Ecos escrita por Iulia


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi! Eu voltei com outra história sobre o Cato e a Clove porque eu simplesmente não tenho salvação. Dessa vez, eu comecei a me questionar sobre o que seria feito do Cato se ele tivesse vencido e isso surgiu, no meio de uma maratona de episódio repetido de Grey's Anatomy porque minha vida é triste e eu estava passando por um episódio que sempre quebra meu coração e me dá um tanto de ideia. Juntar tudo isso com o Cato foi aquele tipo de experiência estranha, mas que eu sinto que preciso passar.
Eu não sabia se ia postar, também, porque esse é o tipo de texto que eu escrevo querendo atingir muito profundamente a mente do personagem e acaba um pouco confuso e triste - eu escrevi com narrados onisciente! -, mas eu decidi que ia. Eu não coloquei ele sendo apaixonado pela Clove, nem nada no estilo Romeu e Julieta. Eu tentei me manter fiel aos personagens, o que foi bem legal. Então. Boa leitura! c: c:



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De vez em quando, ele ia explodir em chamas. Elas iam queimar todo aquele mundo colorido em que ele tinha sido jogado, elas iam desafiar sua capacidade de respirar. Então ele gostava delas. Naquelas vezes, em que ele ia ter que lutar pra se manter no controle, quando ele aguentava por um longo tempo antes de deixar qualquer um saber e ir ajudá-lo, ele tomava consciência; ele não era um Vitorioso, como todos gritavam orgulhosos, ele não era o Vitorioso deles. Ele era um sobrevivente. Isso parecia certo, isso parecia melhor. Ele tinha conseguido, ele ainda respirava. Ele ainda era um lutador.

Depois disso então, dos seus momentos de glória, os médicos iam prendê-lo numa cama, todos aqueles milhões de fios pendendo dos seus braços marcados, e ele ia observar cada um deles pingar suas pequenas, minúsculas e imperceptíveis, gotinhas de quaisquer que sejam os líquidos que iam fazer seu coração melhorar. Ele sabia nessas horas que a dor ia passar logo, então ele a sentia como nunca, tanta dor que ele iria vomitar todas as bebidas chiques da Capital, todos os petiscos que ele tinha aceitado pra protelar as conversas antes de sentir que sua companhia do dia parecia ter mais que duas mãos quando encostava nele, em todos os lugares, todas aquelas milhões de mãos encostando em todos seus lugares.

E então, depois do que se parecia com as estrelinhas no champanhe do seu mundo, Cato ia se sentir vazio. Sedado, encarando as paredes prateadas do lugar, vazio.

Os médicos iam dizer que ele devia parar de virar garrafa igual o cachorro velho do 12 quando o vissem, mas eles estavam sorrindo. Eles sabiam que ele não iria parar, que ele não queria. Toda Panem sabia que Cato estava fugindo de alguma coisa que ele nunca quer estar acordado pra ver. Porque, sim, o Cato está de pé algumas vezes, mas ele nunca está acordado. Ele só vira mais um copo e sorri pra senhorita do outro lado do bar, de repente uma daquelas que finge não se lembrar que comprou ele, e sufoca a pequena parte do seu cérebro que sempre reza pra que ela desista antes. Ele a sufoca e diz “faz o que tem que fazer” e o álcool o ajuda com isso.

Ele estava lá, de braços cruzados pra porta, quase desafiando alguém a vir tentar salvá-lo, olhar nos seus olhos bonitos, despeitosos sobre sua miséria, e tentar alguma conexão. “Tem alguém aí?”, eles iam pensar, e Cato ia fazê-los achar que sim quando derrubasse algumas lágrimas. No próximo ano, então, o coração deles ia se partir. Eles iam vê-lo bem ali, a mão no coração como se ele tivesse um quebrado, sentindo toda a adrenalina pulsar suas veias mesmo que ele estivesse só deitado em sua cama sofisticada, sozinho em seu enorme apartamento. De novo. Coisinhas ingênuas, os que tentaram. Ele não tinha salvação; ele desafiava as vozes a virem pra sua cabeça agora que ele estava acordado.

— Isso é impressionante.

Ele estava esperando o novato, o recém admitido que ia tentar arranjar uma cura pra ele segurando as lágrimas, porque era muita dor para o grande Vitorioso Cato lidar. Dessa vez, a senhora de idade da sua primeira internação apareceu, olhando por cima dos óculos como se olhasse por dentro da cabeça dele, toda cheia de expressões pensativas enquanto segurava o prontuário.

— Cato Hadley, vinte anos, distrito 2 – a mulher pulou as linhas de informação na sua ficha, mexendo sua língua como em uma música. – Histórico de transtorno bipolar. Quatro admissões com sintomas condizentes a ataque cardíaco em quatro anos. Eu não vou mentir, menino, eu odeio quando você aparece aqui.

— Bom te ver de novo, também, doutora – ele deu de ombros. Ele nunca saía do jogo. Essas pessoas tinham visto ele matar, tinha visto ele falhar, mas elas o amavam. Ele tinha que continuar o show e, além do mais, Cato não se importava mais com nada disso, ele vivia imerso em nada. Ele era deles agora, o príncipe encantado que um lugar que adorava sangue derrubado precisava.

— Todo mundo correndo porque o grande Hadley não consegue respirar na recepção, as enfermeiras fofocando sobre seu último escândalo... Ah, você estraga meu dia.

Ela sorriu pra que ele soubesse que havia verdade nas suas palavras, mas que ela não queria ofendê-lo. A senhora era afeiçoada a ele. Ela sabia que tudo sobre aquele menino era errado, mas ele era um Vitorioso e eles tinham o direito de serem errados. Então ela não perguntava nada. Mas, naquele dia, Cato parecia pior que nunca, escorregando aqueles estreitos olhos azuis como nada fosse grande coisa. Ele continuava sendo toda a parede humana de sempre, tendo os mesmos braços prontos para o estrago, o mesmo descaso calculado, mas faltava vida ali. Faltava mais vida do que faltava há quatro anos.

— Sempre um prazer, madame.

— Qual é a sua história, Cato? – ele deu de ombros, então ela continuou sorrindo, como você sorri pra um paciente terminal contando suas histórias bonitas de quando vivia. – Vocês todos têm uma. Você nunca me contou a sua em todos esses anos.

— Eu acho que você conhece a minha.

Ele não queria que as vozes voltassem agora, quando ele não podia espantá-las. Aquilo tinha que ser rápido, a doutora sabia disso, ela nunca tinha perguntado nada. Ninguém podia conseguir ajuda pra ele, ele não tinha uma doença, será que eles não podiam ver? Isso era parte dele, as coisas que seu coração dava uma vez por ano. Eram essas coisas que o deixavam saber que isso não tinha acabado ainda. Ele não sabia por que, mas ele sabia que a dor ia vim com todas as coisas que ele lembrava sobre esse dia. Seu coração não ia mais queimar enquanto ele estivesse no hospital, com os fios pingando seus calmantes, mas ainda ia doer. Mesmo se ele se atrevesse a dormir, ele ia sentir.

— Eu me pergunto como. Como é possível que nesses quatro anos desde que você saiu dos Jogos ninguém tenha descoberto o que tem de errado com você.

— Não vale a pena – ele fechou seu tom de voz. Aquilo era terreno perigoso, lugar onde só os inexperientes podiam ir porque eles nunca sabem aonde pisar. Olhando para suas rugas e com a memória fresca sobre suas requentadas histórias com os outros Vitoriosos, Cato sabia que ela ia pressioná-lo por um motivo. É tudo que eles precisam, um motivo. Ele não podia inventar um falso hoje, hoje ele estava acordado.

— Você tem um ataque cardíaco todo ano nessa mesma data e isso não vale a pena? Por quatro anos, eu impedi minha equipe de perguntar o que tem de errado com você. Mas você tem que me falar, Cato. Eu já vi de tudo nesse hospital, ninguém vai ficar sabendo e eu posso arranjar ajuda.

— Eu não quero tomar seu tempo, a senhora já tem meu documento de alta? Eu estou curado.

O coração dele doía um pouco mais dessa vez, os ecos vieram mais cedo. Ele sabia que não seria tão fácil, que dessa vez não seria só um dia. Iria doer por um longo tempo, então ele precisava desconectar todos aqueles tubos antes que alguém visse a traição do seu próprio corpo.

A médica o olhou com mais intensidade.

— Eu me lembro da primeira vez que você chegou aqui, no ano seguinte aos seus Jogos. Mesmo dia, quatro anos atrás, se arrastando na recepção, pronto pra entrar em coma alcoólico, mas você estava murmurando coisas. Eu queria ter prestado atenção nessas coisas. Elas iam me dizer, não iam, Cato? Você ia me dizer o que tem de errado com esse dia.

Ele se lembrou, só por um momento, de como aquele primeiro dia tinha sido. Todas as festas tinham ido embora, ele se lembrou de entrar em casa depois da sua primeira cliente e ficar bêbado em tempo recorde. Ele viu as cenas borradas na sua cabeça, ele se lembrou de ossos quebrados e rabos de cavalo castanhos e então dos gritos. Ele sentiu seu coração bater mais forte e pela cara da senhora, ela sabia também. Mas ela não podia ver o que estava na sua cabeça, então ele tentou manter isso seguro. Cato tentou dissolver as imagens, mas não era tão fácil assim. Elas manchavam como sangue.

— Seus batimentos aceleraram de novo – ela disse, arrumando os fios que podiam curar ele, mas também o entregar. – O que tem de errado, Cato?

Ele não queria que ela soubesse, então ele imaginou as paredes coloridas nas casas das suas clientes. Aquilo ali era seguro, ali ele não conseguia sentir mais nada.

— Nada.

Um minuto de distração e ele ainda conseguia ouvir as facas perfurando outro alvo, ver pequenos punhos cerrados. Ele se lembrava um pouco da pele dela, mas ele não conseguia lembrar o cheiro que tinha. O único cheiro que ele lembrava era de sangue. Sangue, sujeira e acima de tudo, morte.

A mulher ficou calada, observando como se não pudesse ser vista. Qualquer movimento e o menino ia desviar os olhos fixos na parede, dissipar quaisquer que fossem seus pensamentos antes que ela pudesse saber. Ela ficou parada.

E então Cato podia ver tudo se quebrar antes que ele pudesse encostar. Ela estava quebrada. Ela estava quebrada, não mais em um estado de mente, mas quebrada nos braços dele. O motivo de orgulho do Distrito 2, a desagradável boneca arrogante da Capital estava quebrada, embaixo do sol impiedoso, embalada no cheiro de morte. Segurando ainda suas últimas palavras. Ele sacudiu ela e estava tudo vazio, seus olhos, seu corpo. O coração dele bateu tão forte, mas era muito tarde.

— Está tudo bem aí, Cato? – a médica quase sussurrou. – Só me fala, querido, isso vai passar.

Se ele tivesse a salvado, Deus, ele não ia ter que sentir a dor. O coração dele não ia ter que parar por um dia como se estivesse quebrado. Adrenalina não ia ter que ser bombeada nas suas veias porque ele saberia que não ia mais precisar correr por ela. Todas as suas peças estariam juntas, Cato estaria inteiro. Não seria tarde demais.

Mas então ela gritou. Tão selvagem e tão perdidamente, que ele nunca deixou de ouvir. Ficava mais alto a cada ano, a cada vez que ela ficava mais distante.

— Ela morreu hoje.

A senhora o olhou por cima dos óculos.

— Quem morreu hoje, Cato?

— Não me faça dizer o nome dela – ele estava com raiva agora, a mulher devia saber. Todo dia, enquanto ele estava na cama com as mulheres Capital, ele estava com ela na sua cabeça. Ela podia sorrir pra ele de lá na sua cabeça, ela podia mexer com as sobrancelhas do jeito que era tão engraçado quando eles tinham cinco anos. Ela podia estar lá. Mas nesse dia, não. Nesse dia, Cato reparava que ela estava morta. Enterrada com sua risada e suas histórias sarcásticas. Como a mãe dele, enterrada com suas canções desafinadas de bebê e a única coisa humana que ele tinha. Ele não tinha mais nada, nesse dia.

Muitas crianças tinham morrido nos Jogos dele, mas só uma tinha ido naquele dia exato. Só uma gostava de cruzar os braços do lado dele, só uma tinha o feito correr pra tentar salvar sua vida.

— Clove?

O coração dele pulou de novo. Ele não queria mais ouvir esse nome, ele estava muito perdido em memórias antigas demais e visões de madrugada. Esse nome ainda fazia sua garganta ficar estranha.

— Você fica doente todo ano porque a Clove morreu – a senhora disse, como se não pudesse acreditar.

Mas ele não negou. Pra quê? Ela estava cinco anos perdida, cinco anos longe demais.

Ela olhou pra ele, uma grande e implacável criação da Capital, um sacrifício perfeito, quebrando todo ano porque sua parceira, uma coisinha mínima e sarcástica criada pra não ter coração, tinha ido embora.

A senhora não sabia o que dizer. Agora que ela sabia o que era, ela sabia que não tinha como consertar uma coisa assim.

— Thresh matou ela cinco anos atrás – ele ainda olhava pra parede, a voz sem expressão, os olhos queimando o azul perfeito de tanto ódio. – Eu esqueci as sardas dela, eu esqueci a cor do olho dela porque vocês roubaram isso tudo, mas a voz dela está sempre na minha cabeça. Todo ano ela volta pra me assombrar. Eu escuto ela gritando, ela até chora nesses dias.

Cato riu agora, mas não parecia certo que seus olhos estivessem arregalados, cheios de lágrimas de loucura.

Ela tinha se curvado até ele, uma vez. Beijado ele no meio da sala escura no Centro dos Tributos rindo tanto porque ela era uma coisa perdida. Ele deixou. Deixou ela tirar suas roupas e deixou que eles se deitassem na cama dele. No meio da arena, uma vez, ela puxou a mão dele até agarrar seus dedos com os próprios e perguntou “nós somos amigos, não somos, Cato?” Ele gritou que sim e não largou a mão dela naquele dia. Uma vez ele se lembrou dela enquanto uma das suas primeiras clientes na Capital mostrava sua casa deslumbrante pra ele. Ela tinha alisado os cabelos e tingido pra que parecesse com ela, então Cato correu pro banheiro e vomitou tudo que tinha no estômago. Mas a Clove na sua cabeça disse “eu vou estar lá o tempo todo, segurando suas preciosas mãozinhas”, e ele se segurou na memória porque não parecia mais provocação. Ele foi e fez o que tinha que fazer.

Uma pequena lágrima escorreu dos olhos alagados dele.

— A Clove é a porra de uma vadia hoje, tudo que ela faz é ficar morta, largada naquela grama do inferno na Cornucópia. Tudo que ela faz é gritar, ficar pedindo pra eu salvar ela. Mas, qual é, Clove, você morreu! Por hoje você está morta, garota, você devia me deixar em paz! Amanhã a gente pode conversar no meu apartamento, mas, por favor, para de gritar por hoje.

Cato olhou pra médica agora.

— Mas ela não me escuta nesses dias, ela não fala comigo.

— Porque ela está morta – eles disseram ao mesmo tempo, Cato, com seus grandes olhos desesperados e a senhora, ainda congelada, sem nada pra realmente dizer, sem sentir qualquer coisa além de um aperto no coração.

— Ela está morta – ele disse de novo, sacudindo a cabeça em uma afirmação para a médica, correndo um braço pelos olhos e por fim voltando a encarar a parede.

A senhora não sabia o que dizer. Ele não parecia querer qualquer consolo, qualquer coisa que se parecesse com pena, então ela não estendeu a mão pra batidinhas em suas costas. Isso ia além disso, então a mulher ficou parada. Ela ficou parada ali, do lado da cama dele, em um silêncio respeitoso que era o máximo que ela podia oferecer. Depois de um tempo, ela se voltou para o seu prontuário.

— Ela era... – ela se lembrou do monstro que vivia dentro da garota; risadas quase espectrais que tinham arrepiado sua nuca, conversas sobre mortes lentas e glória que crianças não deveriam ter – ela tinha o que era preciso pra ser uma vencedora.

Cato não respondeu.

— Você deve ter uma noite agitada te esperando lá fora, mas eu posso adiar essa alta até amanhã – a mulher tentou de novo, falando casualmente, olhando qualquer coisa na ficha. – Você quer que eu te dê um sedativo?

— Snow me dá folga hoje – ele disparou. – Ele sabe sobre meu dia ruim. Só assina a alta e a gente fica bem.

Ele sorriu de novo enquanto a médica tirava os remédios do seu braço. Assim que estava livre, Cato começou a se vestir, falando sobre a entrevista que uma socialite famosa tinha dado, rindo sobre suas palavras sobre ele.

— Aquela mulher é louca, eu disse pra todo mundo – ele terminou de vestir o casaco e olhou bem para o olhar da médica, de preocupação quase tristonha. Ele não podia aceitar esse tipo de olhar dirigido a ele. – É minha obrigação esperar ela acordado, você sabe. Ela vem de qualquer jeito. É só a Clove, eu consigo lidar com isso. Eu não sou fraco.

— Você vai ficar bem, menino?

— Claro que sim – Cato foi para a porta, pegando o papel que ela lhe entregava. – Você sabe, eu não faço questão, mas ia ser bom se você não falasse nada pra ninguém.

— Não se preocupa. Eu não contaria pra ninguém, o hospital pararia se soubesse disso – a senhora sacudiu a cabeça como se estivesse aborrecida, porque valia tudo pra esconder o quanto ela sentia por esse seu caso perdido de agora.

Cato sorriu, porque ele sabia bem o tanto que esse dia apertava o seu próprio coração, o coração do assassino preferido da Capital, o coração que Cato nem devia ter, não fosse o literal. Olhar pra ele daquele jeito, ele sabia, devia inspirar a miséria.

A médica continuou onde estava. Aquele garoto tinha feito a morte do tributo do 11 se estender por horas, a feito escutar os gritos daquelas crianças mesmo embaixo das luzes apagadas do seu quarto. Sua história mostrava exatamente tudo que podia dar errado com as crianças que Panem criava. Ele era o herói espartano que tinha tudo que queria, mas que tinha pagado o preço por isso, por merecer o prêmio. Porque ele mereceu, sem olhar uma vez sequer pras suas mãos sangrentas, todas aquelas mortes sem identidade pesando o mesmo que nada em seus ombros.

Eles pensavam assim, mas uma vez por ano, seu coração ia colapsar porque ele sentia muito. Não porque ele tinha sentido os ossos quebrados dos mortos nas suas mãos ou porque eles voltavam pra cobrar de noite; não, ele não se importava mais com isso, isso era parte dele agora. Seu coração colapsava porque ele meramente queria um amigo de volta.

— Obrigado – ele disse, desaparecendo no corredor. – A gente se vê ano que vem.


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Notas finais do capítulo

Nada melhor pra mim que começar o ano escrevendo um texto depressivo. Enfim. Eu não espero que alguém comente isso, porque eu estava só tentando variar meu estilo e tentar umas coisas aí, mas eu ia adorar se você o fizesse, só pra dizer o que achou mesmo e me ajudar a ficar um pouquinho melhor. Então. Beijos, obrigada por ler e eu espero que a gente se veja por aí c: c: