A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 43
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM :) Mais uma vez não consegui postar na sexta...eu tentei, mas foi completamente impossível. Os testes estão a dar comigo em maluca
Boa leitura :)



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Albus olhou para Scorpius escandalizado. Ele nunca imaginara que Scorpius sabia disso. Ele nunca imaginara que Rose lhe tivesse contado o porquê de se ter afastado de si.

Albus nem sabia o que responder. O misto de emoções que estava a sentir impedia-o de fazer qualquer coisa. Albus sentia-se revoltado com Scorpius por este saber de algo que ele há tantos anos queria saber e não lhe ter contado. Afinal eles eram melhores amigos. Sentia-se ainda mais revoltado por Scorpius estar a por em causa a confiança que Rose teve nele. Porque, apesar de tudo, Rose tinha confiado nele e para alcançar o que queria, Scorpius estava disposto a quebrar a confiança dela. Mas, por outro lado, Albus queria esquecer toda esta revolta e finalmente descobrir toda a verdade. A verdade que andava à procura há tantos anos.

Scorpius olhava para o amigo à espera que este dissesse alguma coisa. Pela primeira vez em tantos anos, Scorpius não sabia como Albus iria reagir. Pela primeira vez, Scorpius não conseguia decifrar Albus.

Albus levantou-se, de repente, e começou a andar de um lado para o outro.

—Al. – chamou Scorpius para ver se conseguia uma resposta. O amigo olhou para ele, furioso.

—Cala-te Scorpius. – ordenou Albus num tom mais elevado do que o que pretendia – Eu nem sei como reagir depois do que tu disseste.

—Devias ficar feliz por finalmente saberes aquilo que há tantos anos queres saber. – respondeu Scorpius sendo fuzilado mais uma vez por Albus.

—A sério Scorpius, tu não tens noção nenhuma. Eu nem sei com o que hei de ficar mais chateado. Tu sabias este tempo o porquê de a Rose ter deixado de falar comigo e nunca te dignaste a dizer-me alguma coisa. Eu pensei que eramos amigos.

—Mas a Rose contou-me isso em confidência. – respondeu Scorpius sem perceber a gravidade do que estava a dizer.

—Exatamente Scorpius! – gritou Albus, desesperado – Até agora não pensaste um só segundo em mim. Não pensaste num só segundo no que eu estava a sentir, apesar de ter falado contigo sobre isto várias vezes. Mas agora que estás na mesma situação que eu, agora que a Rose deixou de falar contigo sem tu perceberes porquê, agora sim já queres contar aqui ao Albus a história toda. Tu és um egoísta, Scorpius.

—Querias que te tivesse contado logo? Que traísse a confiança da Rose?

—E não é isso que estás a fazer agora? Estás a usar algo que ela te contou para convenceres o teu melhor amigo a aceitar ajudar-te. Tu sabias que esse argumento faria com que eu aceitasse facilmente. Afinal, uma coisa que eu queria saber há tanto tempo. Tu só pensas em ti próprio, Scorpius.

—Isso não é verdade, Albus. – respondeu Scorpius no mesmo tom que Albus – Tu sabes perfeitamente que isso não é verdade. Vá lá Al, tu conheces-me há anos…

—E é por te conhecer há tantos anos que não esperava uma atitude destas vinda da tua parte. – rematou Albus. Chegou perto do sofá e pegou no seu casaco – Eu vou-me embora.

E sem dizer mais nada, Albus saiu.

—----//-----

Dominique encontrava-se com Ginny na cozinha. Naquele dia, como em tantos outros, Dominique estava em casa dos Potter.

Os seus pais estavam fora o que a levava a não passar muito tempo em casa. Victoire já não vivia com eles e Louis tinha ido passar uns dias à Toca. Assim Dominique acabou por ficar sozinha em casa. Como era das coisas que mais detestava, esta passava os dias na casa do namorado.

Ela e Ginny estavam a acabar de fazer um bolo para levar a Victoire. Esta tinha dado à luz no dia anterior e encontrava-se no Hospital St. Mungus. Dominique estava ansiosa por visitar a irmã e a sua afilhada, Nymphadora, nome em homenagem à mãe de Teddy. 

—Já estou a imaginar a Vic a reclamar do bolo. Aposto que neste momento ela já está a pensar em dietas. – comentou descontraidamente Dominique arrancando risos da tia.

—Nós ajudamos a comê-lo. – respondeu Ginny enquanto colocava o bolo dentro de uma caixa.

Dominique olhou para o bolo que a tia tinha na mão e desejou profundamente comer um pedaço.

Era a primeira vez que aquilo lhe acontecia. Dominique já tinha conhecimento dos sintomas que a gravidez podia tomar, mas, até ao momento, não tinha tido qualquer desejo. Apenas enjoos e esses ninguém os via porque estava sozinha em casa.

Controlando-se para não atacar o bolo à sua frente, Dominique disse à tia que tinha de ir à casa de banho.

Saiu o mais rapidamente possível da cozinha e dirigiu-se à sala batendo em Albus.

—Desculpa. – disse Dominique distraidamente.

Albus murmurou algo que Dominique não entendeu e seguiu o seu caminho sem dizer mais nada.

—Estranho. – comentou consigo mesma.

—Quem é que chegou? - perguntou Ginny entrando na sala com a caixa do bolo na mão.

—Foi o Albus. Ele estava estranho.

—Pois não sei querida. Só sei que hoje ele ia para casa do Scorpius. Se calhar discutiu com o amigo por causa da Rose. – comentou Ginny lembrando-se do que acontecera no dia anterior entre James e Scorpius por causa de Rose – Vou ver se está tudo bem e aproveito para lhe perguntar se também quer vir visitar a Victoire. Seguras aqui um bocadinho? – perguntou Ginny entregando a caixa a Dominique que aceitou prontamente.

Os desejos de Dominique voltaram na maior força. Ali, à sua frente, encontrava-se aquilo que ela desejava. O bolo de chocolate com recheio de morango. Assim como Victoire, também era o seu favorito.

Dominique já estava pronta para abrir a caixa e pegar num bocado, até já tinha decidido a desculpa que iria dar à tia, quando Ginny apareceu.

—O Albus não vem. Perguntei-lhe mais do que uma vez se estava tudo bem e ele disse que sim. Deve pensar que eu não o conheço. Aquele menino esquece-se que cresceu dentro de mim. – comentou Ginny arrancando risadas da sobrinha - Vou mandar um Patronus à namorada dele. Pode ser que ele fale com ela. - disse Ginny à sobrinha. Pegou na sua varinha que se encontrava no bolso - Expecto Patronum.

Um grande cavalo saiu da ponta da varinha de Ginny Weasley. Esta disse a mensagem que queria mandar a Octavia e de seguida desmaterializou-se com Dominique aparecendo à frente do Hospital St. Mungus.

Como já era habitual, St. Mungus estava lotado. Feiticeiros e feiticeiras entravam pela velha entrada. Curandeiros e enfermeiros andavam apressados de um lado para o outro a fim de atender todos os pedidos. 

Ginny e Dominique dirigiram-se ao balcão para receberem indicação sobre qual andar Victoire estava. Como a fila estava grande, demoraram um pouco.

Passado cerca de quinze minutos, Ginny e Dominique estavam à entrada do quarto em que se encontrava Victoire.

A primeira coisa que Dominique reparou quando entraram era que Victoire não estava sozinha. Para além de Teddy e Nymphadora, também Scorpius e Astoria se encontravam ali.

Dominique cumprimentou toda a gente. Mesmo Scorpius, apesar de ter evitado estar ao lado dele por muito tempo.

A verdade era que Dominique não conseguia sequer olhar para a cara dele. Ela tinha receio do que podia fazer caso olhasse.

Dominique sempre tentou dividir as coisas, mas era muito complicado. Ela sempre se dera muito bem com Scorpius, mas, depois de saber o que ele fizera a Rose, a sua visão de Scorpius mudara completamente. Nunca na vida ela tinha imaginado que ele pudesse ser capaz de fazer uma coisa daquelas. Ela estava completamente convencida dos sentimentos de Scorpius por Rose.

—Não queres pegar na tua afilhada? – perguntou Victoire que tinha a filha no colo.

Dominique olhou para Nymphadora, receosa. A bebé era realmente pequena. E se ela a deixasse cair? Como é que se pegava numa coisa tão pequenina? No meio disto tudo, Dominique imaginou o seu filho nos braços. Pela primeira vez, Dominique pensou no peso de ser mãe. Nas responsabilidades. Em tudo.

Relutante e receosa, Dominique estendeu os braços para segurar na sua afilhada. A estranheza de uns novos braços pareceu acordar Nymphadora. A bebé abriu os pequenos olhos azuis e encarou a estranha à sua frente.

—Olá Dora, sou a Domi, a tua madrinha. – sussurrou Dominique para a pequena Nymphadora.

Como se entendesse tudo o que Dominique falou, Nymphadora começou a agitar os braços. Dominique sorriu. De repente, a sua imaginação voltou ao momento em que seguraria no seu filho pela primeira vez. A sensação de segurar algo que crescera dentro de si. Devia ser um sentimento inexplicável.

Dominique começou a sentir lágrimas nos seus olhos. Malditas hormonas, pensou Dominique. Esta não queria que ninguém suspeitava que se passava alguma coisa com ela. E toda a gente sabia que não era normal se ela começasse a chorar sem razão alguma.

Dominique entregou Nymphadora a Victoire e alegou que ia à casa de banho. Como era uma coisa normal de se fazer, ninguém desconfiou. Pelo menos foi o que Dominique pensou.

—Domi está tudo bem? – perguntou uma voz masculina do outro lado da porta que Dominique reconheceu ser de Scorpius.

—Só vim à casa de banho. – respondeu Dominique enquanto secava as lágrimas. Todos os pensamentos que tinha tido tinham-na levado às lágrimas.

Sem esperar, Scorpius entrou pela casa de banho feminina.

—Eu sabia que tu não estavas bem. – constatou Scorpius ao ver a amiga – Que se passa, Domi?

—Já te disse que não se passa nada, Scorpius! – respondeu Dominique, agressivamente – Porra, deixa-me em paz!

—Eu não te vou deixar aqui sozinha neste estado. Eu preocupo-me contigo.

—Eu não preciso da tua preocupação para nada, entendes? Deixa-me em paz. Aliás, deixa-nos a todos em paz. – berrou Dominique limpando as lágrimas que insistiam em cair.

—Como assim…ai não, tu também não Domi. – comentou Scorpius percebendo tudo. Também Dominique estava contra ele por causa do que ele supostamente tinha feito à Rose – Eu não fiz nada à tua prima. Eu não percebo o que se passou, mas eu garanto-te que não lhe fiz nada. Vá lá Domi, tu conheces-me. Tu sabes que eu não faria uma coisa dessas.

—Eu já não sei mais do que tu és capaz. A única coisa que eu sei é o estado em que a Rose está. Eu tive um mês, UM MÊS, sem saber nada dela, sem a ver, sem nada. Pensei que tivesse sido falta de tempo ou outra coisa. Nunca me passou pela cabeça que tu lhe tinhas despedaçado o coração. Ela gostava de ti, Scorpius. Ela gostava realmente de ti.

Scorpius não respondeu. Ele não sabia o que responder face às afirmações de Dominique. O facto de saber que Rose estava mal por causa dele, destruía-o. Só lhe apetecia correr até Rose e dizer-lhe que tudo ia ficar bem. Dizer-lhe que também gostava dela e que nunca faria nada para a magoar.

—Tu devias ter vergonha de andar a massacrá-la. Deixa-a em paz de uma vez por todas.

—Eu desisto! – gritou Scorpius assustando Dominique – Eu desisto de me tentar explicar para vocês. Só há uma pessoa que eu quero que saiba a verdade e essa pessoa é a Rose. E garanto-te que eu não vou desistir dela. Nem que seja a última coisa que faça na vida. – rematou Scorpius. Depois virou as costas a Dominique e foi-se embora deixando Dominique sozinha.

Dominique fechou a porta com a maior força que conseguia. Estava completamente devastada. Todas aquelas dúvidas acerca de ser mãe mais a discussão com Scorpius tinham-na deitado completamente abaixo.

Aos poucos as lágrimas deixaram de cair. A sua respiração começava a voltar ao normal. Dominique olhou-se ao espelho e confirmou o que já suspeitava. Os seus olhos estavam completamente inchados.

Com um simples feitiço, Dominique disfarçou o estado que estava. E bem a tempo. Mal acabou de lançar o feitiço e Ginny já entrava pela casa de banho dentro.

—Está tudo bem querida? – perguntou Ginny preocupada olhando para Dominique.

—Está. – respondeu Dominique sorrindo para disfarçar o quão mal estava.

—Nem sabes quem apareceu.

—Quem? – perguntou Dominique, curiosa.

—Os teus pais. – respondeu Ginny – Vamos?

Dominique seguiu a tia sem dizer mais nada. Os seus pais tinham voltado e isso significava uma coisa. Estava na altura de contar a toda a sua família a verdade.

—----//-----

Para Scorpius, os dias pareciam meses. Cada vez se sentia mais isolado. Desde que teve a discussão com Albus e posteriormente com Dominique que Scorpius não saía de casa. Ele estava a dar completamente em maluco. Ele já não sabia o que fazer. Várias vezes pensou em desistir de Rose, em desistir de tudo. Não valia a pena estar ali a remoer-se por algo que não se ia resolver. Mas depois lembrava-se das palavras de Dominique. Imaginava Rose completamente destroçada a chorar por causa dele. E isso começava a tornar-se insuportável. Scorpius só queria esquecer.

Um barulho despertou Scorpius dos seus pensamentos. Era uma coruja que batia na sua janela. Olhando mais atentamente, Scorpius reconheceu-a. Era a coruja de Albus. Levantou-se apressado e correu até à janela com o fim de tirar o pequeno pergaminho da pata da coruja.

Sábado há jantar com toda a família na Toca. Aparece às sete. Vamos arranjar uma forma de conseguires falar com a Rose.

Albus


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Notas finais do capítulo

Que acharam da atitude de Albus face à sugestão de Scorpius? Que acharam da discussão do Scorpius e da Dominique? E a Fleur e o Bill chegaram...a hora final chegou...que acham que vai acontecer? E, apesar da discussão, o Albus vai ajudar o Scorpius, acham que ele faz bem?
Contem-me tudo nos comentários :)



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