Faz alguns dias desde a última vez que vi Castiel, eu vejo Lysandre no centro, sempre que pergunto pra ele de Castiel, ele sempre diz que não sabe o que está acontecendo com ele… parece que ele não contou nada a ninguém!

Bem, hoje eu me arrumei para o trabalho, segui em direção ao centro, eu vi minha vítima, fui até ela e fiz meu trabalho, o estranho foi que NENHUM guarda veio atrás de mim, mas, mesmo assim, eu corri, não poderia arriscar, estou correndo, olho para trás e acabo batendo em alguém…

—…- Olho para quem era, era Castiel, ele me olha surpreso, eu olho-o surpreso também.

—Isso é ruim…- Ele diz baixo.

—…- Eu fico parada olhando para baixo.- Podemos conversar?

—Não, sai daqui.- Ele diz baixo, eu olho pra ele.

—Como?

—Sai daqui, agora.

—…- Sinto-me uma idiota por pensar que ele ia me ouvir.- C-Castiel… me ouve…

—…- Ele ia dizendo alguma coisa quando sinto minhas mãos sendo colocadas atrás do meu corpo, eu levo um susto com isso, quando vejo, era um guarda.

—…?!

—Finalmente te pegamos.- O guarda diz, vitorioso.

—…- Eu olho os lados, haviam VÁRIOS guardas.

—Então vejamos quem é essa ladra.- O guarda retira minha máscara.- Heh… é muito bonita… uma pena que seja ladra.- Ele ri.

—Bom trabalho, príncipe.- Disse outro guarda.

—…- Eu olho para Castiel, ele me olha triste, eu balanço a cabeça negativamente e com lágrimas no rosto.

—Eu não queria…- Castiel diz.

—Eu confiei em você… JURO que confiei…- Digo chorando.

—Norah…

—… não fala comigo…

—Não, Norah…- Ele me olha triste.

—… obrigada.- Digo-lhe.

—Então seu nome é Norah?- Pergunta o guarda, eu não respondo.- Uma pena, porque de honra não tem nada em você.- Ele ri, olha para minha mão uns segundos e retira o anel de lá.- Heh… que beleza de anel, roubou de quem, huh?- O guarda pergunta.- A moça tinha uma sorte grande em ter um homem que lhe deu isso, não é?

—É… que sorte, não? Tanta sorte que o homem até a traiu.- Digo olhando para Castiel, ele aperta os punhos.

—Como saberia disso?- O guarda perguntou, eu continuava olhando para Castiel.

—Me pergunto como.- Respondo.

—Chega de conversa.- O guarda diz.- Você tem uma prisão te aguardando.- Ele ri vitorioso.

E sou levada pelos guardas, mas não apenas por eles, também sou levada pela tristeza e pelas minhas lágrimas que, naquele momento, não saíam, mas queriam. Se sentir traída… esfaqueada pelas costas… pelo seu amado? Que tipo de pessoa faria isso?! Que tipo de pessoa diz em um dia que te ama e depois te trai desse jeito?! Se isso é amor… eu odeio amar.

~Pov's Lysandre~

Eu estava andando pelo centro com Castiel, bem… isso até ele sumir de vista.

Eu comecei a procurá-lo, até que vejo um monte de guardas ao redor de Castiel e… Norah?!

Me escondi e observei a cena, não entendia o que estavam conversando, estava meio longe de mim, só sei que os guardas levaram Norah, a mesma parecia muito triste, fui até Castiel, ele estava completamente abalado…

—O que houve?- Perguntei incrédulo.

—… Lysandre… eu sou o pior…

—O que? Porque?

—…- Ele começou a me contar tudo, eu não sabia de nada daquilo, se, pelo menos, ele tivesse me contado… eu poderia tentar ajudá-lo! Mas… no fim eu acho que…

—É tudo minha culpa…- Eu digo cabisbaixo.

—O q…?! Não mesmo!

—Castiel, você trocou sua amada pelo seu melhor amigo… me faz sentir tão mal…

—Olha, Lysandre, a culpa não é sua! Não é de ninguém além do meu pai! Se ele não tivesse essa droga de ideia… ugh!

—… e agora?

—E agora que ela nunca mais vai falar comigo e não tem como eu salvá-la, na pior das hipóteses… meu pai vai mandar…- Ele arregalou os olhos, logo eu compreendi o que era…

—Ele vai mandar ela para ser execul…tada…

~Fim pov's Lysandre~

~Pov's Castiel~

Não… não… não, não, não, não, NÃO!

Ele NÃO pode fazer isso!!

Saí correndo para o castelo, quando cheguei fui direto ver meu pai, ele estava feliz da vida…

—Ótimo trabalho Castiel! Fez direitinho!- Ele diz feliz.- Você aí!- Ele aponta para um guarda que estava ali.

—Sim?

—Vá ao centro e avise o povo que a ladra foi presa e ela vai ser executada depois de amanhã!

—Sim senhor!- Ele sai.

—Pai… você não iria…- Eu ia dizendo, ele captou exatamente o que eu queria dizer.

—Sim, os crimes dela só podem ser pagos assim.- Ele diz.

—O q…? Não teria outro jeito?

—Não.- Ele diz curto e grosso.- É assim que tem que ser!

—…

—Está com pena dela?

—E se eu estiver? Qual o problema?- Pergunto bravo.

—Ora… nenhum, apenas… nada vai mudar.- Ele riu.- Bem, saia.

—…

—Não me ouviu? Saia!- Ele diz, eu vou embora.

Preciso de um jeito para ajudar ela… só um jeito… mas qual?! Precisa ter um jeito! Precisa!!

~Fim pov's Castiel~

X-x-x-X

~Pov's Aloys~

—Mana não voltou até agora… será que ela está bem?- Pergunto para minha mãe.

—Hahaha, claro que sim.- Ela sorriu.

—…

—Ela deve voltar a qualquer hora, não acha?

—… sim.

É… não deve ser nada… certo?

~Fim pov's Aloys~

~Pov's Catharine~

Eu não vou mentir, estou realmente preocupada com Norah… eu não sei no que ela se meteu… mas pretendo descobrir antes do fim da tarde.

Saio para o centro da cidade, sem que Aloys saiba, procuro Norah por aí, mas não a acho em lugar algum, vejo uma multidão amontoada ao redor de um guarda, vou até lá…

—Povo do reino (A// auhsuahsuahs ri muito desse começo!), é com enorme satisfação e alegria que declaro que a ladra que sempre estava por aqui foi presa!!!- Ele diz, eu estava em choque.- E, com mais alegria ainda, digo-lhes que a pena dela é a morte, bem, sua execução será depois de amanhã! Dispensar!

…

—Ah, mãe, você chegou!

—…

—Achou Norah? Cadê ela?- Ele começou a procurar.

—…- Sinto meus olhos marejar.

—… mãe… cadê a mana…?

—…- Sinto-me desabar, caio de joelhos no chão, começo a chorar que nem uma criança.- S-Sinto muito…

—M-Mãe…- Ele veio até mim e segurou minhas mãos, eu olhei em seus olhinhos.- O que tá acontecendo…?

—S-Sinto muito, Aloys…- Choro.- E-Ela vai… ela vai…- Não consigo terminar a frase, mas Aloys parece ter entendido.

—N-Não… não… não…- Ele começa a chorar, eu o abraço.- P-Porque…?

—S-Sinto muito… sinto muito… sinto muito…- Me desculpo freneticamente enquanto o abraçava, chorávamos como crianças perdidas.

Sentia-me perdida nesse momento…

—Sinto muito…

Eu prometi… eu havia prometido…

—Sinto muito…

Eu realmente prometi para ele…

—Sinto muito…

Não só para ele, mas para ela também…

—Sinto muito… eu… falhei…

~Flashback on~

—Já estamos no último mêês!!- Canto com felicidade, Rose ri.

—Ah, calminha Cat…

—Mas eu já quero segurá-la!!- Digo ansiosa.

—Seja paciente… só mais um tempinho, Cat. Viu? Norah tá esperando direitinho.- Ela olha para a barriga onde, em seu ventre, está Norah, minha linda sobrinha, tá certo que nunca vi a cara dela (ninguém viu) mas já sei que ela é linda!

—Ela vai ser sua cara.- Rio.

—Aposto que vai ter um pouco do pai também.- Rose ri.

—Querida, cheguei!

—Por falar no pai…- Rio.

—O que tem o papai aqui, hein?- Ele beija a esposa.

—Estávamos falando de quem ela puxará as características.

—A beleza vai ser da mãe, tenho certeza.

—O senso de justiça fica por sua conta.- Rose diz ao marido.

Sempre foram um casal tão lindo…

—Mas e você?- Perguntou Rose me olhando.

—Eu? O que tem eu?

—Quando vai ter um filho? Minha querida Norah vai precisar de uma companhia, não acha?

—Hahaha, eu ainda não pensei nisso.- Rio sem jeito.

Ficamos conversando por um bom tempo quando…

—Ai!!- Rose começa a sentir dor.

—Rose!!- Eu e Pierre (marido de Rose) dissemos juntos, fomos até ela.

—A bolsa…- Eu digo surpresa e feliz.

—T-Tá vindo!- Rose diz.