorasse para aprender tudo. O quarto era bem grande, uma cama de casal, guarda-roupas, gaveteiro e um colchão no chão. Provavelmente improvisado para que eu dormisse.  Conseguimos empilhar minhas malas num canto e ajeitar o colchão para que eu dormisse.

—Amanda, quer conhecer a propriedade? – Johanna tinha um tom de voz tão doce quanto uma vovozinha.

—Claro que sim. – Eu sorri para ela.

Johanna explicou rapidamente como manter a piscina e deck limpos. Se eu precisasse de ajuda os seguranças ajudariam. Periodicamente o jardineiro fazia a poda e manutenção das plantas. Entramos pela cozinha, cozinha americana. Uma novidade, geralmente quem tem empregada a mantém escondida dentro da cozinha. A grande sala e cozinha eram alegres, com muitas cores e obras de arte. Depois vimos os banheiros sociais, sala de ginástica, sala de estar e biblioteca. No segundo andar três suítes, no terceiro andar a suíte principal e um terraço. Meu trabalho era no andar principal, o segundo andar apenas quando houvesse visitas e o terceiro andar somente antes ou depois que o Sr. Edward saísse para viajar novamente. Uma casa tão jovem, tão alegre, não combinava com um Sr. Edward. Johanna não me contou exatamente quem era ele, ou o que ele fazia, ou o nome completo... Talvez esse nem fosse mesmo o nome dele. 


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Notas finais do capítulo

E então?



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