Will I Love You? escrita por BTShiver


Capítulo 5
Day Two. Things Get Difficult On My Mind.


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Sim.
Motivos? Os mesmos de sempre.
Queria ter postado antes? Pode-se dizer que não, porque tive umas ideias interessantes hoje enquanto escrevia. ~secret~
Espero que gostem. Sei que ficou mais curto que o normal, mas estou meio sem tempo, escrevendo num computador que não é meu e com mais uns problemas aí ;)
De novo, espero que gostem e comente, aceito ideias para a fanfiction e críticas construtivas também sdigf.
Kisses,
W.S.



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Pela primeira vez na vida, não prestei atenção às aulas. Tinha a mente voltada ao meu maior dilema atual: Tristan.

Na noite anterior, eu tinha sonhado com a pior época da minha vida. Desde pequeno, meu irmão teve a saúde frágil. Sua pior época foi dos três aos cinco anos de idade. Ty acordava no meio da noite com os lenções suados colados ao seu corpo e a respiração ofegante em meio a violentos ataques de pânico. Geralmente, era eu quem o ouvia resfolegar no meio da noite, já que a parede que separava nossos quartos era fina e nossas camas ficavam coladas àquela mesma parede. Eu levantava, ia até o seu quarto e deitava com ele, dizendo frases reconfortantes, abraçando-o e observando enquanto ele caía gradativamente no sono, com a respiração mais compassada e expressão serena. Quando isso acontecia, geralmente por várias noites a fio, eu passava o resto do tempo lá com ele até que mamãe ou papai acordassem. Claro que podia simplesmente chama-los no momento em que acordava com os barulhos de Ty, mas eles já se preocupavam muito durante o dia e necessitavam de algumas, mesmo que poucas, horas de sono. Os dois se revezavam entre cuidar de nós e pesquisar tudo o que conseguissem sobre o que Tristan estava passando, mas, aparentemente, era um caso inédito tanto no mundo trouxa quando bruxo.

Viajamos pelo mundo todo em busca de algum médico que pudesse diagnostica-lo e acabar com seu sofrimento, e demoramos um ano inteiro para encontrar o medibruxo que conseguiu as tão esperadas respostas.

Num exame que lembrava muito o processo de utilização de uma penseira, conseguimos captar imagens dos sonhos de Ty, que causavam ao ataques e a falta de sono. Ele tinha vívidas memórias de campos de batalha bruxos, com feitiços coloridos voando a todas as direções, Harry Potter e Rony Weasley em acampamentos em diferentes locais, um homem com pele acinzentada e calvo, o nariz de uma cobra e aparência ofídica. O próprio Voldemort. Aquelas eram claramente lembranças de nossa avó, Hermione Granger. Mas como tinham ido parar na cabeça do meu irmãozinho? Todos da família se recusavam a falar daquele período tenebroso em que passaram lutando contra as Artes das Trevas mais poderosas, principalmente depois que mamãe e papai se casaram. A família tomou isso como um incentivo extra, visto que os Malfoy foram partidários de Voldemort durante os conflitos.

Todo aquele tempo com meu irmão acabou criando um grande laço entre nós, não que eu admita em voz alta, e acabei me afeiçoando a ele mais do que irmãs mais velhas normalmente faziam. Ele era meu pequeno e frágil Ty e era o meu dever cuidar dele.  Não que aquele maldito desafio me deixasse fazer aquilo.

— Eeeerika... – ouvi a voz do Zabini tirando-me de meus devaneios. Ele parecia irritado e divertido ao mesmo tempo, os olhos brilhando com ambos os sentimentos.

— É Eris. O que foi, praga? – questionei e olhei ao redor. A sala estava completamente fazia. A última aula devia ter acabado.

— Eu tive de correr até aqui quando não te achei no pátio. Minha testa estava começando a explodir em marcas vermelhas e nojentas quando cheguei aqui. Você não sentiu? Aliás, porque ainda está na sala olhando para o nada e desenhando... – ele observou a mesa por alguns instantes – paisagens perturbadoras com o seu irmão? – questionou o tagarela. As vezes eu esquecia que, de vez em quando, o Zabini não sabia quando fechar a boca.

Olhei para baixo e percebi que eu realmente segurava uma pena e, sobre ela, havia um pergaminho cheio de desenhos estranhos. Ty encolhido em sua cama, a imagem de Voldemort que vi em uma das suas memórias coletadas pelo medibruxo, cobras macabras ao redor de uma cabeira, símbolo esse que lembrava muito a marca do Lord das Trevas, Ty com expressão assustada e chorando...

Perturbada, joguei o papel de qualquer jeito na mochila, guardei a pena e levantei num movimento rápido.

— Apenas... Apenas vamos sai daqui. – não esperei e comecei a andar rapidamente, não me sentindo nada bem. Sem nem perceber para onde estava indo, encaminhei-me para o dormitório. Joguei minha bolsa de qualquer jeito no chão do quarto e atirei-me na cama com força. Estava tão cansada que tinha vontade de me enfiar debaixo das cobertas e nunca mais aparecer. Tinha vivido aquele dia do jeito mais mecânico possível: acordei, esperei o Zabini, respondi zangada a tudo o que ele disse, tomei café da manhã, fui às aulas, não prestando atenção em nenhuma (como citado anteriormente), almocei ao lado de Ty, respondendo sem  responder as suas perguntas, aulas novamente e lá estava eu.

Era difícil encarar os olhos questionadores de Ty cada vez que ele me via perto de Christopher. Ele sabia que havia algo errado, era um garoto inteligente, e lutava para conseguir uma explicação sem me perguntar, coisa que eu agradecia internamente, visto que não conseguiria mentir para ele.

Senti a cama afundar ao meu lado e virei a cabeça para encarar o Zabini.

— Por que você existe? A minha vida seria mais fácil se você não estivesse aqui. – comentei. Sequer havia maldade no comentário. Fui totalmente sincera. Relembrava o sonho que tive na noite anterior, com Tristan nos meus braços, chorando desesperado e contando sobre as imagens que assolavam sua mente no momento em que pegava no sono. Ele ficava inconsolável por horas depois dos pesadelos, e me cortava o coração vê-lo daquele jeito. E não podia cuidar dele com o Zabini pendurado em mim.

— Nossa. Nem sequer tentou disfarçar seu ódio com ironia? Essa magoou. – ele brincou, mas tinha a expressão séria. Ele percebia que eu estava realmente mal. Ficamos num silêncio sepulcral por alguns minutos. – Acho que a coisa mais civilizada a se fazer agora é perguntar o que aflige esse seu coraçãozinho de pedra, mesmo que você não mereça e que eu provavelmente vá levar a patada do século. – ele disse baixinho, como se relutasse em quebrar aquele silêncio confortável.

— Você poderia começar não deitando na minha cama. – comentei a primeira coisa que veio à mente. Ele deu um sorrisinho.

— Você já usou a minha cama, lembra? – revirei os olhos e comecei a pegar todos os travesseiros que havia na cabeceira e coloquei entre nós. Formando uma barreira.

— Estávamos assim da última vez. E pelo menos peça permissão da próxima vez que for encostar na minha cama. – foi a sua vez de revirar os olhos.

— E a velha e irritante Erika está de volta. – bufei com o nome, e, automaticamente, respondi:

— É Eris. Você nunca vai me chamar assim, né?

— Não. – deu um sorriso matreiro. – Você pretende ficar aqui fazendo nada a noite inteira? – questionou. Assenti. Mesmo sem olhar para mim, deve ter entendido o significado do farfalhar do travesseiro em baixo de minha cabeça. – Infelizmente hoje é a nossa primeira ronda, então temos de sair daqui as oito. E ainda não ajeitamos os horários de ronda dos outros monitores, lembra?

Suspirei e levantei-me, sendo imitada pelo outro. Ajuntei alguns pergaminhos e penas e encaminhamo-nos para a mesa da cozinha, onde, absorta pelo trabalho, acabei esquecendo de todo o resto.

Eram umas sete e meia quando acabamos.

— Você até parece uma pessoa civilizada e normal quando se concentra em alguma tarefa, Erika. É um grande avanço. – ele ria da própria piada. Apenas revirei os olhos – pela milionésima vez naquele dia – e encarei-o.

— Eu poderia dizer o mesmo, mas você não parou de fazer brincadeiras idiotas por um segundo sequer. – suspirei. – Pelo menos acabamos isso. Vamos, tenho que entregar a Minerva para aprovação antes da nossa ronda e comunicar os outros.

Ele assentiu e saímos do dormitório.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Sério gente, eu preciso saber se vocês estão gostando da história, se tem ideias pra melhorar, qualquer coisa!
Se você leu até aqui, provavelmente está acompanhando a história e lê as notas. Obrigada, você é uma pessoa legal.
Kisses,
W.S.



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