Como Treinar o seu Dragão Interior 2 escrita por Kethy


Capítulo 9
Inveja


Notas iniciais do capítulo

Oi, Dragões!!! Desculpa ter que escrever de pouquinho em pouquinho, mas é o que dá pra fazer. Prometo que vou escrever mais!

Esse capítulo é mais focado na Brenda. Eu ia deixar a aparência dela a critério de vocês, mas eu achei uma imagem da Camicazi no deviantart que era tão PERFEITA que eu quis fazer dela a Brenda e deixar como se fosse um easter egg. Também achei que encaixar a aparência dela na conversa seria melhor do que descrevê-la no meio da estória, desculpa quem não gostou, mas eu achei que ficou legal.

Beijos e boa leitura!!!



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Com a graça dos deuses, eu consegui convencer o Soluço a contar primeiro ao Stóico antes de fazer qualquer coisa. Mais uma vez as pessoas mais relevantes ao assunto foram convocadas, e a história da Stormy foi revista. A cada palavra parecia fazer o líder, Stóico, se sentir angustiado, como se já soubesse com o que estávamos lidando.

— Isso é tudo, senhorita Stormy? – Perguntou uma anciã.

— Sim. – Respondeu ela.

— Pois bem... – Concluiu um dos homens. – Então, senhor Spantosicus, qual seria a sua reação?

Soluço respirou fundo.

— Eu sugiro uma missão diplomática. Caso Drago aceite o que tenhamos a dizer, então poderemos viver em paz de novo, se não, tomaremos as medidas necessárias.

Os anciãos pareceram concordar.

— E quem iria a essa missão? – Voltou a mulher.

— Eu e...

— Objeção! – Stóico interrompeu.

Todos os que estavam na reunião começaram a falar ao mesmo tempo, tentando entender o porquê de o líder estar tão nervoso.

— Pai... Digo, senhor, qual o problema? – Perguntou Soluço confuso.

— Há mais uma história a levar em conta: a minha. – E assim, ele começou a contar sobre o que sabia. – Há anos houve um grande encontro de líderes para discutir a praga... Caham! “Praga” de dragões... – Stóico se corrigiu. –... Então surgiu um estranho ao lado de duas crianças, um menino e uma menina, que não disse de onde vinha, ele era coberto de cicatrizes e usava uma capa feita de pele de dragão. Ele não trouxe armas e falava calmamente dizendo que ele, Drago Sangue Bravo, era um homem do povo, dedicado a libertar a raça humana da “tirania” dos Dragões. Ele disse que podia controla-los sozinho e nos manter a salvo, se nos curvássemos e o seguíssemos. – Nessa ultima frase, alguns dos presentes riram. – Todos nós rimos também, até ele se enrolar em sua capa e gritar: “Então, vamos ver como irão se sair sem mim!”. O telhado se incendiou e desceram dragões com armaduras, reduzindo o salão a cinzas. – Ficamos ainda mais chocados. – Por um milagre, eu fui o único que escapei. Homens que matam sem motivo, não podem ser convencidos.

Os anciãos sussurraram entre si.

— Então, qual a sua sugestão para encararmos esse problema?

— Vamos fortificar a ilha. Todos os dragões devem permanecer na sua forma humana até a segunda ordem, os que tem poderes de água e vento devem providenciar uma camuflagem, os que possuem melhores instintos devem ficar de guarda e os mais fortes devem ser a principal defesa.

Enquanto Stóico falava, vários protestaram. Ficavam dizendo que aquilo não era justo, ou que deveriam lutar, ou que deveríamos ouvir o Soluço. Não foram atendidos, pois até os anciãos concordaram em unanimidade.

Quando Stóico já estava saindo, Soluço foi falar com ele.

— Espera ai, pai! – Chamou. Stóico se virou e lhe deu atenção. – Não podemos fazer isso! Se ninguém tomar uma atitude nada mudará.

— Tem razão, vou preparar você para a guerra.

— Isso... – Agora, Soluço conseguiu entender o que lhe foi dito. – Espera, “guerra”?! Não! Não foi isso o que eu quis dizer! Nosso dever é manter a paz, não isso! – Soluço gesticulava mais que o normal.

— A paz acabou! Drago Sangue Bravo é um louco. Não temos nada o que fazer, a não ser esperar o primeiro ataque.

— Mas, pai, eu sei que eu posso dar um jeito nisso. Se eu convenci você e essa ilha cheia de teimosos eu consigo com esse cara.

— Eu te proíbo! – O tom de voz aumentou sem querer. Stóico se acalmou e decidiu ser sincero. – Eu sei que você se sente no dever de manter a paz, sei que mesmo quando você tinha quinze anos já estava em uma idade madura, para os dragões, e tinha mais noção da vida do que qualquer um, porém, agora, eu preciso que faça como um garoto humano normal e me obedeça. Proteja os seus, é isso o que um líder faz. – Ele disse isso segurando nos ombros do filho.

Soluço ficou calado, entretanto, se roía por dentro. Fui até ele para conforta-lo.

— Eu sinto muito, Soluço.

— Não sinta. Isso ainda não acabou.

Ativei, mais uma vez, o modo líder preocupada.

— O que você vai fazer?

— Ainda não sei, eu só sei que isso não pode terminar assim.

Espirei de maneira pesada.

— Soluço... – Antes de eu dizer qualquer coisa, ele já tinha ido embora.

Fui para o lado de fora perdida em meio aos meus pensamentos, quando para a minha alegria, – Sabem que eu estou sendo irônica, não é? – lá estava a Brenda, encostada em uma das colunas do portão, com o pé apoiado na parede e braços cruzados me olhando de um jeito tão nojento... Tentei sair de lá sem que ela me notasse, mas não teve como.

— Puxa vida... Problemas no paraíso. – Falou ela com aquele sorrisinho bobo.

— Você não tem mais ninguém pra incomodar além de mim? – Grunhi de raiva.

— Ora, vamos, eu só quero ajudar...

— O quê?

— O Soluço precisa de apoio. De alguém para desabafar.

— E esse alguém seria... – Eu já sabia a resposta.

— Eu, bobinha. – Brenda apertou a minha bochecha fazendo doer. – Aposto que eu e ele nos daríamos muito bem.

— E o que te faz pensar isso? – Esfreguei a parte que doía do meu rosto.

— Bom, já sabemos que ele adora loiras de olhos azuis... – Brenda jogou o seu cabelo volumoso e comprido na minha cara. Cuspi um pouco dos fios.

— Brenda, isso já foi longe demais. – Deixei a raiva de lado e tentei ser civilizada e sincera. – Estamos em um momento de crise, uma guerra vai começar a qualquer minuto, todos estão preocupados e você ainda quer competir comigo? Por mais que eu odeie admitir, eu me preocupo com você. Olha só, você até usa roupas parecidas com as minhas.

Brenda ficou vermelha de novo.

— Sua roupa é quase vinho, a minha é carmim! Tem nada haver!

— Brenda, já chega. Apenas me ouça por um minuto...

— Não! – Ela ficou claramente brava. – Você sempre teve tudo, mas eu ainda vou vencer você. – Ela se virou jogando mais cabelo no meu rosto.

— Essa garota... – Falei cuspindo cabelos.


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