If I Could Fly escrita por Bahr


Capítulo 11
Love You Goodbye


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, OLÁ, OLÁ!

Enfim, ficaram ansiosos? Nem tanto?
Meus capítulos tão ficando muito grandes pra quem nem ia passar de mil palavras, mas não consigo.

Boa leitura!



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It’s inevitable everything that’s good comes to an end

It’s impossible to know if after this we can still be friends

(É inevitável que tudo o que é bom chega ao fim

É impossível saber se depois disso ainda podemos ser amigos)

Acordei atordoada com o despertador tocando, parecia que tinha dormido menos de uma hora. Tentei me levantar, mas senti um braço pesado em cima de mim. Reconheci o braço pelas tatuagens. “AH NÃO!”. Empurrei o braço para o lado e levantei depressa. Eu estava nua, Harry estava deitado na minha cama coberto até a cintura apenas. As costas musculosas, tatuagens pelo corpo e os cabelos bagunçados cobrindo o rosto. Poderia passar horas o admirando. Sua expressão serena, o formato das costas... Como era possível se apaixonar pelas costas de uma pessoa? Não fosse o desespero por ser meu chefe, eu estaria agarrada a ele, só para sentir a pele na pele e memorizar seu perfume. “AMANDA, ACORDE! VOCÊ E SEU CHEFE, SEU CHEFE E VOCÊ!”. A primeira coisa que fiz foi procurar por uma roupa. No banheiro apenas minha roupa molhada e a cueca de Harry. “AH MEU DEUS.” Senti lágrimas encherem os olhos.

Procurei por meu celular e enviei uma mensagem.

Amy: Boo, eu fodi tudo! 

Vagarosamente me vesti, a cabeça latejando, o corpo respondendo vagarosamente e o estômago dolorido, enjoado. Segui para a casa grande e assim que entrei na cozinha senti um delicioso cheiro de chá. Na bancada da cozinha tinha um bule e algumas xícaras.

—Bom dia Amy - Liam estava sorridente

—Oi. - minha voz saiu fraca entre lágrimas.

—O que houve? - Liam veio correndo em minha direção e me abraçou.

—E-eu, nós... - eu não conseguia falar.

O abraço de Liam era reconfortante, ele acariciava minhas costas e me pedia calma. Eu soluçava de tanto chorar. "Eu estraguei tudo, estava tudo tão bom. Eu estraguei tudo!". Daddy tentou ao máximo me acalmar, aos poucos parei de soluçar. Ele me deu uma xícara de chá quente e nos sentamos na sala de estar.

—Amy, o que aconteceu? - ele falava suave

—Não tenho certeza, - minha voz estava trêmula. - mas eu e Harry acordamos nus na minha cama. - Senti minhas bochechas corando.

—Mas você não se lembra? – A voz de Liam continuava suave, ele não estava me julgando.

—Me lembro apenas de entrar em casa pra tomar banho.

—Só?

—Me lembro de Harry entrando no banheiro pouco tempo depois e então só flashes de memória. – Minha cabeça estava confusa, mal me lembrava de ter entrado em casa.

—Vocês dois beberam demais...

—Eu estraguei tudo! – O desespero estava tomando conta de mim.

—Não Amy, vocês dois fizeram isso. – Liam falou baixo me olhando nos olhos.

—O que vou fazer Leeum? Não posso mais trabalhar aqui.

Senti as lágrimas voltarem. Eu nem deveria estar falando com Liam, precisava me manter profissional. Estava em horário de trabalho. Sequei minhas lágrimas e levantei do sofá. Agradeci a Liam e caminhei até a cozinha para começar a limpar a casa. Mesmo que eu negasse Liam me ajudou. Lavamos as louças usadas, limpamos a sala de estar que continha restos de doces da hora em que os meninos jogaram vídeo game e passei pano pelas escadas e corredor. Os meninos haviam molhado toda a casa. Quando Niall acordou, eu lhe preparei panquecas e Liam o obrigou a beber o chá alegando que melhoraria a ressaca.

—Não quero chá - Niall reclamou. - Só panquecas! - os olhos dele brilhavam.

—Estão quase prontas, mas - Niall me cortou

—Eu te amo Chesse - eu não sabia como ele conseguia estar tão empolgado e sorridente.

—Mas só vai ganhar panquecas depois do chá. - o sorriso dele sumiu e Liam gargalhou

—Amy má. - Niall mostrou a língua

—Oi, oi - a voz rouca de Louis preencheu a cozinha. Ele estava descabelado e com o rosto amassado.

—Olá bela adormecida! - Liam gritou e Louis respondeu mostrando o dedo do meio. Eu ri enquanto colocava mais panquecas num prato.

—Chá e panquecas Lou. - eu sorri enquanto levava o prato para a mesa de jantar.

—Panquecas! - Niall correu atrás de mim.

Depois que comemos panquecas, eu comi junto porque os meninos insistiram, tomamos bastante chá e fomos para o lado de fora, apenas para tomarmos sol. Os garotos estavam nas espreguiçadeiras e eu sentada na beira da piscina com os pés na água.

Os garotos conversavam sobre a próxima viagem enquanto eu vagava em meus pensamentos. Olhei para minha casa e estremeci pensando em Harry dormindo na minha cama. Isso não estava correto, talvez a melhor alternativa seria pedir demissão e voltar pra Nova Iorque. Mas, olhar para os meninos me dava um aperto no coração... Por mais que eu fosse os ver raras vezes no ano por conta das turnês, era triste pensar eu não vê-los mais. E Harry... Harry tinha me beijado na noite anterior, um beijo rápido, porém suficiente para me tirar o fôlego. E depois... Os flashes de memória eram um borrão na minha mente. Nos beijamos dentro do box, depois no quarto... A próxima lembrança já era de nós dois em minha cama. Tínhamos feito sexo e eu nem me lembrava. Não me lembrava da sensação de beijá-lo, não me lembrava de seu toque... Frustrante e assustador, assustador por não controlar minhas próprias memórias.

—Amy? - a voz de Louis invadiu minha mente

—Oi. - Respondi sem olhá-lo

—Você está chorando... - ele se aproximou de mim e sentou ao meu lado.

—Desculpe. - Sequei as lágrimas que nem tinha percebido que caíam.

—Está tudo bem? - os olhos azuis me encaravam

—Não muito, mas vai ficar. - forcei um sorriso.

Então ouvimos Niall gargalhar. Liam parecia preocupado, Niall estava sem ar de tanto rir, ambos olhando para a mesma coisa. Segui seus olhares e me deparei com Harry. Meu coração deu um pulo. Ele estava saindo da minha casa, vestindo apenas meu roupão. Meu roupão rosa florido. A cena seria hilária se não fosse a tensão. Louis pareceu confuso por um momento, então me encarou novamente e pareceu compreender. Harry estava acabado, olheiras fundas, expressão exausta e mostrava o dedo do meio para Niall enquanto corria desajeitado para casa. O roupão mal cobria o início de suas coxas, conforme ele andava o roupão abria um pouco na frente, ele correu segurando sua intimidade para que não aparecesse. Liam me fitou preocupado, Louis me deu um leve toque no braço e Niall ainda tentava respirar entre risadas. Eu estava sem ar. Harry não tinha nem me olhado, o que isso deveria significar? A fama dele era real? Apenas mais um garoto de boyband com mil namoradas? Não conseguia entender meus sentimentos. Eu estava mais frustrada por ser mais uma na lista dele do que por ter fodido com minha vida? "Amanda, você não é normal. O emprego dos sonhos acabou, você conheceu One Direction e nunca mais vai os ver, mas a sua preocupação é se você é só mais uma na lista de Harry Styles."

—Você quer conversar? - Louis estava me encarando

—Obrigada Lou, mas não. Com licença. - levantei e fui pra casa.

Fechei a porta da casa atrás de mim e chorei, voltando a soluçar. Entre soluços troquei a roupa de cama e limpei a casa.

Boo: AMY, O QUE ACONTECEU?

Contei a ele tudo o que eu me lembrava, ou seja, quase nada.

Boo: Oh Amy...

Amy: Eu acho que você estava certo, acho que me apaixonei.

Boo: Era inevitável, é a única pessoa na sua vida nesse momento.

Amy: Não... Independente da situação... Ele é demais.

Amy: Não consigo parar de chorar

Boo: Queria poder te abraçar.

Amy: Queria você aqui.

Boo: O que vai fazer agora?

Amy: Vou ligar na agência, pedir que mandem outra menina. Estou arrumando minhas malas.

Boo: Vai desistir do seu emprego?

Amy: Como vou trabalhar depois disso?

Boo: Você precisa conversar com ele.

Amy: Não tem por que. Vou pedir para minha amiga comprar minha passagem de volta para NY.

Boo: Não faça nada tão nervosa. Precisa se acalmar e pensar claramente.

Pouco tempo depois os meninos se despediram e foram embora. Tinham pedido uma pizza, portanto não precisei cozinhar para eles. Passei o dia em casa, arrumei todos os meus pertences nas malas e liguei para a agência.

—Senhor Styles, eu entrei em contato com a agência. – Eu estava com a bolsa no ombro, parada na porta do quarto dele. - Eles enviarão outra pessoa amanhã pela manhã. – Minha voz estava fraca. Harry estava sentado na cama, ainda com a expressão cansada. - Ainda hoje a noite Johanna estará de volta para treinar a garota nova.

—O que está dizendo Amy? – Harry se levantou devagar.

—Foi muito gratificante trabalhar aqui, agradeço por tudo. – Esbocei um sorriso. Precisava respirar fundo e controlar minhas lágrimas.

—O quê? – Ele estava confuso. – Não pode ir embora Amanda. – Harry se aproximou. Os olhos verdes estavam vazios, sem brilho.

—Sinto muito senhor Styles. – Dei um passo pra trás.

—O que aconteceu? Você não quer mais trabalhar limpando casas? Aconteceu algum imprevisto? Para onde você vai? – Harry estava nitidamente nervoso, congelado no lugar.

—Com o dinheiro que tenho posso voltar para New York, para minha antiga casa. Vou continuar limpando quartos senhor. – Esfreguei minhas mãos nervosamente, não podia olhar nos olhos de Harry, meus joelhos tremiam.

—Não há nada que eu possa fazer? – Seu olhar triste me cortava o coração.

—Não senhor. Sinto muito. – Não consegui mais controlar as lágrimas.

Num movimento rápido ele me abraçou. Me pegou desprevenida. Seu cheiro era inebriante. A força de seus braços me envolvendo me acalmava. A respiração tranquila, o peito subindo e descendo. Queria pertencer àqueles braços pra sempre.

—Vão te levar ao aeroporto? – Eu fiz que sim com a cabeça. – Posso continuar falando com você? Vou sentir sua falta na casa.

—Vão contratar outra garota da minha idade, você nem vai perceber que eu sumi. – Minha voz estava trêmula. Apertei mais o abraço, eu não queria ir.

—Amy... Por favor, fique. – Harry sussurrou. Um calafrio percorreu minha espinha. – Se for pelo que aconteceu ontem, me desculpe... – Harry me apertava forte.

—Não posso ficar, não estou sendo profissional. – Enfiei meu rosto em seu corpo. Minhas lágrimas molhando sua camiseta.

—Eu viajarei em poucas horas Amy, temos uma longa jornada de viagens pela frente. Nos veremos poucas vezes nos próximos meses, podemos esquecer o que aconteceu.

—Eu não me lembro o que aconteceu. – Falei baixo parando de chorar.

—Eu também não. – Harry soltou o abraço e me olhou nos olhos. – Vamos seguir em frente como se nada tivesse acontecido. Você é a pessoa mais profissional que eu conheço. – Harry sorriu, mas seus olhos estavam tristes.

—Acho que podemos tentar. – Fitei o chão e ouvi Harry ao celular. Ele ligou para a agência e cancelou minha demissão.

—Pronto. Tudo como deveria ser.  – A voz dele soava mais animada.

—Obrigada senhor Styles. – Voltei a olhar seu rosto e seus tristes olhos.

—Amanda, pode ser profissional me chamando de Harry. – Ele sorriu e meu coração se entristeceu. Eu o desejava, queria beijá-lo e tocá-lo e poder me lembrar disso depois.

—Certo Harry, boa noite e boa viagem. – Esbocei um sorriso e saí antes que ele pudesse responder. Não queria chorar novamente.


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Notas finais do capítulo

E aí?
Falem, falem, falem!



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