Don't trust me escrita por LilyMartin, Allie Maddox


Capítulo 5
Capítulo 05 – Elogios




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 Segunda-feira, 15 de outubro.  

 

 Enfim, a segunda-feira chega. Durante o final de semana eu não fiz nada além de ficar deitado no sofá assistindo filmes e falando com meu chefe que perguntava sobre a missão, lembrando-me o que eu preciso fazer, dizendo para não perder o foco, relembrando o prazo e todas essas coisas.  

 Hoje darei um novo passo para tentar descobrir mais coisas. Irei na empresa da Sra. Martin sem avisar e coletarei informações de seus funcionários. Perguntar o que eles acham dela talvez me ajudasse em algo.

 Contudo, as vezes ainda paro para pensar onde estou me metendo, conquistar uma mulher suspeita de ter matado o marido e também suspeita de ter o conquistado apenas para conseguir o que queria. Agora eu tenho que fazer o mesmo com ela: seduzir para conseguir o que eu quero. De quem foi esta ideia horrível? Talvez saberia se tivesse prestado atenção na reunião. Mesmo assim, o que deu na cabeça do Sr. William de aceitar isto? Definitivamente ele não está raciocinando bem. E o pior, o que deu na minha cabeça aceitando fazer isso? Bem, só espero que no final eu não acabe sendo assassinado por uma linda ruiva de olhos verdes.

 Em poucos minutos eu já tinha vestido a minha roupa e pegado o anel para coletar o que os funcionários iriam falar.

 Chego na empresa LeYoo em pouco tempo. Pego o elevador para ir em um dos andares que havia alguns funcionários com cargos mais baixos. Para minha sorte peguei o elevador com uma faxineira da empresa. Ela era uma mulher baixa, de pele clara e cabelos presos em um coque, devia ter aproximadamente cinquenta anos.

 — Bom dia — falo de forma simpática.

 — Bom dia — responde, me olhando de forma receosa, como se não fosse comum um homem de terno falar com ela.

 — Vai para qual andar?

 — No quinto andar.

 — Você trabalha muito tempo aqui? — Pergunto.

 — Vai fazer dois anos.

 — Gosta de trabalhar aqui?

 — Sim. Sou muito bem tratada — afirma com sinceridade em seus olhos.

 — Quem bom. E quanto a senhorita Martin?

 — A senhora Martin? Ela é uma patroa muito boa, abençoada. Um amor de pessoa. Difícil encontrar chefes assim hoje em dia — falava como se fosse uma mãe orgulhosa de sua filha.

— Ela aparenta ser uma boa pessoa mesmo. — Sorrio.

 — O senhor me dá licença, cheguei ao meu andar.

 — Bom trabalho e tenha um bom dia — me despeço.

 Desço no próximo andar. Neste havia diversos funcionários trabalhando em seus computadores. Sorrateiramente, fui conversar e fazer perguntas para alguns deles para saber mais sobre a personalidade e vida da senhorita Martin. Todos diziam apenas coisas boas de Lydia, tanto os homens como as mulheres diziam que ela era educada, simpática, prestativa, inteligente, entre outros elogios. Eu deveria me surpreender por encontrar um local de trabalho onde ninguém tem nenhuma crítica ao patrão ou pelo fato de que todos estas definições e elogios eram para a mesma mulher que está sendo acusada por um crime. Tudo muito estranho. Inclusive alguns disseram que ela amava muito o marido e ficou realmente triste pela perda. Ou Lydia é uma ótima atriz ou todos as acusações estão completamente erradas, porém meu chefe disse que tinha certeza e só precisava de provas concretas. Como? Como eles tinham esta certeza? Eu realmente devia ter prestado atenção nas reuniões.  

 Ao sair da sala que estava, dou de cara com a mulher de cabelos avermelhados, ela: Lydia. Que se espantou ao me ver.

 — O que você fazendo aqui? — pergunta ao se aproximar de mim.

 — Bom, vim confirmar sobre amanhã. Está tudo certo?

 — Sim, os dois cenários já estão montados, e os casais de modelos já foram contratados. O fotografo também. É um amigo meu de anos, fez diversos cursos relacionados a fotografia, já fotografou para diversas revistas, fotografou capa de CD, clipes, enfim... ele é muito bom e vai arrasar nas filmagens de amanhã. Vai ficar tudo maravilhoso.

 — Perfeito. — Sorrio. — Já escolhemos as peças que entraram nas filmagens.

 — Então, está tudo certo, levem a amanhã. Dez horas... — Enquanto ela falava meus olhos não conseguiam se desprender de seus lábios vermelhos, ela era realmente muito linda, difícil acreditar que ela seja a autora da morte do marido. Mas, foda-se essa história, a cada segundo que olhava sua boca, maior era a vontade de beijá-la. — Você deveria parar com isso.

 — Com o que? — Levo meus olhos aos seus.

 — De me olhar assim. — Ela espreme os lábios.

 — Não consigo — falo baixinho, mas o suficiente para ela escutar. O que a deixou ruborizada. 

 — Tenho que trabalhar. Até amanhã, tenha um bom dia, Sr. Stilinski. — Abaixa a cabeça e coloca uma mecha de cabelo que caia sobre seu rosto para trás da orelha. Caminha até um de seus funcionários.

Sorrio.

 


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Notas finais do capítulo

O que estão achando? *-*
Fico sempre ansiosa para postar novos capítulos, então logo tem mais, já que este foi bem curtinho. :)