The Princess escrita por Agent Nalla


Capítulo 2
2 – Dream


Notas iniciais do capítulo

Oeeee gente!
Primeiramente, adorei os comentários ♥ Respondi todos com o maior carinho do mundo.
Segundo, espero que gostem desse cap /0/



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Demorou, mas os heróis haviam conseguido. Haviam salvado o planeta, prendido o vilão e fechado o portal. Claro que não puderam evitar a destruição de diversas construções da cidade, mas o que importava era que conseguiram salvar o máximo de pessoas possíveis, e tal fato os faziam sentir que tinham feito o certo.

Que tinham, realmente, salvado a Terra.

Após capturarem Loki e acalmarem o Hulk, decidiram parar para comer, acabando por ir à uma lanchonete próxima a Torre. No silêncio, onde se poderia ouvir apenas o mastigar de um e outro vingador, uma jovem loira passou pela frente, vagando pensativa antes de focar seu olhar em um deles, com aquela roupa azul, vermelha e branca...

— Capitão...? — Ela apressou o passo, alcançando a entrada parcialmente destruída e adentrando-a, chamando a atenção da maioria deles, mas se concentrando em apenas um. — Fazendo uma parada depois do pesado? — Questionou com um leve sorriso, fazendo Steve sorrir também antes de assentir.

— Quer nos acompanhar? — Convidou, fazendo um sinal para a cadeira que havia ao seu lado e, dando de ombros, a garota não recusou.

Ao sentar-se ao lado do loiro, já foi roubando uma batata frita enquanto Tony a analisava antes de encarar o patriota.

— Quem é ela? — Perguntou curioso, atraindo o olhar dela para sua direção por um momento enquanto engolia sua batata.

— Sou Crystal Redwin. — Apresentou-se ao pegar mais duas e colocá-las na boca, mastigando com vontade. — Nossa... Como estava sentindo falta de batata frita. Não como isso há meses! — Isso fez todos franzirem o cenho. — Minha mãe é uma rainha maluca que me fez ficar de dieta para uma maldita festa de gala, pois disse que se eu comesse demais, não caberia na merda do vestido. — Crys bufou irritada. — A parte boa é que não compareci, mas a parte ruim é que fiz dieta para nada.

Natasha, que estava observando o jeito descontraído da garota e achando extremamente interessante, moveu seu olhar para o Capitão.

— Onde a conheceu? — Questionou curiosa enquanto Tony pedia um hamburguer duplo para a loira, que agradeceu com um enorme sorriso no rosto.

— No meio da batalha. Ela tem uma mira incrível e é bem ágil. — Isso o fez lembrar-se de algo, então se virou para a princesa. — Crystal, você por acaso é superdotada?

A garota quase se afogou com as quatro batatas que tinha na boca.

— Claro que não! — Exclamou entre tosses, um pouco incrédula pela pergunta. — Eu só... Fiz. Confesso que foi estranho, mas eu gostei e, se pudesse, faria de novo sem remorso algum. — E sorriu de canto para o loiro, que achou a resposta dela um tanto entranha, mas não iria infortuná-la com perguntas quando o que ela deveria querer era descansar e comer.

Thor, que estivera silencioso junto com Clint e Bruce, resolveu se introduzir em tal conversa.

— Desculpe, mas pode repetir seu nome? — Pediu com um interesse que a deixou mais do que curiosa, a deixou atenta.

— É Crystal. Crystal Redwin. — Ela viu algo passar pelos olhos azuis do belo loiro, mas ao invés de se sentir confortável, um medo se alastrou por seu peito. — Por que o interesse? — Questionou com o cenho franzido, pois sentiu aquilo no tom de voz do desconhecido e isso não soou bom em seus ouvidos. — Espera, quem é você?

Ele sorriu de leve.

— Desculpe não ter me apresentado. Sou Thor. — Crystal piscou algumas vezes, sem acreditar naquilo, até que viu a sinceridade no rosto dele e soltou um gemido, colocando seu rosto em uma das mãos. — Meu irmão está com um estranho interesse em você e eu queria saber o motivo, pois ele pediu que a procurasse para levá-la conosco.

A loira ergueu seu rosto rapidamente, deixando seu queixo cair antes de começar a xingar.

— Aquele idiota chifrudo deveria estar mais preocupado com o que será de seu pescoço quando voltar para casa ao invés de pedir para me procurar! — Exclamou estressada, sacudindo a cabeça. — Só por que eu sei diversas coisas sobre ele, não quer dizer que devo ir com deuses nórdicos a não sei aonde fazer sei lá o que! — Ela exalou o ar que estava prendendo em seu monólogo, relaxando parcialmente os ombros. — Só por que minha família acredita em vocês, não quer dizer que sou obrigada a ir à... À Asgard. — E revirou os olhos, cruzando os braços semelhante a uma criança emburrada.

Todos se entreolharam, fazendo Tony suspirar pesadamente da ponta da mesa.

— Sério que você está cogitando ouvir o Homem Rena depois do que ele fez a cidade? — Ele soltou, deixando a todos quietos. — Vamos comer e esquecer um pouquinho que salvamos a Terra de ser dominada. — Isso fez Crystal sorrir, pois assim, o foco seria tirado dela e não precisaria falar que sonhava com aquele deus metido e burro desde que aconteceram coisas estranhas na região do México.

O hamburguer da garota chegou minutos depois e ela agradeceu, logo começando a comer com vontade sem se importar se estava sendo educada ou não à mesa. Seu corpo estava dolorido, machucado, arranhado e cansado, então apenas comeu junto as pessoas mais corajosas que já conhecera em sua vida enquanto Thor não afastava seu olhar da jovem, pois vira verdade quando Loki falara com ele.

Thor estava levando seu irmão para uma cabine altamente protegida dentro da SHIELD, mas antes que ele saísse de seu interior, o moreno tocou o braço do deus do trovão, fazendo-o se virar para Loki.

— Sei que não tenho direito algum de lhe pedir nada, mas há uma garota lá fora. Uma midgardiana que nos venera e sabe sobre... Sobre... Sigyn. — O loiro viu que ele se obrigara a falar o nome da única mulher que amara na vida. — Encontre-a e leve-a até nossa mãe. Suspeito que ela seja mais uma preciosidade que gostará de proteger.

Isso fez com que Thor estreitasse seus olhos em direção ao irmão.

— Por que diz isso?

Os orbes verdes do deus da trapaça pousaram no loiro, e estavam tão sério que chegava a ser tenebroso.

— Por que acho que Sigyn deixou uma lembrança para trás antes de falecer.

∞∞∞ 

Tony havia ajudado-a a encontrar o hotel em que se hospedou, então, assim que o adentrou, quase fora atingida pelos dois brutamontes que deveriam protegê-la ao invés de deixá-la escapar por entre seus dedos. Teve de utilizar seu talento de driblá-los para que não a enchessem a paciência, pois ela já estava exausta e a única coisa que desejava naquele momento era tomar um bom banho para tentar dormir logo após. Eles acabaram informando-a de que os alienígenas – que descobrira se chamar Chitauris durante sua conversa com seus novos amigos – não se aproximaram do hotel, então nada fora destruído e isso foi a melhor notícia que ela tivera desde que aquela invasão ridícula havia iniciado.

Foi uma batalha árdua para conseguir relaxar e, deste modo, dormir em seguida, mas conseguiu, embora tenha se arrependido amargamente assim que acordou em um pulo durante a madrugada. Ela suava frio, sentia certa falta de ar e, para piorar, sua cabeça parecia querer explodir, assim dificultando até mesmo sua noção de espaço.

Respirando fundo, ela tentou colocar seus pensamentos em ordem, mas a única coisa que conseguia lembrar era alguém se transformando em luz – literalmente falando –, alguém gritando... E uma dor excruciante por dentro que parecia que iria ser dividida ao meio. Tudo bem que não era a primeira vez que tinha pesadelos, no entanto, aquele havia sido o mais forte desde que iniciara e tão real que a única coisa que conseguia pensar era no maldito deus fã de verde musgo.

Sacudindo a cabeça, ergueu-se da cama, indo até a sala e jogando-se no sofá um pouco empoeirado, mas ela não se importou muito com aquilo. Sua cabeça estava cheia. Agitada. E a única coisa que conseguia ver quando fechava os malditos olhos era o deus da trapaça.

— O que está acontecendo comigo? — Perguntou ao nada, começando a massagear suas têmporas e tentando se manter o mais calma possível. — O que eu tenho a ver com a porcaria dos deuses nórdicos? Eu só rezo para Frigga quando dá, a Odin quando me convém e só! — Ela ficou em pé, andando de um lado a outro da sala completamente agitada. — Eu preciso de uma luz... Somente uma!

— Eu sirvo? — Crystal soltou um grito gutural ao encarar um espectro estranhamente familiar, mas ainda assim, desconhecido. Os cabelos loiros estavam presos em um elaborado penteado que quase fez o cérebro da garota dar um nó ao tentar descobrir onde as mechas começavam ou terminavam, um vestido simples com detalhes em dourado na cintura sem mangas, olhos azuis parecidos com o de.... Ai meu santo Odin, não pode ser! — Desculpe-me por surgir tão repentinamente, mas não pude deixar de ouvi-la. Precisa de respostas e estou aqui para fornecê-las a você. — A voz tranquilizadora, acompanhada de um timbre suave, fez Crys dar a volta pelo sofá, pouco se importando com os trajes que estava usando – que era, basicamente, uma camiseta enorme azul céu com o gatinho da Pucca brincando com um novelo de lã.

— Ah... Quem é você? — Questionou Crystal, que ainda não tinha caído sua ficha, por mais que tivesse uma prova viva. E estava naqueles olhos azuis.

A mulher sorriu da forma mais simpática que pôde.

— Meu nome é Frigga, porém, acho que já sabia disso, não é? — A garota se firmou na mesa de vidro que havia atrás do sofá, tentando não se convencer de que estava delirando. — Sei que está confusa. Sigyn não foi muito específica quando me disse que escolheria uma linhagem digna para honrar sua memória, como também a missão de salvar meu filho mais velho.

A loira franziu o cenho, compreendendo aos poucos as palavras da... Deusa... À sua frente.

— Sigyn? Essa maldita de novo?!

Frigga suspirou.

— Sei que sua mãe tentou criá-la como um espelho dela, mas não era isso que Sigyn queria para sua mensageira, juro a você. — Crystal deveria ter feito uma careta muito confusa, pois a deusa sorriu de leve. — Sigyn sabia que morreria salvando Loki. Meu menino era a única coisa que ela tinha, assim como era a única coisa que o mantinha verdadeiramente são, então para garantir que ele se salvasse do rumo que obviamente seguiria sem sua amada, ela veio até mim com a ideia de fazer um ritual. Ele consistia em utilizar algo pertencente a um planeta, o sangue de Sigyn e as palavras corretas. Foi simples realizá-lo, mas difícil quando Loki quase enlouqueceu vendo-a virar energia pura antes que Heimdall o trouxesse de volta para Asgard. — A deusa encarou suas mãos entrelaçadas antes de mover seu olhar novamente a garota, que ouvia tudo atentamente enquanto via flashes confusos de alguns momentos que Frigga mencionava. — Não tinha a mais remota ideia de que havia mesmo funcionado... Até que surgiu você, rezando para mim toda vez que tinha um sonho confuso envolvendo tanto Loki, quanto Sigyn. Você é a salvação de meu filho. E a única que resta.

A jovem abriu a boca uma. Duas. Três vezes. Mas nada saiu dela a não ser sons indeterminados. Ela passou a mão pelos fios loiros, empurrando-os para trás e repetiu aquilo tudo em sua cabeça vez e outra, se convencendo de que era verdade. De que era real.

— Eu... Acabei falando umas coisas para ele hoje. — Contou em tom baixo, encarando um ponto qualquer. — Sabia o que estava dizendo, mas ao mesmo tempo, não tinha ideia do que falava. Era como se lá no fundo tivesse certeza de absolutamente tudo. Que as lembranças sempre estiveram aqui. — Crystal a encarou. — Faz parte de ser... Isso que disse? — Frigga assentiu de leve. — Merda...

— Você precisa vir com meus dois filhos. Você pode impedir o que irá acontecer com Loki assim que Odin vê-lo. — Falou a deusa com firmeza, capturando o olhar da garota. — Precisa salvar meu menino.

Crystal lhe deu às costas por alguns minutos, fechando seus olhos e respirando fundo. A última vez que se dispôs a ajudar alguém, acabou por se ferrar grandiosamente, contudo, havia um desejo estranho e profundo que queria ouvi-la.

— Como conseguirei ir? — Perguntou de repente, olhando por sobre o ombro. — Eu me lembro das histórias sobre a ponte do arco-íris, mas não acho que seu guardião vá abri-la para mim.

— Thor irá utilizar o Tesseract. Consiga sugar energia o suficiente de tal objeto para que se teletransporte e, depois disso, eu a ajudarei a entrar no salão. — Frigga se aproximou de Crys, quase lhe tocando a face antes de sorrir. — Confie em seus instintos.

Ela não soube como aquilo aconteceu, mas tudo ficou estranhamente desfocado e, no momento seguinte, Crystal estava sentando em sua cama de maneira abrupta. Ao encarar a janela, o sol estava nascendo, deixando-a ainda mais confusa. Colocou seu rosto entre as mãos, pensando em cada palavra dita por Frigga e suspirou pesadamente. Não tinha nada a perder, afinal de contas.

— Seguir meus instintos, não é? — Crys focou suas malas ainda não desfeitas e simplesmente... Sorriu. — Vamos ver no que isso vai dar.


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Notas finais do capítulo

Eeeee então?
Quero saber tudinhooooo nos comentários *-*
Beeeijos e até o próximo! *3*



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