Coração De Diamante escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 8
Capítulo 7 - Dois Covardes.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei! Eu sei! Sumi daqui sem nenhuma explicação, e sinto muito por isso. Tenho várias explicações, mas vou poupar vocês de um texto intenso, só deixando claro que eu não apareci porque não tinha como realmente.
Não posso prometer postar rápido, mas estou tentando organizar tudo para que eu não suma por tanto tempo aqui!

Ficaria extremamente feliz se comentassem, o apoio de vocês nesse momento é essencial!

Boa Leitura!



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Naquela manhã Isabella se encontrava terminantemente feliz. Acordara cedo, o que não era de seu costume, se arrumou rapidamente o que era menos ainda e num ato rápido pegou o quadro que havia desenhado de Edward e o colocou em baixo de seu braço e saiu porta a fora do apartamento.

        Ao chegar na portaria o mesmo homem que sempre a cobrou por seus alugueis atrasados a olhou com advertência, Isabella por sua vez estranhamente sorriu e se aproximou dele em passos graciosos.

—Já sei o que você vai dizer...Que eu serei expulsa do prédio se não pagar os alugueis atrasados...Mas ai vai uma ótima noticia: Eu pagarei todos eles hoje. — falou animadamente, fazendo o porteiro arregalar os olhos. Adorando a reação dele, ela o entregou um cheque generoso que continha uma quantia necessária para quitar todas as dividas.

          Isabella tinha que admitir que Edward havia sido mais do que incrível ao dar a ela um valor exagerado, dado a tarefa dela de ser sua guia turística, e ela só aceitou por precisar realmente da grana e com a condição de que fariam mais passeios em nome desse dinheiro —essa parte ela apreciou bastante, mas não admitiria em voz alta — Então cá estava ela, pronta para rasgar a carta de advertência que havia recebido tantas vezes.

—Como conseguiu esse dinheiro? —questionou alarmado, enquanto pegava o cheque e via seu valor.

 —Os meus métodos não importam...O que importa é o fato de que agora eu não devo mais nenhum aluguel atrasado. —ela murmurou, não querendo dar detalhes pessoais de sua vida para o homem a sua frente. Apesar de gostar dele, não queria acabar com sua felicidade, bancando a garota super sociável.

—Você acreditando ou não...Estou feliz que tenha conseguido o dinheiro, e possa ficar aqui...Apesar de suas esquisitices, você é uma pessoa boa. —o homem falou com uma expressão simpática.

—Obrigada. —o agradecimento dela fez o homem franzir o cenho.  —O que foi? —questionou ao ver a expressão dele.

—É que nunca vi a senhorita agradecendo alguém. —disse um tanto sem graça.

         Bella sorriu.

—Tenho treinado isso. —falou dando de ombros. — Eu posso te pedir um favor? —indagou deixando o homem surpreso mais uma vez. Isabella Swan odiava pedir ajuda as pessoas, e lá estava ela fazendo isso.

—Pode pagar essas contas para mim? Tenho que ir trabalhar, e seria bem agradável ter energia elétrica quando voltar para casa. —ela disse lhe oferecendo o papel de pagamento junto com alguns euros.

—Claro. —respondeu com um sorriso, aceitando o papel.

             Ela sorriu de volta. Feliz por ter resolvido ao menos parte de seus problemas.

       Enquanto andava rumo ao metrô com a intenção de chegar ao hotel, a mesma aumentou a lista de milagres do dia e aproveitou para ligar para Jacob. É claro que ele ficou surpreso com isso, sua irmã nunca o ligava ou dava sinal de vida, era sempre ele que tinha que insistir para falar com ela.

       Bella estava diferente, afinal.

                [...]

          Pela primeira vez na história, Isabella chegou no trabalho no horário correto.  Quase fez uma dancinha da vitória por isso, obviamente depois debocharia disso com Jasper pelo fato. Ao adentrar ao luxuoso hotel, com o quadro enorme em mãos, a mesma  não hesitou em adentrar ao elevador.

     Ao chegar no andar do quarto de Edward, mesmo sem entender sua ação, a garota arrumou seus cabelos presos em um rabo de cavalo bem elaborado, usando como espelho as paredes metálicas do elevador.

             Quando constatou que estava bonita como sempre, a mesma se pôs para fora da cabine metálica e bateu na porta do quarto, pertencente ao príncipe Cullen.

            Como se fosse destino, ele próprio abriu a porta. Os olhos verdes se iluminaram quando encontraram a figura feminina de frente para ele, e um sorriso encantador surgiu no rosto de Edward.

—Bom dia. — Bella cumprimentou, soando como alguém realmente animado.

—Bom dia. —o príncipe disse de volta, ainda sorrindo.

—Eu meio que trouxe um presentinho para você. — Isabella declarou, e antes que ele perguntasse o que era, a irmã de Jacob, entregou o quadro para Edward.

          O príncipe o segurou e encarou a imagem expressada nele. Era a coisa mais linda que ele já havia encarado na vida — isso depois de Isabella. — Nenhum quadro antigo ou histórico do castelo, se comparava com os traços marcantes daquela obra. Aquilo esboçava um talento puro.

—E ai? Gostou? — Bella perguntou ansiosa. O Cullen estava calado desde que ela lhe entregou o quadro.

—É...incrível. — foi a única palavra para definir aquela imagem tão bem feita dos olhos dele. Edward finalmente descobriu onde Bella demonstrava sua sensibilidade de verdade;  Naqueles quadros.

—Sério? — Isabella questionou animada. Ela nunca ligou para aprovação de alguém em seus trabalhos. Mas dessa vez, sentiu que Edward precisava gostar daquilo. — Por favor, não ache que eu estou pensando demais em seus olhos e por isso os desenhei. — ela se defendeu antes que ele tivesse ideias erradas.  Ainda, que a verdade fosse que ela estava pensando nos olhos dele demais realmente.

—Então por que os desenhou? — o príncipe perguntou divertido.

—Porque eu gosto de desenhar coisas bonitas...E eles são bonitos. — ela admitiu sem nenhuma dificuldade.

—Os seus também são. — Edward disse de volta, os encarando.

—É! Alguém da minha família cruel deve ter dois pares de olhos iguais a esses. — ela murmurou desconfortável e Edward sentiu algo diferente e inexplicável, ao olha-los mais uma vez.

—Então...Para onde iremos hoje? — ele indagou, ignorando aquela sensação e querendo mudar de assunto.

—Um lugar que eu adoro; o boliche. — ela anunciou e Edward franziu as sobrancelhas. — Deixe eu adivinhar: Você nunca foi a um boliche. — Bella constatou e ele sorriu de lado. — Céus! O que você tem feito todos esses anos da sua vida? — a resposta para aquela pergunta englobaria uma explicação que Edward não estava disposto a dar no momento.

—Tenho estado por ai, esperando te conhecer  para que me mostrasse todas essas coisas. — o príncipe respondeu e Bella sorriu.

—Essa foi uma boa resposta, se você fosse um galinha como os outros caras, esse seria o momento que as garotas abririam as pernas para você. — ela bateu no ombro dele divertidamente e ele franziu as sobrancelhas pela segunda vez naquele dia.

—“Abrir as pernas”? — questionou confuso e Bella suspirou.

—Você realmente não sabe o que isso significa? — ela perguntou incrédula.

—Não faço nem ideia. — ele comenta e ela suspira.

—Você não existe. Céus. — após isso, sem aviso prévio, ela o puxou pelo ombro e o guiou até o elevador. Rumo ao dito boliche.

[...]

    Após Edward vencer pela quinta vez. — Sorte de principiante, segundo Bella. A verdade é que ele era um bom aluno. — Os dois aproveitaram para comer besteiras na lanchonete do local. Bella foi a responsável por fazer os pedidos, porque se dependesse de Edward os dois acabariam comendo uma salada e um suco de clorofila.

             O príncipe notou que a atenção de Bella estava em um cara que se encontrava duas mesas atrás deles. Ela mordia o canudo de seu copo, distraidamente, enquanto observava cada movimento do homem.

—Por que está olhando para aquele rapaz dessa forma? — Edward se viu perguntando aquilo.

—Ele é...Atraente. — o príncipe não aceitou aquela explicação, por isso arqueou uma sobrancelha. —Okay...Desde que terminei com James, estou na seca. Nada de sexo...E quando estou assim, busco desesperadamente alguém que satisfaça minhas necessidades. — É! Ele realmente dispensaria aquela explicação, se soubesse do que ela se tratava.

—Eu não acredito que está desse jeito por isso. — ele murmura incrédulo.

—Qual é! Todo...Espera...Se você nunca beijou, você também nunca?... —arregalou os olhos ao constatar aquilo e o príncipe riu. — Como você consegue? — questionou sem acreditar.

—Não posso sentir falta de uma experiência que nunca tive. — ele explica como se fosse obvio e ela o encara profundamente.

—Como conseguiu controlar...Os hormônios? — questionou curiosa.

—Só tive muitas outras coisas para focar ao logo do tempo. — Edward disse, lembrando- se de suas funções como príncipe e futuro rei.

—Eu perdi a minha aos 16... Dois meses depois de sair do orfanato. — Bella diz como se não fosse nada.

—Gostava do rapaz pelo menos? — Edward acredita que sim.

—Se você for esperar por alguém que goste de verdade para fazer isso, ficará virgem para sempre. — ela vê aquilo como uma teoria correta.

            Então era um claro “Não”.

—Isso é uma indireta para mim? — Edward questiona antes de roubar uma batatinha frita do combo dela.  Ato que surpreende Bella.

—Você é diferente. — Bella admite.

—Diferente como? — ele indaga.

—Uma exceção no mundo horrível em que vivemos. Você merece alguém que se importe de verdade. Torço para que você encontre, ainda que seja difícil. — Bella fala com sinceridade.

—Antes de vir para Londres, eu tinha começado a achar que encontrar essa garota era impossível...Mas agora... — ele deixou a frase no ar.

—Londres te deu esperança? — Bella perguntou sorrindo com graça.

—Não a cidade, necessariamente. — disse sorrindo.

              Quando Bella entendeu o sentido oculto daquelas palavras, se calou. Era obvio que ele falava dela, e ela não soube como reagir aquilo. O que era uma novidade, pois Isabella sempre soube ter uma reação adequada para cada coisa. A maioria se baseava em um discurso sobre “não comprometimento”.

—Você me falou ontem, que conseguiu um irmão no orfanato em que morava, como foi isso? — Edward se utiliza mais uma vez da técnica de mudar de assunto. Bella aprova isso.

—Bom... A família de Jacob morreu em um incêndio, e como ele não tinha mais ninguém, foi mandado para esse orfanato, ele era dois anos mais velhos que eu. Quando chegou lá, ele estava devastado por causa da tragédia, e eu nem entendo porquê fiz isso, mas eu me aproximei dele e do nada nos tornamos inseparáveis. Quando Jacob completou 18 anos, saiu do orfanato e para minha nada surpresa, ele resolveu se tornar responsável por mim, então saí de lá e me tornei Isabella Black, o único sobrenome que conheci. Jake arrumou um emprego, e como eu estudava na escola que o orfanato fornecia, acabei conseguindo uma vaga na faculdade de artes, quando Jacob notou que eu conseguia me virar sozinha aos 18, ele foi para Nova York, conseguiu uma vaga em uma faculdade de direito e até hoje cursa isso, ele conseguiu um emprego em um escritório de advocacia e está namorando sério há uns 3 anos.  Na cabeça dele, estou super estável aqui; Com um emprego em uma galeria renomada, e um apartamento incrível. — pronuncia as últimas palavras com escárnio.

—Então,  está mentindo para ele? — Edward questiona incrédulo.

—Não, só estou confirmando a ilusão que ele mesmo supôs. — diz irônica. — É claro que estou mentindo, se eu disser a ele que minha vida está um caos, ele moverá os céus e a terra para que tudo se concerte. E  ele já fez demais por mim, não vou enche-lo com mais problemas. — explica.

—E você sabe por que ele fez isso, certo? — O príncipe questiona.

—Porque ele sabe pelo  que eu passei. — fala dando de ombros.

—Porque ele te ama. E  você só não admite ou fala em voz alta, porque contradiz sua teoria de que amor é só uma invenção idiota que as pessoas criaram para justificar suas falhas, e sua total dependência uns dos outros. — ele usa suas palavras contra ela mesma.

—É diferente com Jacob...Ele não finge que entende minha deficiência de sentimentos reais, ele tem esse mesmo defeito. Ele está vivendo, seguindo em frente, construindo novas relações, mas no fim os fantasmas do passado ainda o assombram. Só estou me poupando do fingimento. — Bella murmura.

—E se a volta por cima dele for real? — Edward questiona.

—Não é. Nunca é. O sentimento de abandono sempre estará aqui, nos lembrando o quão fácil é nos machucarmos se nos entregarmos completamente. Eu só facilito as coisas, quando destaco o quanto se entregar é um erro. — explica, e depois disso mantém sua boca calada ao comer algumas batatas.

[...]

             Após o boliche, visitaram um jardim botânico em um lugar afastado do centro da cidade. Aquele lugar lembrou Edward, do enorme jardim do castelo onde vivia e por dois breves segundos sentiu falta de casa. Alias, de casa não, sentiu falta de Esmee.

—Partindo dessa sua concepção de liberdade...Casar nunca seria uma opção para você? — Bella gargalhou com aquela questão.

—Vestido branco, bem-casados, tradições bobas e amigos solteiros bêbados e felizes? Não mesmo. — ela explica e Edward se contém para não perguntar sobre aquilo. Os casamentos reais eram um tanto diferentes daquilo. —Já disse; Não quero viver sobre as expectativas de ninguém, e isso inclui um marido. Gosto da liberdade que tenho. — ela diz dando de ombros.

—E se um dia essa liberdade não for o suficiente? Se acordar um dia e notar que falta algo em sua vida? — Edward indaga curioso.

—Eu bebo. Porque o que falta com certeza é Bourbon. — ela zomba.

—Você nem ao menos leva isso a sério. — ele nota.

—Casamento é uma piada para mim. Desculpe. — Bella pede, ainda divertida.

—A vida toda fui preparado para assumir os negócios do meu pai. — aquela é a primeira coisa profunda que Edward diz sobre ele mesmo, e Bella foca sua atenção nele. —E quando esse dia chegar, não poderei fazer isso sozinho. Uma esposa será essencial. — Bella não entende porquê, mas algo naquela frase a deixa desconfortável.

—E se até lá não encontrar  “A garota”? — indaga curiosa.

—Não poderei esperar ela para sempre. — Bella arregala os olhos ao notar o sentido daquilo.

—Se não encontrar, está disposto a fazer a maior burrada da sua vida, com qualquer mulher? Do que irá valer todo tempo que esperou para encontrar a certa? — A Black questiona incrédula.

—Se for o caso, eu farei. Pois é necessário. — ele diz.

—Isso de assumir os negócios do seu pai...É o que você quer? — indaga enfatizando a palavra, e quando obtém silêncio como resposta, suspira. — Vai fazer isso, porque é o que o seu pai quer. Vai deixar alguém controlar sua vida, porque não se permiti decepcionar outras pessoas, fazendo suas próprias escolhas. Correrá o risco de ser infeliz, e ser rodeado de “ e se” por toda a sua vida. — ela anuncia o que realmente irá acontecer. — É por isso que eu não vivo sob as expectativas de alguém. É errado colocarmos nosso destino nas mãos de outra pessoa. Nós temos que faze-lo acontecer. Temos que errar,  concertar, nos arrependermos, e constatarmos que fizemos escolhas boas...É disso que se trata a vida; De escolhas. — as palavras de Bella soam sábias para Edward. Mas não era tão fácil assim. Esses “negócios” Eram um reino, com milhares de pessoas que esperavam para ser governadas por ele. Queria fazer seu destino, mas não iria prejudicar os de seus súditos para conseguir  isso. Ele abriria mão de suas escolhas, se isso significasse que Gardênia seria bem administrada.

—Estou bem com isso. — ele afirma.

—Está sendo covarde. No fundo você acha que eu tenho medo do amor, por isso sou covarde, e talvez você esteja certo, mas você está sendo mil vezes mais covarde que eu. Porque você tem medo de viver. — Bella constata decepcionada. Achava que ele não tinha defeitos, que ele era um personagem de conto de fadas, mas acabara de encontrar um, e ele provava que Edward era um humano. Que cometia péssimos erros também.

—Você não entenderia, se soubesse de tudo... — o príncipe diz por alto.

—Tem razão, isso é algo que não dá para entender. — ela bufa a medida que caminha entre as flores e plantas exóticas expostas ali. — Quer saber? Acho melhor irmos embora. — Bella anuncia.

—Quer ir embora, porque está irritada comigo? Porque eu tenho uma opinião diferente da sua? — Edward questiona incrédulo.

—Eu quero ir embora, porque me decepcionei com você. Achei de verdade que você era diferente dos outros caras, por um momento acreditei que você não era nem ao menos real...Mas você é! No fundo não é isso que você quer? Normalidade? Pois ai vai uma grande novidade: Você é normal, é comum...Você é como qualquer outra pessoa, com defeitos que nem ao menos tenta consertar. Achei que queria ser sua amiga, mas não quero. Não estou disposta a lidar com pessoas que nunca erguem a voz para lutar pelo que querem. — esse discurso duro, faz um incomodo se instalar em Edward.

             Ela tinha razão, ele sempre quis ser normal. Mas vendo por aquela prisma, ser alguém inalcançável como um príncipe nunca lhe pareceu uma posição tão acolhedora. Se ser comum era ser definido como alguém covarde, assim como Bella pontuou. Ele estava começando a gostar do título de realeza. E foi naquele momento que notou que Bella havia adquirido um poder sobre ele, que nenhum outro conseguiu; Ela havia o feito  enxergar a verdade. Mas o príncipe não sabia bem o que fazer com ela.

—Ah e a propósito, os passeios turísticos acabaram...Darei um jeito de pagar o valor adicional que você me deu. — E foi naquele momento que Edward percebeu que o quer que ele tenha construído com Bella, foi por água a baixo.


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Notas finais do capítulo

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