Enquanto cada um apostava suas fichas, pensavam em sua estratégia.
Minutos se passaram, até que a mulher separou todas as fichas da mesa para Isabella.

- Conte-me seu pior segredo, Cullen – soltou um sorriso vitorioso.
Edward que estava emburrado, suspirou.

- Quando eu era menor, meu tio Aro veio nos visitar. Ele falava italiano, assim como meus pais. Mas eu não entendia nada. Então, eu olhei para meu tio, puxei seus braços e comecei a soltar palavras desconexas e estranhas como: blaskcibum e tal, e todos me olharam assustados. 

“Minha mãe perguntou o que eu estava fazendo, e eu, todo sorridente, respondi: Falando italiano. Enquanto todos riram, eu fazia cara de choro. Não sabia por que eles riam. Eu só estava falando! “

Bella gargalhou e olhava Edward feliz.
- Que fofo. – ela disse, logo após controlar sua risada.
- Você vai ver. Eu facilitei, achando que você não ia ganhar.  Mas agora...

O jogo recomeçou. Mesmo sendo super competitivo, Edward quase perdeu outra vez.
- Sua vez. – ele sorriu.
Bella bufou. Sentia-se segurava com ele, e queria lhe dizer algumas coisas...
- Eu vim para Las Vegas me casar. – O queixo de Edward se abriu, até o máximo possivel. – Sabe, naquelas capelinhas? Meu sonho. – ela riu amargurada. -  Minha mãe sempre me avisou que Jacob , esse é o nome do canalha – ela soltou com raiva – não era boa pessoa. Eu não acreditei. Achava que ela era preconceituosa por ele não ter uma situação financeira... bem, como a minha. Acabei vindo me casar escondida. Minha mãe deve estar no hospital essas horas – ela rolou os olhos. – O caso é que, logo no primeiro dia, eu e descobri que meu quarto havia sido ocupado por um idiota.. – ela suspirou – na verdade, idiota não. Se não fosse por ele, eu não teria acabado com essa palhaçada... então, bem, um cara que me abriu os olhos estava no meu quarto. Eu tive que sair pra arrumar as coisas, e como Jacob é um frouxo, ficou no bar do cassino. Quando voltei, ele não estava lá. Perguntei dele na recepção, e eles me disseram que um homem bem parecido com o que eu havia descrevido tinha subido para o quarto onde era o nosso antes.
 “ Eu fui conferir... e lá estava ele. Deitado, nu, na cama. Com mais duas vagabundas a tira colo. – uma lágrima de raiva passou como flash em seu rosto, mas mesmo assim, Edward a viu. -  Eu tentei investigar.. Vai que tinham armado pra ele? – ela rolou os olhos. – como fui burra. Quando fui acordar ele, me chamou de “Vic” e disse para eu esperar ele recuperar as forças!! – Ela bateu a mão na mesa. – Sai feito um jato daquele lugar. Liguei para a compania aérea remarcar meu vôo, e nem deixei as contas feitas aqui pagas. Jacob que se vire! – ela suspirou. – Fiquei hospedada em um lugarzinho bem simples, só para dormir.. Quando cheguei no aeroporto, descobri que o vôo que eles me colocaram nunca existiu, e teria que fazer uma Vôo de quatro horas e meia na classe econômica! – ela fungou. – Bom, este é o resumo do pior dia da minha vida.

Edward não sabia o que falar. Olhava para ela com misto de tristeza e admiração.. Mas nunca pena. Ela estava passando por uma barra, e ainda estava forte.

- Se eu te disse que o cara que ficou hospedado no seu quarto sou eu, você acredita?
Ela olhou para ele surpresa e abriu a boca, mas Edward a cortou.
- The Venettian, quarto 543 B, não?
- Co...Como você sabe? – ela prendeu a respiração.
- Houve um erro com minha reserva e me puseram em uma suite nupcial. Eu estranhei, mas deixei pra lá. Fui para um cassino e quando voltei, um homem moreno estava chapado na minha cama! – ele riu. -  O nome dele é.. Jacob Black? Não?
- É... foi você que me abriu os olhos. – ela ainda estava surpresa.
- Estamos aí. – ele piscou.

A mulher que prestava atenção na história resolveu se pronunciar.
- Bom, o senhor ganhou 3.000 dólares. Querem continuar apostando?
- Não obrigada! – Edward respondeu. Pegou suas fichas e colocou um uma bolsinha de veludo que a mulher lhe deu. Pegou o braço de Isabella e voltaram a andar.
- E agora? Vamos jogar Black jack? – os olhos dela brilharam.
- Não vai me dizer que era a rainha do Black-Strip. – ele soltou um sorriso malicioso.
Ela lhe deu a lingua e fez uma cara emburrada . – Nem comento. - Pensou um pouco e abriu um belo sorriso. - Mas, se existisse, aposto que eu seria. - e ela piscou.