The Poet And The Pendulum escrita por LetíciaG


Capítulo 1
The Poet and The Pendulum - Único


Notas iniciais do capítulo

INSPIRADA na música The Poet and The Pendulum do Nightwish.É minha primeira fanfic sem ser de animes.
- Edição - Eu tirei a foto e mudei o nome do personagem (nesse ultimo caso por causa das regras)



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O Fim*.


         Lá estava ele, caído, seu sangue - vermelho ardente - sobre si, a mão esticada à frente do seu rosto virado apara a esquerda, evitando ver a lâmina, o pêndulo, sobre seu corpo já quase sem vida. Seus dedos quase o deixando conseguiram tocar sua face gélida, como se quisesse sentir-se vivo mais uma vez. Pelo menos a última.


         Branco. Vazio. Pálido e frio. Sentindo-se sem vida. Sentindo-se...


         Morto.


         Quando o vazio torna-se algo, uma imagem familiar aparece.


         “Casa*” ecoa na sua mente.


         Uma paisagem, um lago limpo que se via o fundo, sem vegetação alguma em seu redor, e uma cabana de madeira e alguns tijolos construídas por ele, a imagem, era, no entanto bonita, calma, transmitindo paz e alegria. O que lhe era familiar? Sua casa, lá onde viveu por anos - em sua opinião, os melhores de sua vida, porém os últimos.


         Aproximou-se, o silêncio transmitia uma paz que nem mesmo ele, vivendo tantos anos naquele lugar, sentira.


         Ao aproximar-se, houve uma surpresa, ele viu-se em sua escrivaninha, de madeira colhida na floresta próxima, - na qual ficara dias e noites a fazer - eles escrevia em uma folha pálida que continuava uma pilha que se encontrava ao seu lado.


         O Edgar que estava sentado na cadeira feita de carvalho se levanta sério, mas logo abre um leve sorriso. Pelo Menos terminara a canção que pensara não conseguir terminar.


         Se aquilo que estivesse em sua grafia, escrito na folha à sua frente, se concretizasse, seria seu fim, porém, desde sempre soube de seu dia final, e aprendeu a viver como se esse dia fosse e o seguinte.


         O Poeta que observava hesitou por um instante, quando seu eu na cabana leu o ultimo perfeito verso, sem rimas.


         Exatamente, um verso perfeito sem rimas. Mas um verso pode ser perfeito sem rimas. O que ele se tornou? Um poeta sem rimas? Seu juízo final estava chegando, então seus maiores medos viriam à tona, entre eles, sua criatividade. Sua vida indo embora aos poucos. Já bastava viver este momento uma vez, revivê-lo, como um observador, vendo seus últimos atos, antes de suas mãos estarem pálidas.


         “Oh! Cristo como eu odeio o que me tornei!*” novamente sua voz suave ecoava em sua mente.


         Como este poeta morto odiava a falta de criatividade por sua parte antes de sua morte.


         Quando em um grande susto - como um surto - o poeta sentia sua visão embaçar, lágrimas, lágrimas de raiva, queria fugir, sair e voltar à sua verdadeira casa, não podia morrer, esse poeta para um mundo gélido e vazio de emoções.


         Então, se viu novamente em frente na cabana, seu esconderijo, seu refúgio, campos do paraíso, recordando dias belos de luz.


         Volta à situação anterior, revivendo agonizantes momentos de vida, ou o que restava dela.


         “Diga que meu coração está bem*” sua voz pairou em seu subconsciente.


         Queria ir embora, voltar aos campos que o tanto acalmavam e faziam-no sentir vivo.


         Novo cenário, uma cachoeira que derramava lembranças, a areia nas margens do pequeno lago que suas águas formavam, já sentara ali, já deixara pegadas ali, já viu o luar que o tanto escolheu.


         Viveu o bastante para ver armas sendo levantadas e logo depois derrubadas.


         Viveu o bastante para sentir dores noites e noites.


         Viveu o bastante para fazer marcas que nem o tempo e muitas vezes, nem mesmo a morte apaga.


         Tanto tempo nesse meu altar, santuário de culto às palavras, e agora, três minutos antes de ser mutilado e ficar agonizando até a morte que vem lentamente o buscar e levar para seu mundo obscuro que o esteve aguardando desde seu nascimento. Como queria morrer logo, sem dor ou arrependimentos.


         “Brincadeira de Paixão Negra*, paixão pelas palavras que me trouxeram até aqui” seus últimos pensamentos.


         A Lâmina, o pêndulo, o perfurou sem piedade.


         Hoje. O Poeta chama a atenção do mundo. A música agora cantada, tocava na imagem de suas páginas de versos e rimas. e o ultimo sem uma se quer:


         O Começo*.


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Notas finais do capítulo

* - Frases contidas na letra da música.