Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi, estou de volta
Obrigada pelos comentários: Aluada, Catheryne Rodriguez e Miss Sweet
Espero que gostem do capítulo!



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Tudo o que eu pensava era: Ah, droga como isso é possível? Puta merda, agora eu vejo fantasmas?

– Você não vai sentar Nico?

Eu estava aterrorizada, mas tinha certeza de que Nico estava trilhões de vezes mais. O garoto se igualava a cada segundo mais com papel sulfite. Sua mão estava suada, ele estava mais gelado que o normal isso me deixava preocupada.

– Meu bem, senta. – Peço ao lhe puxa a cadeira.

Quando consigo fazer com que Nico sente peço água para nós. Nico a água deixou intacta.

– Acho que você já pode ir. – Ela diz tentando ser simpática.

– Ela fica Silena. – Nico diz assustando-me com seu tom de autoridade.

Silena era muito mais do que Nico havia me falado. Mas ela estava um pouco diferente Seus cabelos estavam loiros, ela ficara ainda mais gostosa, tinha um ar de elegância e puro charme. Seus peitos eram ainda maiores pessoalmente e eu fiquei com inveja até lembrar-me que seios também são compostos por gordura e fiquei melhor.

– O que você fez? Você deveria estar dentro de um caixão e não na nossa frente, Que merda você fez Silena? – Ele dispara.

Ela desvia o olhar dele e se encolhe um pouco.

–Eu forjei minha morte. – Ela fala baixinho.

QUÊ? HÃ?

Não era só Nico que estava em choque. Ele procurou minha mão e a segurou como se dependesse dela para sobreviver. Desde que eu o conhecera eu nunca consegui ler de verdade sua expressão facial essa era a primeira vez que eu conseguira faze-lo e tudo o que eu via era: Dor e decepção.

– Minha vida era perfeita aqui com você. Eu amava tudo que existia entre nós das transas as conversas, tudo parecia o paraíso quando eu estava com você. – Ela afasta uma mexa do cabelo loiro. – E então me encontrei perdidamente, enlouquecidamente, incondicionalmente apaixonada por você.

Silena faz outra pausa seu olhar estava longe como se revivesse cada momento que esteve junto a ele em sua mente. Nico não dizia nada.

– Você me fodia bem, não há adjetivos pro que fazíamos na cama. A cada dia eu me encontrava mais apaixonada por você, mas você parecia apenas me quer na cama, nunca demonstrava afeto fora do quarto. Então eu resolvi te testar, descobri como você se sairia sem mim por algum tempo. – Ela bebe um pouco do conteúdo que há na xícara. – Comecei a planejar tudo, eu tive a ajuda de algumas pessoas para forjar a minha morte e quando aconteceu tive que mudar meu visual. Claro, para poder te seguir. Fora doloroso vê-lo afundar mais e mais. Você nunca saia de casa e todos os dias, exatamente três vezes ao dia você me ligava e fazia perguntas que eu respondia mentalmente, mas que você nunca saberia as respostas.

Ela cala a boca novamente, Nico não a olhava parecia não ter coragem para fazê-lo, preferiu encarar uma arvore, um salgueiro, que estava há alguns metros dali. E ainda segurava minha mão.

– Todo dia 27 de cada mês você visitava meu tumulo. Vestia aquela camisa azul turquesa que eu adorava e comprava orquídeas rosa, minhas preferidas, o mais belo e mais caro buquê. Você ficava falando com minha lapide até o entardecer. Eu sempre levava as flores para casa. Você continuou fazendo isso até que, cinco meses depois da minha suposta morte, você foi internado por ter tomado remédios vencidos. Suas irmãs ficaram loucas assim como eu. Isso aconteceu duas vezes no mesmo ano e eu me perguntava o que você tinha na cabeça. Quando um ano se passou parei de te perseguir, mas todas as nossas memorias não me deixaram. Pensei em voltar varias vezes, e desisti varias. Procurei em outras pessoas o que só você tinha, nenhuma delas eram como você e nenhuma delas faziam como você. Há alguns meses eu percebi que eu não poderia ficar sem você, eu te amava e continuo te amando. Eu voltei, eu voltei pra você, Nico – Ela tenta segurar a mão dele que esta em cima da mesa, mas Nico a afasta antes mesmo que seu dedo toque nele. Ela estava chorando. – Quero que seja tudo como antes. Eu e você.

Lagrimas escoriam pelo seu belo rosto. Nico tinha um olhar frio, segurando minha mão ele se levanta e eu faço o mesmo.

Damos-lhe as costas para ir embora, mas ela pergunta:

– E você, quem é?

Viro-me para Silena.

Extremamente bela. Nunca achei que a conheceria. Se eu já a odiava antes agora então.
Forjar a própria morte era coisas de gente louca. Eu me perguntava como ela podia ter feito aquilo com ele, se ela se arrependia por tê-lo magoado dessa forma, ele quase se matou por causa dela. A minha única vontade naquele momento era de meter a mão na cara daquela garota.

–Eu sou a pessoa que nunca forjaria a morte pra testar alguém. – Eu disse.

– Vem Lia. – Nico diz, Sua voz estava mais baixa que o normal, ele devia ter engolido algumas letras.

Dei as costas para ela novamente, minha mão já começava a arder.

Nico estava totalmente abalado, eu praticamente o carreguei até o carro. Ele estava paralisado, não reagia a nada, as coisas estavam realmente sérias eu tive que colocar o sinto de seguranças nele coisa que ele fazia questão de fazer quando eu estava no volante. E na viagem toda de volta a sua casa ele não falou nada.

Sua casa estava provavelmente vazia, mas resolvi não arriscar e deixei meu carro na esquina da rua. Nico parecia um zumbi, ele estava desorientado.

Achei as chaves dele no bolso do jeans o guiei até o quarto e o deixei na cama, sentei-me ao seu lado e o observei.

– Diz algo, você está me preocupando. – Peço.

Busquei sua mão que estava tremula e gelada. Nico respira fundo, solta o ar pela boca e as lagrimas já estão descendo descontroladamente por sua face. Nico Chorava em silêncio o que me preocupava bastante, eu não sabia o que fazer, aliás, eu também estava em choque e desesperada. Como seria entre nós agora?

– Como... Como ela pode fazer isso... Comigo? – Sua voz estava falha, Nico soluçava alto. Ele se levantou. – Eu a amava, Thalia, eu a amava mais do que a mim mesmo.

Nico tenta enxuga o rosto, sem sucesso ele caminha até os quadros com as fotos de Silena e começa a arremessa-los contra uma parede. Eu me assustei, ele parecia estar com ódio dela. Ok que eu a odeio, mas o ódio é o pior sentimento de todos. Eu não queria que ele a odiasse, talvez só um pouco, admito. Eu poderia estar comemorando agora por ele estar a odiando, mas eu não estava. Juro, eu que não, talvez, só um pouquinho.

Quando todos os vinte e sete quadros, sim eu contei, foram arremessados contra a parede, ele foi até o armário e tirou de lá uma mala que chegava ao meu quadril.

Ele deixou a mala no chão e saiu do quarto. Fiquei tentada a abrir a mala, mas talvez eu já soubesse o que tinha lá dentro.

–Abre, abre pra mim. – Ouvi a voz dele atrás de mim.

Quando me virei para ele vi que segurava uma garrafa de álcool de cozinha, um isqueiro, um saca-rolha e uma garrafa de vinho. Eu nunca vira Nico beber, então esse dia estava sendo uma verdadeira caixinha de surpresas.

Levantei-me e peguei a garrafa e o saca-rolha. Nico voltou ao que fazia, deixou o álcool no chão junto ao isqueiro foi até uma gaveta e tirou de lá tirou uma tesoura. Voltou para a mala e a abriu e eu não estava errada, havia coisas de Silena lá dentro, roupas pra ser mais especifica.

Ele começou a picotar todas as peças. Abri a garrafa de vinho e levei até ele. No primeiro gole ele quase cuspiu tudo fora, mas engoliu e continuou bebendo enquanto fazia seu “trabalho”.

Meia hora depois ele está sem camisa, eu o vira poucas vezes assim amava sua magreza, suado, seus cabelos agora bagunçados. As fotos e roupas de Silena agora viravam cinzas dentro de um lixeiro e ele as via queimar.

Aproximei-me sem lhe tocar, respeitando seu espaço.

– Melhor agora? – Perguntei lhe olhando.

Nico faz que sim com a cabeça e até sorria um pouco.

– Sinto-me livre dela. – Ele diz. – Obrigado, Thalia.

– Por quê? Você fez isso tudo sozinho, não teve minha ajuda. – Digo.

– Tive sim. – Nico insiste. – Você foi lá comigo, ficou ao meu lado, se você não estivesse lá acho que eu teria ido embora, Eu não teria conseguido sem você.

Nico se aproxima de mim e me abraça, mesmo suado eu deixo me abraçar por alguns segundo.

– Acho que já está bom, não? Você está suado e eu tenho que voltar pra casa. – Digo saindo do abraço.

– Fica, - Nico pede, olho para ele. – por favor, toma um banho... Comigo e dorme aí.

Olho pra ele seria, arqueio a sobrancelha. Nico fica ruborizado.

– Não me faça repetir de novo, já estou morrendo de vergonha. – Ele pede com a cabeça baixa.
Eu sorria por dentro, um pouco assustada com sua iniciativa.


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Notas finais do capítulo

Apenas se preparem.
Beijos :*



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