Ser a sombra e ser a luz escrita por Moon Biscuit


Capítulo 5
Lembrança: Primeiro contato part.2


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui está mais uma lembrança!
Eu pensei em algumas modificações em outros capítulos,mas ainda vou ver o que vai ser.
Se eu mudar algo eu deixarei um aviso.
Agora,aproveitem o capítulo!



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Depois do incidente com Murasakibara, Momoi demorou a voltar e eu perdi Aomine de vista, então simplesmente fui embora...

Dia seguinte...

Sentei-me no telhado em perfeito silêncio.
Os dias no Japão tinham um clima bastante agradável, calor em boa medida e uma brisa suave.
Desde que comecei a estudar aqui eu vinha para o telhado, espairecer na minha solidão, toda vez que Kuroko não poderia almoçar comigo.
Hoje era um desses dias. Ele teve que estudar com mais três colegas sobre um trabalho.
Resolvi não esperar Aomine para perguntar se ele queria vir. Não somos amigos, afinal.
Abri um pacote de biscoitos doces, devorando-os enquanto admirava a paisagem.

No último biscoito, a porta se escancarou com um estrondo.
— Arisu!!! Achei você! - Aomine gritou, correndo na minha frente. - Porque não me esperou , caramba!? Porque não pediu para alguém te levar em casa!? Sabe como é perigoso sair assim sozinha!? E porque não me disse que ia almoçar aqui!? Eu te procurei por todo lugar! - Gritou.
— ... Não somos amigos Aomine. Não entendo qual é o motivo de tanto alvoroço. - Disse, como se fosse a coisa mais sensata a se responder a todas as perguntas.
— Haa!? Claro que somos , sua idiota! - Ele quase berrou.
— Oh? Desde quando? - Levantei-me,  espanando minha saia.
— Desde ontem, é claro! - Gritou de novo, depois de respirar profundamente.
Franzi a testa para ele, não entendendo o porque de tanta insistência.
Ele soltou um grande suspiro.
— Não faça isso de novo, ta bem? - Disse suavemente.
Analisei-o por alguns instante, ele parecia ter se acalmado totalmente.


" Estranho." Concluí." Estranho até para mim."


— Tudo bem. - Dei de ombros,desviando dele para saída.
— Oi! Onde acha que vai!? - Ele segurou meu pulso e puxou-me de volta.
— Eu acabei de comer. Vou para sala. - Respondi com um tom de 'óbvio'.
— Por sua causa, eu não comi nada. Então faça o favor de esperar eu terminar. - Ralhou.
— É justo. - Dei uma risadinha.
Ele lembrou-me de minha mãe por alguns instantes.
Suspirou alto, puxando-me para sentar ao seu lado.
Ajeitei-me de forma confortável, assim como ele. Nossos braços e pernas se encostando.
— Olhando daqui, você parece ainda mais baixa.- Comentou , antes de abrir seu bento.
— Você também!? Ontem um de seus colegas falou da minha altura. - Resmunguei.
— Mais não é tão ruim. Você é fofa. - Ele riu e apertou minha bochecha de leve.
Fiz um som insatisfeito e comecei a corar. Ele voltou a rir e apertou a outra.

{...}

Aomine arrastou-me com ele ao treino puxando-me pela mão.
Ele tem uma estranha mania de tocar-me.
Totalmente ao contrário do que me falaram dos japoneses, disseram que eram reservados e que presavam seu espaço pessoal.
— Akashi ficou um pouco chateado por não poder falar com você ontem e Satsuki não me deixou em paz. - Ele olhou pra mim e sorriu. - Quer jogar comigo? - Seus olhos quase cintilaram.
— Não, obrigada. Eu iria perder, com certeza. - Respondi calmamente.
Ele abriu a porta do ginásio e puxou-me um pouco mais.
— Mas , Arisu, eu não pedi para você competir comigo. Só para jogar comigo. - Ele fez beicinho.
— Ow. Que fofo. - Comentei e vi-o ruborizar e me fazer uma careta.
— Ari-chaan! -
De repente , quase fui levada ao chão por um poderoso... peito...
— Eu fiquei tão preocupada ontem! - Chorou Momoi.
— Desse jeito você vai sufocar ela. - Aomine ralhou, separando-nos.
Respirei fundo quando me separei do abraço mortal.
Seus seios eram um pouco maiores que os meus e a força dela era assustadora.
— Desculpe por ter saído Momoi-san. Eu apenas não sabia o que fazer e voltei para casa. - Expliquei.
— Demo! Não saia sozinha de noite. Podia ter levado Mu-kun com você. - Ela disse.

 


"Mu-kun?" Ri internamente.


— Demo, eu não queria incomodar.- Respondi suavemente.
— Não ia ter incomodado em me chamar, sua tonta. - Aomine resmungou.
Ergui uma sobrancelha para seu comentário, mas resolvi ignora-lo.


" Qual é o problema dessas pessoas? Eu mal as conheço." Pensei.


Esses tipos de comportamento são muito estranhos para mim. Minhas amigas eram preocupadas comigo, mas eu as conhecia por três anos e elas não eram assim.
Como pessoas que só conheci no mesmo dia se acham tão próximas?
Nem mesmo Kuroko... bem...
Se eu parar para pensar, na verdade, ele é protetor até demais.
Talvez seja coisa de japoneses.
Momoi fez-me sentar no banco, onde eu poderia ver Aomine e ela quando precisasse de algo.
Creio que passaram 10 minutos ou mais quando comecei a me entediar.
Procurei ao redor da minha bolsa cor de uva, procurando algumas coisas para jogar fora: pontas de apontador, um apontador quebrado, muitos papéis de bala e bombom, deveres antigos _ Alguns eram do Brasil, ainda por cima. Eu tenho que parar de guardar tudo. _ e etc...
Juntei tudo e joguei na lata de lixo mais próxima, espanando minha mão em seguida.
Quando virei-me para voltar ao meu assento, topei com uma construção firme.


" Não tinha nada aqui." Gemi mentalmente, me afastando e esfregando meu nariz.


— Peço perdão pela minha falta de atenção. - Alguém disse.


"Ohh... espere."


Lentamente, mudei o olhar para cima.
A minha frente estava o menino verde.
Com ele na minha frente, eu parei para analisa-lo melhor.
Seu cabelo estava em perfeita ordem, cortado acima da orelha. A pele era pálida, mas não branca como fantasma. Talvez mais corada que a de Kuroko. Tinha cílios bonitos e uma carranca muito séria no rosto. Sua construção muscular era média, nada exagerado. Devia estar em seus 1,80 m e iria continuar crescendo. Seus óculos retangulares davam mais seriedade para o rosto.
— Ah... eu é que lhe peço perdão... me distrai. - Respondi vagamente.
— Não faz mal algum. Você é Yozora Arisu, certo? Midorima Shintarou. Muito prazer. - Estendeu sua mão para mim.
Apertei-a , respondendo : - Igualmente. - , e senti novamente a diferença do tamanho de mão.
De repente, seu óculos foi arrancado de seu rosto.
— Oi! Haizaki! - Midorima gritou.
Haizaki riu de forma estranha. Me lembrou uma hiena.
— Caramba. Você é realmente cego! Eu não consigo ver nada com isso. Me pergunto como consegue enxergar a cesta. - E riu-se. - Você também é uma quatro-olhos, gnominha. Dei-me isso. - E puxou meus óculos. - Hm. Não é tão cega assim, mas de perto é horrível. - Comentou.
Seus olhos pareciam ter sido ampliados pelas lentes.
— Você parece um velho gay.  - Comentei, quando ele colocou os meus.
— O que? - Engasgou e tirou-os. - Sua duende... o que você disse? - Rosnou.
Quando abri a boca para repetir, senti algo encostar em minhas costas. Midorima colou em mim e pôs a mão na minha cabeça, enquanto a outra acenava na frente tentando pega-lo.
— Incline-se mais e para minha frente. -Informei-o.
Ele fez como eu disse e agarrou o cabelo de nosso opressor, dando-lhe um forte puxão.
Haizaki gritou, deixando os dois óculos se espatifarem no chão. Lágrimas contínuas escorreram pelo rosto como ele esfregou o coro cabeludo resmungando sem parar.
Observei os cacos em silêncio, em seguida comecei a me retirar.
Midorima pegou minha mão e decidiu que seria melhor ir para onde eu fosse.
Fui até minha bolsa e peguei um reserva, que eu preferia levar apenas no caso.
Era roxo, com armação de plástico, estilo penélope charmosa _ eu achei extremamente fofo quando o vi e não resisti em comprar, além disso, ficou bem em mim. _
— Você tem um reserva? - Questionei-o.
— Na minha bolsa. Verde escuro. - Explicou.
Levei-o até a bolsa e ele procurou com calma e pôs os óculos com cuidado.
— Obrigado. - Ele abaixou o olhar para mim e deu-me um meio sorriso.
Era um sorriso bonito. Tive a impressão de que ele quase não sorria.
De alguma forma, isso me deixou feliz.
Respondi com um leve sorriso e acenei com a cabeça, voltando ao banco onde estava.
Haizaki desapareceu da minha vista, depois de ter o cabelo puxado.
Seria bom que ficasse longe. Ele só aparece para atazanar alguém.
Observei Aomine jogar e também a Midorima.
Os movimentos de Aomine eram surpreendentes, como se conhecesse toda a quadra, toda a distância e todo o jogador de cor. E os arremessos de Midorima, além de serem precisos, difíceis de parar e um certo grau de graciosidade, nem sequer encostava no aro da cesta. Perfeito, exatamente no meio.
— Com licença. - Uma voz suave chamou ao meu lado.
Levantei o olhar para encontrar um par de olhos escarlates.
Eram um vermelho impressionante. Realmente bonitos.
— A senhorita é Yozora Akemi, estou certo? Satsuki não parou de falar de você ontem. - Ele sorriu de forma gentil.
Seu cabelo era em camadas, por isso dava-se a impressão de estar espetado, a última camada era em sua nuca. Era um pouco mais pálido que Midorima e o mais baixo dali.
— Ah... sim, sou eu... - Concordei.
— Sou Akashi Seijuro. Muito prazer. - Ele beijou o dorso da minha mão e tive de me esforçar para não parecer uma boboca _ Eu realmente fiquei chocada com aquilo, _
— Hn... muito prazer. - Sorri sem jeito.
— Me diga. Você tem alguma experiência com basquete, certo? - Questionou.
— Hun... um pouco. - Concordei.
— Se importaria de demonstrar-me algum dia? - Pediu.
— An... claro. - Sorri nervosamente.

{...}


Não sei o que aconteceu, acho que adormeci.
Só sei que alguém me sacudiu.


"Amarelo?" Peguei-me olhando o cabelo da pessoa.


Um menino surpreendentemente bonito encarava-me com um sorriso bobo.Tinha a pele ligeiramente corada, seu cabelo era cortado até o meio da orelha e uma camada era na sua nuca. Seu tom de loiro não era muito forte e seus olhos eram castanho claro.Tinha longos cílios, suas características faciais eram até um pouco delicadas. Devia ter 1,70 m.
— Ah, você acordou! - Exclamou com a voz animada.
— Eu dormi? -Resmunguei baixinho. -Desculpe. Eu estava cansada. - Murmurei.
— Ah? Iie-dessu! Não é um problema! - Ele sacudiu o braço de forma desnecessária.- Mas... , espero que não se importe de eu te trazer para dentro... -Ele disse.
— Dentro? - Ergui uma sobrancelha.
— Você estava encolhida lá fora, quando te encontrei. Então achei que seria melhor te trazer para dentro. - Explicou.
Mexi-me com cautela, reparando que colocaram o casaco de alguém em mim.
— Un... muito obrigada... foi muito gentil... - Sorri suavemente.
— Mas, o que uma menina tão bonita estava fazendo em um banco sozinha? - Perguntou, inclinando a cabeça adoravelmente.
— Un... eu estava esperando um amigo. - Pisquei, sentindo meu rosto esquentar com o elogio.
Lembro da conversa com Akashi e depois esperei o final do treino. E então sentei-me no banco para esperar Kuroko.
— Eu devo ligar para ele. Deve estar preocupado.- Conclui, esfregando o rosto.
O menino permaneceu em silêncio, apenas olhando para mim e sorrindo.
— O que? - Perguntei, curiosa e me  estranha sob seu olhar.
— Ah... nada. - Sorriu. - Sou Kise Ryouta.  Apresentou-se.
— Yozora Arisu. - Levantei a mão para ele aperta-la.
Ao invés disso, ele segurou-a e beijou o dorso.
— Muito prazer. - Sorriu brilhantemente.


" É impressão minha ou ele está tentando um movimento em mim?.. Nha. Com certeza é só impressão."

Concluindo isso, dei um sorriso amigável de volta.


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Notas finais do capítulo

Quais quer fans de Midorima? Apostam que queriam estar no lugar da Yozo-chan naquela hora ,hehehe.
O que acharam do capítulo? Tentei deixa-lo o melhor que minha imaginação me permitiu.
Ainda não estou acostumada a fanfics que não tem o tipo de ação como em khr ou kuroshitsuji e as vezes eu me confundo,por isso peço desculpas por qualquer coisa estranha que acontecer( eu não tenho um bom exemplo para demonstrar) e peço,por favor, que me avisem se isso acontecer ( se quiserem me dar algumas dicas,eu seria muito grata!)
Espero que tenham gostado.
Até a próxima e muito obrigada pela leitura!