Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Olar pessoas!! Como estão? Espero que bem. Demorei 32 dias, mas voltei *purpurina* tivemos alguns problemas técnicos com: minha língua é grande DEMAIS e eu tenho que ser um serzinho bom pra todo mundo, aliás, não posso ficar espalhando meu veneno por ai :3, mas na fé do pai eu voltei e pretendo passar um bom tempo por aqui!
Bom, obrigada pelos comentários: Kaya, GISIELI JACKSON, Srta Grace Di Angelo, Kath McCall22, Ariel Lima, Aluada, BlackJack and RainBow e a Queen Of Darkness
E também quero fazer agradecimentos especiais a Tia Ally Valdez que me ajudou muito, muito, muito. Sério, Ally, muito obrigada mesmo sem você estaríamos todos pressos em um completo clichê que até então não era pra ser um clichê! ♥
Se tiver alguma pessoa que criou alguma teoria avisar, por favorzinho!
Bom, acho que é isso, EU ESTAVA MORRENDO DE SAUDADES DE VOCÊS ♥, agora só mais um capítulo normalzinho, então boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/673680/chapter/27

Culpa.

Você já se sentiu culpado por algo que não fez? Já sentiu algo terrível dentro de si que queria sair gritando por aí tentando provar que você não fez tal coisa? Ou buscou de forma desesperada provar que você é inocente? Eu estava assim fazia duas semanas e meia, mas não sai por aí gritando minha inocência ou buscando provas para mostrar a Thalia que eu nunca estive com Silena, pelo menos não naquela noite.

Fazia duas semanas e meia que eu quase não saia daquele quarto. Estava trancado lá dentro no meu mundo particular onde eu escrevia cartas para Percy, enquanto estava totalmente alcoolizado e entrando em decadência, cada vez mais magro e fraco, já não me alimentava mais como antes.

Ninguém ousou chegar perto do meu quarto naquelas semanas, eles apenas me deixaram fazer o que eu queria. Quando saia do quarto em busca de algo raramente Hazel e papai estavam em casa e quando estavam me olhavam de canto, com cabeça a baixa como se eu fosse a “ovelha negra” da família, mas eu tinha total certeza que não era por causa disso. Eles apenas não sabiam como agir diante da minha decadência e mudança de hábitos repentina.

Eu sabia o que eles estavam sentindo, quando me via diante do espelho e estranhava o que via. Sei que eles não estavam nada felizes com o que eu estava fazendo comigo, mas acreditem eu também não estava. Todos os dias eu me perguntava o que ela usou para me deixar dessa forma. Mas eu sabia que a culpa não era dela, que ela não me faria mal algum.

Olhei-me minha imagem mais uma vez naquele espelho e arregalei os olhos diante do reflexo totalmente desconhecido por mim, aquele Nico Di Angelo não o que eu costumava ver todos os dias. Não era realmente eu. Esses foram meus últimos pensamentos antes que alguém batesse à porta do banheiro assustando-me totalmente.

Apenas fiquei calado, não abriria para falar com ninguém. Mas é mais e batidas na porta fizeram minha cabeça latejar, estava totalmente esgotado pelo cansaço, mas me recusava a dormir naturalmente como uma pessoa que leva uma vida comum.

— Vamos logo, Nico, você está me deixando sem paciência! - Disse Bianca do lado de fora me surpreendendo totalmente. O que ela fazia ali? - Eu sei que está aí dentro, abre a porta.

— Não. - Falei alto para ela ainda me recusando a fazer aquilo.

— Olha aqui Nico, se você estiver usando drogas ilícitas, se cortando ou algo do tipo eu mesma vou te internar numa clínica psiquiátrica ou na reabilitação. - Ela disse mais alto. - Agora abre essa porta.

Não respondi, fiquei calado e me assustei quando a porta do banheiro, que foi trancada por mim, foi aberta pela minha irmã, que provavelmente estava com uma cópia da chave. Bianca aparentava estar preocupada.

— Você não podia esperar? - Perguntei arqueando levemente a sobrancelha terminando de vestir a camisa de manga comprida. - Não posso nem me vestir de forma decente agora?

Bianca não respondeu apenas se aproximou rapidamente de mim, subindo as mangas da camisa checando meus braços que não tinham cortes aberto, feridas ou marcas vermelhas. Ela foi para minha farmácia e lá remexeu um pouco, talvez a procura de alguma droga, ela achou apenas anticoncepcionais.

— Por que você guarda anticoncepcionais para mulheres? - Questionou ela parecendo estar surpresa.

Aproximei-me

— Thalia sempre deixa aqui caso ela esqueça. - Expliquei para minha irmã mais velha arrancando os remédios de seus dedos e os guardando no mesmo lugar de antes. - E nós sempre levamos, para qualquer lugar, uma boa quantidade de camisinhas. Você acha mesmo que Silena está grávida de mim? Eu simplesmente poderia ter usado umas das camisinhas com ela.

— Você sabe que há possibilidades da camisinha ter furado. - Diz ela. - E é sobre isso que temos que conversar

— Eu não quero conversar com ninguém. - Disse para ela. - Essa criança que Silena está esperando não é minha. Eu sei onde andei enfiando meu pênis e com certeza não na...

Bianca pediu que eu parasse levantando a mão.

— Eu sei como relações amorosas funcionam. - Ela diz e aponta para o meu quarto. - Agora a gente vai conversar.

— Eu não quero. Eu não vou conversar com você - Repeti para ela. - E agora eu sou maior de idade, não me trate como se eu fosse uma criança.

— E eu não quero saber, a gente já te deu tempo demais pra sofrer Nico. Você tem que se resolver com Thalia e com Silena também. Ela está esperando um filho seu. - Bianca falava tocando no meu peito empurrando-me um pouco, parecia estar irritada. - Se você já é maior de idade comece a agir como tal. Você não pode viver sem embebedando dentro de um quarto e se alimentando mal.

— Eu faço o que quiser. - Falei afastando sua mão de mim e encarando seus olhos idênticos aos meus. - E quantas vezes eu vou repetir que essa criança não é minha?

Bianca não disse nada apenas me encarou de volta segurando meu olhar por alguns minutos antes de sair do banheiro dizendo:

— Silena vai vir conversar com você em cinco minutos, haja como o adulto que você é.

Apenas a ouvi bater à porta do meu quarto me deixando sozinho novamente.

O que eu estou fazendo?

Não sei por quanto tempo fiquei parado dentro daquele banheiro me perguntando o que estava fazendo da minha vida, mas foi tempo o suficiente para Silena entrar em meu quarto e me encontrar parado ali.

— O que está fazendo aí? - Questionou ela, fazendo-me olhá-la. Balancei a cabeça negativamente, dizendo que não estava fazendo nada.

— O que você está fazendo aqui? - Perguntei para ela que se encolheu um pouco. Acho que fui um pouco grosso demais com ela.

— Eu bati diversas vezes na sua porta, mas você não respondeu e eu sabia que você estava aqui, por isso entrei. - Explicou ela evitando meu olhar. - A gente pode conversar?

Queria mandá-la voltar para o quinto dos infernos de onde ela saiu e me deixar em paz, mas fiz que sim com a cabeça e passei por ela sem pedir licença ou algo do tipo.

No meu quarto bagunçado, repleto de livros e garrafas vazias sentei-me na única cadeira que estava disponível ali e vi Silena olhar-me da porta do banheiro por alguns minutos. Ela caminhou indo em direção à minha cama e se sentou lá.

— Você pode sair daí, por favor? - Perguntei para ela que me olhou por um segundo e logo depois se pôs de pé. - O que você quer falar?

— Nico, me desculpa, Bianca me disse que você brigou com sua namorada e eu mesma vi naquele dia. - Começou ela. - Eu não queria que isso estivesse acontecendo.

— E por que disse que sou o pai da criança que está carregando? - Perguntei para ela. - Eu não encostei um dedo em você desde que você voltou Silena, então por que está fazendo isso comigo?

— Nico, eu estava um pouco bêbada naquela festa, mas eu tenho certeza que foi com você que eu me deitei. - Ela abraçou o próprio corpo com os olhos tristes e marejados. - Eu não estaria dizendo isso pra você se fosse outra pessoa, eu não destruiria sua vida assim.

Eu ri.

— Isso foi ironia? - Perguntei para ela que me olhava séria.

— Eu não quero seu mal - Falou ela. - Por mais que eu tenha feito aquela coisa ridícula com você, eu te amo ao ponto se deixá-lo ser feliz com outra pessoa. Eu vi como você estava feliz com Thalia toda vez que passavam de mãos dadas ou estavam com seus amigos. Mas eu tenho certeza que foi você naquela noite, eu estava meio grogue, mas foi você.

Agora ela estava chorando. Limpava o rosto de segundo em segundo. Se ela estivesse fazendo jogo emocional comigo estava começando a funcionar.

— Eu sei que você não me ama e deve guardar um enorme rancor por tudo que fiz Nico, mas eu só quero que isso acabe logo. - Ela diz com a voz calma. - Meu pai está fazendo uma enorme pressão psicológica comigo e se não fosse minha mãe eu estaria na rua agora. Eu não estou fazendo isso para acabar com sua vida, se o pai dessa criança não fosse você, pode acreditar que eu não estaria aqui na sua frente chorando e quase implorando para que você vá logo falar com meu pai.

Fiquei calado. Existiam chances do pai daquela criança realmente ser eu? Não, essas possibilidades não existiam, eu não toquei em Silena e aquela criança não é minha.

— Com quantos meses você está? - Perguntei como quem não quer nada.

— Quase cinco semanas. - Ela disse tocando levemente a barriga.

Olhei para minhas próprias mãos, raciocinando um pouco. Será que eu realmente… Não eu tinha certeza absoluta que não.

Parei de pensar em mim por um segundo e desviei toda minha atenção para Silena. Não deveria estar sendo fácil para ela também, com seu pai fazendo pressão psicológica e tudo mais. Ela parecia desesperada para que eu tomasse alguma decisão quanto ao que estava acontecendo.

Levantei-me, fui em direção à porta do meu quarto e a abri.

— Vamos ver o que seu pai quer. – Disse para ela, que, por um instante, ficou incrédula, mas depois tentou sorrir.

Ela veio em minha direção depois de se recuperar do seu torpor. Silena parou em minha frente e disse:

— Obrigada, Nico. – Ela olhou em meus olhos. – E como eu disse antes, eu não queria que nada disso estivesse acontecendo, eu te amo o bastante pra te deixar ser feliz com outra pessoa. E eu vi como você estava antes disso tudo acontecer, eu não queria estragar nada que há entre você e Thalia. Depois do dia que vocês brigaram, eu tentei falar com ela, tentei explicar tudo, mas ela nunca estava e me mandou embora algumas vezes que me atendeu. Eu fiz o que pude pra tudo voltar ao normal, Nico. Eu não queria atrapalhar seu relacionamento.

Thalia. Quantos sentimentos e lembranças um único nome me traz. Senti meu peito se contrair e pela primeira vez, depois de tudo que aconteceu, eu senti vontade de chorar.

Perguntei-me onde ela estaria agora. Com seus amigos? Conhecendo pessoas novas? Continuando sua vida como se nada tivesse acontecido? Ou se afogando em garrafas de vinho trancada em seu quarto?

Será que isso tudo estaria acontecendo se eu não a tivesse conhecido na livraria? Eu teria conhecido Percy, Annabeth, Chris e Clarisse? Bianca se casaria com Luke, sairia de casa e teria filhos agora? Silena ainda estaria fingindo sua morte? Eu teria feito coisas idiotas que nunca pensei em fazer? E se não, eu a teria perdoado? Meus pais teriam se separado e eu estaria morando em um apartamento com meu pai e minha irmã mais nova?

— Tudo bem, Silena. – Falei fechando a porta do quarto.

Nós descemos indo para a sala onde não só o pai dela, mas a mãe de Silena também estava à nossa espera. Se me lembro bem ela é mais gentil que o marido.

Nós nos cumprimentamos e depois eu tive que ficar escutando toda a ladainha do pai de Silena por mais de uma hora. Ou apenas fingir que estava escutando, pois minha cabeça estava em outro lugar mais importante e interessante do que aquela sala.

— Então, acho que depois que você terminar o último ano da escola vocês podem ir morar juntos. – O ouvi dizer ao sair de meus devaneios.

— Morar junto? – Perguntei sem entender nada.

— É, e logo em seguida se casarem. – Ele disse com a maior calma do mundo.

Casar? Eu não estava pronto para isso! Eu não estava pronto para ter um filho que não é meu com uma pessoa que eu... Não amo mais. Eu não estava pronto para nada, aquilo não era o que eu queria, aquilo não era para mim.

Levantei-me de repente, um pouco tonto sem entender o que estava acontecendo ali, pois ainda estava preso em meus pensamentos que falavam mais alto que o Sr. Beauregard, Thalia em meus pensamentos falava mais alto que ele.

— Me desculpe Silena - Engoli o seco indo em direção ao elevador e apertando o botão para que ele subisse. – Isso não é pra mim, isso não é o que eu quero.  Eu não te amo mais como antes de tudo acontecer. Eu... Eu tenho que ir.

— Aonde você vai garoto? – O pai dela perguntou já vindo em minha direção.

— Deixe-o ir, Ben, nem ele nem Silena merecem um amor forçado. - A mãe dele me olhou enquanto eu pegava um dos meus sapatos que foi deixado ali por mim há algumas semanas, um casaco qualquer que estava ali por perto, enquanto ela segurava o braço do marido.

Vi as portas do elevador se abrirem. Aquela foi minha deixa. Entrei no elevador tão rápido que quase bati de frente com Bill.

Vi Bianca descer as escadas, mas antes que eu pudesse escutar o que ela estava falando as portas se fecharam deixando-me sozinho com Bill.

— O que está acontecendo, garoto? - Perguntou ele me olhando com os olhos castanhos e cansados arregalados.

O olhei balançando a cabeça e vestindo o casaco. Contrai os lábios e balancei a cabeça negativamente. Suspirei.

— Nada. - Disse coçando a barba que crescia há algumas semanas. - Podemos descer?

Sentei-me no chão do elevador para colocar os sapatos. Ele assentiu e não fez mais perguntas ou algo do tipo até chegarmos ao térreo e eu me despedir dele, que apenas falou para eu não fazer besteira.

Eu apenas assenti e fui andando pelas ruas um pouco inconsciente, fora de mim mesmo. Eu não sabia para onde estava indo, eu apenas tinha entrado naquele elevador por impulso e agora eu caminhava rumo a lugar nenhum. No final eu só queria me livrar um pouco de tudo aquilo.

Quando minha cabeça voltou a latejar eu nem reconhecia mais os prédios a minha volta. E para completar comecei a me sentir tonto. Cheguei a uma conclusão idiota quando esbarrei em alguém rindo.

Desculpei-me com a pessoa e outras poucas pessoas que passavam ali começaram a esbarrar em meus ombros. Eu quase bati de frente com um poste, mesmo com a rua quase que completamente vazia.

Tentei pegar um táxi para ir a qualquer lugar, mas uma parte consciente do meu cérebro lembrou-me que saí de casa às pressas sem nada nos bolsos.

Resolvi voltar a pé mesmo quando comecei a cambalear pelas ruas. Pelo jeito eu teria que amenizar na quantidade diária de garrafas de vinho... Ou não, talvez eu só devesse ficar em casa nas próximas vezes.

Percebi que era tarde demais para lembrar o caminho de casa e quase agradeci a mim mesmo por não ter saído de casa com nada, pois eu estava a ponto de ligar pra qualquer um. E digamos que minha lista de contato não é gigante, eu poderia ligar para a pessoa errada e acabar fazendo bobagem.

Senti meu estômago se contrair, me senti um pouco mais tonto, percebendo o que iria fazer procurei uma lixeira e lá despejei a única refeição que eu havia feito naquele dia, se é que posso chamar algumas garrafas do vinho do meu pai e batatas chips de refeição.

Senti uma mão em meu ombro e pensei que iriam levar o que eu não tinha, mas percebi que a mão da pessoa era muito leve pra ser um estuprador.

— Você está bem? – Ouvi sua voz doce em pergunta e ajeitei a postura para me virar para a pessoa. – Ah. Oi, Nico.

Ela sorria docemente. Levei algum tempo para lembrar quem era aquela pessoa. Até reconhecer seus olhos multicoloridos.

— Oi, Piper. – Falei me apoiando num poste próximo.

— Você está... Diferente. – ela disse me olhando.  – Você está bem?

— Obrigado, eu acho. – Falei sentido tudo ao meu redor girar. – Estou sim,... Acho que só preciso de um pouco de água.

— Vem. – ela me puxou pela manga do casaco em direção a um dos prédios. – O que você está fazendo aqui perto?

— Aqui perto? – Perguntei, logo em seguida olhando para cima e percebendo onde eu estava.

Deixei Piper me levar sem protestar. Ela me levou para o elevador. Esperamos um pouco e entramos no mesmo, sozinhos e calados.

— Você tem certeza de que está bem? – Ela perguntou me olhando um tempo depois.

A porta do elevador se abriu no andar onde eles moravam. Saímos indo em direção ao apartamento de Jason. Balancei a cabeça negativamente.

— Está tão na cara assim? – perguntei com ela ao meu lado.

— Pior do que você imagina. – ela disse procurando algo nos bolsos.

Ela tirou do bolso uma chave e paramos em frente ao apartamento de Jason. Ela o abriu, me levou a cozinha e me deu água.

Piper esperou que eu terminasse. Ela estava tensa, mexia no cabelo e batucava a bancada com a ponta das unhas.

— Posso fazer uma pergunta?

— Já está fazendo. – Ela disse.

Devolvi-lhe o copo agora vazio. Não estava tão tonto, mas minha cabeça ainda latejava. Encarei os azulejos da cozinha.

— Como... Como ela está? – Perguntei baixinho.

— Tentando esquecer tudo do jeito dela. – Piper falou deixando o copo na pia. – Tem passado esses dias escutando música, desenhando a todo instante e até mesmo lendo os livros da escola. Recebemos até algumas reclamações do som alto. Ela continua a sair como sempre, chega tarde, na maioria das vezes um pouco bebada, vomita um pouco, toma um banho e vai dormir. Thalia continua a fazer as coisas dela como se você nunca tivesse aparecido do nada.

— Então eu apareci do nada? – Ri baixinho.

— Fazia um bom tempo que ela não se envolvia com alguém. – Disse Piper. – Pelo menos não como estava com você.

— Como estava comigo? – Perguntei tentava esconder minha curiosidade, mas minhas perguntas me entregaram completamente.

— Thalia não é uma pessoa que ama estar em relacionamentos. Não por muito tempo. – Falou ela. – O relacionamento dela mais longo foi de cinco semanas.

— Daí...?

— Daí ela deu um pé na bunda do cara.    

Engoli o seco e funguei engolindo o seco. Olhei para Piper.

— Onde ela está agora? – Perguntei.

Por que não me torturar mais um pouco.

— Dormindo. – Falou ela. – Thalia está com um resfriado por causa de ontem. Ela tomou alguns remédios e foi dormir. Então aproveitei para ir à farmácia.

Piper indicou o sacola plástica em cima do balcão. Vi alguns analgésicos e... Um teste de gravidez. Cheguei a essa conclusão porque já vi uma desconhecida comparar um idêntico em uma farmácia qualquer. Não que eu fique gastando todo meu dinheiro com testes de gravidez por diversão.

Todos resolveram ter filhos agora?

Piper sorriu para mim envergonhada.

— Será que eu poderia...?

— Me desculpa Nico, - Falou ela. – mas eu acho melhor não. Jason não gostaria de te ver por aqui... Muito menos Thalia.

Assenti mesmo aquela não sendo a resposta que eu esperava. Suspirei.

— Piper será que se eu desenhar você ganho um dez em artes. – Ouvi sua voz um pouco fanhosa. - Ou sei lá você poderia seduzir meus professores, tudo bem que eles são velhos, mas...

Simplesmente gelei. Acho que ela não chegou a me ver apenas deu meia volta dizendo:

— Desculpas eu não sabia que estava com um dos seus amigos.

— Estou indo ai. – Piper falou com os olhos arregalados. Ela passou por mim e sussurrou: - Fica quietinho aí, eu já volto.

Piper desapareceu no corredor e eu a esperei voltar, eu estava com as mãos trêmulas quase indo atrás de Piper. Mas antes que eu fosse ela voltou.

— Você precisa ir. – Ela me puxou novamente pela manga do casaco. Íamos em direção à porta. – Eu vou te colocar num táxi.  

—Mas...

— Eu pago. – Ela disse quando saímos. – E por favor, não volta mais aqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Se sim, deixem um review. Se não, deixe um review dizendo o que não curtiu pra que eu possa melhorar nas próximas vezes.
Comentem, deixem suas opiniões, o que estão achando e etc.
OBS: Os encontros com o Percy ainda estão de pé (ele está no esconderijo dele!) Com o Chris eu não sei, acho que por pouco tempo!
Hmm, acho que isso é tudo, se eu não voltar é por que vou estar me matando de estudar, afinal, agora são 23 matérias ;-;
Até os comentários e beijinhos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Noite e Tudo Muda" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.