A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 49
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar, a Torre de Astronomia recebeu a sua primeira RECOMENDAÇÃO =D sim, isso mesmo que vocês leram, a primeira recomendação. Tenho de agradecer à Clenery Aingremont pela maravilhosa recomendação que fez =D Adorei ♥ Confesso que a li várias vezes, fiquei mesmo feliz :) OBRIGADA :) Este capítulo é dedicado a ti, Clenery Aingremont :)
Em segundo lugar, queria agradecer à Lê Malfoy pela ideia do Veritaserum :) Apesar de ter outras ideias para a descoberta da verdade por parte do Scorpius, essa pareceu-me a mais genial :) Obrigada :)
Boa leitura :)



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Scorpius olhou imediatamente para Albus entendendo o que este queria dizer.

—Al, tu és um génio. – disse Scorpius falando alto demais e fazendo com que todos olhassem para eles.

—Malfoy, rua. Hoje estás completamente insuportável. – proferiu O’Brien. Scorpius arrumou as suas coisas e levantou-se indo em direção à porta. Mas antes de sair ainda ouviu O’Brien a dizer – E menos cinquenta pontos para os Gryffindor, para ver se aprendes.

Apesar de ter acabado de ser expulso de uma aula, por ironia a sua favorita, e ter acabado de perder um monte de pontos para os Gryffindor, Scorpius saiu a sorrir.

Realmente, Albus era um génio. Como é que era possível ele nunca ter pensado nisso? A única coisa que ele precisava era de um pouco de Veritaserum. Como Rose disse há momentos é o soro da verdade mais poderoso. Três gotas em Diana e esta diria toda a verdade. O que realmente acontecera naquela noite. Depois disso, tudo se resolveria, esperava ele. Scorpius estava convicto que Diana tinha alguma coisa a ver com o que se passou para Rose não falar com ele. Ele só esperava não estar errado.

Como ainda era o primeiro dia de aulas e não tinha nada para estudar, Scorpius foi até ao exterior do castelo.

O dia estava completamente ensolarado. O céu estava sem uma única nuvem. A pequena brisa era algo que aliviava o ambiente. Não era nem muito quente, nem muito gelada. Era a brisa ideal para aquele dia.

Scorpius chegou perto do lago, completamente calmo, e encostou-se a uma das muitas árvores que ali haviam. Retirou do seu bolso o pequeno colar com uma rosa vermelha e observou-o com esperança.

—Eu vou descobrir toda a verdade. Tu vais descobrir toda a verdade, princesa. – disse Scorpius para si próprio. Ele tinha de acreditar naquilo. Ele tinha de acreditar que tudo se resolveria e não podia voltar a ir abaixo como na noite anterior.

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—Os Slytherin já estão à frente, graças a ti Malfoy. – disse Albus ao chegar perto de Scorpius – A Octavia não se vai calar com isto. – Albus olhou para o amigo e reparou que este continuava completamente vidrado no colar que segurava – Terra chama Scorpius. – proferiu Albus, mas mais uma vez o amigo não lhe prestou atenção. Decidido a tirar Scorpius daquele estado sonâmbulo, Albus disse – A Rose vem aí.

Rapidamente, Scorpius olhou para todos os lados em busca de Rose. Claro que não a viu. A única pessoa que ele viu foi Albus, sentado ao seu lado, a ter um ataque de riso.

—Tu és tão previsível. – comentou Albus entre gargalhadas.

Scorpius acabou por rir também. Albus tinha razão. Scorpius não sabia há quanto tempo o amigo estava ali, a única coisa que sabia é que não tinha dado por ele chegar.

—Brinca brinca. Olha a Octavia vem aí – comentou Scorpius vendo a slytherin aproximar-se. Claro que Albus não acreditou, afinal ele tinha acabado de fazer a mesma piada com Scorpius.

—Pensas que me engana…

—Olá meninos. – cumprimentou Octavia. De seguida, beijou Albus de leve.

A cara de Albus estava hilariante. Scorpius voltou a rir, descontroladamente. Claro que Albus tinha sido apanhado de surpresa. Nunca imaginou que Scorpius estivesse a falar a verdade.

—Vejam que estão animados. – comentou Octavia sentando-se no meio das pernas de Albus e encostando a cabeça ao peito do mesmo – Será que é porque os Slytherin já estão em primeiro? – provocou Octavia.

—Os Slytherin já estão em primeiro? – perguntou Scorpius, chocado, parando de rir.

—Claro que estão! E adivinha de quem é a culpa? – perguntou Albus fingindo pensar um pouco na resposta – Scorpius Malfoy! A pessoa que decide fazer escândalo a meio das aulas.

—Então Scorpius, só te tenho a agradecer e espero que continues a fazer isso. – disse Octavia com o seu ar mais angelical possível.

—Escândalo…Al temos de falar sobre o Veritesarum. – disse Scorpius levantando-se de repente.

—Sabes que podemos falar sentados, não sabes? – perguntou Albus em tom de brincadeira.

—Para que é que vocês têm de falar sobre o soro da verdade? – perguntou Octavia analisando a expressão dos dois – O que é que vocês os dois estão a pensar?

—Octavia o quão bem sabes entrar em sítios em Hogwarts sem seres apanhada? – perguntou Scorpius com um sorriso de lado. Aquilo só queria dizer uma coisa. Scorpius Malfoy tinha um plano.

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Rose caminhava pelos corredores de Hogwarts em busca de Roxanne. Como tinha viajado sozinha, ainda não tinha falado com a prima sobre as explicações daquele ano. A única coisa que Rose sabia era que Roxanne continuava a ter Runas Antigas.

Rose percorria o terceiro andar quando ouviu um barulho. Imediatamente, Rose colocou a mão no bolso e agarrou a varinha. O barulho voltou, mas desta vez Rose conseguiu decifrar o que era. Alguém estava a chorar. Alguém tinha escolhido a sala dos troféus para estar sozinha.

Rose percebendo mesmo sem conhecer que o que essa pessoa queria era ficar sozinha, deu meia volta. Mas, algo a fez parar. A porta da sala dos troféus era transparente para que os alunos, docentes e funcionários, mesmo que não fossem ao seu interior, soubessem o que ali existia, para saberem as glórias que vários alunos tinham conquistado. Através da porta, Rose conseguiu ver uma rapariga negra, com os cabelos castanhos totalmente encaracolados. E Rose sabia perfeitamente quem estava ali a chorar. Era Roxanne.

Se perguntassem a Rose qual a pessoa mais alegre da sua família, Rose certamente responderia que era Roxanne. Roxanne sempre fora sorridente. Roxanne sempre fora positiva. Bastava um sorriso dela para que qualquer pessoa se animasse. Era esse o efeito que Roxanne tinha nas pessoas. Roxanne era alegria. E vê-la ali, lavada em lágrimas, chocou Rose. Rose nunca pensou que poderia encontrar a prima naquele estado.

Rose hesitou. Ela não sabia o que fazer. Por um lado, queria aproximar-se da prima e perguntar o que tanto a afligia. Mas, por outro lado, lembrava-se do que tinha pensado há instantes. Provavelmente, Roxanne queria ficar sozinha.

Apesar de lhe doer pensar em Scorpius, Rose lembrou-se com momento em que ela estava mal, por causa de James, e Scorpius apoiou-a. E lembrou-se também do bem que lhe fez ter ali Scorpius, ao seu lado.

Apesar de ser uma memória triste, Rose viu o lado positivo naquilo tudo. Rose deu o primeiro passo em direção à sala dos troféus. Colocou a mão na maçaneta e abriu-a, entrando e aproximando-se da prima.

—Ei Roxanne. – chamou Rose baixinho, sentando-se ao lado da prima.

Roxanne tentou, desajeitadamente, limpar as lágrimas, mas Rose segurou-lhe na mão.

—Não precisas de as limpar. Faz bem chorar.

Roxanne, sem que Rose previsse, atirou-se para cima si. Abraçou-a tão forte e deixou as lágrimas cair livremente. Rose abraçou-a de volta e deixou que ela se acalmasse para que finalmente começasse a falar.

—Eu sou…tão…estúpida. – disse Roxanne entre soluços.

Rose afastou-a de si e agarrou-lhe os ombros.

—Tu não és estúpida, Roxanne. Eu não sei o que se passou, mas uma certeza eu tenho. Tu não és estúpida nenhuma. – disse Rose encarando a prima – Roxanne, conta-me o que se passou, por favor.

—Foi o Lorcan. – respondeu Roxanne e os seus olhos voltaram a encher-se de lágrimas.

Rose demorou dez segundos a raciocinar o que a prima tinha acabado de dizer. Roxanne estava assim por causa de um rapaz. A alegre Roxanne tinha ido completamente abaixo por causa de um rapaz. Por causa de Lorcan Scamander.

—O que é que ele fez? – perguntou Rose. Agora que sabia o porquê de Roxanne estar assim, Rose só se conseguia lembrar de si própria depois de ter visto Scorpius e a Anderson aos beijos.

—Não fez nada. Esse é o problema. – respondeu Roxanne deixando Rose ainda mais confusa – Tu sabes que os Scamander são vizinhos dos avós. Eu passei maior parte do meu verão na Toca. E, irremediavelmente, passei muito tempo com o Lorcan e o Lysander. Na realidade, mais com o Lorcan. E nós passamos momentos incríveis. Eu pensei que ele estivesse a sentir o mesmo que eu.

—E como sabes que não está? – perguntou Rose tentando perceber o que levou Roxanne a chegar aquela conclusão.

—Eu vi-o de mão dada com a Miller. Tu sabes quem é. Aquela rapariga dos Ravenclaw, do teu ano.

—Sim, eu sei quem é.

—Eu pensei que ele estava a gostar de mim, mas afinal eu era apenas uma amiga. Eu confundi as coisas. Eu sinto-me tão estúpida.

—Já disse para parares de dizer isso. – disse Rose interrompendo a prima – E, não querendo dar esperanças, poderá haver um motivo para eles estarem de mãos dadas. Eu não ouvi nada sobre isso no salão comunal. E olha que eles são os dois dos Ravenclaw e isso já se saberia por lá. Por isso não vais sofrer por antecedência, está bem? – concluiu Rose. Levou a sua mão à cara da prima e secou-lhe as últimas lágrimas – Agora vamos levantar daqui. Eu preciso da minha prima alegre aqui.

—Obrigada. – agradeceu Roxanne voltando a atirar-se para os braços de Rose.

—Estou à tua disposição. – respondeu Rose.

—----//-----

A noite tomou conta de Hogwarts. Passava da hora do recolher quando Albus, acompanhado do mapa do Maroto e do manto da invisibilidade, encontrou Octavia à entrada da sala comunal dos Slytherin.

—Estás pronto para assaltar o armário pessoal da O’Brien? – perguntou Octavia em tom encorajador.

—Fala mais baixo. – pediu Albus – Deves querer que toda a gente saiba.

—Não está aqui ninguém, Al. Apenas nós. E, se calhar, o Barão Sangrento. – respondeu Octavia descontraidamente. Já Albus estava prestes a ter um colapso. Ninguém os podia apanhar, afinal ele era prefeito – Vamos?

—Sim. – responde Albus colocando o manto sobre si e sobre Octavia – Juro solenemente não fazer nada de bom. – pronunciou apontando a varinha para o mapa que estava na sua outra mão. Um mapa que mostrava, detalhadamente, o castelo.

Octavia e Albus percorreram o corredor em busca da porta que dava acesso ao armário da professora de Poções. Mais cedo, no lago, Albus, Octavia e Scorpius tinham organizado um plano. Naquela noite, Octavia e Albus invadiriam o armário de O’Brien e roubariam os ingredientes que faltavam para conseguirem fazer o Veritaserum. Já Scorpius, como era o melhor em poções entre os três, ficaria responsável pela sua preparação.

—É aqui. – sussurrou Albus. – A pessoa que está mais próxima daqui é a Anderson, que está no primeiro andar. Só espero que ela não se lembre de vir às masmorras. Mas, mesmo assim, temos de ser rápidos.

—Está bem. – respondeu Octavia pegando na sua varinha – Alohomora. – pronunciou. Como era de esperar, a porta não se abriu – Parece que vamos ter de fazer da maneira muggle.

Albus olhou para ela sem entender. Já Octavia pegou no gancho que prendia o seu cabelo, abriu-o e colocou-o na fechadura tentando destravar a porta.

Depois de algumas tentativas, Octavia lá conseguiu abrir.

—Com…

—Os muggles têm as suas invenções geniais. Esta é só mais uma. – respondeu Octavia à pergunta inacabada do namorado – Vamos.

Octavia e Albus vasculharam todo o armário em busca dos ingredientes precisos. Alguns, mais básicos, eles já os tinham para uso escolar. Mas outros, aqueles que era mais raros, eles não os tinham.

Eles sabiam que a professora O’Brien descobriria pela manhã que alguém lhe mexera no armário, por isso eles tentavam não deixar qualquer pista.

—Encontrei as penas do dedo-duro. – disse Octavia mostrando a Albus o último ingrediente que lhes faltava – Vamos embora.

Albus colocou os dois frascos que tinha nãos mãos de volta na prateleira e seguiu Octavia para o exterior do armário.

A euforia era tanta que ambos se esqueceram de colocar o manto da invisibilidade. Só quando ouviram passos perto deles é que se aperceberam. Alguém estava a chegar ali. Sem tempo de colocar o manto, pois Albus conseguiu ver um pé, feminino, da pessoa que se aproximava, este agarrou na namorada, encostou-a à parede e beijou-a intensamente.

—Olha que lindos. – comentou, ironicamente, Diana.

—Não me digas que estás com ciúmes. – respondeu Octavia afastando-se momentaneamente de Albus.

—Nadinha querida. A única coisa que eu vejo é tu a ficares com os meus restos.

Octavia estava pronta para saltar para cima de Diana, mas Albus impediu-a. Também ele estava furioso com o que Diana acabara de dizer, mas eles tinham de se concentrar no plano. Levar os ingredientes a Scorpius.

—Larga-me Albus. Deixa-me acabar com o sorriso daquela cabra. – disse Octavia tentando soltar-se do namorado, sem sucesso.

—Lembra-te que ela vai pagar. Deixa-a ir com o pensamento de vitória. – sussurrou Albus ao ouvido de Octavia. Esta, relutantemente, parou.

—Olha que lindo Albus, já a conseguiste domesticar. – desdenhou Diana.

Conjunctivitis. – proferiu Albus antes de Octavia tentar alguma coisa.

Diana começou a coçar o olho direito freneticamente arrancando risadas do casal à sua frente.

Sem dizerem mais nada e deixando Diana para trás, Albus e Octavia seguiram o seu caminho com o pensamento de desmascarar Diana o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

E não é que o Scorpius foi expulso da sala, que acharam da atitude da professora? E o Scorpius contou com a ajudar do Albus e Octavia, gostaram de os ver trabalhar juntos? E a Rose com a Roxanne, o que acharam? E, por fim, o encontro entre a Octavia, o Albus e a Diana, que acharam :)
Contem-me tudo nos comentários :) Beijos :)



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