Como Treinar o seu Dragão Interior 2 escrita por Kethy
Notas iniciais do capítulo
Gente, acho que agora é uma boa hora para monstra como o Soluço se tornou desejado entre as dragõezinhas, MAS lembrem-se que o coração dele sempre foi e sempre será da Astrid.
Estou adorando escrever esse cap, mal posso esperar para vocês lerem!
Ah, e comentem, tá bom?
Boa leitura!
Voamos assustados de volta para Berk, meu coração permaneceu acelerado até chegarmos, a maioria dos cidadãos estava tão ocupada com seus afazeres que nem perceberam o quanto estávamos nervosos. Nem Stóico pareceu perceber algo de diferente, até Soluço tentar chamar-lhe a atenção:
— Pai, eu preciso falar com você. É urgente! – Soluço falava enquanto seguia o líder.
— É alguma coisa que está se coçando para me contar? – Respondeu, ainda trabalhando, sem entender a gravidade da situação. Acho que ele pensou que tivesse haver com um pedido de casamento.
— Bem, sim... Mas não é o tipo de coceira que você pensa. – Respondeu Soluço de volta corado.
— Seja lá o que for, pode me dizer. Depois de “eu sou um dragão megapoderoso que cospe fogo!”, eu aguento qualquer coisa!
Soluço riu de nervoso.
— Tá bem, então... É sobre uma terra nova que eu e os rapazes achamos. Eu já estive lá, mas hoje quando levei a Astrid... – Stóico deu um sorriso malicioso. - ...Tinha algo diferente, uma cortina de fumaça enorme. – O sorriso sumiu.
— Como assim? – Perguntou nosso líder preocupado.
— E tem mais: quando fomos ver o que era, demos de cara com uma floresta carbonizada, uma montanha de espinhos de gelo e a carcaça de um navio... E eu também ouvi uma conversa muito sinistra. – Soluço se aproximou do pai e sussurrou a última parte.
A conversa continuou em tom baixo:
— Devo chamar seu irmão e seu primo? – Perguntou Stóico levando o assunto mais a sério.
— Chame, sim, e chame também os Dragões-Anciãos, precisaremos de sabedoria e astúcia.
— Onde e quando?
— Hoje à noite, quando todos estiverem dormindo, e no Grande Salão; isso precisa ocorrer o mais rápido possível e não podemos chamar a atenção de ninguém!
— Certo, até lá.
— Até.
A conversa acabou e Soluço veio até mim, disfarçando com um abraço.
— Vai haver uma reunião de madrugada, vá dormir um pouco antes de passar a noite em claro. Eu te chamo quando chegar a hora.
— Certo. – Respondi beijando o rosto dele, tanto pelo disfarce quanto para dar apoio.
***
De madrugada, Soluço cumpriu o combinado e me chamou para a reunião; eu dormi já arrumada, só precisei trançar o cabelo e calçar as botas. No salão, os dragões anciãos estavam sentados na mesa do conselho, Stóico estava de pé ao lado, Olavo e Melequento do lado oposto, nossos amigos – exceto a Heather –, estavam em uma mesa ao lado do irmão e do primo dragão; e em frente aos anciãos, uma luz que indicava, pelo o que julguei, onde Soluço deveria ficar. Não estávamos sozinhos, mas tinha apenas as pessoas de relevância em nosso assunto, como os guardas e nossa anciã.
Diferente da nossa anciã, os dragões não aparentavam terem mais de trinta anos, apesar dos cabelos brancos, e tinham bom porte físico, acho que os dragões envelhecem mais devagar.
O conselho ficou de pé e Soluço seguiu até a sua marca.
— Soluço Spantosicus Strondus III, pode nos dizer exatamente o que você viu ontem à tarde? – Soluço contou tudo sem ocultar detalhes e parou no ponto da conversa. – E qual foi o conteúdo dessa conversa?
Soluço respirou fundo.
— Pai e filho conversavam sobre uma espiã aqui em Berk. – Ao ouvir a palavra “espiã”, Melequento pareceu ficar mais tenso. Soluço continuou: - Ela deve ser uma recém-chegada, vou precisar de uma lista com todas as mulheres que chegaram aqui recentemente; as ruínas do navio não tem muito tempo, deve ser de poucas semanas, o tempo delas pode ser o mesmo da vinda dela; ela também deve ser uma pessoa que aparenta esconder algo, sorrisos falsos e forçados, saídas noturnas, sempre querendo saber de nossa rotina... Eles devem querer saber sobre o segredo da Metade-Dragão. Temos que ficar atentos.
Uma mulher do conselho fitou os olhos em mim.
— Você, Astrid Hofferson, algo a declarar?
Engoli seco e dei uns passos a frente.
— Tudo o que eu disser, vocês devem estar cientes, mas eu digo que seria melhor não restringir tanto o perfil dela, afinal, podemos estar lidando com uma especialista em mentiras.
— O que quer dizer? – Ela indagou interessada.
— Quero dizer que, seja lá quem ela for, já deve ter ganhado nossa confiança. Ela pode ter se tornado nossa amiga rápido. Rápido demais. Ela pode ter convencido a todos que mente mal ou que é super sincera, devemos ampliar os horizontes e ser cautelosos.
A mulher sorriu para mim como se me elogiasse.
— Senhor Soluço, algo mais para nos dizer? – Outro ancião, dessa vez homem, perguntou para ele.
Escondendo a irritação da maneira de como ele nos interrompeu, Soluço continuou.
— Podemos precisar de ajuda, uma equipe de elite.
— E quantos guerreiros você estima para essa missão?
— Cinco. – Essa palavra fez o primo e o irmão dragão sorrirem de um jeito estranho.
— Cinco regimentos? – Perguntou o ancião confuso.
— Cinco guerreiros. Como eu disse ao meu pai mais sedo, essa missão não requer força e sim astúcia. Não podemos chamar a atenção com um grupo muito grande.
— Nesse caso, meu jovem, peço que escolha seus soldados com cuidado.
— Eu já os escolhi, senhor.
— Os mais nobres, leais e valentes, certo? – Melequento perguntou com um olhar traiçoeiro.
— Os melhores lutadores e especialistas no que fazem, certo? – Olavo, idem.
— De todo o hemisfério norte. – Soluço respondeu com um sorriso e olhar diferentes.
***
No dia seguinte, de manhã bem cedo, quatro dragões apareceram em Berk; um Nader-Mortal, um Pesadelo-Monstruoso, um Gronkel e um Zíper-Arrepiante. O Nader era azul safira com asas de ajo e desenhos que podiam representar o vento; o Pesadelo era vermelho, selvagem e forte; o Gronkel não era diferente dos outros que já vi, mas era mais afeminado; e por fim, o Ziper, duas cabeças, como uma hidra, idênticas uma a outra.
Quando pousaram, assumiram suas formas humanas; o Nader era uma loira, com um corpo que me deu inveja, com pele bronzeada e com tranças, o Pesadelo era um rapaz ruivo, também bronzeado, com a barba por fazer e aparentava não querer estar ali, o Gronkel era uma garota gorduchinha com seu cabelo loiro escuro preso em dois coques que aparentava ser bem forte, o Zíper, se separou e dele vieram dois gêmeos idênticos, negros de cabelos ruivos e dentuços. Soluço, Olavo e Melequento foram cumprimentá-los, eles se abraçaram e a loira fez umas “brincadeiras” com o Menino-Dragão que me deixaram irada, tentei disfarçar e fui falar com eles.
— Oi, tudo bom?
— Tudo! Três bonitões aqui do meu lado, tá tudo ótimo! – A Nader falou olhando com desejo para Soluço, Olavo e Melequento; os três se sentiram mais envergonhados do que lisonjeados. – E você, quem é, princesa? – Ela mandou o mesmo olhar para mim. Fiquei vermelha.
— Sou a namorada do Soluço! – Falei firme segurando o braço do Soluço quando me recuperei do choque.
— Ah, você é a Astrid de quem o Soluço tanto fala? – A Gronkel declarou animada.
— Ôh, e como fala... “Eu deveria ir visitar a Astrid...” “Eu deveria escrever para a Astrid...” “Eu deveria ir ver a Astrid depois voltar...” – Os gêmeos flaram juntos a primeira frase depois alternaram as imitações.
— Uma chatice! – O ruivo reclamou.
— Ah, o que é isso Dag? É fofo! Felicidades para vocês, Astrid! – A Nader veio e me abraçou.
Enviei um olhar para Soluço dizendo “Essa é a sua 'equipe de elite'?”, ao qual ele acenou confirmando, para o meu desespero.
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