Broken escrita por LadyWriter


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Não foi meu capítulo preferido pois não foi bem lá meu perfil dramático, mas gostei de dar um foco pro Nino, já que raramente os holofotes estão nele. Não achei bosta, mas também não achei bom...ah, sei lá

Achei a escrita meio pobre

#prontofalei

Mas fiquem com esse shipp amorzinho



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Eu estava assustado.
Acho que nunca estive tão assustado na vida.
Eu não entendia nada. Ao menos, não queria acreditar no que via.

— Alya! – Ouviu a si mesmo gritar em desespero enquanto se abaixava e inspecionava a garota. – Alya, acorde! – Por mais que a chamasse, sentia apenas um silêncio de resposta. Seja lá o que estava acontecendo, havia sido grave para deixá-la daquela forma.

Não pensei muito antes de pegá-la nos braços. Eu sabia que comentariam minhas ações mais cedo ou mais tarde, mas nada daquilo importava se logo ela... Se logo Alya não estivesse bem.

— Nino...! Fique calmo! – Adrien disse por um momento e senti vontade de socá-lo. Ele nunca entenderia o que era se sentir daquela forma por ninguém. Era desligado demais para qualquer coisa, nem ao menos percebia os sentimentos de Marinette por ele.

Francamente, era a pior pessoa para pedir que eu ficasse calmo.

Com esses pensamentos em mente, saí daquele ambiente quieto e mórbido. Minha cabeça parecia explodir em sentimentos enquanto corria as escadas com Alya em meus braços. Queria levá-la na enfermaria o mais rápido possível, com medo de que sua situação se agravasse.

Alya... Por favor... Resista.

Finalmente avistei as portas do lugar e entrei com tudo, pouco me importando com o barulho que faria. Eu apenas queria ajudá-la... Apenas queria abraçá-la e aliviá-la do sofrimento que sentia, mesmo que eu não soubesse do que se tratava. No entanto, para o meu azar, nem enfermeira nem ninguém estava lá para me acudir.

Senti o coração acelerar em desespero.

Por mais que eu tivesse corrido, realmente não havia nada que eu pudesse fazer. Eu era inútil. Um zero à esquerda. Como sempre fui, aliás. Sempre a sombra de Adrien Agreste. Sempre o estranho dos headphones com quem ninguém se importava. Se eu fosse realmente útil, faria com que ela acordasse.

Coloquei Alya na maca com o máximo de leveza possível. Queria que ela abrisse os olhos, isso era um fato, mas não que fosse daquela forma. Pelo visto, só me restava esperar. Sabe-se lá quanto tempo. Mas ao menos, estava ali com ela. Queria ser a primeira pessoa que visse quando acordasse. Eu sabia que nunca poderia tê-la, mas sonhar não custava nada, não é?

Meu rosto corou por completo com aquele pensamento. Desde quando eu me sentia daquela forma quando pensava nela? Eu... Eu não tinha a menor noção de que conseguia me importar tanto assim com uma garota quanto ela. Quero dizer... Já fazia um tempo em que eu me sentia daquela forma, mas... Mas acho que nunca cheguei a realmente desejar alguém de verdade.

Sempre me senti estranho com relação a ela, mas nunca refleti tanto sobre o assunto. Talvez tudo esteja acontecendo por ser a primeira vez em que nos encontramos sozinhos. É verdade... Estamos sozinhos.

Novamente, meu coração voltou a bater descompassado. Senti meus olhos rondarem seu corpo como se fosse um pedaço fresco de carne a ser atacado, num instinto quase animal. Seus lábios pareciam mais carnudos do que nunca e cada mecha de cabelo parecia estar na habitual confusão sedosa.

Por algum motivo desconhecido, eu queria tocá-la.

“Não, isso é errado, Nino”.” “ É assédio, cara.“ Várias vozes brigaram por atenção em minha cabeça e eu reconhecia o quanto cada uma tinha razão. Aquilo que meu próprio corpo estava propondo era loucura. Não queria que Alya pensasse que eu era um tarado ou algo do tipo.

Certamente, não era assim que eu conseguiria clarear minha mente quanto a ela nem nada do tipo. Mas então uma voz se fez mais alta do que todas as outras sensatas.

“Só uma vez. Vai logo. Ela nem vai perceber.“ Eu devia estar no auge da loucura porque por algum motivo absurdo, eu resolvi ouvi-la.

Ainda com o rosto ardendo mais que tudo, fui me aproximando timidamente à maca de Alya, quase tendo um infarto por isso. Por que eu estava tão nervoso? Era só a Alya...! Eu a via todo dia, ela sorria para mim e me deixava um bom dia como sempre. Não havia nada de mais... Não é?

Naquele momento, ela não parecia mais a menina que me cumprimentava diariamente. Ela... Tinha um cheiro tão bom. Como nunca havia percebido isso antes? Seria algo que usava nos cabelos ou talvez um perfume diferente? Eu não sabia dizer o que me tornava tão estático quanto a ela.

Fechei os olhos, esperando que aquele feitiço acabasse, mas quando os abri, me vi preso em algo maior: seus lábios rosados e visualmente macios. Eu precisava conhecer seu gosto antes que perdesse a coragem. Antes que alguém viesse. Ou que ela abrisse os olhos e me visse.

Então, me aproximei. Mais acuado do que um cão com o rabo entre as pernas. Estava a vinte centímetros. Quinze. Dez. Cinco. Eu já podia senti-la. Já podia sentir o hálito dela cruzando com o meu. Juntamente com o meu rosto indo à loucura. Quando o que não podia acontecer, aconteceu.

Alya abriu os olhos e me encarou.

— AAAAAHHHH! – Só consegui cair pra trás. É, de fato, eu teria problemas cardíacos quando mais velho.
O chão doía, mas certamente não tanto quanto o tamanho da minha vergonha. Droga! Agora, Alya iria me odiar pra sempre!

— O que estava fazendo? – Ela estreitou o olhar levemente de uma forma que considerei sexy. Quase morri com tal pensamento.

— E-Estava medindo sua temperatura... V-V-Você está b-bem... Hehe... – Talvez se eu finalmente tomasse vergonha na cara e me inscrevesse naquele curso de teatro, aprenderia a mentir melhor.
Ela me analisou por longos segundos para apenas suspirar.

— O que aconteceu? – Questionou-me de forma tão normal como sempre, quase como se aquele mal entendido não tivesse acontecido.

— Hã... V-Você... Você desmaiou. Na sala. Estamos na enfermaria.Seus olhos se arregalaram tanto que pensei que sairiam do rosto e francamente, não conseguia nem adivinhar qual poderia ser o motivo para tamanho desespero.

Ela se levantou da maca, toda desajeitada, e não disse nada antes de praticamente correr até às portas de saída do lugar. Definitivamente, algo estava acontecendo.

Segurei o pulso dela antes que pudesse cometer qualquer loucura de desmaiar de novo. Eu não era um super-homem nem nada para ficar carregando-a de um lado a outro como se não fosse nada. E além do mais... Eu estava tão preocupado quanto ela.

— Nino! Solte-me! Eu preciso ir...! – Ela lutou contra mim, tentando puxar o braço de volta. Para alguém que havia passado tanto tempo desmaiado, até que ela tinha uma boa forcinha.

— Eu não vou deixar! Você está passando mal, Alya! – Vou confessar que tomei muito fôlego para conseguir segurá-la e gritar qualquer coisa sem gaguejar. – Deixe-me ajudá-la!

— Você não entende! Já pode ser tarde demais...! – Foi então quando eu vi. Seu rosto mudou de algo raivoso para um desespero depressivo. E pareceu tornar-se tão frágil que nem consegui reconhecê-la.

— Alya...

— Eu não quero que seja tarde demais! Por favor... Me solta! Me solta!

Eu sabia que do jeito que estava não iria muito longe. Doía vê-la daquela forma, mas tinha que ser mais forte. Era pelo bem dela. Era por ela. Segurei seu pulso com mais força e ela finalmente entendeu que eu não a deixaria partir.

— Nino...

— Eu não posso te deixar ir desse jeito. Você está mal, Alya. Conte-me o que está acontecendo. Irei com você até onde precisar, mas não pode ir nessa sozinha! – Encarei-a com seriedade. Acho que nunca olhei para alguém tão sério em toda minha vida.

— É e-ela...

— Ela? Ela quem?

— M-Marin-n-nette... – Respondeu, desandando a chorar, dando apenas a opção de abraçá-la e confortá-la.

Eu queria abraçá-la. Mas em outra situação. Não daquele jeito. Não com aquele desespero. Não sem entender o que pensar. Eu queria poder estar com ela, presente, junto. Mas, não queria que chorasse. Chorar não a deixava bonita nem minha camisa seca.

—...E-Ela foi a-a-atropelada..

Eu a abracei com mais força após finalmente entender seu desespero. Um desespero único. De vida ou morte. Um desespero tão torturante que a fazia alucinar. Um desespero que tirava dela toda a personalidade cheia de vida que eu gostava e admirava.

Eu realmente... gostava da Alya. E vê-la mal me fazia mal.

Acho que é isso que significa amar alguém, não é?

É isso... Que Marinette sente por Adrien...

Enquanto luta naquela cama de hospital.

Amor esse que talvez nunca mais acordasse para ser revelado.


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Notas finais do capítulo

Eu não curti muito, mas se vocês gostarem, que tal dar uma forcinha?



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