Dejame Ser escrita por Meel


Capítulo 7
Déjame Ser




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Enquanto Remo se debulhava em lágrimas, no andar de baixo da casa as coisas continuavam bastante tensas.

            Tudo estava quieto. Só se escutava os soluços de Tonks – que era consolada pelo primo – e os sussurros de Annabeth para Thalita:

            - Anna, você não acha que exagerou, não? – perguntou Thalita.

            - Minha querida, eu só alcancei metade dos meus objetivos até agora – respondeu Annabeth, olhando de lado para a metamorfomaga como se estivesse pensando em mais alguma coisa.

            - Mas olhe só todo o transtorno que você já causou...

            - Thalita, isso faz parte do plano. Se eu conseguir que esse transtorno vá mais adiante, posso conseguir que eles terminem, e o Remo fica todinho pra mim.

            - Você não ouviu o que ele disse, que não gosta mais de você e não vai nem te dar mais uma chance? – perguntou Thalita, que já estava bastante cansada com todo esse alvoroço.

            - Querida, deixe de ser ingênua. Homens só querem uma coisa na vida, e é o que eu vou dar a ele. Ou pelo menos oferecer... Mas de qualquer forma, eu vou convencer o Remo a ficar comigo de novo.

            - Ah, não sei, não... para mim ficou bem claro que ele não quisesse mais nada com você, Anna.

            - Amiga, acorda! Eu sempre consigo o que quero. Sempre...

            Próximo ao meio-dia, Sirius havia terminado de preparar o almoço junto com Tonks e foi chamar por Remo. Subiu as escadas e parou em frente ao quarto do amigo, então bateu. O lobisomem saiu do quarto e desceu com Sirius para almoçar.

            Durante o silêncio do almoço, ouviram um barulho de malas batendo nas escadas, cada vez mais alto e mais próximo.

            - Annabeth?! – exclamou Sirius ao ver o rosto da garota ao pé da escadaria.

            - Tchau, gente – respondeu a garota.

            - Tá largando a Ordem? – perguntou ele.

            - Não de verdade... estive em Hogwarts hoje cedo, depois daquela discussão, e conversei com Dumbledore. Vou ajudar a Ordem de qualquer forma que puder: como espiã, enviando pistas de Você-Sabe-Quem e seus seguidores e tal, mas não tenho mais como ficar aqui. Você viu o que aconteceu.

            - Percebeu que perdeu o homem, é? – provocou Tonks.

            - Sim, queridinha. Divirta-se com o resto que te deixei – respondeu Annabeth, com sorriso malicioso.

            - Pelo menos eu não sou como você, de tratar os homens como lixo.

            - Como “homens”? Virou biscatinha agora, com mais de um?

            - Não sou como você – respondeu Tonks, levando o garfo à boca sem se importar com a reação da outra à resposta.

            - Bem, vocês todos estão vendo o porquê de eu não poder ficar mais – completou, enquanto Thalita descia as escadas com suas coisas.

            - É, gente. E eu vou junto com ela, sabem... Não tenho pra onde ir sozinha nem porquê ficar aqui sozinha.

            - Então tchau, pessoal. Merlin abençoe vocês e qualquer coisa as corujas saberão onde nos encontrar... Manteremos contato com a Ordem, como já disse. Se cuidem. – disse Annabeth.

            - Não vão nem comer alguma coisa? – perguntou Sirius.

            - Não, obrigada. Entraremos em algum restaurante por aí. Tchau...

            - Tchau, Annabeth! – responderam Sirius e Remo em coro.

            Antes de saírem, Thalita virou-se para a amiga e perguntou:

            - Mas Anne, você não havia dito que faria de tudo para conseguir Remo novamente, e que sempre consegue o que quer?

            - É... eu disse sim. Mas não vale a pena gastar minhas energias com ele, está perdidamente apaixonado por ela, e ela por ele. Eu perdi o Remo, Thalita. Eu o perdi. Ele era meu e eu o deixei escapar, só isso – respondeu a garota. – Mas eu não vou ficar chorando e me lamentando por causa de homem, não sou dessas.

            E dizendo isso, abriu a porta e a fechou atrás delas. Atravessaram a rua e entrando no parque em frente, desaparataram.

             Ao fim da tarde, Joseph também se despedira e fora embora. Não dera motivo algum para a repentina partida, e Tonks suspeitava de que ele fosse atrás de Annabeth a Thalita, talvez apaixonado por uma delas, mas isso não importava.

            Quando se preparavam para dormir, Remo foi até o quarto de Tonks e entrou. A garota estava deitada em sua cama, lendo um livro sobre qual ele não perguntou, mas também não lhe interessava. Sentou-se ao lado da garota e começou a falar:

            - Dora, eu sinto muito pelo que aconteceu. Foi tudo culpa minha.

            - Por que culpa sua, Remo? – perguntou ela, sem erguer os olhos.

            - Porque foi por mim que ela voltou, e por mim que vocês brigaram. – ele respondeu, olhando para o rosto da garota.

            - Eu ainda acho que não foi culpa sua...

            - Mas e de quem foi se não minha?

            - De ninguém. Não quero que você se culpe por algo que não fez – disse Tonks, agora olhando para ele. – Além disso, ela já foi embora e podemos esquecê-la – ela riu.

            - Sabia que eu te amo? – o olhar de Remo tinha um brilho exclusivo de quando seus olhos encontravam os dela.

            - Ah, é? O quanto? – perguntou ela, num tom desafiador.

            Remo sacou do bolso uma caixinha preta e abriu-a lentamente enquanto dizia:

            - O suficiente para querer passar o resto da minha vida ao seu lado, se você aceitar.

            Os olhos dela se encheram de lágrimas e ele continuou:

            - Me deixa ser o amor da tua vida, ser inesquecível, te dar meu coração e meus arranhões das luas cheias – disse ele, fazendo os dois rirem. – Você aceita?

            - É claro que sim, claro que eu aceito passar o resto da minha vida ao seu lado!

            Ele tirou o anel de dentro da caixinha, levemente segurou a mão direita dela e colocou o anel.

            - Eu te amo! – disse ele.

            - Você não faz ideia do quanto eu esperei por esse momento! – foi tudo o que ela conseguiu falar, de tão emocionada que estava. De seus olhos escorriam lágrimas de felicidade, que desciam por suas bochechas rosadas, molhando seu rosto em formato de coração.

            - Posso me perder em seus lábios? – ele perguntou, sorrindo marota e maliciosamente para ela.

            - Sempre que quiser.

            Remo se aproximou dela, colocou a mão em sua nuca e beijou-a apaixonadamente, como nunca a beijara antes.

Déjame ser el amor de tu vida
Abrazarte el alma y entregarte la mía

Quien escucha tus silencios
Rescatar todos tus sueños
Solamente déjame ser.

Déjame ser inolvidable
La mejor historia en tu equipaje
Quien descifra tu mirada
Dulce viento entre tus alas
Solamente déjame ser

Solo quiero ser quien te ame
Como nunca nadie te amo
Darte el corazón sin explicación
Solamente déjame ser

Déjame ser quien se quede contigo
Cuando el mundo entero ya se halla ido
Quien se pierde entre tus labios
Para siempre y sin pensarlo
Solamente déjame ser

Iluminar todo tu interior
Ser un murmullo en tu voz

(Déjame Ser – Dulce María)


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