Porto-Seguro - Corações Incompletos I escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 5
Primeiro Dia De Aula


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem , boa leitura... ♥



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Acordo, muito estressada por ter dormido tão pouco.

Meus paus brigaram a noite inteira praticamente, e eu não consegui dormir pelo barulho.

Começo a me arrumar assim que levanto.

Termino de escovar meus cabelos, retoco meu batom e estou pronta!

Pego minha bolsa, carteira, celular, chaves do carro... E acho que só.

Saio do meu quarto e desço as escadas. Encontro Kate e Ethan na sala com minha mãe.

—Ana. —Diz Carla e eu a fuzilo por já estar brava. —Você vai ir com a Kate e o Ethan, ok?

—Não! —Exclamo. —Eu tenho meu carro, e vou usá-lo.

—Querida, não comece...

—Não comece você com essa história de querida. —Corto-a. — Eu disse que eu vou com meu carro Carla, quer você queira ou não.

—Você podia fazer o que eu mando ao menos uma vez?

—Você não manda em mim! E não comece com chantagem emocional. Você realmente não vai querer entrar em uma discussão comigo! Não depois das palhaçadas de ontem a noite.

Caminho até a porta e saio batendo a mesma.

Entro no meu carro e jogo minha bolsa no banco do carona.

Respire Ana.

Respire...

Ligo meu carro e saio seguindo para o colégio.

Estaciono perfeitamente em uma das vagas e desço do carro recebendo olhares curiosos.

Que patético!

Até parece que nunca viram uma garota que dirige bem.

—Olha se não é a "não me toque".

Arqueio uma sobrancelha e cruzo os braços vendo nada mais, nada menos que Christian Grey.

—Claro, o meu dia já estava muito bom, eu só precisava encontrar com um idiota para ele melhorar! —Exclamo com sarcasmo. —Só que não!

—Você é muito marrenta mesmo. —Christian se aproxima e fica a poucos centímetros.

Minha respiração acelera, mas eu não recunho.

—Acha que pode me tratar como quiser?

Sorrio e aproximo meus lábios do seu ouvido.

—Isso é só o começo Baby!

Afasto-me e jogo meus cabelos, depois saio andando e mais pessoas me olham pasmas.

Entro na escola e uma mulher de terninho e saia lápis se aproxima, ela tem os cabelos pretos e eles estão presos em um coque.

—Srta. Steele?

—Sim. —Digo calmamente.

—Eu sou a Sra. Nasseh. —Ela diz. —Diretora e dona da escola.

—Muito prazer Sra. Nasseh. —Digo segurando sua mão.

—O prazer é meu. —Ela diz apertando minha mão suavemente. —Você já conheceu a escola?

—Sim, quando eu vim fazer a minha matrícula.

—Claro. Já pegou os seus horários?

—Sim senhora.

—Ótimo! Bem, espero que seja bem recebida por todos, e qualquer problema eu ficaria mais que feliz em resolver.

—Claro. —Digo dando um sorriso forçado.

—Até logo Srta. Steele.

—Até.

A diretora sai andando e eu reviro os olhos.

Falsa!

Sigo para a sala de aula e me sento em uma das cadeiras do fundo.

—Anastásia Steele?

Olho para a porta e vejo um furacão de cabelos pretos, entrar na sala.

—Sim. —Digo. —E você é?

—Mia Grey.

Grey?

—Prazer. —Digo dando um sorriso.

—O prazer é meu. —Mia diz e senta na carteira ao meu lado. —Eu ouvi muito sobre você.

—Sobre mim? —Franzo o cenho.

—Sim. E sem dúvidas você é mais do que falaram, sem contar com o seu estilo. Eu amei o jeito que você chegou. Você viu como as pessoas te olharam?

—Desculpe Srta. Grey, mas eu não tenho tempo para ficar reparando em pessoas que não vão mudar a minha vida.

—Claro... —Mia murcha e desfaz seu sorriso. —É um mau momento?

—Todos os momentos são maus para mim. —Sorrio. —Mas não se preocupe, eu sou assim mesmo.

—Entendi... Mas...

—Mia! —Uma garota entra na sala e corta Mia. Ela se aproxima e senta ao lado da Grey. —Como está minha melhor amiga?

—Oi Leila... —Mia diz sem empolgação nenhuma.

Parece-me que ela não está à vontade.

—Melhor amiga? —Pergunto arqueando uma sobrancelha.

—Sim. —Leila diz. —Eu e Mia somos melhores amigas, não é mesmo?

—Na verdade...

—Nós nos conhecemos desde o pré. —Diz Leila cortando Mia, novamente.

—Não parece. —Digo secamente. —Ela não falou nada, a única que está falando, e falando demais, é você. Na verdade você está demais aqui.

—O que você quis dizer com isso? —Leila me fuzila.

—Que nenhuma de nós duas quer sua presença. —Digo secamente. —Você está sobrando se não percebeu. R nem a própria Mia deve gostar de você.

—Vem cá! —Leila levanta batendo as mãos na mesa. —Quem você pensa que é para falar assim comigo?

—Alguém muito mais importante que você. —Levanto-me e ela murcha sobre meu olhar. —Pode abaixando sua bola linda, com toda certeza, você não vai querer arrumar briga comigo, você não sabe quem eu sou, e não vai querer descobrir. Agora sai!

Leila nem olha nos meus olhos, ela praticamente corre da sala e Mai solta uma gargalhada.

—Com certeza você arrasou. —Ela diz. —Ninguém nunca enfrentou a Leila desse jeito.

—Essa garota é sem dúvidas, ridícula. Você não pode deixar que ela fale por você.

—Eu sei... Meu irmão também fala isso, mas eu só não dou sorte com amizades.

—Acho que somos duas... —Dou um sorriso triste. —Mas vamos esquecer isso. Eu não vou deixar que ela faça isso com você de novo.

—Não?

—Não, ninguém deve ser tratado desse jeito. Eu sei que sou marrenta, mas nunca disse o que as pessoas deveriam ser, ou quis pisar nelas. Isso é ridículo. Ninguém merece ser tratado como cachorro.

—Sem dúvidas. —Mia sorri.

—Bem, eu tenho que ir ao banheiro, você me acompanha?

—Sim.

Saio com Mia da sala e nós começamos a andar pelo corredor e conversar sobre coisas.

—Ana! —Kate diz vindo em minha direção. —A tia Carla está uma fera com você.

Mia olha para mim e depois Kate.

—É mesmo? —Pergunto com sarcasmos. —Quando é que seus tios não estão uma fera comigo?

—Ana, eles são seus pais.

—Não Kate, eles não são! Agora não me encha, eu não preciso de uma menina mimada no meu pé!

—Nossa Ana... —Kate diz ferida e isso dói em mim. —Eu sou sua amiga lembra? Não precisa me tratar assim.

Kate tenta andar, mas e seguro seu braço.

—Para com isso. —Digo.

—Me solta! —Ela diz com os olhos marejados. —A trouxa aqui, cansou de correr atrás de você! Eu quero que você se foda!

—Você está sendo patética!

—Você é tão ridícula!

Kate puxa o braço e sai andando pelo corredor.

—Quem é ela? —Mia pergunta.

—Ninguém de importante. —Digo secamente.

—Agora ela não é importante? —Viro-me e vejo Ethan encostado na parede. —Você a magoou Ana, e por incrível que pareça, ela era sua única amiga. A única pessoa que te aguenta.

—Foda-se! Vai lá correr atrás dela, como você sempre faz.

—Pois é! Eu vou lá, como sempre faço. Sabe por quê? Porque eu sou irmão dela, e diferente de você, eu a amo, mas deixa isso pra lá. Você nem sabe o que é amor, não é mesmo? Nem um coração você tem.

Ethan sai andando, mas se vira e olha para Mia.

—Cuidado Mia, você pode ser a próxima com o coração machucado. A Ana não se importa com ninguém além dela mesma.

Ele se vira e continua a andar.

Uma única lágrima escorre pelo meu rosto e eu a enxugo. Mia me olha confusa.

—É verdade o que ele disse?

—Sim. —Digo secamente. —Eu não sou uma boa amiga, se é isso que você quer. Nem amiga eu sei ser.

—Mas você me defendeu da Leila...

—Não Mia! Eu não te defendi, eu só a fiz enxergar quão ridícula ela é.

—Ana... —Mia se aproxima e levanta a mão, mas eu recuo.

—Não me toque Mia, por favor. —Digo com medo e ela recua.

—Desculpe.

O sinal toca e eu solto um suspiro.

—Vamos, está na hora da aula.

—Ok...

Entramos na sala e eu me sento, Mia senta ao meu lado e logo vejo Kate entrar na sala, ela está com os olhos vermelhos e sei que estava chorando.

Merda!

Kate senta bem longe de mim e eu sei que está magoada.

—Bom dia classe. —Diz um homem calvo entrando na sala.

A aula começa e eu tento me concentrar.

Tento...

NO INTERVALO...

Caminho por entre as mesas e logo me sento em uma mesa vazia. Pego meu livro na mochila e começo a ler.

—Você sentou no lugar errado, queridinha.

Levanto o olhar e vejo Leila (a vaca) com algumas seguidoras.

Foco no livro de novo e continuo lendo.

—Eu falei com você! —Leila coloca sua bandeja sobre a mesa. —Você está me ignorando?

Olho para Leila e dou um sorrisinho falso.

—Escuta aqui... —Ela diz e segura meu braço. —Eu falei com você!

Levanto-me e torço o braço de Leila, depois seguro sua nuca e empurro sua cabeça diretamente na bandeja, o que leva seu rosto ao purê de batata.

—Encosta, em mim de novo e você vai precisar falar é com um médico!

Empurro a garota e ela cai no chão com a bandeja.

Leila não diz nada, apenas levanta e sai correndo, assim com suas fiéis seguidoras.

Foco no meu livro de novo e tento continuar a ler.

—Quer dizer que a garota é destemida?

Christian!

Rosno por dentro e o fuzilo-o com um olhar.

—Eu vou te mostrar o que é destemida se você não cair fora! —Exclamo sem paciência alguma.

—Ei calminha.

—Sai!

—Você pode se acalmar?

—Vê se me erra garoto!

Fecho meu livro, guardo dentro da bolsa e me levanto.

Christian segura meu pulso e eu não sinto nada.

Não tenho medo, e isso me deixa confusa.

—Calma, eu estava brincando.

Ele diz olhando nos meus olhos e eu fico perdida por alguns segundos.

—Ana. —Ethan vem correndo. —A Kate e a Mia se meteram em uma briga com umas garotas do terceiro.

—O que? —Eu e Christian gritamos juntos.

—Por que você não fez nada? —Pergunto enquanto corremos até elas.

—Que garota vai deixar um menino entrar em um briga.

—Porra!

Logo vemos a aglomeração no meio do pátio, saio empurrando as pessoas e vejo Kate e Mia apanhando de quatro meninas.

Meu sangue ferve e eu perco toda a calma que nunca tive.

Caminho até a menina que está batendo em Kate e seguro-a pelos cabelos, bato seu rosto em meu joelho e ela desmaia com o nariz sangrando. Solto-a no chão e todos ficam em silêncio.

—Que fique bem claro. —Digo em alto e bom som. —A próxima pessoa que encostar um dedo nelas, vai se ver comigo, e com certeza nenhum de vocês vão querer arrumar briga comigo! Agora saiam!

Todos saem correndo e apenas Christian, Ethan, Mia, Kate e a garota desmaiada ficam.

—Qual o problema com vocês? —Grito. —Que ideia de se meter em uma briga foi essa?

—Vai se foder! —Kate grita e vai para o lado de Ethan.

Mia se levanta e olha envergonhada para mim e depois para Christian.

—Steele! —Viramos todos juntos e vemos a diretora vir em nossa direção.

 

Ih fudeu!


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Notas finais do capítulo