O caçador de sombras e a princesa das trevas. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Your Secret's out.




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P.O.V. Jace.

Eu acordei com o grito dela.

—Clary? Você está bem?

—Você é um deles. Veio me pegar.

—Clary...

—Não. Me deixa em paz.

—Clary me escuta.

Tive que segura-la.

—Por favor, não me machuque. Faço o que você quiser.

—Então escuta.

Ela se sentou o mais distante de mim quanto possível. 

—Eu não vou mentir pra você, a minha missão era matar todos vocês, mas daí eu te conheci e eu...

—Vai matar os meus pais?

—Vou.

—Eu os amo, mas o mundo será um lugar melhor sem eles. Como eu posso, ajudar você?

—Tá falando sério?

—Sim. Por favor, não me entenda mal. Eu amo os meus pais e sei que me tratam o melhor que conseguem, mas inocentes sofrem nas mãos deles e um desses inocentes sou eu.

—Você não me dedurando tá de bom tamanho.

—Eu nunca faria nada pra machucar você.

Ela se levantou chegou perto de mim bem devagar e então, ela tocou o meu rosto e eu vi uma lágrima escorrer pelo seu rosto.

—Porque está chorando?

—Porque... eu deixei você entrar. Eu não deixo as pessoas entrarem e eu sabia que isso ia dar errado, mas eu fui fraca e agora vou passar a eternidade sozinha.

—Porque diz isso?

—Eu vou ter 17 anos para sempre! Nunca mudando, nunca progredindo e o mais importante...

—Você nunca vai morrer.

—Isso.

—Olha pra mim.

Ela se recusou. Peguei seu rosto entre as minhas mãos.

—Vamos dar um jeito Clary. Sempre tem um jeito.

—Espero que tenha razão.

Peguei na sua cintura e ela colocou os braços no meu pescoço. Daí, os meus lábios tocaram os dela, minha língua pediu passagem e ela concedeu rapidamente. Seus dedos finos se enroscaram no meu cabelo e naquele momento eu soube que estava perdidamente apaixonado por ela.

Eu o caçador de sombras mais temido dos doze reinos estava beijando a Princesa das Trevas, filha dos dois bruxos negros mais poderosos do mundo, a descendente de Cassidy Fray a primeira bruxa a desenvolver magia negra.

Quando o ar nos faltou tivemos que parar. Mas, senti as suas mãozinhas macias e bem mais geladas do que o normal se espalmaram no meu abdome. Ela ficou na pontinha dos pés e sussurrou no meu ouvido:

—Eu te amo.

Eu respondi sussurrando no seu ouvido:

—Eu te amo.

Seus longos cabelos ruivos estavam presos num típico penteado medieval.  Foi ai que eu me dei conta de que estava numa roubada imensa.

Estava perdidamente apaixonado por aquela garota a qual eu  deveria matar e que era uma imortal.

—Quantos anos você tem Clary?

—Isso não é algo que se pergunte a uma dama.

—Por favor.

—Só dois mil.

—Só? Só dois mil?

—É. Os meus pais tem quatro mil.

—Eles são imortais?

—Não exatamente.

—Como assim?

—A minha avó fez um feitiço na minha mãe. Esse feitiço faz a beleza dela lhe dar poder e lhe dá o poder de se alimentar de juventude e da beleza de outras garotas. Fazendo-a...

—Imortal.

—É.

—Então vamos poder mata-la?

—Não. Nós não, eu. Agora eu sou a mais bela de todas, os seus poderes perderam força por minha causa.

—E daí?

—Pelo sangue da mais bela foi feito e somente pelo sangue da mais bela pode ser desfeito. Eu sou a mais bela.

—Então só você pode tirar a vida dela.

—Sim. E eu o farei no dia do baile.

—Obrigado.

—De nada. É melhor eu ir, antes que deem a minha falta.

—Ah, não. Só mais um pouquinho.

—Só mais um beijinho.

Nos beijamos e Alec e Isa entram pela porta sem bater. No susto nós nos soltamos um do outro.

—O que significa isso?!

—Significa que eu a amo.

—A ama? Você a ama? Deixe de ser idiota Jace! Ela vai dedurar a gente e vamos morrer.

—Vocês dois? Vocês todos?

—É.

Alec puxou a faca e avançou sobre Clary, mas eu me coloquei entre eles.

—Pare. 

—Sai da frente! Deixa de ser trouxa!

—Deixa ela em paz! Se encostar num único fio de cabelo dela eu mesmo mato você.

Clary estava no chão, meio sentada,  meio deitada e pude ver o pavor em seus lindos olhos verdes.

Eu a ajudei a se levantar.

—Você está bem?

—Estou com medo, mas eu sobrevivo.

Ela riu.

Daí eu soube que ela não estava bem. Quando ela faz esse tipo de piada e ri é porque ela está muito nervosa ou com muito muito medo mesmo.

—Calma. Eu sou um caçador de sombras Clary e vou te proteger com a minha vida.

—Não. A sua vida é curta, e você deve vivê-la.

—Princesa, se algo acontecer com o Jace por sua causa eu juro por Deus que mato você.

—Não vai precisar. Trégua?

Ela ofereceu a mão á Alec.

—Trégua. Por enquanto.

Isa também concordou. Amanhã no baile ela vai ter que matar sua mãe.

—E o seu pai?

—Que que tem?

—Como o matamos?

—Não matam. Quando a minha mãe morrer, não vão precisar fazer mais nada. Acreditem.

—Clary...

—Vejo vocês amanhã no baile. Estejam preparados pra tudo, não acho que vai ser difícil, mas é melhor se prevenirem.

Ela saiu sem dizer mais nada.

P.O.V. Clary.

Eu sabia o que me aconteceria quando a minha mãe morresse. Eu iria junto com ela. Mas, não importa.

Jace faz tudo isso valer apena. Eu comia, bebia vinho e nadava no mar, mas eu era um fantasma. Era um fantasma e não sabia.

Eu estive neste inferno por dois mil anos, mas por causa dele eu conheci o céu e agora devo me sacrificar pela sua segurança e pela segurança do meu povo.


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