Cupido Não escrita por Dramática


Capítulo 8
8 - Caindo na porrada


Notas iniciais do capítulo

Olá! *-*

Quanto tempo faz que não posto? Nem sei mais! Nossa, por favor, me desculpe por DEMORAR MUITO. Tentei fazer o capítulo, mas então veio bastante compromisso. Então depois fiquei pensando se postava, pois tinha passado meses, se deveria fazer maior. Mas então notei que o importante é continuar e postar o capítulo, terminando essa história que sempre quis começar e fazer.

Quero agradecer mimidel, Bluet, Jowlly, Reeanns por comentar. Realmente me motivou muito ler tudo de novo, de coração. Significa demais.

Muito obrigada a todos que favoritaram e acompanharam. Dá um colorido a mais e com certeza é importante.

Assim como sei que vão ter de ler tudo de novo para lembrar, se ainda quiseram, então boa sorte e leitura.



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Capítulo oito

Caindo na porrada

“Façamos da interrupção um caminho novo.

Da queda um passo de dança,

Do medo uma escada,

Do sonho uma ponte, da procura um encontro!

(Fernando Sabino)

 

Descobri que tem garotas que detêm um magnetismo tão grande que para mim poderia ser chamado de feitiçaria. Eu não tinha, Quinn sim. Com apenas algumas palavras, gestos e falsidade disfarçada em meiguice conseguiu fazer com que ele fizesse as pazes comigo em apenas um ano juntos, algo que sua melhor amiga de mais de dez anos não seria capaz de realizar.

Foi isso o que eu descobri ao perceber o quão legal ele estava sendo comigo no outro dia por ter me dado carona para ir a escola, oferecido-me seu chocolate preferido, o que nunca tinha ocorrido antes, e me ajudado a carregar a mochila. Isso sem a sua namorada super chiclete junto.

“Que tal seguir um pouco dos seus conselhos?”— James.

É só voltarmos a nos falarmos que começa com suas reclamações sobre ter dito não ao seu convite para ir numa festa no final de semana mais uma vez. Tudo isso porque tinha respondido a uma colega da escola sobre se divertir mais.

“Que tal cuidar da sua vida?” — Alexis.

Ter tido a coragem de rebatê-lo me deixou com tanto orgulho que o riso saiu espontâneo por entre minha boca.

“Você realmente não se ouve!” — James.

Querido, se realmente seguisse meus pensamentos, a pessoa a ser atacada seria você. Mas com beijos.

Por isso mesmo não consegui arranjar uma forma de responde-lo sem poder ser denunciada por atentado ao pudor, guardando o celular para que não cometesse essa loucura.

Que foi? Não me julgue, sou apenas uma adolescente com muitos hormônios. No entanto, felizmente, controlada.

“Cara conselheira amorosa, peguei minha mãe traindo o pai pela internet...”

— Não tenho culpa se a sua namorada me quis. — Escutei ao sair da escola naquele dia, deixando a minha leitura de lado para prestar atenção.

Uma voz mais conhecida esses dias do que foi há anos.

Depois veio um som que me aterrorizou ao ponto de procurar para saber de onde vinha. Percebi que tudo estava bem embaixo do meu nariz, podendo presenciar de camarote Aidan dando joelhadas na barriga do rapaz com uma força surpreendente. O sangue saindo pela sua boca e o desespero estampado por não conseguir se defender.

Fechei os olhos por um segundo, pensando no que deveria fazer.

— Assim irá mata-lo! — Gritei.

Fitou-me como se estivesse em frente a um inimigo de guerra, em meio a fúria que todo o seu ser representava. Olhos azuis que brilhavam de um jeito digno de filme de terror. Calmaria não havia dentro de si, apenas impulsividade e ira. Demonstrando ser digno de todos os boatos e terror que corria pelo colégio enquanto passava.

Então era assim que ficava quando caia na porrada?

Sussurrou algo no ouvido do oponente, deixando-o caído no gramado sem nem prestar ajuda. Parecendo pouco se importar com os gemidos dados e a sua tentativa falha de tentar se levantar.

— Ele que começou. — Comentou como se estivesse falando sobre o dia a dia, lançando um dos seus sorrisos tortos em minha direção.

Senti as pernas bambas enquanto se aproximava cada vez mais de mim. Vendo todos os detalhes que aquela luta havia provocado, desde o seu cabelo arrepiado até a camisa suja pelo liquido vermelho. Limpou seu nariz sem largar a expressão de felicidade, possivelmente consequência de um soco, antes de parar em minha frente.

— Vou chamar a enfermeira. — Pontuei ao olhar o tão machucado que o outro estava, pegando o meu celular rapidamente para ligar para ela.

— Não, Alis. Precisa é aprender uma lição por tentar se meter comigo. — Praticamente subiu nele um espirito de líder de gangue ao estapear meu aparelho para longe, tendo como objetivo óbvio me parar.

Só que tudo isso serviu para o sangue subir pela face e sentir os olhos começarem a lacrimejar, não ao ponto de se soltar por entre minha bochecha. Quando notei já estava tentando me tocar, porém reagi ao me afastar dele. Eu não queria ter suas mãos em mim, de alguém que a usou minutos atrás para a violência.

— Por um acaso está com medo de mim? — Orgulho! Transpassava esse sentimento em sua pergunta.

A tremedeira de meu corpo e a vontade de chorar poderia significar horror, contudo tinha certeza que era muito mais. A boca se abria e fechava em seguida pelo nervosismo, por notar o quão estupida eu fui por achar que ele só tinha aquela fachada de valentão, mas que no fundo era uma pessoa boa.

“Só tem a casca de bad boy”

Tola. Tola. Tola.

— Você não merece o meu temor. — Finalmente consegui formular uma frase em meio a sua sombria áurea. — Sabe o que realmente sinto? Apenas pena.

Por um momento vi sua expressão mudar, no entanto logo gargalhou de todas as palavras ditas por mim, uma a uma, pisando em minhas emoções como se fossem baratas. Se o seu jeito poderia arrepiar várias mulheres, inclusive a mim em alguns momentos, agora me fazia sentir raiva.

— Pare de mentir, eu vejo que não é isso. — Começou, dando as costas para mim e pegando um objeto na grama. — Mas quer saber? Nem sou tão maldoso assim. — Disse após entregar o meu celular, acendendo seu cigarro como sinal de rebeldia.

Tirei aquela droga imunda de sua boca e apaguei com meu tênis, vendo que se animou com meu ato. Ele gostava de ser provocado, disso conhecia bem. Só que eu não estava adorando nem um pouco.

— Então me responda: O que faria se eu não estivesse aqui? — Questionei para o distrair. Até porque eu via que o garoto vítima de sua fúria estava mexendo no telefone. Só que nunca era apenas isso, principalmente por querer entender até onde ele iria.

Mexeu em seu cabelo, num ato falho de tentar arruma-lo. Até porque ele não combinava com o estilo certinho e nada em seu traje tinha rastros do uniforme.

— Digamos que ele ia dormir como uma pedra. — Vontade de usar de sua técnica e tirar esse sorriso presunçoso a tapas. — Porém nem se preocupe, seria somente por um tempo. — E esse sarcasmo também.

— Pelo que vejo não foi só ele que apanhou. — Assim poderia vencer entrando em seu jogo.

Enquanto isso observava para ser se o nosso colega já tinha conseguido ligar para algum lugar. Com toda certeza igualmente torcia para que logo a ajuda chegasse.

— Meu nariz machucado não foi nada em comparação ao que eu fiz. — rebateu, desafiando-me com o olhar para concordar com tudo o que falava.

Para que não nos visse quando alguém chegasse para socorrer a pessoa caída, peguei-o pela mão e o levei para o banco longe dali. Cheguei perto dele ao nos sentarmos, parando minha boca em seu ouvido.

— Você precisa parar de arranjar briga por qualquer coisa. Daqui a pouco não vão ser apenas uns arranhões que vai levar. — Alertei.

O que eu disse foi o gatilho que faltava para sua fisionomia voltar a ficar trevosa. E essa foi a primeira vez que o vi tirar a camisa cheia de sangue sem intenção de arrancar suspiros do público feminino, e alguns do sexo masculino, nas poucas vezes que o vi na educação física. Ele virou de lado e o que vi foi uma cicatriz grande, mas que infelizmente não tinha percebido nele antes.

Dei um grito que chegou a doer minha garganta, todavia logo a impulsividade venceu a anterior surpresa sentida por me fazer ter vontade de tocar para ver como era, mas ele me afastou de uma maneira bem bruta. Sem nem me recuperar do que vi notei que estava na minha frente, abaixando para ficar a centímetros de mim e colocando suas duas mãos no encosto do assento.

— Realmente acha que eu já não sei disso? — O tom de voz foi alto o bastante para me assustar.


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Notas finais do capítulo

A imagem não é minha, desculpem pelos erros.

O que acharam da briga? Do que foi dito? Do capítulo em si? Podem tirar o cascalho de mim, dizer tudo, dar dicas. Realmente me importa muito e eu gosto desse feedback, de criticas, então podem fazê-lo!

Beijinhos, até uma próxima.



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