A Escuridão Escarlate escrita por Tris Z


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar,mas estava com dois grandes problemas: Falta de tempo, e falta de inspiração. Mas agora eu consegui terminar esse capítulo. Espero que gostem e por favor não deixem de comentar isso ajuda na hora de escrever.



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Para meu espanto,Damon sabia muito. Vendo pelo lado ruim,ele escondia muito de nós. Escondia tantas coisas que eu me surpreenderia se eu soubesse realmente quem ele era.
Por um momento,eu me arrependi por confiar em sua pessoa. Eram tantas coisas. Me senti enjoada,se eu não fosse uma vampira,eu iria vomitar.
Katherine e sua maldição. Sua repentina vontade de vir a Forks. A carta da bruxa ruiva. A aliança com Alaric o caçador de vampiros.
Tantas coisas,tantos segredos.
Deitada em minha cama,sem conseguir pregar os olhos,pressionei o travesseiro contra o rosto,abafando o grito que se esgueirava por minha garganta.
Damon podia ter me enganado,mas no fim,ele ainda era o meu irmão. Ele ainda era a criança que eu virá crescer. Jamais o abandonaria,mesmo que ele quisesse.
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Olhando-me no espelho,arrumei o boné em cima de meus cabelos castanhos. Eu odiava esportes,além da esgrima e do hipismo,nenhum outro havia sido introduzido em meus vários anos de vida,mas estávamos falando de Edward,já que ele insistirá em me levar em um jogo de baseball com sua família,eu não consegui e nem podia dizer não.
Desci as escadas,deparando-me com uma casa completamente vazia. Depois que Damon havia contado tudo sobre seus planos sádicos,Stefan e eu havíamos combinado que um de nós ficaria vinte e quatro horas com ele. Hoje era o dia de Stefan e eu podia apostar que eles estavam com Alaric.
Suspirei e sentei-me no sofá,ligando a televisão em um jogo de baseball. Depois de alguns minutos,fiz uma careta.
Como eles podiam gostar disso?
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Sentada no enorme jipe ao lado de Edward,observei pela janela molhada pela chuva,as árvores virarem borrões indecifráveis.
— Você esta quieta hoje.
— Você também — rebati,sem tirar os olhos da janela.
Ouvi ele bufar
— Quero que me diga o porquê.
Suspirei e encostei minha cabeça no assento.
— Estou nervosa. E se sua família não gostar de mim? — revelei
Ele riu
— Você conhece Carlisle.
— Não é a mesma coisa. Carlisle é meu amigo,mas acredito que ficou intrigado ao saber que sua velha amiga andou seduzindo seu filho.
Edward gargalhou parando o carro. E eu percebi que a chuva havia parado.
— Em primeiro lugar,você não me seduziu. — ele pareceu pesar — Um pouco,talvez. Mas eu também tenho minha parcela de culpa. Em segundo,quando contei a Carlisle ele não se importou nem um pouco,na verdade ficou muito feliz.
Mordi o lábio,ainda hesitante.
— Ainda assim... Fico com receio de aparecer. Vamos fazer assim: Eu fico e você vai na frente,quando tomar coragem,irei.
Ele sorriu com malícia e estendeu seus longos braços até mim,puxando-me para seu colo.
— Vou lhe convencer a ir. — e depois selou os meus lábios com os seus.
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Edward me guiou pela avencas altas e molhadas, e pelos musgos pingando, ao redor de uma árvore gigantesca, e lá estávamos nós, na beira de uma enorme campo aberto ás margens dos penhascos do Olímpico. Era duas vezes maior do que qualquer campo de baseball.
Eu podia ver todos os outros lá. Esme, Emmett, e Rosalie, sentados numa espécie de banco de pedra eram os mais próximos de nós, á cerca de cem metros de distância. Muito mais distante eu podia ver Alice e Jasper, que estavam a pelo menos duzentos e cinquenta metros de nós, aparentemente jogando alguma coisa pra trás e pra frente, mas eu nunca vi nenhuma bola.
Parecia que Carlisle estava marcando as bases, mas será que elas poderiam ser assim tão afastadas? De repente,lembrei. Os Cullens eram quase tão rápidos e fortes como nós. A distância devia ter algo a ver com isso.
Quando nós aparecemos, os três que estavam na rocha se levantaram. Esme começou a vir na nossa direção. Emmett a seguiu depois de uma longa olhada para as costas de Rosalie. Rosalie havia se levantado graciosamente e foi andando para o campo sem nem sequer olhar na nossa direção. Meu estômago começou a mexer sem parar em resposta.
— Foi você que nós ouvimos Edward? — Esme perguntou enquanto se aproximava.
— Parecia um urso gargalhando. — Emmett esclareceu.
Eu sorri hesitantemente pra Esme.
— Foi ele.
— Bella foi, não intencionalmente, engraçada. — Edward explicou, rapidamente arrumando o placar.
Esme estendeu a mão.
— É um prazer revê-la.
Sorri e apertei sua mão.
— O prazer é todo meu.
Alice havia deixado a posição dela e vinha correndo, ou dançando, na nossa direção. Ela parou fluidamente perto de nós.
— Chegou a hora. — Anunciou.
Assim que ela terminou de falar, um trovão profundo se fez ouvir fazendo a floresta tremer, e então ele foi na direção da cidade.
— Melancólico, não é? — Emmett disse com uma familiaridade fácil, piscando pra mim.
— Vamos lá. — Alice agarrou a mão de Emmett e eles seguiram em direção ao campo gigante, ela corria como uma gazela.
Ele era quase tão gracioso e tão rápido, apesar de Emmett não poder ser comparado com uma gazela.
— Você está pronta pra ver um jogo? — Edward perguntou com seus olhos ansiosos, brilhando.
Eu tentei soar apropriadamente entusiasmada.
—Vai time!
Ele riu silenciosamente e, foi correndo atrás dos outros dois. A corrida dele foi mais agressiva, mais um leopardo do que uma gazela, e ele rapidamente alcançou os outros dois.
—Vamos descer? — Esme me perguntou com sua voz suave, melódica, e eu me dei conta de que estava olhando pra ele com a boca aberta.
Rapidamente refiz minha expressão e balancei a cabeça. Esme manteve alguns pés de distância entre nós, eu me perguntei se ela estava tomando cuidado pra não me assustar.
Ela combinou seus passos com os meus sem parecer se incomodar com a velocidade.
— Você não joga com eles? — Perguntei timidamente.
— Não, eu prefiro ser a juíza, gosto de mantê-los honestos. — Ela explicou.
— Então eles gostam de roubar?
— Oh sim, você devia ouvir os argumentos que eles inventam! Na verdade, eu preferia que você não ouvisse, eu não quero que você pense que eles foram criados por um bando de lobos.
— Não se preocupe,aposto que meus irmãos fariam pior. — Sorri surpresa.
Ela sorriu também.
— Bom, eu penso neles como meus filhos, de certa forma. Eu nunca superei meus instintos maternos, Edward te contou que eu perdi um filho?
— Não. — Murmurei atordoada, lutando pra entender a vida da qual ela estava tentando lembrar.
— Sim. Meu primeiro e único filho. Ele morreu apenas alguns dias depois do seu nascimento, o pobrezinho. — Ela suspirou. — Isso partiu meu coração, foi o motivo de eu ter pulado do abismo, sabe.
Ela disse como se estivesse atestando um fato.
— Edward disse que você c-caiu. — Gaguejei.
— Sempre um cavalheiro. — Ela sorriu. — Edward foi o primeiro dos meus novos filhos. Eu sempre pensei nele dessa forma, mesmo apesar dele ser mais velho que eu, de certa forma pelo menos. — Ela sorriu calorosamente pra mim. —É por isso que eu estou tão feliz que ele tenha encontrado você, querida. — A palavra saiu muito natural nos lábios dela. — Ele foi o homem sozinho por muito tempo, e me machuca vê-lo sozinho.
— Então você não se incomoda? —Perguntei hesitante de novo. — Que eu seja... A pessoa errada pra ele?
— Não. – Ela estava pensativa. — É você que ele quer. Vai dar certo.
Outro estrondo do trovão começou a ser ouvido.
Esme parou então, aparentemente nós havíamos alcançado a borda do campo. Parecia que eles tinham formado times. Edward estava no campo esquerdo, Carlisle ficou entre a primeira e a segunda base, e Alice segurava a bola, posicionada no lugar que aparentava ser o campo do arremessador.
Emmett estava balançando um bastão de alumínio, ele assobiava quase sem rastro no ar. Eu esperei que ele se aproximasse da área do batedor, mas eu percebi, quando ele começou a entrar em posição, que ele já estava lá, tão longe da área de arremesso que eu nem julgava possível. Jasper estava atrás dele, pegando a bola para o time adversário. É claro que nenhum deles estava usando luva.
—Tudo bem. —Esme chamou numa voz clara, que eu sabia que mesmo Edward ouviria, mesmo estando tão longe. — Podem começar.
Alice ficou rígida, enganosamente imóvel. O estilo dela parecia ser mais secreto que intimidante. Ela segurou a bola com as duas mãos na altura da cintura, e então, como o bote de uma cobra, a mão dela lançou a bola que foi parar na mão de Jasper.
— Isso foi um strike? —Sussurrei pra Esme.
— Se eles não conseguem rebater, é um strike. — Ela me disse.
Jasper atirou a bola de volta para a mão de Alice que já estava esperando. Ela se permitiu um breve sorriso. E então a mão dela deu um bote de novo.
Dessa vez, de alguma forma, o bastão se virou rápido o suficiente para bater na bola invisível. O impacto da bola foi perturbador, como um trovão, o som ecoou nas montanhas, imediatamente eu percebi porque eles precisavam da tempestade de trovões.
A bola saiu voando como um meteoro pelo campo, entrando nas profundezas da floresta.
—Home run. —Murmurei.
— Espere. — Esme avisou, ouvindo atentamente, uma mão levantada. Emmett corria como o vento pelas bases com Carlisle na cola dele. Eu me dei conta de que Edward tinha desaparecido.
—Fora! — Esme disse com uma voz clara.
Eu olhei sem acreditar quando Edward emergiu de dentro das árvores, a bola erguida na mão, seu sorriso largo era visível até pra mim.
— Emmett bate mais forte. — Esme explicou. — Mas Edward corre mais rápido.
O show continuou na frente dos meus olhos incrédulos.Para um humano seria impossível acompanhar a velocidade com que a bola se movia o compasso com que seus corpos corriam no campo,mas não para mim.
Eu descobri o outro motivo pelo qual eles precisavam da tempestade de trovões quando Jasper, tentando evitar o jogo infalível de Edward, jogou uma bola baixa na direção de Carlisle. Carlisle correu para pegar a bola, e Jasper correu para a primeira base. Quando eles colidiram, o som foi como duas montanhas de pedra se chocando. Eu pulei preocupada, mas de alguma forma, eles não estavam nem arranhados.
— Salvo. —Esme disse numa voz calma.
O time de Emmett estava ganhando por um ponto, Rosalie conseguiu voar pelas bases depois de despistar uma das corridas de Edward, mas então Edward pegou a terceira bola fora.
Ele veio para o meu lado, brilhando de excitação.
— O que você acha? —Ele perguntou.
— De uma coisa eu tenho certeza, eu nunca mais vou conseguir assistir outro jogo bobo da liga de Baseball de novo.
— Até parece que você faz muito isso. —Ele sorriu.
— Eu estou desapontada. —Zombei.
— Por quê? —Ele perguntou, confuso.
— Bem, seria legal encontrar pelo menos uma coisa que você não faça melhor do que qualquer outra pessoa no planeta.
Ele mostrou seu sorriso torto especial, me deixando sem ar.
— É minha vez. — Ele disse indo para a área do arremessador.
Ele jogou inteligentemente, jogando bolas baixas, fora do alcance das mãos sempre prontas de Rosalie, correndo duas bases como um raio antes que Emmett pudesse colocar a bola de volta no jogo. Carlisle conseguiu arremessar uma bola pra fora do campo que foi tão longe, com um estrondo tão alto que doeu nos meus ouvidos, que ele e Edward tiveram que ir atrás.
Alice trocou cumprimentos com os dois.
O placar mudou constantemente com o andar do jogo, e eles encrencavam uns aos outros como jogadores de rua quando um dos times estava na liderança. Ocasionalmente Esme pedia ordem. Os trovões continuaram, mas nós permanecemos secos, como Alice havia previsto.
Carlisle ia rebater, Edward ia pegar, quando Alice ficou ofegante.
O vento bateu em minhas narinas e virei o rosto vendo dois vultos começar a surgir.
— Stefan? Damon? — o que eles faziam ali?
Damon ascenou para mim me aproximar.
Olhei para Esme que estampava um olhar preocupado.
— Podem continuar Esme,eu já voltou.
Devagar,eles voltaram a jogar. Corri em minha força sobrenatural e parei de frente para eles,as mãos nos quadris e as sobrancelhas erguidas.
— O que fazem aqui?
Stefan ofegou
— Precisamos de sua ajuda.
Damon apoiou a mão em meu ombro e aproximou os lábios em meu ouvido para sussurrar:
— O assassino pegou Elena.


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