Lost Drams escrita por Anieper


Capítulo 27
Capítulo 27




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Acordei no dia seguinte com um pouco de dor, mas nada que eu não aguentasse. Rick estava dormindo ao meu lado segurando minha mão. Eu sorrir para ele antes de olhar para meu filho que estava dormindo no berço ao lado da minha cama. Eu não conseguia acreditar na sorte que eu tinha. Mesmo com as coisas que fiz durante a gravidez meu filho era saudável e estava bem. Eu nunca seria grata o bastante por ter ele comigo, por saber que ele estava bem. Eu passei a próxima meia hora pensando em minha vida. Em as coisas tinham mudado. Eu deixei de ser a filha bobinha do xerife da cidade, para me torna a esposa do melhor policial do meu pai, uma adolescente gravida e cheia de responsabilidades de uma hora para outra. Eu pensei que eu tinha perdido muitas coisas, mas sabia que no final ganharia muito mais. Eu ganharia meu filho. Agora, olhando para ele, noto em como estava certa ao pensar que não importava o que tinha perdido antes, por ele valia a pena.

Agora colocando na balança eu tinha ganhado muito mais do que tinha perdido. Eu tinha Carl, Rick e a família dele. Minha família ainda estava ao meu lado e apesar de toda as dificuldades que tinha ao logo do caminho, ainda estávamos unidos. Apesar de toda a raiva que meu pai parecia estar sentindo por mim, ele tinha vindo ver o neto e isso valia para mim mais qualquer outra coisa. Até mesmo as meninas tinham vindo conhecer Carl. Vitória tinha ligado e falou que por conta de um furacão os aeroportos estavam fechados, então ela só poderia vim de carro e demoraria três dias para chegar. Eu entendia. Carl não estava sendo esperado para esses dias e foi uma surpresa para todos sua chegado.

Foi tirada dos meus pensamentos pelo choro de Carl. Olhei para o lado e ele estava com os olhos abertos se mexendo inquieto. Me sentei direito na cama e o peguei no colo. Imediatamente e passou a procurar o peito. Sorrindo, coloquei meu seio para fora e coloquei na boca dele. Carl passou a sugar o leite com força. Até para um ser tão pequeno ele sugava com muita força. Passei minha mão pela cabeça dele e senti seu cheiro.

— Você é um guloso, mocinho. – falei baixinho para ele. – Não pode sugar com menos força não? Isso doí sabia?

Carl apenas segurou meu dedo e continuou a mamar. Sorri para ele novamente e olhei para Rick. Ele estava tão cansado. Ele tinha passado a noite no hospital e tinha dormido em uma cadeira. Eu o mandei para casa, mas ele é teimoso. Queria ficar comigo. Olhei para minha mão onde estava minha aliança. Nunca imaginei que um dia íamos está assim. Depois do modo como nos casamos, sempre acreditei que nosso casamento estava fardado ao fracasso, mas Rick e eu aprendemos a viver juntos, a sermos uma família juntos.

— Ei. – disse quando vi ele abrindo os olhos devagar por causa da claridade.

— Ei. – ele disse piscando. – Que hora são?

— Seis e quarenta e cinco. – disse arrumando minha roupa quando Carl largou meu peito. – Por que não dormiu no sofá? Deve está todo dolorido.

— Eu não queria ficar longe de você. – ele disse enquanto eu colocava Carl para arrotar. Olhei para ele e levantei a sobrancelha. – Certo. Ele é pior do que a cadeira. Acredite em mim.

Eu apenas sorrir. Quando Carl arrotou, Rick esticou os braços, entreguei Carl para ele e me arrumei na cama.

— Acho que ele vai ser parecido comigo. – Rick disse olhando para o bebê em seus braços.

— Eu acho que se ele foi parecido com você, vou fazer você sentir tanta dor quanto eu senti. – falei enquanto me arrumava na cama.

— Por que?

— Eu que sofri com enjoos, eu que senti os chutes nas costelas, eu que sentia desejos de comer coisas estranhas e nojentas. Eu que senti as dores do parto e eu que vou trocar o maior número de fraudas. Isso sem falar nas noites que passarei acordada com ele e as noites que passarei sentada no sofá quando ele for adolescente e sair para festa e voltar muito tarde. Então, se ele se parecer com você que apenas participou do processo de fecundação. Eu terei que te dá pelo menos um pouco do que eu senti em troca. Ou seja, tenho que fazer você sentir dor.

— Sua lógica me assusta, querida. – Rick disse olhando para mim sorrindo.

— Eu sei que você me ama. – disse piscando para ele.

— Quem sou eu para descordar. – ele disse se inclinando para me dá um beijo de leve nos lábios.

Eu apenas sorrir para ele e olhei para a porta que tinha sido aberta.

— Bom dia, mamãe. – uma enfermeira disse entrando no quarto com um carrinho de comida. – Como estamos hoje?

— Bom dia. Estou ótima. – falei sorrindo. – Quando eu vou poder ir para a casa?

— A médica deve passar logo para te examinar. – ela disse olhando para Carl nos braços do pai. – Ele é lindo.

— Obrigado. – Rick disse se levantando e dando a volta na cama. – Eu vou compra alguma coisa para mim comer. Volto logo.

Rick colocou Carl no berço, me deu um beijo na testa e saiu do quarto. Olhei para o lado quando a enfermeira suspirou.

— Seu irmão é tão atencioso. – ela disse arrumando o carinho de comida na minha frente.

— Ele é meu marido. – falei olhando para ela. – Eu posso me virar agora. Obrigada.

Ela me olhou envergonhada e saiu do quarto. Tomei meu café e peguei um livro que estava ao lado da minha cama para ler. Rick voltou pouco depois com a média. Depois de me examinar rapidamente, ela me liberou e tivemos apenas que esperar o pediatra. Quando finalmente fomos para casa, já estava no meio da tarde. Minha mãe estava lá e tinha arrumado tudo para a nossa chegada. Até mesmo uma festa pequena. Meu pai chegou depois do anoitecer e estava fardado. Ele não falou comigo, mas pegou o neto no colo e ficou conversando com ele baixinho. Rick ficou comigo a maior parte do tempo. Ele e os amigos comemoraram e até mesmo levaram charutos para ele. Que eu ia esconder.

— Ele está babando em cima do Carl. – minha mãe disse parando ao meu lado. – Ele vai parar com a teimosia dele agora.

— Ele não me disse uma palavra desde que Carl nasceu. – falei desviando meus olhos do meu pai. – Ele nem me olhou quando pegou meu filho dos meus braços. Você acha mesmo que as coisas vão voltar ao normal? Ele não suporta nem me olhar.

— Carl vai amortecer o coração dele.

— Não. Carl é o neto. O herdeiro que ele sempre quis. – falei me afastando dela.

Eu arrumei as coisas na cozinha e depois fui para a sala novamente. Estava na hora de Carl mamar. Eu andei até o sofá que meu pai estava sentado.

— Eu preciso alimentar ele. – falei chamando a atenção dele.

— Claro. – meu pai disse e passou Carl para meus braços.

Eu acenei com a cabeça e fui para o quarto do meu filho. Depois de dá de mamar para ele o coloquei em seu berço dormindo. Eu fui até meu quarto e me deitei um pouco. Ainda estava dolorida e a médica me recomendou não ficar muito tempo de pé nos primeiros dias. E disse alguma coisa sobre dormi enquanto podia. Eu me arrumei para ficar mais confortável na cama e em alguns minutos peguei no sono.

 


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