http://www.youtube.com/watch?v=U9xZLdJViiw || Bad Girl – Pussycat Dolls 

I guess you know I'm baad, baaad!

I acho que você sabe que eu sou máá, mááá!

Acordei com um sorriso nos lábios. Acho que o que aconteceu me deixou mais disposta. De alguma maneira, toda essa rivalidade e a adrenalina que corria nas minhas veias me motivava. A expectativa. A vontade de saber qual seria o próximo passo do Bass. Senti falta disso. Além do mais, amanhã aconteceria meu famoso soirée.

They be wating my swag.

Elas ficam secando meu estilo.

Nada melhor do que um belo evento para me animar. Ou para ajudar a esquecer o Chuck. Ou talvez, apenas para bolar uma maneira de acabar com ele de uma vez por todas.

Depois de agüentar o sermão da minha mãe de como eu a envergonhei ontem a noite, peguei o taxi para a escola. Eu não queria contar para ela o que aconteceu com o Bass. Ela vinha sendo muito mais compreensiva de uns tempos para cá. Desde que ela casou com o Cyrus, na verdade. Acho que ele fez bem pra ela. Mas mesmo assim, me sinto pressionada a ser perfeita. Não que isso seja exatamente difícil para mim.

- B.! Sentimos sua falta! Ficamos sabendo da falsa da Penélope. Tomara que ela pegue sarna na cadeia. – Sarna? Ah, como a Kati era extremamente boa.

- Ou ela pode ser devorada lentamente por ratos. – Pena que elas não sabem que eu sou má. Elas riram.

Chic ain't cheap and everybody knows.

O chique não é barato e todo mundo sabe.

- Ah, aqui estão os convites do meu soirée. – eu falei enquanto entregava os envelopes beges com fita dourada para cada uma delas. Os olhos delas brilhavam. Expectativa. Ah, como senti falta das pessoas serem capazes de morrer por um desses envelopes.

- Ai. Meu. Deus! – Nely disse logo que pegou seu convite.

- Já sabem as regras certo? – Ouvi o sinal bater. Segui para a sala de aula e meu celular vibrou. Ótimo, quem será que resolveu interromper minha maravilhosa aula de álgebra?

“B. estou com problemas. Lily está doente. Te vejo depois. S”

- Da próxima vez, eu quero que desliguem os celulares. – O professor disse logo que a aula acabou olhando para mim. Idiota. Sai da sala sem olhar para trás. A Serena deveria estar arrasada. Serena, Erik, e... Chuck. Não que eu me importe com o que o Chuck sente ou deixe de sentir. Vi a S. no telefone e fui me aproximando.

- Tudo bem? – eu disse quando ela finalmente desligou.

- É, eu acho que sim. Erik está levando bem também... já o Chuck eu não tenho certeza.  – Merda. Eu não deveria estar sentindo esse aperto no coração, devia? Quer dizer, eu não tenho nada a ver com ele. Se ele não estiver bem, que se dane. Eu não posso me preocupar. – Você podia falar com ele, por favor?

Chuck Bass

Ignorei pela milésima vez a ligação da Serena. Definitivamente não estava afim de conversar. Estava deitado com uma garota que não me lembrava mais o nome.  Clarisse, eu acho. Ou Jane. São nomes muito parecidos. O telefone tocou e resolvi atender.

- Senhor Bass? A senhorita Waldorf está ai. – O que?

- Mande ela subir. – Desliguei o telefone e coloquei meu hobby. Entreguei as roupas da Luana. É, acho que esse é o nome dela.

- Posso entrar? Por favor, diga que não se alguém estiver nu ai dentro. – Eu ri.

- Pode entrar. – Assenti. Ela esbarrou com a garota... qual o nome dela? Ah claro, Alexandra, que estava saindo.

- Desculpe, não estava esperando visitas.  – Eu disse quando vi a cara de nojo dela enquanto olhava para o quarto. Algumas peças de roupa no chão e a bagunça era inegável. Mas, afinal, não estava tão mal assim.

- Eu vim ver se você está no seu estado normal e pelo visto está. – Distração. Eu tentava manter minha cabeça longe do problema da Lily. Aquela situação me lembrava muita coisa desagradável. O único jeito de esquecer é sexo.

- E por que não estaria? – Ela olhou para o chão.

-Você tem razão. Você é uma criatura fria e sem sentimentos, não se importa com o que os outros sentem. Obrigado por me lembrar Bass. – Merda. Ela sempre entendia tudo errado. Mas pelo menos eu fiz ela acreditar que realmente não sentia pela Lily. Ou não. Demorei um pouco para entender que o que havia na voz dela era sarcasmo. Ela me conhece bem. Sabe que eu sentia pela Lily.

- Quando precisar. – Respondi tentando fazer parecer como se não tivesse notado nada. Ela se aproximou e sentou no sofá onde eu estava.

- Chuck, eu sei que você sente. Eu sei que depois do que aconteceu com a sua mãe, e depois seu pai, a Lily doente te trás medos. – Ela colocou as mãos sobre as minhas e tirou logo depois, sacudindo a cabeça. – Não fuga disso. - Bom, eu podia tentar tirar proveito da situação, certo?

- E por que você veio aqui? – Hora de virar o jogo.

- Porque... Serena pediu. – Ela se levantou e arrumou a saia. – Mas como vejo que já está bem, eu vou embora. Sabe, hoje é uma das noites mais importantes do ano e eu estou muito ocupada... – pausa dramática. – Organizando ela. – Ela saiu sem olhar para trás. Sorri sozinho. Era a cara dela sair quando não queria falar nada. E ainda tem a capacidade de falar sobre fugir de sentimentos.

 Demorei alguns minutos para entender o que a B. quis dizer com ‘a noite mais importante do ano’. É claro que depois de ligar para algumas pessoas, descobri que hoje é o soirée anual dela. Sorri.

- Alo, Jeff? É o Bass. Faça um favor pra mim. Avise a todos os caras de Manhattan. Vamos fazer uma festinha no Red Carpet hoje. – O Red Carpet é uma das melhores boates de NY. As garotas geralmente vão lá. Mera coincidência.

Vou ver meu celular que está tocando. Adivinhem?

“ Hey Upper East Siders! Vocês já deve ter ficado sabendo que finalmente a data do famoso soirée da Waldorf foi decidida. E é hoje a noite, como de costume, o tradicional Verdade ou Consequência vai acontecer no Red Carpet. 

Novidade: Parece que Chuck Bass resolveu dar uma festa também. Detalhe: local? Red Carpet. Coincidência? Vindo de Chuck Bass... acho que não.

Então queridos, podem começar a se matar por convites, afinal, apartir da meia-noite, as coisas vão esquentar no inverno de New York. Enquanto isso, eu sei que vocês me amam.

XOXO. Gossip Girl.”