O treino foi mais pesado do que nunca, todos da Karasuno estavam totalmente esgotados. Os mais velhos já haviam ido e o pessoal do segundo ano encontrava-se no vestiário junto de Tsukishima e Yamaguchi. Todos estavam ansiosos para voltarem para casa e se jogarem na cama para uma bela noite de sono, mas Hinata e Kageyama insistiam em treinar mais.

Chikara voltou ao ginásio antes de ir embora e entregou as chaves do mesmo aos garotos, despediu-se logo em seguida e seguiu seu caminho.

Hinata e Kageyama treinaram por mais alguns muitos minutos, finalmente esgotando-se. Hinata apenas se jogou no chão da quadra.

— Nunca pensei que diria isso, mas estou cansado demais para jogar... –disse seguido de um bocejo.

— Idem... –Kageyama falou calmamente enquanto retirava a rede da quadra, mudou de tom logo em seguida ao gritar – Venha me ajudar!

Hinata sentou-se no chão e colocou-se a encarar Kageyama

— Mas eu estou cansado... –Hinata fez um biquinho.

— Já te disse que também estou, mas isso não muda o fato que temos de arrumar o ginásio... –Kageyama suspirou.

Hinata fez menção de levantar, porém desistiu no meio do caminho e se jogou novamente no chão.

Kageyama foi a sua direção com passos firmes e levantou-o facilmente ao passar suas mãos pelo tronco do menor e ergue-lo.

— Injusto... –Hinata soou choroso.

— Tsk ... Igualdade pode ser à base de nossa sociedade, mas não vou te tratar como igual se você age como uma criança! –disse Kageyama levemente emburrado, mas ao ver a situação do menor, com pernas tremulas e mãos extremamente avermelhadas, ele perdeu toda e qualquer raiva que sentia. Forçou Hinata a se sentar no chão novamente e colocou-se a arrumar o ginásio sozinho sem dizer mais nenhuma palavra.

Apenas quando Hinata fez menção de levantar para ajuda-lo, foi que Kageyama se pronunciou novamente em um berro:

— Nem pense nisso, retardado! –correu para guardar a rede com o rosto corado deixando um Hinata abobalhado para trás.

Hinata apenas conseguia se perguntar duas coisas. Primeiro, será que Kageyama tinha sentido o “tum-tum” de seu coração quando o ergueu?

Segundo, mas não menos importante, por que Kageyama corado lhe parecia fofo? Devia ser assustador, isso sim. Mas não era.

E a pergunta bônus, essa conseguia lhe incomodar ainda mais, por que Kageyama havia corado?