Whisky! escrita por mlleariane


Capítulo 1
Whisky!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Que saudade de vocês!

Eu sei que vocês amam WLL tanto quanto eu, mas essa one não tem nada a ver com ela. É importante dizer que ela se situa em meados da sexta temporada, durante o noivado caskett.
É curtinha, foi uma ideia que surgiu nesse hiatus e eu resolvi escrever. Devo admitir que foi estranho escrever algo sem as crianças haha mas espero que gostem! :)

Beijo, Ari ;)

ps: A música citada no início é Spending my time, do Roxette.



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Spending my time (Gastando meu tempo)

Watching the days go by (Vendo os dias passarem)

Feeling so small, (Me sentindo tão pequeno)

I stare at the wall (Eu fico olhando para a parede)

Hoping that you are missing me too (Na esperança de que você esteja sentindo minha falta também)

Spending my ti... (Gastando meu tem...)

Castle: Ei, quem desligou o som?? – Castle virou-se e deu de cara com Alexis.

Alexis: Roxette, sério?

Castle: Eles eram ótimos!

Alexis: Pai, isso é deprimente até para você.

Castle: Eu estou sofrendo e vivendo minha dor.

Alexis: Essa música não vai te curar. Muito menos isso daqui – Alexis tomou a copo de whisky das mãos do pai.

Castle: Ei, não toque nisso!

Alexis: Quantos você já bebeu?

Castle: Alguns...

Alexis: Além de se deprimir e encher a cara, você já ligou para a Beckett?

Castle: Ela está brava...

Alexis: E o que você vai fazer?

Castle: Eu...

Alexis: Ouvir Roxette e tomar whisky não são opções!

Castle: E o que a minha filha super hiper mega experiente no amor sugere?

Alexis: Apesar da ironia, eu vou te dar sim um conselho. Vá falar com ela. Vocês precisam conversar, e não é por telefone – Alexis aproximou-se de Castle – Pai, vocês vão se casar em poucos meses. Isso por si só é motivo suficiente para resolverem os problemas juntos.

Castle: Eu não consigo entender qual o problema ela viu nisso tudo...

Alexis: Quem sabe agora ela digeriu melhor a história.

Castle: Você não conhece Katherine Beckett...

Alexis: Mas eu conheço você. Você a ama, pai. E ela te ama também. Qual dos dois vai dar o primeiro passo?

Castle: Obrigado, minha ruivinha – Castle beijou a filha.

Alexis: Ah, e mais um conselho: vá de taxi – Alexis saiu.

Castle: Desculpe querida, mas esse conselho eu não vou seguir.

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Kate: Castle?? – Kate segurava na maçaneta da porta entreaberta, numa expressão surpresa e séria.

Castle: Kate, eu sei que fui um pouco precipitado, me desculpa, eu tenho esse jeito exagerado e... – Castle parou de falar ao perceber os olhos miúdos de Kate, que o encaravam – Vo... você está bem?

Kate: Seus olhos sempre foram assim tão brilhantes?

Castle: Kate, você... você está bêbada? – Castle a estudou melhor.

Kate: Eu? Não... – ela balançou a mão num gesto de descaso.

Castle: Está sim... – ele se aproximou e cheirou a boca dela - E é whisky!

Kate: Talvez eu tenha bebido um ou dois copos... – Kate deu as costas, e Castle a seguiu, fechando a porta atrás de si.

Castle: Você não bebe whisky...

Kate: Isso nunca foi algo definido... – Kate passou a mão na garrafa, que repousava em cima da mesa, e encheu mais um copo.

Castle: Espera, esse é o “meu” whisky!

Kate: Eu não sabia que você tinha comprado a fábrica...

Castle: Uau, você está afiada...

Kate: E por que o espanto? Só por que é um whisky caro?

Castle: Eu não quis dizer isso, Kate...

Kate: As mulheres compram coisas caras também, Castle. Elas trabalham e pagam suas contas e compram o que querem e...

Castle: Eu já entendi, você está chateada pelo presente, mas...

Kate: Elas vão dominar o mundo!

Castle: Não se estiverem em coma alcoólico – Castle se aproximou e pegou a garrafa.

Kate: Ei, esse whisky é meu!

Castle: Você deveria parar de beber, Kate.

Kate: Você que vai me impedir?

Castle: Sim.

Kate: Pois saiba que enquanto tiver uma gota de whisky nessa garrafa eu não paro.

Castle: Ah é assim?

Kate: É!

Castle: Ok então! – Castle virou a garrafa na boca.

Kate: O que você está fazendo??

Castle: Me certificando de que não sobre nenhuma gota para você.

Kate: Ei, me devolve isso aqui! É meu whisky! – Kate puxou a garrafa, mas Castle não a soltou, o que fez com que as duas mãos quentes se tocassem no vidro frio.

Castle: Dividimos, então.

Kate suspirou e cedeu. Castle caminhou até a pequena cozinha e pegou um copo no armário, sem soltar a garrafa em nenhum momento. Quando se virou, encontrou Kate sentada no chão, encostada na parede da sala. Foi até ela e fez o mesmo, dividindo o whisky em duas doses iguais, deixando ainda um pouco na garrafa. Os dois brindaram, e Kate virou de uma vez, fechando os olhos e sentindo a garganta queimar.

Castle: Sempre corajosa, detetive... – Castle deu um gole lento, observando a noiva, que agora tinha a cabeça recostada na parede e um olhar distante e silencioso – Se vai se tornar uma apreciadora da bebida, permita-me informá-la de que um pouco de água ajuda a dissolver o álcool e ressalta o aroma e sabor.

Diante do silêncio de Kate, Castle depositou o copo ao seu lado. A garrafa permanecia diante dos dois.

Castle: É realmente uma excelente safra.

Kate: Castle?

Castle: Sim?

Kate: Eu odeio whisky.

Castle: Eu sei...

Os dois se viraram devagar, os olhares se encontrando.

Castle: Por que tentar me esquecer com minha bebida preferida?

Kate: Quem disse que eu queria te esquecer?

Castle: Você não fala comigo há três dias.

Kate: Eu estou brava com você...

Castle: Eu quase nem percebi...

Kate: Espera, como você entrou aqui?

Castle: Pela porta?

Kate pareceu tentar se lembrar, mas a memória falhava. Estava visivelmente confusa.

Castle: Você não está bem...

Kate: Eu deixei você entrar?

Castle: A pergunta é: você quer que eu vá?

Castle encarou os olhos escurecidos de Kate.

Kate: É por causa do seu gosto...

Castle: Oi?

Kate: O whisky – Kate apontou para a garrafa – Você me perguntou porque o seu whisky. Era porque eu queria sentir seu gosto – Kate voltou os olhos novamente para Castle – Você às vezes me beija com esse sabor, e eu gosto...

Castle tentou disfarçar a surpresa com a revelação.

Castle: Não era mais fácil ter me pedido um beijo?

Kate: Um beijo não embebeda... – ela disse reflexiva.

Castle: Não de whisky... – ele se aproximou da boca dela. Os olhares se aprofundaram – Embebeda de desejo...

Kate: E de amor...

Os dois prenderam a respiração e jogaram suas bocas uma contra a outra. A urgência do beijo fez com que ambos caíssem pelo chão frio, rolando os corpos quentes pelo assoalho da sala. Não se sabia se era o desejo ou o whisky, provavelmente ambos, mas o apartamento, de repente, parecia estar em chamas.

Rolando por cima do escritor, a detetive arrancou sua camisa com uma ferocidade nunca antes vista. Castle admirou a cena, era bem verdade que se alguém ainda tinha um mínimo de consciência ali era ele, embora não fosse muita. Suas mãos ágeis desceram pela cintura de Kate, que, na dúvida se tirava primeiro a calça ou o sutiã, deixou livre acesso para que seu homem decidisse.

Conforme as roupas iam saindo dos corpos, o calor aumentava. A noite fria de inverno não era sequer percebida pelos dois amantes, que em segundos foram parar no tapete, esbarrando na estante e derrubando algumas coisas.

Sem demora, Castle elevou o corpo de Kate para a mesa de centro, e, num suspiro suplicante da noiva, adentrou seu corpo com suavidade. Viu então os olhos de Kate fecharem-se lentamente, a cabeça pendendo para trás, com os cabelos caindo pela ponta da mesa.

Sentindo as longas e macias pernas cruzarem sua cintura, Castle adentrou mais, arrancando um gemido um pouco acima do tom habitual – e permitido.

Castle: Kate... está tudo bem?

Kate: Não.

Castle: Não?? – Castle diminuiu o movimento e a encarou.

Kate: Não... eu quero mais! – Kate forçou-se contra ele, empurrando com seu corpo o grande e forte corpo de Castle, que, parando sentado no sofá, sentiu a detetive encaixando-se novamente em seu membro. Dessa vez, foi dele o gemido alto e surpreso. Kate sorriu satisfeita. Era difícil dizer quem sentia mais.

XXXXXXXXXXXXXXXXXX

Kate: Rick... Rick... Cas...

Kate sentia a onda de espasmos que tomava conta de seu corpo. Uma, duas, infinitas vezes. Era impossível contar quantas vezes Castle lhe fazia ver estrelas. Quando sentia que ia se entregar, Castle ele parava, e recomeçava depois de mais um olhar suplicante.

Foi numa dessas pausas que ele a carregou aos beijos rumo ao quarto, derrubando um quadro que ficava pelo caminho. Escorando-a na cômoda, penetrou-a novamente, o que faz o corpo de Kate tremular, e suas mãos em empurraram coisas que estavam por ali, numa tentativa de segurar-se dos fortes movimentos.

Alguma coisa se quebrou, e os dois, rindo, foram parar na cama. Agora Castle a penetrava por trás, de lado, e de frente, olhos nos olhos, até que seu corpo cedeu aos espasmos, derramando-se quente em Kate, que, em vez de soltá-lo, agarrou-se mais ao homem. Seu homem.

“Eu te amo, Rick...” – foi só o que conseguiu dizer, antes de apagar em seus braços.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Kate abriu os olhos e se viu sozinha na cama. Olhou para o quarto, visivelmente bagunçado – por que não dizer destruído? Havia cacos de vidro no chão, e um cheiro exagerado de seu perfume. Quando quebrara aquele frasco?

Devagar, levantou-se, e devagar também vieram suas memórias. Whisky, Castle, beijos, calor, whisky, Rick, calor, calor, calor...

Com as mãos na cabeça, Kate caminhou até a cozinha, onde deu de cara com a razão de seus suplícios e prazeres.

Castle: Bom dia!

Kate: Castle, por que você está gritando?

Castle: Alguém acordou com uma ressaca das bravas, não é mesmo?

Kate: Minha cabeça...

Ganhando um beijo do noivo, Kate sentou-se num banco, no balcão da cozinha.

Castle: Aqui – ele rapidamente depositou uma xícara de café diante dela.

Kate: Por que eu estou tão mal e você tão bem?

Castle: Porque eu sou acostumado a beber e você não.

Kate: Não é a primeira vez que eu tomo um porre.

Castle: De whisky?

Kate: É, de whisky sim... Não consigo nem ouvir essa palavra!

Castle: Para mim ela traz muitas felicidades. Pensei até em chamar meu próximo livro de “Whisky Heat”, o que você acha?

Kate: Horrível... – ela ainda estava tonta – Por que você colocaria esse nome?

Castle: Eu pensei em situar a história numa fábrica de Whisky. Sem contar que teria uma certa cena quente...

Kate: Você não vai reproduzir o que aconteceu ontem aqui, Rick!

Castle: Por que não??

Kate: Isso faz parte da nossa intimidade.

Castle: Mas...

Kate: Não.

Castle: Nem a parte da mesa?

Kate: Não!

Castle bebeu o café desanimado.

Kate: Não faça essa cara.

Castle: Eu não tenho culpa se você me inspira!

Os dois se olharam, e acabaram sorrindo um para o outro.

“Me desculpa” – falaram juntos.

Castle: Eu devia ter falado com você primeiro.

Kate: Eu não devia ter agido daquela forma.

Castle: Kate – Castle segurou a mão dela, que ostentava o anel de noivado – Eu sei que você conquistou tudo em sua vida, que você é independente, que as mulheres trabalham, compram suas coisas e que elas realmente vão dominar o mundo...

Kate: Da onde você tirou isso?

Castle: Você me disse ontem à noite...

Kate levou às mãos aos olhos, envergonhada.

Kate: Eu quero morrer!

Castle: Se você morrer, quem vai se casar comigo?

Kate destampou os olhos e o encarou.

Kate: Eu não sou acostumada a isso, Cas...

Castle: Eu sei, mas eu quero poder comprar presentes para minha esposa.

Kate: Mas é um carro, Rick! É um carro absurdamente caro!

Castle: Não para mim. E certas coisas também não serão para você.

Kate: Rick – Kate segurou novamente as mãos dele – Não se ofenda, mas... eu não quero seu dinheiro...

Castle: Kate, não existe o menor perigo de eu pensar que você está comigo por interesse. Você me ama, exatamente como eu te amo. Por que eu não posso dividir coisas materiais com você, se eu vou dividir MINHA VIDA com você?

Kate sorriu e se inclinou, beijando os lábios de Castle.

Castle: Isso foi um sim?

Kate: Você não devolveu?

Castle: Apesar de você me pedir isso – ou gritar... – Kate fez uma careta, lembrando-se da briga três dias antes – Não, eu não devolvi. Ele está estacionado ali embaixo.

Kate: Sério?

Castle fez que sim, e a levou até a janela, onde os dois puderam ver o carro.

Kate: É realmente lindo...

Castle: Agora é um sim?

Kate virou-se para ele.

Kate: Sim, é um sim. Mas só se você me prometer que terá limites.

Castle: Eu prometo – ele cruzou os dedos, o que a fez sorrir, deitando-se no ombro dele.

Kate: Eu senti sua falta...

Castle: Eu tive medo de você desistir do casamento...

Kate: Não, jamais! Eu te amo, Rick.

Castle: Mesmo eu sendo rico, bonitão e gostoso?

Kate: Fazer o que, ninguém é perfeito!

Os dois riram e se beijaram novamente. Fecharam então e janela e voltaram para o apartamento. A neve começa a cair suavemente mais uma vez sob NY.

Kate: Deus, eu preciso de uma aspirina – Kate levou as mãos à cabeça de novo.

Castle: É pra já – Castle abriu a caixinha de remédios, que ficava no armário. Enquanto isso, os olhos de Kate observaram a sala.

Kate: Nós fizemos um estrago!

Castle: Não, meu amor, nós fizemos maravilhas! Aliás, eu no seu lugar evitaria encontrar com os vizinhos hoje.

Kate: Por que?

Castle sorriu sem vergonha, e Kate corou.

Kate: Tão alto assim?

Castle: Eu adorei!

Kate: Rick, o que você fez comigo?? – Kate engoliu o remédio.

Castle: Só o que você pediu. Aliás, eu adorei aquilo da garrafa. Diz que nós podemos fazer de novo, diz?

Kate: Se for com vinho...

Castle abriu o maior sorriso do mundo.

Kate: Eu não quero sentir gosto de whisky nunca mais!

Castle: Nem nos meus beijos?

Kate: Só nos seus beijos – ela sorriu e o beijou.

Castle: Eu poderia escrever essa cena da garrafa...

Kate: Castle, não!

Castle: Seria com vodka...

Kate: Ah é, porque assim ninguém associaria com a gente... – ela revirou os olhos.

Castle: Por favor...

Kate: Castle, você não quer que as pessoas saibam que eu joguei whisky no meu corpo todo – e quando eu digo todo, é TODO – para que você me “secasse”.

Castle: Aquilo foi delicioso!

Os dois riram com a lembrança.

Kate: Eu preciso de um banho. E de me deitar – Kate puxou Castle pela mão – Essa bagunça fica para depois.

Castle: De acordo.

Enquanto se despiam no banheiro...

Kate: Rick...

Castle: Oi?

Kate: Você pode usar calda de chocolate...

Castle: Em você ou em Nikki?

Kate: Você não vai mesmo desistir, não é?

Ela o encarou, e ele sorriu. Aquele sorriso que ela tanto amava.

Kate: Em nós duas.

Castle: Yes!

Kate: Mas primeiro em mim, porque eu sou ciumenta...

Kate fez charme e entrou no chuveiro. Castle a admirou sorrindo feito bobo. Aquele corpo lindo e sexy, que respondia a cada toque seu, a cada beijo e a cada movimento. Kate o amava, Kate o desejava tanto quanto ele a desejava. Era para ele os suspiros apaixonados, os gemidos extasiados e o prazer que exalava daquela pele. Só dele.

Kate: Ei, você não vem?

Castle: Claro, meu amor.

Ele sempre iria. Até o fim.


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