Cicatriz escrita por SkellingtonGirl


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Esta fanfic é inspirada em personagens de total autoria da Walt Disney Productions, NENHUM deles me pertence totalmente.
Cicatriz É APENAS UMA ADAPTAÇÃO do personagem Scar, que transformei em uma mulher humana. Do mesmo modo aconteceu com Zira (no caso da forma humana) e de outros personagens que terão suas aparições ou que serão citados.
Tenha uma boa leitura!



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Não, ela não era má... Ou talvez fosse. Apenas seguia seu destino como qualquer outro faria... Sim, seu nome era Cicatriz, mas esta provavelmente não é a Cicatriz de que você já ouviu falar... Não. Belos foram os dias em que a mesma era uma jovem e bela princesa, dona dos mais lindos olhos reluzentes cheios de luz e vida. Mas... Acabou.
Tudo começou com a triste notícia de não poder ter o mesmo direito ao trono que o irmão somente por ser uma mulher, sim, o que não só despertou um ódio eterno dentro de si, como também a fez acabar completamente com seus laços de irmandade por Mufasa.
Ela havia mudado.
Era uma noite escura, onde a brisa passeava livre como nunca tinha sido antes e o vento, sim, ele mesmo, sussurrante dizia em seu ouvido coisas incompreendíveis e obscuras...
Ela estava lá, sozinha, em seu trono de marfim, cujo o qual a tinha feito uma verdadeira rainha, pois é, em tempos antigos a mesma teria do que se orgulhar, mas agora... Tudo parecia estranho, inacabado. Foi então que aconteceu, todas aquelas memórias retornaram do além túmulo somente para zombar de si mesma, e de sua terrível sorte.
Ela deixou que algumas lágrimas caíssem. E sem que nem a mesma notasse um guarda curiava a cena, tamanho era seu nervosismo, ainda com ela o fitando, e ele com olhos curiosos.
Cicatriz recompôs-se.
—O quer agora...? - ela coloca uma das mãos na cabeça como se estivesse com dores, e estava.
—É a Comandante Zira minha rainha... Ela veio vê-la. - os tremeliques que ele dava eram constantes
—Aonde ela está...?
—Na sala de recepção... Se vossa majestade permitir posso acompanhá-la...
Ela negou com uma das mãos.
—Não, deixe-me aqui mesmo... Estou um pouco indisposta hoje... - deu um suspiro profundo e sofrido. - Chame-a para cá.
—Como quiser, majestade.
Com muita calma ele abaixou-se numa graciosa mesura, logo retirando-se dali.
A rainha praticamente manteve-se imóvel, apenas esbanjou alguma reação quando Zira atravessou o pátio carregando uma espécie de embrulho em seus braços. Cicatriz ajeitou-se, e quando Zira estava prestes a fazer uma mesura foi interrompida:
—Por favor Zira, não se exponha assim diante de minha presença.
Entendendo o recado ela se reergueu.
—E então, conseguiu?
—Sim, Cicatriz. Aqui está! - exclamou referindo-se ao embrulho
—Pois bem, vamos, mostre-me! - falou, agora impaciente
Zira concordou subindo a escadaria em direção ao trono, foi então que com muita calma descobriu parte do pequeno amontoado de panos... E que surpresa! Era um doce e frágil bebê.
—É um menino - explicou Zira. -, a mãe o tinha nomeado "Kovu" antes de partir deste mundo.
Os olhos de Cicatriz agora estavam pouco marejados, a semelhança que a criança tinha consigo era incrível! E a doçura daquele pequeno ser a cativou.
—Ele é...
—Idêntico á você? Sim, eu sei... - Zira falou num curto sorriso. - Sabia que também acharia o mesmo. Cicatriz não proferiu nenhuma palavra, apenas estendeu as duas mãos:
—Posso?
Zira assentiu, e com muito cuidado ambas trocaram o bebê de um colo á outra.Uma lágrima insistente não custou a cair dos olhos semelhantes a esmeraldas molhadas da rainha, e ela sorriu:
—É como se... - pausou. - Fosse o filho que nunca chegaria a ter...
Zira também pareceu se emocionar com a cena, mas somente por dentro, pois era durona demais para permitir-se derrubar umas poucas lágrimas.
De repente uma pontada cortante foi sentida na cabeça de Cicatriz, e tomada pelo desespero entregou rapidamente Kovu aos braços de Zira, ela tossia asperamente - o que acabou acordando-o aos berros - e dando uma leve olhada nas mãos viu algo já pouco esperado pela mesma... Sangue!
—Cicatriz, você está bem? - perguntou Zira ainda de olhos arregalados, supostamente criando a imagem do sangue em sua mente.
Cicatriz pegou fôlego.
—Não, preciso me deitar... Vamos aos meus aposentos!
Dito isso iniciou-se uma correria e com a ajuda de alguns guardas ela foi levada ao seu leito.

Zira agora já não tinha mais Kovu nos braços, apenas segurava uma das mãos da rainha enferma sentada na beirada de sua cama. Agora ela não era mais a mesma, só sentia a morte vindo-lhe buscar:
—Zira...?
—Por favor majes... - interrompeu-se. - Cicatriz. Não se esforce muito, você pode acabar...
—Morrendo?! - Zira desviou o olhar. - Oras, já estava com um pé aqui e no outro mundo mesmo! - por mais que não quisesse sua voz soou grossa. Pausou. - Desculpe...
—Não, está tudo bem...
Silêncio.
Com olhar fito na noite estrelada juntamente com uma lua crescente exuberante Cicatriz imaginou o que lhe aguardava... Estremeceu. Porém, algo lhe veio a mente:
—Zira?
—Sim?
—Prometa-me que cuidará de Kovu.
Os olhos de Zira se espantaram.
—Mas como, se já tenho dois filhos? - tentou se justificar
Mas a rainha não queria saber de desculpas.
—Apenas prometa.
A Comandante exitou, mas não viu escolha, então concordou.
—Esta bem.Nenhuma de ambas custou a dizer algo, apenas um vento leve e a respiração pesada da rainha, quase falecida, eram ouvidos...
—Sabe - disse procurando algo na noite. -, em toda a minha vida eu sempre pensei que a felicidade estivesse no poder, mas... - agora as mesmas lágrimas de antes eram vistas, sendo que mais intensas. - Não estava! - ela soluçou. - Eu errei Zira, e como castigo mereço o mesmo que fiz ao meu irmão... - arregalou os olhos e fechou-os. - A morte!
Zira colocou as duas mãos sobre a boca.
—Então foi você...?
Cicatriz assentiu, pouco intimidada pelo olhar de espanto no rosto da amiga, e sentindo o peso da culpa e a vergonha lhe subindo a face ordenou:
—Agora já pode sair, isto é tudo.
Em seu íntimo Zira quis protestar, mas os pedidos - e por sinal últimos - da rainha, fizeram-na calar-se e sair de fininho, somente com lágrimas secas na pele e um coração abatido...
Logo foi tomava por uma solidão agonizante, sentindo a temperatura do corpo cair, porém aumentar de imediato, então era aquela a morte?
Ela não saberia dizer.Na mente eram passadas inúmeras cenas, como num verdadeiro filme, e ela viu com olhos que nunca chegaria a ver: sua infância! Onde ela e o pequeno Mufasa corriam contra o vento e os cabelos brilhantes esvoaçando, quando não existia nem ódio, nem a inveja ou até mesmo a dor. Somente amor, nada mais...
Ela suspirou sentindo o coração pulsar fraco e o ar ir embora aos poucos...
"Era aquele seu fim?", pensava, "Valeu mesmo a pena?!", e como fortes marteladas insistentes sentiu o peso da culpa na consciência, chegara sua hora...
Com um leve abrir de olhos a rainha contemplou uma imagem desenhada no alto de seu leito com letras douradas e adornadas com um lindo desenho, nele, continham a sombra de duas crianças que a mesma mandara fazer, ela e o irmão...
Foi então que num belo, e quase ensaiado por todos, suspiro, cerrou seus olhos para eternidade, sendo agarrada pelos braços e o suave colo da morte eterna...


E para esta história existe apenas uma única moral:
"O ódio eterno e a inveja podem acabar com a alma bem mais rápido que o tiro de uma única bala no coração."
 


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Notas finais do capítulo

Esta foi uma versão que fiz do vilão Scar, onde ela se sente tão peturbada que peso da culpa que acaba por deixar de se alimentar, beber etc, ficando doente aos poucos, tanto que chegou ao estado que ficou.
Como alguns podem estar confusos preparei alguns dos pontos centrais e ocultos desta fic, estão logo abaixo:



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