How do you find me? escrita por April Criatividade Brooke, HeloiseC


Capítulo 6
Answer now for your sins


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTE:
as imagens da Astrid Sarah foram feitas por mim, se for usar dê os devidos créditos.
IMPORTANTE:
os próximos capítulos terão imagens com o visual dos personagens (Sarah Thornado, Princesa Astrid e Soluço Haddock).
IMPORTANTE: eu esqueci de colorir as pernas da Sarah com o lápis, OU SEJA, ELA ESTÁ DE CALÇAS (ninguém lutaria de saia ¬.¬)



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 *LEIA AS NOTAS INICIAIS ANTES, POR FAVOR*

    

 

Chapter 6 – Responda agora por seus pecados.

         Sarah Thornado estava correndo o mais rápido que podia sem olhar para trás, suas pernas famintas pela velocidade desviando cada obstáculo que aparecia em seu caminho, seus olhos incansáveis procurando cada obstáculo enquanto mostrava o caminho para o próprio corpo e, além do horário, o único problema seria recuperar o fôlego mais tarde.

Naquela manhã, antes da primeira prova e de esbarrar com Soluço, Sarah se adiantou em fazer uma trilha na floresta para que pudesse alcançar o palácio flutuante onde suas irmãs postiças estariam em meio a caprichos e mimos desprezando-a totalmente. Podiam ser as piores princesas que você ouviria falar, mas pelo menos elas se apresentavam em público para serem idolatradas e falarem mal da irmã do meio em lugares diferentes.

Não era culpa de Astrid não aparecer em público tanto quanto Sarah, mas manter uma vida dupla tinha muitas desvantagens e entre elas o fato de que ninguém deve saber quem você sem sombra de dúvida. Ela já pensara em pintar o cabelo durante as trocas, já pensara em criar cicatrizes falsas e em um milhão de coisas... Era impossível serem completamente diferentes com as irmãs a vigiando, o mordomo chefe, as tutoras, os servos...

Sarah atravessara toda a floresta chegando num penhasco, ela revira os olhos.

— Ilhas – a garota bufa – Sinceramente, porque essa tinha de ser tão alta? Deveriam ter mais praias além do porto, mas não... Essa tinha que ser pura rocha – Sarah tira suas botas pondo-as, cuidadosamente, em sua bolsa.

A garota toma certa distância, corre e pula no oceano.

Ali perto, você poderia ver um incrível navio com bandeiras de Aina, porém não se via exatamente um navio e sim um castelo (daí o nome palácio flutuante), embora fosse lindo com vários quartos, cômodos e espaço; devido ao tamanho era impossível ter uma velocidade avançada como a maioria dos barcos e navios de Aina, sem precisar falar que, obviamente, a família real não poderia ser mandada primeira para lugares que apenas poucos da ilha haviam navegado.

Sarah nadou até o navio agradecendo aos deuses pela maré mansa, porém teria de ser invisível ou caso o contrario o capitão lhe veria e seria uma história difícil de explicar. Ela rodeou o navio até uma parte segura onde havia uma janela aberta no segundo andar, o quarto da princesa Astrid, lá haviam roupas apertadas e cheias de frufrus a esperando junto de água quente e seu livro novo.

Ao finalmente chegar, tomando fôlego, se lavou e vestiu esperando ate chegar a Berk. Novamente.

         - Princesa Astrid? – Fala uma voz batendo na porta.

         - Um momento, por favor, Baled – Ela responde prendendo o cabelo sem jeito com uma mão e pondo o sapato com a outra.

         Ela abriu a porta e lá estava o bom e velho mordomo da família, ele era bastante presente na vida de todos, principalmente, na de Astrid...

         - Princesa Astrid, nós estamos chegando a Berk o líder da tribo irá nos receber, que desculpa eu devo usar desta vez?

         - Hã... – Astrid se esconde atrás da porta com o rosto meio triste – O que acha da número 14?

         - Vejo que sabe que o rapaz é inteligente, essa vossa majestade prometeu usar apenas para ocasiões como esta... – Comenta Baled – Tem certeza de que não quer ir?

         - Ninguém vai notar minha ausência, Baled – Astrid senta-se numa mesinha com um suspiro - Devem ter falado que só existem duas princesas.

         Baled sorri amigável.

         - Ora, nunca ouvi tanta bobagem, princesa – Ele diz adentrando com uma bandeja com chá e alguns biscoitos – A senhorita é única.

         - Sim, sim, eu sou. Sou a única que cai, derrama chá, desastrada que não marca presença e de que todos riem.

         - Oh, Princesa Astrid... Se visse o quanto você tem qualidades como nós vemos – Ele puxa a cadeira para que a menina sente-se enquanto serve o chá – A senhorita adora nos ajudar, todas as criadas adoram suas visitas e quando tenta cozinhar – Baled sorri – tantas histórias engraçadas na sua companhia, Milady. Sua companhia faz somente bem para todos ao seu redor e, quando vir isso, vai ser capaz de compartilhar sua alegria até mesmo com aqueles soberanos rabugentos que você tanto teme.

— Que eu faria sem você, Baled? – Astrid sorri.

— Outro chá com pimenta, provavelmente.

Ambos riem naquela cena amigável.

Momentos mais tarde... Após as boas vindas de Berk, Soluço visita as princesas sem saber que é para lhes prestar um favor inusitado.

 

*Ponto de Vista de Soluço Haddock*

         - É um belo navio.

         - Obrigada, senhor Haddock – Diz um homem magro com vestimentas pretas e brancas – As princesas o esperam no final do corredor.

         - Por favor, prefiro que me chamem de Soluço.

         - Oh... – o homem se perde por um instante – Perdão, mestre Soluço. Com licença.

         Eu não queria estar aqui, eu supostamente já não estou mais no comando de nada, era para ser meu dia de folga e, particularmente, de isolamento. Não quero mostrar a minha cara enquanto essa onda de Sarah Thornado não passar. Infelizmente, minha mãe e os outros insistem para que eu fique e assista aos jogos ou qualquer coisa... Mas não estou mais pensando nessa possibilidade desde que essa mentida da Sarah apareceu.

         Caminho até a porta após um longo suspiro. Eu realmente não queria estar aqui.

         Abri a porta e fiz uma reverência, as princesas pareciam calmas até me verem. Ambas tinham cabelos castanhos e uma pele no tom chocolate, a única diferença eram os vestido que usavam cheios de laços e não sei mais o quê.

         Após me analisarem apertando os lábios, soltaram gritinhos tão agudos que tive que me controlar para não fazer uma careta. Aquela foi, sem sombra de duvidas, o momento mais constrangedor de toda a minha vida.

         - Soluço, querido! Obrigada por vir assim de última hora - Diz Rosabele, a mais velha das três, avançando em minha direção estendendo a mão.

         - Com certeza, honey. É um prazer que tenha arrumado um tempinho para nós – Diz Belle repetindo o gesto da irmã.

         “Deuses, eu realmente tenho que beijar as mãos delas? Qual é!”

         Mesmo reclamando por dentro, beijei a mão de ambas e elas me indicaram um acento enquanto me serviam chá. De perto era possível o que a maquiagem exagerada escondia, elas pareciam duas palhaças.

         - Claro que deve estar imaginando o porquê de nós termos o chamado aqui, obviamente – Começa Rosabele.

         - Pensamos várias vezes sobre o assunto, mas temos certeza de que nossa irmã do meio tem fugido do castelo ultimamente, não sabemos exatamente a razão... – Completa Belle – Não é uma absoluta certeza...

         - Certa noite, nós percebemos que ela não estava no castelo, mesmo sendo enorme e mandamos procurá-la.

         - Foi um dia complicado para nós, ter que largar o sono da beleza como pode imaginar...

         “Com certeza” pensei.

         - Mas quando amanheceu ela já estava lá e então temos monitorado os horários da noite até o dia em que achamos que ela possa ter percebido, avisamos o Rei, olhamos os horários dela e tudo o mais, porém temos motivos para acreditar que ela nos esconde algo.

         Ambas se calaram e esperaram que eu falasse algo. Sinceramente, não era problema meu dessa menina ser sortuda a ponto de fugir.

         - O que eu tenho a ver com isso?

         As duas hesitam, acho que não esperavam uma resposta sem bajulação.

         - Se ouve dizer em todo lugar da vossa inteligência, tínhamos em mente se poderia descobrir algo antes que ela viagem amanhã – Pede Rosabelle – Quem sabe ficastes de olho nela...

         Eu diria que não com certeza, mas algo em mim dizia para agradar as convidadas. É melhor não deixar uma má impressão de Berk para família real, são uma grande potencia e não iria querer nenhuma confusão.

         - Quando me enviaram o relatório de Aina, diziam duas princesas oficiais – Digo.

         - Nossa irmã postiça não aparece muito em público, é atrapalhada e tímida – Belle suspira em reprovação – Um total fracasso como princesa, se ela manchar mais nosso nome do que já fez seria uma catástrofe.

         Suspiro e reflito por um segundo, pelo menos me manteria fora até as coisas se acalmarem e eu poderia usar isso como desculpa depois. Uma parte de mim diz que vai ser entediante, mas eu não tenho nada a perder que não seja descanso.

         - Onde posso encontrar a irmã de vocês? – Pergunto.

         Elas trocam um olhar com um sorriso sínico, parece que armaram isso. Me sinto usado.

         - Baled poderá lhe acompanhar, ele a conhece melhor que nós.

         Como um criado a conhece melhor que a própria família?

         Despeço-me e vou ao encontro do homem que me recepcionou, ele fica meio surpreso ao mencionar a terceira princesa, mas guia-me até uma sala limpando os óculos. Ao chegarmos a uma sala no terceiro corredor, ele bate na porta com uma melodia especifica, tento memorizá-la.

         - Princesa? A senhorita tem uma visita, o líder está aqui comigo querendo falar com a senhora.

         As outras princesas me pediram sigilo quanto a esse assunto, Baled não deve saber de nada.

         - U-um momento, por favor – Responde uma voz familiar – Está tudo bem.

         Baled se retira me deixando no corredor. Abro a porta, era uma sala de música, havia instrumentos e partiras por todo lado e algumas estantes recheadas de livros. A garota estava de pé na frente de uma janela, não consegui ver seu rosto, pois a luz vinda da janela a deixava escura como uma sombra, uma perfeita silhueta no ambiente. A princesa abraçava um livro, algo em mim dizia que ela não me analisava como as outras duas...

         Ela fez uma reverência e eu logo fiz o mesmo.

         - Olá – a garota disse, dava para se notar sua timidez até pela voz – Há algo que possa fazer para lhe ajudar?

         - Você é a terceira princesa, não é?

         Ela confirma com a cabeça.

         - Na verdade, sou mais velha que Belle. Elas apenas me chamam assim.

         - Meu nome é Soluço, sou o líder de Berk – tento pensar em algo para conversarmos – A senhorita não compareceu as boas vindas, então eu vim aqui lhe dar por mim mesmo.

         - Oh, está bem. Obrigada.

         A garota era difícil de aproximar, ela continuava parada contra a luz da janela enquanto eu estava do outro lado da sala. Aproximo-me um pouco mais.

         - Soube que vai viajar pela manhã, não vai aproveitar a estadia em Berk?

         De cabeça baixa ela responde.

         - Assuntos da família da minha mãe, eu lhe dou minhas sinceras desculpas por não comemorar os jogos vendo a importância deles para o povo de Aina.

         - Importância? Não são apenas jogos? – Puxo assunto me aproximando devagar para que ela não note.

         - Durante os Jogos existem diversos feriados e celebrações que unem o povo além das provas e os jogadores, a população fica feliz por mais uns anos até que aconteça novamente. Esta é a razão de ser um evento repetido a cada cinco anos, Sr. Haddock.

         - Por que ninguém aqui me chama pelo nome? – Murmuro meio alto.

         - É uma forma de respeito pela sua autoridade. Assim como você me chama de princesa em vez de pelo meu nome.

         Paro por um segundo. Eles me respeitam tanto assim? Todos realmente querem-me por no clima dos jogos e mesmo tendo ido contra os princípios ao brigar com a Sarah Thornado, eles continuam a me respeitar.

         - Oh, eu não tinha pensado dessa forma. Por falar nisso, não me disseram seu nome...

         A esta distancia, eu consigo vê-la melhor, é facilmente notável que ela não é da mesma família que as outras. A garota é loira, seu cabelo é extremamente liso e seus olhos aparentam ser azuis ou cinzas (não consigo ver muito bem). De qualquer forma, ela parecia surpresa pela pergunta.

         - Astrid... É o meu nome.

         - É bonito, Astrid.

         - O-obrigada – Astrid morde o lábio inferior.

         - Bom, acho que vou indo. Foi uma honra conhecê-la.

         - Espere um segundo – Ela diz – O que aconteceu com você?

         Fico confuso e ela se explica.

         - Ouvi dizer que o senhor era meio... fechado e frio, mas me parece uma pessoa completamente normal. Por acaso tem interesse em algo?

         Eu paro por um segundo de costas, talvez eu tenha baixado a guarda, mas agora minha dor volta e não devo explicações a ninguém.

         - As pessoas não deveriam se intrometer no que não é da conta delas, senhorita Astrid. Quem eu sou ou o que faço não é problema delas desde que eu cumpra minhas obrigações com meu povo, não sou obrigado a ser o que eles querem... eu já lhes dou tudo, o mínimo que podem fazer é me deixar em paz.

         - Uma pena que pense assim...

         Viro-me para ela por um segundo, mas decido apenas me retirar. Eu preciso de um tempo sozinho.

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(o link acima é de uma das pinturas do palácuio flutuante, mostrando Astrid e Rosabelle).

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Não esqueça de comentar :)
Por favor, leia as notas iniciais.
Próximo capítulo: 06.02.2016



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