ANASTÁSIA STEELE

Chego com Christian no hospital e nós seguimos para o quarto da minha mãe. Paro a porta boquiaberta com o que vejo.

Mamãe está sorrindo como nunca antes e Raymond está ao seu lado segurando sua mão.

—Eu definitivamente acordei no planeta errado. —Comento e os dois me olham sorrindo.

—Ana. —Mamãe diz.

Ela e Raymond olham minha mão e de Christian juntas e fazem uma pequena careta. Não consigo evitar e dou uma gargalhada deixando Christian sem graça; solto sua mão e caminho até mamãe dando-lhe um beijo.

—Como você está majestade? —Pergunto alisando seu nariz.

—Muito bem. —Ela sorri olhando para o Sr. Steele.

—O que aconteceu? —Pergunto olhando os dois. —Vocês dois se reconciliaram?

—Ana! —Mamãe exclama e eu tenho certeza que eles se reconciliaram. —Não!

—Ah meu Deus! —Exclamo rindo. —Eu não acredito.

—Eu vou deixar vocês duas conversarem. —Raymond dá um beijo na testa de Carla e outro em mim.

—Tudo bem Ray. —Diz mamãe.

Ray?

Uh.

"Ray" sai do quarto e leva o pobre Christian com ele.

Olho para mamãe e ela ainda está sorrindo.

—Me conta! —Digo sentado ao lado de mamãe.

—Nós conversamos...

—Isso eu percebi. —Sorrio.

—Ele me contou toda a verdade. Ele não me traiu como eu pensei, mas eu estava tão magoada que não confiei nele.

—Mas agora você sabe a verdade?

—Sim, e ele me pediu uma segunda chance.

—Ah meu Deus! Sério?

—Sim, ele quer ficar comigo, e com você também.

—Uau! —Exclamo. —Eu estou tão feliz por você mamãe.

—Imagine como eu estou, parece que finalmente as coisas estão dando certo. —Mamãe sorri, mas logo seu sorriso se desfaz. —Tem mais uma coisa.

—O que? —Pergunto preocupada.

—O Ray quer que nós moremos com ele.

—Sério? —Franzo a testa.

—Sim.

—Mas o que tem de ruim nisso?

—Ele mora no Texas.

—Não! —Exclamo. Desço da cama e encaro mamãe sentindo a raiva me dominar. —Não mesmo!

—Ana... Por favo, querida.

—Não mamãe! —Começo a andar de um lado para o outro. —Eu não vou ir para outro estado com um homem que acabei de conhecer.

—Ele é seu pai.

—E daí? Ele ficou fora por dez anos, e agora quer nos levar para o Texas? Eu não vou!

—Querida, mas é para o nosso bem.

—Não! —Bato o pé no chão. —É para o seu bem, porque você nunca se importou em sabe o que eu pensava! Eu sempre tive que cuidar de mim e de você, e eu não vou deixar você estragar tudo de novo! Eu não vou! Você escolheu fugir dele! Lide com as consequências disso, eu não vou para o Texas!

Viro-me e saio correndo do quarto, passo pela sala de espera e Ray e Christian se levantam, mas eu estou como um furacão e não quero ver esse idiota do Steele! Ele não vai me levar embora! Não mesmo! Saio pisando firme em direção à saída sentindo a raiva ficar maior. Como alguém que chegou agora pode querer causar tantos estragos?

—Ana. —Christian diz me alcançando. Ele segura meu braço fazendo-me parar.

—O que você quer Grey? —Pergunto furiosa.

—Bem, você não está correndo, mas está quase quebrando o chão de tão firme que está pisando. O que aconteceu?

—Aquele idiota!

—Ué? Tem outro idiota?

—Sim! —Falo revirando os olhos. —O Ray quer minha mãe e eu para o Texas.

Puxo meu braço e passo pelas portas automáticas do hospital.

—O que? —Christian segura meu braço e me para. —Você vai?

—Não! Você não vai se livrar de mim tão fácil Grey.

Solto meu braço de sua mão e continuo andando.

—Ana... Mas pode ser para o seu bem... —Christian diz incerto.

—Nem você mesmo acredito nisso. —Suspiro encarando-o com raiva. —E como pode ser para o meu bem? Ele ficou dez anos fora, aparece agora e quer me levar? E minha mãe? Eu era quem cuidava das coisas para ela. Quantas vezes eu tive que tomar decisões que ela deveria ter tomado e agora ela quer dizer o que é melhor para mim? Isso não é justo.

—Ei... —Christian me puxa e me abraça. —Não se preocupe, ninguém vai nos separar.

—Não é justo Christian, eu não quero ficar longe de você.

—Está tudo bem. Não importa a distância, nós sempre estaremos juntos.