Ele estava descendo as escadas do grande estabelecimento correndo. Era um garoto magrelo com feições élficas e pele morena. Seu nome era Leo, ou pelo menos era o que haviam lhe dito. A verdade é que não se lembrava de nada. E estava começando a achar que estava ficando maluco desde o momento em que espirrara em sua cama no hospital e acabara pegando fogo. Se a enfermeira não tivesse gritado, ele iria achar que só ele tinha visto. Mas ela gritou. E agora ele estava fugindo.

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Ela não sabia nem seu nome. Segundo os médicos, não havia nenhum documento com ela quando a encontraram. Segundo eles, seu jato particular havia caído. Junto com ela caiu também um garoto, pelo que ela soube, mas ela não sabia quem era. Droga, ela não sabia nem quem ela era.

A garota odiou o lugar. Nenhuma das enfermeiras falava sua língua. Como ela já estava parcialmente curada, podia andar pelo hospital livremente. Ela não recebera alta, apesar de sua melhora, afinal, mesmo se recebesse, não tinha para onde ir.

O que mais intrigava os médicos era o fato de dois americanos caírem de um jato particular e acordarem sem nenhuma memória. De acordo com eles, era incrível que eles estivessem vivos, mesmo sem memória.

A garota divagava ao pé da grande escadaria do hospital quando sentiu um empurrão e um garoto caiu encima dela, no chão.

Observou assustada aqueles grandes olhos castanhos a centímetros dos dela. Por um curto momento teve um lampejo de memória. Aqueles mesmos olhos a observando antes de caírem. Mas não pareciam estar em um jato.

–- Calipso - sussurrou o garoto, mas foi interrompido por um guarda o puxando de cima da garota e o arrastando de volta para o quarto de hospital. Uma enfermeira seguia ele apavorada, como se tivesse visto algo inacreditável.

E então Calipso se lembrou de uma coisa. Nada demais. Apenas um nome.

Leo Valdez.