You Know My Name escrita por Just Shadows


Capítulo 1
Não apenas um simples "você"


Notas iniciais do capítulo

Bom esta estória foi escrita devido a um desafio, onde de tempos em tempo estaremos incumbidos de escrever sobre determinado casal, e o deste mês, para começarmos foi: Laxus (Luxus) Dreyar (Dreher) e Mirajane Strauss, admito que nunca pensei em escrever algo sobre estes dois, porem desafio lançado é desafio aceito, e cá estou eu :D

Espero que gostem do resultado.

Créditos do desafio :D, participem lá no Face (y):
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Apenas permanecia ao longe, apenas observando sua silhueta se distanciar na imensidão do "jardim" ao qual pertencia a um de seus grandes patrimônios, observava a forma como sua musculatura era realçada pela camisa justa que estava usando, e a forma como suas pernas ficavam demarcadas com sua calça de montaria.

–Mira, volte ao trabalho!

Dei um sobressalto, encarando as faces enervadas da minha superiora.

–Desculpe.

A mesma apenas me enviou um olhar cansado, para logo ajeitar os óculos grandes por sobre o nariz e dar-me as costas, outro suspiro pode ser ouvido saindo de minha boca ao voltar-me para a janela e não mais o encontrar.

–Queria poder falar com ele.

Mesmo com os anos trabalhando para sua família, nunca tinha trocado mais que duas palavras com o jovem mestre, tudo que lhe dizia era algum cumprimento cortês e ele dirigia-me a palavra apenas para ordenar-me algo.

Passada a tarde a qual ocupei-me em limpar a imensa biblioteca encaminhei-me para a cozinha, onde encontrei-a em um verdadeiro caos.

–O que está acontecendo?

Perguntei para uma das meninas que passou as pressas ao meu lado.

–Visita de ultima hora.

Levei uma de minhas unhas à boca, normalmente as visitas de ultima hora nunca representavam bons presságios.

–Espero que esteja tudo bem.

Encaminhei-me para um dos armários, ajudando no que eu podia, como por a mesa e estas coisas, visto que meus dons para culinária eram deveras duvidosos, então acharam por melhor deixar-me apenas com o serviço que não exigia criatividade, era necessário apenas seguir a sequencia de talheres, copos, pratos, e afins.

–Alguma de vocês sabe ao menos quem está vindo?

Disse ao analisar que o meu trabalho já estava terminado.

–Não soubemos, mas pelo tanto de comida que foi solicitada, devem ser muitas pessoas, ou no mínimo importantes.

Assenti para logo me distrair com o som das portas da frente sendo brutalmente abertas, revelando o jovem loiro.

–Você.

Olhei o mesmo apontar para alguém, encarei as meninas ao meu lado, para logo ouvir um suspiro sair dos lábios finos do jovem mestre.

–Você, de cabelo prateado, me prepare um banho e separe algumas peças de roupa para o jantar.

O mesmo não me encarou, parecia mais entretido com algo que se encontrava preso embaixo de sua unha.

–Claro senhor

Passei rapidamente ao lado do mesmo podendo sentir o odor clássico de madeira e um leve cheiro de suor que provinha do mesmo, era de se imaginar depois das intermináveis horas se aventurando montado em um cavalo.

Após preparar a banheira segui para o guarda-roupa do mesmo abrindo-o e podendo logo sentir o cheiro característico de sua colônia, inconscientemente agarrei um dos panos finos de cor negra e levei até minhas narinas, deixando-me embriagar com aquilo, porem paro ao ouvir o barulho de passos se aproximando.

–Ainda aqui?

Girei os calcanhares podendo vislumbrar o mesmo adentrar o cômodo enquanto se despia de sua camisa.

–Desculpe, estava indecisa quanto à roupa...

O mesmo apenas me encarou com uma das sobrancelhas erguidas.

–Não sei para que ocasião devo preparar-lhe.

Expliquei de forma rápida, vendo-o suavizar as expressões, para logo colocar sua habitual face fria.

–Apenas será um jantar de negócios, qualquer coisa esta de bom grado.

Disse enquanto seguia para perto do guarda-roupa e como consequência para perto de meu corpo, prendi minha respiração, enquanto podia sentir os batimentos do meu coração se acelerarem, por consequência da parada de oxigenação ou pelo nervosismo? Provavelmente pelos dois.

–Vê? Simples

Pisquei inúmeras vezes enquanto olhava o mesmo me estender um conjunto de roupas, e por coincidência o tecido ao qual eu tinha levado a face estava no meio destas peças por ele escolhidas.

–Agora pode se retirar.

Apenas fiz uma pequena reverencia enquanto encarava suas costas largas se distanciarem.

Ao chegar ao andar inferior pude notar uma comoção no hall de entrada, encarei as pessoas estranhas que por ali estavam, nunca os havia visto, porem pareciam ser de dada importância, não eram muitos, porem eram elegantes, desviei minha atenção para uma jovem de cabelos castanhos que sorria de forma charmosa, enquanto se mostrava interessada no assunto tratado pelos homens que a acompanhavam.

–Ah que bom, finalmente alguém da criadagem.

–Senhora...?

–Leve minhas coisas para o quarto do jovem Dreyar.

Permaneci parada na metade do trajeto das escadas, segurando firmemente o corrimão.

–Desculpe!?

–Faça o que ela pediu.

Virei levemente meu pescoço encontrando os inconfundíveis olhos frios, senti minhas bochechas rosarem, enquanto corria escadas abaixo pegando as malas de uma tonalidade de branco e as guiando para o segundo andar, passando ao lado do jovem mestre que ainda se encontrava parado no topo da escada, tal como se avaliasse a situação antes de se arriscar em descer.

Depois de terminado o serviço, guiei-me para o quarto ao qual dividia com mais duas garotas.

–Vocês viram a moça que se instalou aqui?

–Parece uma princesa daquelas dos livros que eu li enquanto limpava o quarto da senhora Dreyar.

Apenas acenei em concordância, de fato, a moça de longos cabelos parecia com aquelas princesas ilustradas nas paginas daqueles livros, tanto no modo de falar, com nas roupas tão volumosas e apertadas que para minha pessoa seriam impossível de se respirar ou se locomover vestindo aquilo.

–Soube que é uma das pretendentes do jovem mestre, o jantar foi marcado a mando do pai da moça, para que acertassem tudo.

Sentei-me em um único impulso, assustando assim as duas outras jovem.

–O que deu em você?

Encarei a loira de relance, enquanto levava uma de minhas mãos ao peito.

–Ela finalmente percebeu que não tem chances com o jovem.

Agora encarei a azulada que estava penteando os cabelos em frente ao espelho enquanto me encarava pelo reflexo.

–Pare de dizer asneiras.

A mesma largou a escova sobre a superfície de madeira e seguiu até a janela, onde parou e pareceu se distrair com a noite totalmente escura, sem um resquício de estrelas.

–É melhor dormirmos, tivemos sorte de não sermos chamadas para servir no jantar de hoje.

Disse à loira que se mostrava alheia ao que a azulada havia comentado, porem pude notar o olhar que a mesma me lançou, tal como se lamentasse por algo.

Apenas me permiti acenar em concordância enquanto via a jovem de cabelos azuis fechar a janela e se encaminhar para sua cama, logo se pondo a ressonar calmamente, assim como a outra jovem, porem comigo as coisas não foram tão simplórias, eu permanecia encarando o teto, enquanto ouvia o barulho de risadas no andar inferior, assim como o som das louças e talheres, porem ao passar do tempo o barulho foi cessando, até que se pudesse ouvir apenas os passos apressados no corredor e o barulho das molas da cama gemendo ao receberem o peso de alguém sobre, barulho este que funcionou quase como um mecanismo que avisou meu cérebro que já estava na hora de dormir, porem ao mesmo tempo em que senti-me pronta para descansar fui impelida a permanecer de olhos abertos enquanto ouvia novamente o ranger das molas, para ouvi-las ranger uma vez mais e uma mais.

–Devo estar ficando louca.

Disse enquanto encarava as outras duas jovens que permaneciam da mesma maneira inerte, ignorando totalmente o que estava acontecendo a poucos metros de onde estávamos.

Mesmo não tendo dormido nada, no dia seguinte realizei minhas tarefas pertinentes, que hoje envolviam cuidar do jardim, ato este que me agradava em demasia pois podia vislumbrar o jovem andar de um lado para o outro enquanto aquecia seu cavalo para mais uma tarde de cavalgada.

–Porque dessa cara?

Desmanchei meu sorriso encarando a mulher de óculos que segurava uma vassoura em uma das mãos enquanto me olhava de forma ameaçadora.

–Nada senhora.

Mais que depressa pus-me portas a fora, podendo sentir os raios fracos do Sol da manhã tocarem minha pele, fazendo com que mesmo que inconscientemente eu desse um suspiro, este que logo se intensificará ao encarar o belo jovem montado em um cavalo branco, porem minha expressão fechou-se ao notar que eu não seria a única plateia, ao menos não mais, visto que a jovem moça estava sentada sobre a proteção de uma sombrinha, que ao meu ver era totalmente desnecessária a uma hora destas.

–Lindo...

Disse ao redirecionar meu olhar para o jovem que acabara de pular um pequeno obstáculo de forma majestosa e se distanciava aos poucos de onde estávamos, e ao voltar meu olhar para a jovem notei-a me encarar de forma primeiro confusa para logo mudar para uma expressão quase como de repulsa, abaixei minha cabeça enquanto seguia para perto das roseiras, tentando ignorar o olhar que permanecia em minha espalda.

–Com licença.

Permaneci concentrada nos belos botões avermelhados.

–Eu falei com você.

Senti um toque em meus ombros, fazendo com que eu segurasse firmemente um dos galhos espinhosos da roseira, causando um ferimento superficial na palma de minha mão.

–Sim?

Disse da forma mais cortês possível antes de virar-me apenas para sentir-me ser atingida por uma de suas mãos enluvadas, senti-me tombar levemente para trás, não devida à força empregada pela mesma, mas pelo fato de não estar esperando uma atitude destas vindas dela.

–Como ousa...

Senti minhas costas arderem ao chocarem-se com os pequenos espinhos enquanto eu encarava as faces avermelhadas da moça elegante a minha frente.

–Senhora?

–Não se atreva a olhar para ele com este olhar, e não se faça de desentendida, ontem achei seu comportamento muito estranho para uma emprega qualquer, e hoje tive certeza do que suspeitei, sua pobre imunda.

Levei minhas mãos até a barra de meu uniforme, enquanto encarava os pés da mesma.

–Desculpe senhora, creio que não saiba do que esta falando.

–Que fique claro, não pense em se aproximar dele, bem que acho impossível ele até mesmo olhar para você, na verdade não me surpreenderia se nem seu nome ele soubesse, já que lhe trata como você.

Engoli em seco, enquanto de fato levava aquela afirmação em consideração, não que esperasse que o mesmo chamasse-me pelo nome ou algo do gênero, porem surpreendi-me ao notar que nem uma misera vez havia-me apresentado, não que isto tivesse algum significado ou representasse alguma importância, visto que de inicio servia seu pai e não a ele.

–Pobre iludida, eu sei bem como é isso, acontece muito, mas nunca termina bem querida.

Disse enquanto passava a mão em minha bochecha esquerda.

–Devia limpar, esta meio sujo.

Disse enquanto seguia para baixo de sua sombrinha. Naquele dia não mais consegui fazer meu serviço direito, chegando mesmo ao ponto da velha Poluchka ordenar que eu fosse para meus aposentos e ali permanecesse até conseguir fazer algo direito, por um minuto cheguei a considerar aquela uma boa coisa, visto que ficaria longe de tudo por um tempo, porem este tempo a “sós” tornou-se um pesadelo, ao mais uma vez poder ouvir os passos e as molas rangendo, com o diferencial que os barulhos provenientes da luxuria eram agora acompanhados pelos meus soluços.

E assim seguiram-se os dias e as semanas, pelo que parece a união já estava mais que encaminhada, por motivos muito mais diplomáticos do que eu imaginava, com esta união o patrimônio de ambas as família quase triplicaria.

–Mira saia desse banheiro.

Sequei meu rosto enquanto terminava de arrumar meu uniforme, até por fim sentir-me pronta para sair.

–Tem certeza que esta tudo bem? Uma de nós pode ir em seu lugar.

Encarei a loira que trocava leves olhares com a azulada que permanecia sentada sobre a cama.

–A senhora que pediu para que eu os servisse hoje, obrigada meninas.

Dei-lhes um sorriso enquanto seguia porta a fora para logo encaminhar-me para o andar inferir, podendo observar o pouco mais de três empregados responsáveis por servirem o jantar.

–Com licença.

Pude observar os olhares dos jovens recaírem sobre minha pessoa, primeiro o olhar de interrogação do jovem Dreyar e logo o olhar de divertimento da jovem.

–Esta atrasada.

Fiz uma pequena reverencia enquanto seguia para a cozinha, logo ajudando a colocarem a mesa, tratando logo de postar-me a lateral, enquanto aguardava que algum dos dois pedisse algo, porem em meu amago rezava para que os mesmos direcionassem suas vontades para algum dos outros empregados, mas logo pude ver os olhos frios recaírem sobre minha pessoa.

–Você, me sirva.

Acenei em concordância enquanto encarava o olhar de repulsa da jovem que logo fora substituído por um de divertimento enquanto lentamente sibilava a palavra "Você".

Por um minuto perdi o foco no que estava fazendo, só voltei a minha pessoa quando ouvi os gritos histéricos dos empregados e o leve rosnado masculino, retirei minha atenção da jovem e pus-me a observar o jovem loiro que se encontrava com a camisa e calça molhados com o vinho que deixei transbordar da taça.

–Jovem mestre, me desculpe me desculpe...

Disse enquanto pegava um lenço que estava em um dos meus bolsos, porem antes de cogitar a possibilidade de toca-lo o mesmo deu-me um tapa na mão me afastando.

–Não se aproxime, quero que desapareça das minhas vistas agora.

Sentia-me tremer enquanto lentamente deixava o lenço sobre a mesa e me punha a fazer uma reverencia pondo-me escadas acima.

–Quero ir embora daqui.

Disse ao abrir a porta em um solavanco, acordando as duas jovens que estavam a dormir.

–Mira o que houve?

A loira se ergueu puxando-me para sua cama, enquanto a azulada se ocupava de fechar a porta.

Não fora nenhuma surpresa que no dia seguinte recebesse o educado convite para que eu encerrasse minhas atividades como servente daquela família, por um momento cogitei a possibilidade de tentar explicar-me, porem ao mais uma noite ser brindada com o ranger da cama resolvi que ir embora seria o melhor. Aquela moça vir para cá apenas servirá para me acordar do sonho idiota que tinha, então pela primeira vez decidi ignorar aquele maldito barulho e pus-me a dormir.

–Mira acorda!

Despertei de forma imediata ao ser fortemente sacudida pela azulada.

–O que houve?

Disse encarando a mesma, procurando algum vestígio de machucado ou algo assim, logo vasculhei o quarto não encontrando a jovem loira.

–Onde ela esta?

–Ela já saiu, da mesma maneira que devemos sair... Agora!

Disse enquanto me puxava porta a fora, logo pude senti o cheiro de queimado e o barulho de metal de chocando.

–O que esta acontecendo?

–Um ataque pelo que parece, temos que sair logo.

Segui em seu encalço até chegarmos ao topo da escada, podendo enfim encarar o verdadeiro campo de batalha que o hall de entrada, cozinha, sala, jardim tinham se transformado.

Levei uma de minhas mãos à boca para conter o grito de pavor que me acometeu no momento em que vi um dos guardas ser atingido na cabeça e a forma como o que desferiu o golpe tentava recuperar sua espada de dentro do crânio em frangalhos.

–Anda.

Senti-me ser puxada, apenas me deixei ser levada, enquanto tentava a todo custo evitar a cena que ocorria a poucos metros de onde estávamos porem, atraída por aquela voz de trovão ergui meus olhos vendo o jovem loiro defender bravamente um dos empregados que tentava atravessar o campo de batalha e seguir para os fundos, local para onde eu e a azulada provavelmente estávamos nos encaminhando.

–Vamos.

Porem desta vez não me permiti ser puxada, retirei meu pulso de seu aperto enquanto encarava o loiro desferir e ferir mortalmente um e mais outro guarda que não possuía o brasão de sua família.

–Chega, não vale a pena se arriscar, vamos logo, deixei-o ai, ele sabe se cuidar.

Engoli em seco enquanto o via ser ferido de raspão no braço.

–Não posso...

Disse a empurrando.

–Vá logo.

–Mirajane!

–Logo vejo você e a loira burra.

Disse sorrindo minimamente, tentando acreditar nas minhas palavras, porem falhando miseravelmente, logo senti-me ser apertada entre os braços finos da azulada.

–Não demore, estaremos te esperando.

Foi com alivio que a vi chegar até os fundos sem nenhum problema, coloquei-me atrás de um dos grandes pilares de sustentação e com alivio constatava que aquilo que a azulada disse era verdade, ele sabia se defender, e em pouco tempo a situação estava praticamente resolvida, porem encarei um dos guardas fardando uma armadura em azul se erguer rapidamente e seguir até as costas do jovem mestre.

–Não...

Reprimi minha vontade de gritar, então apenas disse de forma baixa enquanto inconscientemente me movia até encontrar-me abraçada as costas do Dreyar que em primeiro momento pensou se tratar de um inimigo e tentou me empurrar, porem, ao virar minimamente seu pescoço a postura de luta foi alterada para defesa.

Senti minhas costas arderem, para logo essa sensação de ardência se alastrar para todo meu corpo, pude ouvir a voz do loiro se elevar, enquanto se virada puxando-me consigo, visto que eu permanecia agarrada em suas costas.

–Maldito.

Não podia ver nada, pois suas costas eram muito largas e ele era demasiado alto, tudo que pude ouvir foi o som de algo se chocando com o chão, podendo só depois de minutos associar que aquele som tinha sido provocado por meu corpo que perdera as forças e não suportou ficar agarrado as costas do Dreyar que agora estava ao meu lado, enquanto gritava com alguém.

–Esta ferido?

Perguntei enquanto guiava meus olhos pelo corpo do mesmo que nunca ficará assim tão perto do meu, podia até mesmo sentir o calor de sua pele e não apenas sua colônia, que agora fora encoberta pelo cheiro de ferrugem proveniente do sangue que eu agradeci a Mavis por não ser dele.

–Não, fique quieta, vou te tirar daqui.

Sorri minimamente no momento em que senti-o puxar-me para seus braços, tombei minha cabeça para o lado, apoiando-a próximo ao seu pescoço e senti-o passar algo em minha face, pude de relance reconhecer o pequeno tecido branco, tecido este que tinha por minha pessoa sido esquecido sobra a mesa, no jantar da noite anterior.

–Que bom que...não esta...ferido.

Disse enquanto tragava fortes lufadas de ar.

–Pare de falar.

Encarei a face antes inexpressiva se tornar preocupada enquanto vez ou outra era rasgada por uma carranca, suspirei fortemente, em outro momento eu podia até mesmo apreciar estes outros lados do mesmo, mas por algum motivo sentia-me cansada o suficiente para desejar apenas dormir.

–Não se atreva a fechar os olhos.

Como se atendesse a uma ordem para preparar um banho ou separar uma roupa, abri rapidamente meus olhos, encarando os globos oculares antes frios, agora levemente marejados, de fato estava me surpreendendo, porem a vontade de dormir era mais forte.

–Desculpe por...te...desobedecer.

E senti-me ficar relaxada ao finalmente poder dormir, porém antes de fato ser tragada pela escuridão ainda pude ouvir a voz do mesmo.

–Mira!?Mira!!!

Queria poder sorrir e agradecer por ao menos saber meu nome.


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Notas finais do capítulo

Deixem suas opiniões, e desculpem qualquer erro.Nos vemos em breve..Mata ne!



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