Redescobrindo o Amor escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 12
Uma Tarde Diferente e Uma Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura...♥



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ANASTÁSIA STEELE

—Você acha que ela vai querer me ouvir? —Ray pergunta ainda encarando o hospital.

—Nem se ela quisesse, ela ainda está sobre efeito da anestesia, mas você pode vê-la.

—Tudo bem. —Steele sorri.

—Vamos? —Pergunto.

—Vamos.

Sr. Steele segura minha mão quando vamos atravessar, e eu estranho seu gesto, mas não falo nada; acho que eu gosto disso.

Nós dois entramos no hospital e eu logo avisto Grace, ela franze o cenho ao nos ver juntos.

—Ana. —Grace se aproxima. —Sr. Steele?

—Dra. Trevelyan. —Diz Raymond cumprimentando-a.

—O que está acontecendo Ana?

—Ela é o meu pai tia Grace. —Digo com naturalidade.

—Sua pai? —Grace diz boquiaberta.

—Sim. Ele veio ver a mamãe.

—Anastásia. Como assim?

Saio andando e Grace vem atrás de mim.

—Querida você não pode trazer um estranho para ver sua mãe. —Ela diz segurando meu braço.

—Ele não é um estranho, é o meu pai, e o nome dele está no registro de casamento da mamãe. Então, ele definitivamente não é um estranho.

—Ele é seu pai? —Ela pergunta depois de alguns segundos.

—Sim. —Balanço a cabeça.

—Ah meu Deus, Ana. —Grace passa as mãos pelos cabelos e suspira.

—Eu posso ir ver minha mãe?

—Claro... Eu vou falar com o...

—Sr. Steele.

—Isso.

Sorrio e vou para o quarto de mamãe. Fico parada na porta vendo-a deitada. Ela está sem cor e parece cansada, e isso acaba comigo. Aproximo-me com cuidado de sua cama e a observo dormir tranquilamente. Acaricio seu nariz, mas ela não acorda, apenas solta um suspiro baixinho.

—Eu fiquei com tanto medo mamãe. Achei que fosse te perder. —Confesso. Seguro sua mão e dou um beijo. —Não me deixe mamãe, eu preciso de você. Muito.

—Posso entrar? —Olho para a porta e vejo Mia.

—Claro. —Digo baixinho.

—Como você está? —Mia pergunta se aproximando.

—Bem.

—Aquele senhor lá fora, é mesmo seu pai? —Ela pergunta séria.

—Sim. —Sorrio.

—Que legal.

—É sim.

—A mamãe pediu que eu viesse te chamar, nós precisamos ir comer algo.

—Tudo bem.

—Vamos então? —Mia me estende sua mão.

—Sim. —Sorrio e pego sua mão.

Nós duas saímos do quarto juntas e eu vejo Grace conversando com o Sr. Steele, ela me olha e dá um sorriso.

—E ai meninas. —Carrick diz se aproximando com Elliot. —Vamos almoçar?

—E a tia Grace? —Pergunto.

—Ela vai ficar aqui nos hospital.

—Ah...

—Vamos. —Carrick estende sua mão para mim e para Mia.

Sua filha segura sua mão e eu apenas o olho e sorrio. Encolho os ombros seguro sua mão fazendo-o sorrir.

—Ei Ana. —Elliot se aproxima e passa o braço pelo meu ombro enquanto andamos pelos corredores do hospital.

—O que você quer Lelliot? —Pergunto desconfiada.

—É verdade que se você ficar muito tempo de cabeça para baixo o sangue desce para a cabeça?

—Como eu vou saber? —Digo fazendo uma careta.

—Ah, eu te mostro.

Elliot me puxa e se abaixa passando os braços por detrás dos meus joelhos, ele me joga sobre seu ombro e dou um grito pelo susto, mas começo a rir.

—Me solta Lelliot! —Grito rindo enquanto saímos do hospital.

Carrick e Mia começam a rir olhando para nós.

Elliot começa a girar comigo e eu começo a gritar e rir ao mesmo tempo.

—Solte a menina Elliot, ela pode cair. —Diz Carrick alertando-nos.

—Ok.

Elliot me coloca no chão e eu me recupero do riso em segundos, mas levo mais tempo para me recuperar da zonzeira. Viro para o lado e vejo Christian encostado no carro, ele está com uma cara de pouco amigos e eu acho que está fuzilando Elliot com o olhar. Ele olha para mim e eu sustento seu olhar.

—Andem crianças, para o carro. —Carrick diz.

Carrick abre a porta e eu entro atrás com Mia e Elliot enquanto Christian vai no banco da frente. Nós logo chegamos no shopping e vamos para a praça de alimentação. Carrick nos manda ficar sentados enquanto vai fazer o pedido com Elliot. Mia começa a conversar com Christian, mas ele não demonstra muito interesse, apenas responde por educação, eu acho.

Elliot e Carrick chegam e logo se sentam conosco. Pouco depois deles, o pedido chega e nós começamos a comer.

—Então Ana, está gostando de ficar na nossa casa? —Carrick pergunta.

—Claro...! —Digo olhando para Christian e arqueio uma sobrancelha.

—Carrick. —Diz uma loira se aproximando e todos viramos para olhá-la.

Ela é platinada e deve ter a idade de Grace. É até bonita, mas acho que a tia Grace é bem mais bonita.

Ao vê-la Christian arregala os olhos, o que me faz desconfiar. Quem será ela?

Carrick se levanta e cumprimenta a mulher com um beijo no rosto.

—Elena. Quer prazer vê-la. —Diz Carrick.

—Está almoçando com a família? —Elena pergunta.

—Sim, por favor, sente-se conosco.

—Não, obrigada, estou apenas de passagem. —Elena diz e me olha, semicerro os olhos para ela e a encaro.. —E quem é essa garotinha linda?

—Não é da sua conta! —Christian diz de forma rude e Elena o olha fuzilando-o.

—Christian, isso são modos? —Carrick chama a atenção do filho. —Essa é a Anastásia.

—Ana, que prazer. —Diz Elena.

—Anastásia! —Corrijo-a ignorando sua mão estendida, e Elliot deixa uma risada escapar.

—Claro. —Elena abaixa a mão. —Por que vocês não vão jantar lá em casa hoje?

—Claro. Eu vou falar com a Grace. —Diz Carrick sorrindo.

—Christian você poderia passar lá depois, eu tenho um trabalho para você.

Olho para Christian boquiaberta.

Então foi essa mulher que o machucou?

Eu nãoa credito nisso!

Sabia que ela tinha um jeitinho de cobra.

Christian me olha e acho que sabe no que eu pensei, pois antes que eu levantasse, ele já levantou.

—Com licença! —Digo e me retiro.

—Ana! —Christian exclama vindo atrás de mim.

—Foi ela não foi? —Pergunto quando já estamos longe o suficiente. —Ela te bateu!

—É complicado. —Ele encolhe os ombros.

—Não, não é! Você deixou ela te bater e ainda vai voltar lá? —Pergunto com nojo e incredulidade.

—Sim.

—Como você pode? —Pergunto incrédula.

—É para o meu bem.

—Não! —Bato o pé no chão e as lágrimas ameaçam cair. —Pessoas que te machucam e te afastam do amor, nunca querem o seu bem.

—Por que você está dizendo isso? Você nem quer mais saber de mim.

—Não mesmo! Você em bateu!

—Eu estava bêbado.

—E antes? Você me machucou com palavras também.

—Ana eu só estou confuso, você é uma menina especial. Eu tenho medo que você se machuque, assim como eu me machuquei.

—Não Christian! Eu não vou me ferir, mas eu me importo com você, eu não quero brigar, você é o meu melhor amigo, e eu não quero que nada de mal te aconteça. —Uma lágrima escorre pelo meu rosto e Christian se aproxima. —Não deixe mais ela se aproximar de você, por favor.

—Ana, eu preciso...

—Não, por favor. Ela não pode mais te machucar, faça isso por mim. —Imploro com o rosto inundado de lágrimas.

—Ana...

—Por favor, Christian, por mim. —Insisto. —Eu prometo nunca mais implicar com você. Nem te chamar de marrento. Só não a deixe mais te machucar.

—Tudo bem baby. —Christian diz e se aproxima mais. Ele acaricia meu rosto e me aperta em seus braços.

—Se afaste dela, por favor. —Imploro fechando os olhos.

—Tudo bem, eu vou fazer isso. Fique tranquila.

Christian dá um beijo na minha cabeça e me solta.

—Você me perdoa? —Pergunto bagunçando meus cabelos.

—É claro que eu te perdoo seu idiota! —Falo revirando os olhos.

—Pensei que não fosse mais me xingar. —Christian diz arqueando uma sobrancelha.

—De marrento, idiota pode!

—Boba.

Quando nós dois voltamos para a mesa e não encontramos mais Elena, e isso me deixa realmente feliz.

—O que houve? —Carrick pergunta assim que nos sentamos.

—O Christian estava implorando por misericórdia. —Digo arqueando uma sobrancelha e sorrio. —Então eu o perdoei, pobrezinho.

—Claro! —Christian ri. —Eu implorei?

—Claro que foi! —Digo rindo.

—Eu pagaria 100 dólares para vê-lo implorar. —Diz Elliot.

—Pagaria? Eu nem tive que pagar. —Provoco e Christian ri.

—Ok pirralha, sonha! —Christian exclama.

—Eu não preciso! —Exclamo rindo.

Olho para Carrick e vejo ele nos olhar admirado.

—Ei, que tal um sorvete? —Mia pergunta.

—Chocolate com Limão? —Pergunto rindo.

—Claro! —Ela sorri.

—Eu vou buscar. —Carrick diz se levantando.

—Chocolate com Limão? —Christian pergunta confuso.

—É o nosso favorito. —Mia diz.

—É sim. —Concordo.

—Como assim? —Elliot pergunta. —Vocês duas tem alguma coisa em comum? Não creio!

—Bobo! —Mia diz dando um tapa no braço de Elliot.

Continuamos a conversar e tomamos no sorvete com Carrick, e assim a tarde se vai, uma das tarde mais perfeitas que já tive. Ou talvez a melhor.

Olho para Christian e ele sorri e pisca para mim, reviro os olhos e nós continuamos a brincar.


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Notas finais do capítulo