How do you find me? escrita por April Criatividade Brooke, HeloiseC


Capítulo 3
A new world is coming...


Notas iniciais do capítulo

Finalmente começou, espero que goste.



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*Um novo mundo está chegando*

 

 

Soluço olhou-se mais uma vez no espelho, nada havia mudado em cinco meses, absolutamente nada. Ele olhou em seus próprios olhos como se o próprio reflexo fosse capaz de dizer o que ele precisava ou o que ele queria ouvir.

O Chefe olhava-se no espelho refletindo sobre ser incompleto, sobre como sua mãe lhe pediu para aproveitar os jogos e os novos visitantes para talvez arrumar alguém especial quem sabe, que lhe faça “perder a cabeça” (vikings evitam falar a palavra apaixonado com muita freqüência, preferem o termo perder a cabeça por fulana ou fulano).

Ah meus amigos, Soluço estava pensativo naquela manhã, estava ansioso, mas, principalmente, livre. A sensação era única. Enquanto os visitantes de Aina estiverem, alguém de lá seria o líder de Berk durante todo o tempo que ficarem e eles foram bem insistentes, não aceitaram um “não” como resposta e prometeram manter todos informados para não haver problemas.

Não ser chefe por 31 dias? Voltar a voar com Banguela, poder fazer o que quiser... As chances eram ilimitadas, mas teria que pensar sobre a promessa que fizera, não era tarde demais para tentar voltar a ser o velho Soluço, quem sabe ele poderia achá-lo nesses jogos. Soluço não se sentia diferente ou que havia mudado, mas existiam fatos que ela não podia negar que se foi com o tempo, ele não era mais irônico, não inventava mais nada e sentia falta da sua criatividade de vez em quando.

Quem sabe estivessem certos? Quem poderia definir isso? Ele queria poder parar de pensar ás vezes, os pensamentos machucam mais do que se pode imaginar, eles te torturam por dentro como o mar banha a areia. Soluço foi salvo de seus pensamentos pelo som de uma perna de pau subindo as escadas.

Toc toc

— Soluço, rapaz? O pessoal de Aina está chegando. Você está pronto?

— Pode entrar, Bocão – Disse ele sem tirar os olhos do espelho, ajeitando a camisa no corpo magro.

Pois é caros vikings, Soluço nem sequer vestia o seu equipamento de vôo mais. Afinal para quê? Banguela e ele mal tinham tempo embora sempre junto um do outro. Do que adianta a neve se ela não tem onde cair?

— Eu estou ansioso pelos jogos, lavei até mesmo minha cuequinha!

Soluço não respondeu, apenas suspirou.

— Espero que todos estejam felizes com Berk sediando os jogos.

— Você está brincando, Soluço? Faz tanto tempo que não vimos violência que estou achando que daqui a pouco vamos estar todos com flores na cabeça e pés descalços cantando cantigas do campo feito um bando de imbecis!

Está vendo no que dá resolver as coisas pacificamente? Não adiante de nada! Um pouco de violência sempre ajuda de vez em quando. Desde que Soluço assumira mal tiveram guerras ou alguma coisa de interessante além das corridas que ficaram meio previsíveis demais.

— Vamos lá, não dá para ficar melhor que isso.

— Se você diz – Bocão fez uma pausa – A sua bajuladora real Heather está te esperando.

— E lá vamos nós! –Soluço bufou.

O chefe desceu a escadas sem nenhuma expressão no rosto, sua mãe deixara os dragões dormindo para que não assustassem os visitantes, Banguela dormia quentinho perto da lareira e pula nuvem ficara no lado de fora, pois era grande demais para entrar em casa. Ele viu Heather tagarelando um assunto qualquer enquanto Valka tentava ignorá-la.

— O que você está fazendo aqui, Heather? Eu já lhe disse mil vezes para esperar com os outros.

— Mas, lindinho, quem vai te acompanhar com os visitantes?

— Valka – Intrometeu-se Bocão – Você sabe que ele não iria com você.

Heather cruzou os braços.

— Sua mãe não pode lhe acompanhar em tudo, sabia?

— Muito menos você, Heather –Soluço disse sem olhá-la – Agora saia daqui e junte-se aos outros.

É, Soluço virara um garoto bem mal, tomara que algo nesses jogos o mude, sei lá, tipo... Uma garota loira de olhos azuis, por exemplo. Mas chega de falar dessa narração toda, né? Está na hora de começar a ação!

Era verão em Berk... Ou era primavera? Sinceramente, não me lembro deste detalhe, mas a temperatura não estava negativa, pelo menos não durante o dia. Aina era uma ilha distante de Berk, seu clima era totalmente tropical, com pratos e frutas nativas que eles comentavam em trazer para os jogos faziam meses.

Ninguém sabia ao certo como funcionam os jogos, Perna de Peixe leu todos os livros possíveis sobre, mas eles realmente faziam um mistério danado. Aina não queria o jogo exposto, era algo só deles como a corrida de Dragões para Berk.

O som de trombetas se aproximava, seus barcos eram rápidos. Sei o que está pensado (ou não), mas onde esse povo todo vai ficar? Pois é, acontece que eles tinham um ótimo conhecimento de máquinas, alguns ficariam em casas-barco, outros como hóspedes em casas da aldeia, foram construídas casas para apenas os competidores e o restante trariam suas casas portáteis.

Os portos lotaram e até mesmo bolor, o mais rabugento de toda a ilha, estava parecendo uma garotinha pelo sorriso (não era uma bela visão) no rosto.

A família real só aparecia depois dos jogos, Soluço não sabia o porquê (e nem ligava) apenas observou Aina chegando naquela manhã agradável de braços dados com sua mãe, que estava bem por seu filho não estar com cara emburrada. Muitos saudaram Soluço com “Aloha” (a única palavra que ele conhecia em Berk da língua de Aina) e se organizaram em, exatamente uma hora, todos loucos para os jogos parecia que eles tinham achado a gansa dos ovos de ouro.

— Ah, Soluço, não é?

O líder virou-se e observou um homem alto, vestido em belos trajes saindo de seu navio. Era um sujeito bem apessoado para um senhor com o dobro da idade de Soluço, ele até tinha o cabelo parecido com o dele, porém os do homem eram de um louro escuro muito bonito. Junto dele, uma bengala que ele mostrava precisar.

— Me chame de Gold, organizador e sucessor do criador dos jogos. É uma honra terem aceitado sediar nossos jogos, todos estão muito felizes e adoraram o local – Apresentou-se.

— A honra é nossa, está é minha mãe, Valka.

Gold fez uma reverência.

— Permitem-me acompanhá-los até o Grande Salão, tenho certeza de nossos pratos vão colorir a mesa.

Ao chegarem ao grande salão, Gold pediu licença para checar se tudo estava bem e que nada desse errado. Várias pessoas de Aina traziam pratos com frutas, carnes e muito mais... Tinha um cheiro delicioso para um café da manhã.

Após a comida posta a mesa, a população de Aina entrava, dirigia-se a Soluço dizendo Aloha e sentavam-se nas mesas do grande salão. Tudo ia bem. Na mesa, acompanhando o líder, estava Valka, Bocão, Perna de Peixe, Heather, Melequento, Cabeça Quente e Cabeça Dura.

Todos estavam quietos, não queriam irritar Soluço, mas o líder sentia-se desconfortável em ver que a sua mesa era a única em silêncio, ele relembrou o que sua mãe disse e estava arrependido, com medo de que sempre fosse assim.

Gold bateu a bengala no chão chamando a atenção de todos.

— É muito ver todos se ajustando, como todos sabem, estamos aqui pelos jogos que começarão daqui a dois ou três dias. Nossa equipe inclui os narradores dos jogos: Dedão e Bob, o cego – uma pausa – e também os nossos campeões, nossos dezessete campeões que concorrerão entre si pelo melhor prêmio que se pode imaginar, são nossos heróis, aqueles que nos defenderão e irão nos ajudar com todo e qualquer problema – Ouviu-se os aplausos vindos de Aina – Entrar nos jogos é difícil, é preciso vencer os jogos em Aina primeiro, vários jogos no qual eles são avaliados por força, inteligência, astúcia, coragem, lealdade e pelo o seu coração. Eles serão logo apresentados, mas já sei suas apostas e sei que estão curiosos para saber quem está participando, não é? Mas quem vocês já garantem nos jogos? Quero ouvir de vocês – Ele sentou-se em uma poltrona.

Todos gritaram “THORNADO!”

— Será? Quem mais, meu povo? – Provocou Gold.

— Punho de Ferro! – Gritou uma mesa

— Reluzente! – Gritou outra.

Enquanto vários nomes eram ditos, Bocão voltou-se para Soluço na mesa e perguntou:

— Thornado não era o nome do primeiro dragão do seu pai, Soluço?

— Era sim – Ele respondeu – Deve ser mera coincidência, você sabe que meu pai nunca fora muito criativo.

— Tomara que esse cara, Thornado, seja forte.

Perna de Peixe riu.

— Se engasgou, Perna de Peixe? – Provocou Melequento.

— Não – Ele parou de rir – Apenas acho que vocês terão uma grande surpresa ao verem esse “jogador”.

— Fraco não pode ser, olha o tamanho da torcida por esse Thornado! – Insistiu Bocão – As informações nos seus livros podem estar erradas, para variar.

— Eu creio que não Bocão, sei exatamente como são Reluzente e o Punho de Ferro e apostaria neles agora, se eu fosse de apostar obviamente, Aina nos forneceu um livro com poucas gravuras de alguns jogadores que fizeram história, Thornado fez muita história, mas nunca apareceu numa gravura sequer – Respondeu Perna de Peixe.

— Mas pra quê esse mistério todo? Se você fez história merece os créditos, eu deixaria, não, eu exigia que me ilustrassem em cada página se fosse esse tal de Thornado.

Soluço apenas observava a conversa curioso e aliviado pelo silêncio ter ido embora, mas não estava muito animado, logo eles veriam esse Thornado e o mistério acabaria, eles estavam perdendo apenas tempo discutindo sobre isso.

Mas quem seria Thornado?


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Notas finais do capítulo

Próxima postagem no dia 22.01.2016
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