Watch Dogs - Hack the World escrita por Cahxx
“Acham que sou um homem descontrolado, mas nunca tive tanto controle.”
Oi. Meu nome é Aiden Pearce. 39 anos. Há um ano e meio estava sendo perseguido por uns caras que queriam minha identidade e no fim, minha sobrinha acabou sendo morta. Depois disso, jurei que iria atrás de todos e mataria cada um deles para me vingar. Eu jurei... e como sou um homem de palavra, irei cumprir.
O telefone toca no banco ao lado e dou o comando de voz para atender a ligação. Jordi...
— E ae cara?! Gostou do couro? Macio, né?
— É Jordi. Valeu por me conseguir o carro.
— Eu disse que te conseguia qualquer coisa. Mas cê sabe que o dono dos carros vai querer tudo inteirinho e certinho, não é? Então colabora aí...
— Maneiro isso, Jordi... – reviro os olhos – Alguém que vive em constante perseguição vai muito conseguir manter SEUS carros inteiros.
— Pô cara, eu garanto o serviço, não a qualidade. Mas saca só: se tudo der certo, vamos ter novas mercadorias.
— Então tenta fazer direito da próxima vez. Desligar – ordeno por fim. Jordi é simplesmente assim: você pode contar sempre com ele, mas sabendo que será do jeito dele. Estou seguindo para a casa da Nick, em um condomínio fechado no subúrbio de Chicago. Dia 11... Aniversário do Jack... Não sei como irei conseguir encarar tudo isso; ainda é difícil. Às vezes aceito acreditar no fato de que Nick é bem mais forte do que eu.
Abro o portão automático com meu próprio celular (não iria conseguir que alguém abrisse para mim). Dirijo por algumas ruas estreitas e gramadas até finalmente chegar àquela porta branca que tanto me traz lembranças. Desço do carro e bato a porta, estacionando o veículo a uma distância para que minha irmã não pudesse me ver trocar tantos carros.
Subo os degraus da pequena casa e bato na porta com os nós dos dedos. Sem resposta. Ouço vozes um tanto afastadas e decido espiar os fundos. É, eles estão lá.
— Ok... Lá vai... – digo para mim mesmo.
— Quantos anos está fazendo? – ouço Nick perguntar.
— 10.
— Não... Acho que você fez nove.
— Fiz 10! – ele insiste.
— Hmm... 9 – persiste, Nick.
— 10!!!
— Bom, nesse caso são dez coceguinhas no aniversariante!
E Nick passa a brincar com Jacks. Observo de longe e dou risada. Saudade. Nick para assim que percebe minha presença. Dou um tchau para Jack que retribui e aquilo me faz relaxar. Nick se aproxima.
— Então se passou um ano inteiro e...
— Tô atrasado – completo sua frase. – É. Eu lamento Nick. De verdade.
Ela me abraça e eu retribuo. Começo a me sentir em casa novamente.
— Deixe-me olhar pra você – e ela me encara, me deixando constrangido. – Você envelheceu!
— Ah, que bom. Muito obrigado.
Encaro Jacks sentado na mesa de piquenique, brincando com o que parecia ser um foguete.
— É o primeiro aniversário dele sem a Lena.
— E como ele está?
— Sou a única pessoa com quem ele fala. Mas a terapeuta disse que ele vai se recuperar.
Para minha surpresa Jacks se aproxima de mim correndo e me entrega seu foguete. Sinto um aperto na garganta.
— Posso ganhar um abraço? – e ele o faz. Ajoelho a sua frente – Nossa, você está grande! Finalmente você comprou pra ele um brinquedo de verdade. – rimos. Jacks corre para dentro de casa, provavelmente para buscar mais coisas.
— É muito bom você estar aqui.
— Você e Jacks são as pessoas mais importantes da minha vida. Eu não vou parar de cuidar de você.
— Sempre como um irmão mis velho... – ela sorri.
Entramos na casa de Nick e ela atende a um telefonema. Aproveito para andar pela casa e recuperar memórias boas. Tem servido de energético ultimamente. Observo a voz de Nick tornar-se agitada e sem qualquer relutância hackeio a conversa.
Agora, neste momento, estou perseguindo um sedan vermelho. Você já deve imaginar o conteúdo do telefonema misterioso de Nick. Era o que eu mais temia: que voltassem a ameaçar minha família.
O motorista do sedan faz uma curva sob uma esquina gramada e os pneus deslizam. Ele bate o veículo num poste e é a minha deixa para frear bruscamente e praticamente saltar de dentro do meu carro. Vejo o motorista abandonar o veículo vermelho e corro atrás dele pela praça agradavelmente vazia. Salto por cima de um banco de pedra e consigo facilmente alcançar o sujeito.
— Parado! Imbecil!!! – grito irritado e num pulo me jogo de lado sobre ele que cai na grama desnorteado. Retiro meu bastão do bolso e num único golpe nocauteio meu alvo.
Fico observando seu corpo inerte no chão enquanto recupero a respiração. Sem pensar duas vezes hackeio seu telefone e escuto a última ligação:
“Cara, sério que você vai me pagar tudo isso só pra eu passar um trote? O nome dela é Nick Pearce?! Ok, vou falar sobre o filho dela...”
Não acredito! Era um trote! Mas... quem faria uma coisa dessas? Duas respostas: uma brincadeira de mau gosto e de muita coincidência, ou... Ligo para BadBoy, um hacker que contratei para me ajudar com pequenos serviços:
— Qual é dessa vez?
— Preciso de uma busca por hackers do ctOS. Um cara foi contratado para ameaçar minha família. Quero saber quem está por trás disso.
— Bom, a ligação veio de algum lugar do loop. Mas isso é tudo o que eu consegui...
— Ok. Se eu puder hackear o ctOS de dentro do Loop...
— Aí eu poderia marcar a fonte dessa ligação.
— Beleza. Vamos fazer isso. A Blume está construindo um novo Centro do ctOS no Loop.
— Cara, o local tá cheio de guardas bem treinados! Não vai conseguir entrar fácil assim...
— Eu sei! Você tá parecendo minha irmã. Eu estou indo armado... e perigoso.
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Passo numa loja para comprar armas melhores, afinal, tenho que me preparar. A Blume contrata seguranças particulares pra vigiar os centros do ctOS. Rifle de assalto 416, origem alemã, melhor utilizada para combates à distância.
Na TV uma reportagem:
— Durante as últimas semanas, os Centros do ctOS em Chicago tem aumentado sua segurança devido a diversos ataques do grupo de hackers ativistas, DedSec. Quando questionada sobre as mudanças na segurança, a Representante da Blume, Charlotte Gardner, foi decisiva:
— A segurança de Chicago é fundamental. Com isso, contratamos seguranças para cada Centro de Controle do ctOS. Esses pacificadores habilidosos treinaram nas regiões mais perigosas do mundo.
— Na verdade, Srta. Gardner, esses pacificadores que a senhora se refere são mercenários militares. Muitos deles com antecedentes criminais, não é verdade?
— Eles cumpriram tempo de serviço no exército, será que deveríamos rejeitar os nossos soldados por defenderem o nosso país? Nossa Rede do ctOS está protegida. E isso dá aos cidadãos de Chicago o conforto que eles merecem.
— E essa foi a Representante da Blume, Charlotte Gardner, sobre a segurança do ctOS. Voltamos com mais notícias em instantes.
Chego no primeiro prédio do ctOS: um galpão de dois andares cercado por muros de alambrado e com guardas armados até os dentes. O plano é conseguir um código de acesso e alcançar o painel de controle sem precisar entrar.
Escoro na parede e hackeio a primeira câmera, ganhando uma visão superior de todo o terreno. Sigo para a câmera seguinte, logo acima de um dos guardas. Percebo que o código não está por aqui; deve estar dentro do prédio. Vou tentar chamar a atenção pra que eles saiam.
Explodo uma caixa de energia e ativo uma empilhadeira. Os seguranças entram em alerta e alguns exclamam assustados.
— Que porra é essa?!
— Cara, deve estar com defeito.
— Que se foda!
— Que agitação é essa? - pela câmera vejo um guarda se aproximar, armado, óculos escuro. Algo pisca em seu bolso: ele está com o crachá de acesso. Isso! Hackeio o código que logo surge na tela do meu celular. Agora só seguir para o painel.
— Voltem a seus postos! Cambada de imbecis.
O cara tem uma câmera escondida. Capturo a imagem e agora estou acompanhando seu trajeto por dentro do galpão. Ali está! Logo a direita do corredor pisca o painel de controle. Só preciso que ele siga nessa direção. Ok. Hackeio as persianas que se abrem e fecham como se estivessem em curto.
O guarda se aproxima entre resmungos e é a deixa para que eu entre no painel, insira o código e destrave os firewalls que estão bem simples. Logo tenho a visão de uma câmara subterrânea onde há armários e estantes repletas de discos rígidos com gravações. Hackeio um deles para identificar a informação e... o que é isso? Uma filmagem de uma senhora na pia de sua cozinha, lavando a louça...! Estão invadindo as casas das pessoas! Parece que a ctOS tá juntando cada detalhe pessoal dos cidadãos. Não é atoa que o DedSec odeia o sistema.
— Pronto.
— Que? Espera... Você já tá dentro do ctOS? Sério?
— Estou olhando a rede enquanto conversamos. Você conseguiu seu acesso e eu consegui o meu. O sistema do perfilador está online, os terríveis segredinhos de todo mundo estão a apenas um clique. Essa coisa está ressaltando tudo no distrito. Poderia tirar proveito de algumas coisas.
— Fique de olho no tráfego online. Pode haver mercenários na rede.
— Se eles podem me ver eu também posso vê-los. Beleza, preciso ir. Fiz muito barulho por aqui.
— Me dê um tempo pra rastrear sua ligação. Eu falo com você.
Me afasto do perímetro de acesso até o sinal do prédio desaparecer. Mas outra surpresa vem em seguida. Jordi me liga.
— Aí, preciso que você cubra uma coisa pra mim.
— E o que é?
— Eu fiz um acordo lucrativo com um cliente bem exigente e ele precisa de um motorista.
— Não.
— Bem, é o seguinte. Eu fui lá hoje de manhã e o Maurice tava tentando fugir do seu quarto de hóspedes; então eu tive que tirar ele de lá. Agora, eu poderia passar esse problema pra você, já que o Maurice realmente é problema seu. Mas isso não faz o meu estilo. Eu sempre termino tudo que começo. E tudo que eu tô te pedindo...
— Ta bom, ok. Eu faço.
— Bom, então eu nem vou tentar te impedir.
— Já disse que vou fazer. E esse trabalho, o que é?
— É um trabalho de entrega. Tem que dirigir pra um cara. É fácil, né não? Só não esquece que a minha reputação tá em jogo aqui. Ele vai pagar muita grana pelo melhor motorista de Chicago.
— Então ele tá com sorte.
Sigo para o local indicado. Um trabalho de entrega? Não vai me tomar muito tempo. Depois vou verificar o trote da Nicky. Mas espera... O que é isso? Um alerta no celular? Que merda! Um mercenário. Eu chamei muita atenção no Loop. Esse cara me encontrou. Bom, agora eu vou encontrar ele. O trabalho do Jordi vai ter que esperar.
Dou meia volta e sigo para a praça do shopping. O sinal vem de lá. Estaciono a moto a um canto e começo a andar por entre os bancos, o sinal erguido em mãos, encarando as pessoas em busca de algum sinal de culpa.
Ele tá tentando invadir meus dados. Preciso encontra-lo antes que ele entre no meu telefone. Atravesso um canteiro e ele ergue a cabeça para mim: te achei! Agora você é meu!
Ele sai correndo. Eu o persigo por entre esbarrões das pessoas e reclamações. Avançamos o sinal recebendo algumas buzinadas; confesso que por pouco não sou atingido por um carro. Aperto o passo e salto pra cima dele, me jogando em seu corpo. Ambos caímos e eu o imobilizo, retiro o bastão e dois golpes em sua cabeça o apagam.
Um mercenário a menos. Será que existem muitos outros? Tem alguém interessado em mim. Eles são mercenários; trabalham por dinheiro. Alguém colocou minha cabeça a prêmio. E isso é uma merda. Se me lembro bem, eles se comunicam através de uma rede. Isso vai ser divertido.
Bom, agora vamos ao trabalho do Jordi. Vamos buscar esse cara e despistar a polícia. Isso vai ser fácil pra mim, até porque eu sou meio... metido a piloto.
O telefone toca:
— Onde você estava? - é o sujeito da missão - Foi tudo pra merda! Ah, cara, foi tudo pra merda!
— Estou a caminho.
— Anda cara. A polícia vai me achar. Rápido!
Sigo de moto em alta velocidade. Ultrapasso moto, desvio de carros e quase esbarro em um caminhão. Sigo pelo GPS: o cara está em alguma garagem perto do viaduto do Rio Chicago. O céu escuro começa a avisar que hoje irá chover esta noite.
— A polícia de Chicago conseguiu interromper uma invasão em uma fábrica durante a noite. Um assaltante morreu no local enquanto outro continua foragido. Há lentidão próxima a Parker Square devido aos bloqueios feitos pela polícia.
— A esquadra dará início a uma busca pelo suspeito. Todas as unidades dirijam-se para o perímetro.
O radar da polícia surge no mapa. Droga! Não esperava que fosse dar problema. Esse é o problema de bandidos idiotas: eles sempre fazem merda.
Sigo por entre os becos para longe do Rio, a fim de evitar o radar por enquanto.
— Rastreamento ctOS autorizado, iniciando busca do suspeito agora.
Continuo pela beirada do Rio, uma área abandonada de garagens e borracharias antigas. Estaciono na frente de um dos portões de metal que se abre automaticamente. Um sedan preto me espera, marcas de bala e arranhões, aparentemente vazio. Não por muito tempo. Um sujeito surge na janela de trás, arma apontada em minha direção.
— Só você não foi convidado. É um homem morto - ele parece jovem. Não deve ter mais de vinte e poucos anos.
— Eu sou o motorista.
— Merda, por que demorou tanto? Pegou o carro? Esse negócio tá detonado.
— Não. Minhas regras, seu carro. Esse é o trabalho.
— Então anda, cara. Vamos!
Saímos da garagem e logo avistamos um helicóptero rondando o local. As sirenes da polícia gritam muito próximas. Vamos ter que dar a volta no Rio e pegar a ponte para o Mad.
— Deu merda - o sujeito continuava falando - Eddie morreu. Eu deixei ele lá. Cara, a polícia apareceu! Isso é muito ruim.
Barreiras policiais bloqueavam quase uma dúzia de cruzamentos pelo bairro. Não tínhamos muitas opções. A menos que eu usasse caminhos realmente alternativos.
— Siga o caminho combinado e preste atenção. A polícia ta na cola!
— Esse seu caminho vai nos matar. Senta aí e cala a boca.
— Siga o plano. Eu sei o que estou fazendo!
— Foi assim que seu amigo morreu?
Ele pareceu calar-se.
— Fique com a cabeça abaixada.
— Esquadra, vamos varrer os becos e ver se conseguimos encontra-lo.
— Entendido. As pontes estão erguidas, exceto Wells. Reforços chegando por lá.
Dou meia volta e sigo pra Wells. É nossa chance: a única ponte ainda não bloqueada. Se conseguirmos alcançar antes da policia, o outro lado já é seguro.
— E aí? Qual é o plano?
— Você precisa de acalmar. Eles fecharam a ilha. Vamos ficar pelos becos, garagens... fora de vista. Se você ver que eu desliguei o motor e apaguei as luzes fique quieto. Vamos ser apenas um carro estacionado. Entendeu?
— Tá. Tudo bem... as minhas mãos não param de tremer. Já vi um cara levar um tiro. Não quero ser o próximo.
— Eu concordo.
Acelero pela avenida, derrapamos por debaixo do trilho do metrô, alcançamos o final da rua, pegamos um beco escuro, chegamos a orla, acelero pela avenida, derrapo alguns metros antes da barreira policial. Os guardas entram em alerta ao ver nosso carro deslizar de forma suspeita e seguir pela ponte.
— Esquadra, temos um suspeito! Ele está seguindo para a ponte de Wells! Ergam a ponte! Agora!
Alguns carros saem e nosso encalço. Já estamos subindo a ponte.
— Merda, cara! Estão levantando a ponte! Você vai nos matar!
Acelero ainda mais e mantenho os olhos fixos a frente. O carro salta de uma plataforma até alcançarmos a outra. Batemos contra o chão, o cinto me impedindo de ser jogado contra o para-brisa. Derrapamos pela avenida, mas logo retomo o controle e seguimos pelo outro lado da ilha.
Porra! Caralho! Cara... eles falaram que você era bom mesmo. Conseguiu.
Seguimos pelas ruas mais movimentadas, desse lado ainda não há alertas. O GPS indica um beco perto de uma antiga fábrica abandonada.
— Tá, chegamos aqui. Conseguimos. Vamos encontrar uns caras. Não vai estragar tudo.
Entramos no beco fracamente iluminado onde um velho maldito e seu assistente cretino nos aguardam.
— Mas que merda... é o Lucky Quinn. - resmunga o sujeito - Por que o chefe do Club vai nos encontrar?
— Ele não vai encontrar com a gente - explico e puxo o frio de mão - Vai encontrar com você.
O cara me encara nos olhos e esboça uma expressão de derrota. Ele sai do carro e percebo sua mão trêmula.
— Alguém sabia... eu juro que não sei o que aconteceu. Era pra estar vazio. Afinal, é uma fábrica de computadores, não é? Eu me viro e o alarme aciona... A polícia chegou lá tão rápido!
— Shhh... - Lucky sorri pra ele - Quieto. Já acabou, filho.
— Pelo menos consegui, não é? - ele mostra o hardware em suas mãos. - É o que importa.
— Com certeza é o que importa - Quinn faz que sim com a cabeça, uma mão apoiada na bengala e a outra dá um tapa de leve no braço do rapaz - É assim que as coisas funcionam - percebo ironia em sua voz.
O assistente pega o hardware e limpa com uma flanela.
— Não há lugar para quem fode tudo - Quinn continua seu discurso, caminhando na frente do carro.
— Ah, eu entendo, sr. Quinn. Eu entendo. Mas não foi eu quem estragou tudo.
— Fique calmo. Está tudo bem. Certo. Tá? - o velho pousa a mão sobre o ombro do rapaz. Parece realmente ter intensão de acalma-lo, mas sei que não é isso. Sei o que ele vai fazer. E acho que o rapaz também sabe, pois ele baixa os olhos e parece aceitar sua derrota. - Você chegou a fala com sua mãe?
O rapaz o encara e engole seco.
— Ligou para os seus amigos? Ou a namorada?
— Não, senhor. Estava com presa - ele parece desconfiado.
— Isso é bom. Muito bom.
O assistente dá a volta e para atrás do ladrão. Quinn dá o sinal. O rapaz se vira confuso. O assistente saca a arma. O jovem ladrão tenta desarma-lo. O assistente atira para o alto. O rapaz derruba o outro contra o capô do carro. Quinn saca uma faca do casaco e a enterra na garganta do garoto.
O assistente ainda se aproxima e dispara seis tiros contra o já falecido. Quinn dá a volta por cima do corpo e chega até a minha janela. Viro o rosto para encarar o painel e finjo mexer no rádio; mesmo estando com o rosto coberto, não quero que esse filho da puta se quer veja meus olhos. Ele pode perceber o ódio que sinto.
— Diga para o seu chefe que eu volto a ligar. Caso eu precise de outra entrega.
Apenas afirmo com a cabeça e dou a ré. Maldito Lucky Quinn. Ele manda na merda do Chicago South Club. Esses caras se alimentam de Chicago desde antes de eu nascer. Eu estaria fazendo um grande favor à cidade se matasse um deles. Mas isso é exatamente o que tenho tentado evitar.
Porque sempre tem o retorno. E isso pode não acontecer de novo.
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O que acharam? xx