Como Treinar o seu Dragão Interior 2 escrita por Kethy


Capítulo 22
Apenas mais uma vítima


Notas iniciais do capítulo

Ah, não tô tããããããããããão atrasada assim... : I E desculpem o capítulo curtinho, eu queria acabar logo para entregar para vocês, mas eu fiz com muito carinho. O próximo é sobre o passado da Heather, podem me cobrar!

Boa leitura!!!!



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Durante a noite, Heather estava deitada em sua cama provisória do ninho. Onde ela se deitava era mais isolado que o resto, mas dessa vez, estranhamente, parecia ainda mais distante dos outros, e a atitude da morena também contribuiu para isso; deitada de frente para a parede, rosto apoiado à mão, seu outro braço paralelo ao seu corpo e dura feito uma tabua. Também parecia conter um choro de raiva ou tristeza. A impressão que dava era de que ela esperava... Não, torcia para que o tempo passasse mais depressa. O motivo desse estado era de que o que aconteceu na pequena reunião secreta era segredo absoluto. Então, lógico que todos já sabiam. A notícia chegou à novata como uma ressaca no mar revolto. Porém, não era apenas isso que se passava em sua mente; centenas de milhares de outras reflexões vieram, sobre dividir seus amigos, sobre as ameaças, sobre como fugir... E mais diferentes questionamentos referentes ao Primo-Dragão, sobre ele também estar em perigo, sobre ameaças contra ele, sobre ele perder as amizades... Sim, ela realmente gostava do Melequento.

— Você deve estar zangada comigo. – Uma voz suave tirou Heather de seus pensamentos. Era Helga. Heather só não se assustou, pois percebeu sua sombra se aproximando.

— O que você acha? – Rebateu a morena em tom frio ainda que baixo.

Helga ficou em silêncio um tempinho, ai ela se abaixou, ficando de joelhos, tentando olhar o rosto da novata.

— Pode vir comigo? Quero conversar.

Heather se virou e a olhou com expressão vazia. Heather estendeu a mão e Helga a ajudou a se levantar.

As duas deram uma caminhada longa e sem rumo, demorou muito até uma de elas terem coragem de falar.

— Você tem todo o direito do mundo de ficar com raiva, mas eu sei que você entende. – Começou Helga.

— Sim, sempre entendi.

— Não que você não seja legal ou uma boa amiga, mas... Drago...

— Sim, eu sei. – Heather aumentou levemente o tom de voz. – Desculpa... Envolvida com ele ou não, não tenho experiências boas envolvendo esse homem. – Heather ficou com um mix de tristeza e fúria.

— Ninguém aqui teve, tem um Dente Afiado que teve a perna amputada em uma das armadilhas dele, um Corta-Chuva que teve a asa cortada por uma rede com lâminas, agora seu braço parece uma asa de galinha sem as penas, e um Roncador que foi cegado por uma rede e foi deixado para morrer sozinho e com medo. – Helga parou na frente da Morena para evitar uma fuga e se virou olhando diretamente para ela. – Precisa admitir que minha reação foi até “normal”.

Heather deu de ombros.

Helga se aproximou a tocou um ponto nas costas da morena. Heather fez uma expressão de dor e se afastou repentinamente.

— Ainda doí? – Perguntou Helga com um tom maternal. – Foi o Drago ou os caçadores dele que te machucaram?

Heather começou a sair andando rápido na primeira pergunta. Helga a agarrou pelo braço suavemente e ainda firme.

— Se você é apenas uma vítima, podemos ajudar. – Helga falava calmamente, como uma mãe. – Se você nos contar tudo, podemos oferecer proteção em troca.

— Você não entende...! – Choro.

— Mas eu quero entender. – Helga virou Heather levemente para olhar em seus olhos. – Se você nos considera mesmo como amigos, então não precisa manter segredos. Pode começar dizendo se é ou não é uma agente dupla.

— Eu... – E então, Heather começou a sentir uma sensação nova e, de certa forma, boa; que podia contar qualquer coisa para Helga. – A verdade é que... – Sua voz começou a ficar mais soprada, como se Heather estivesse dormindo. Tudo em torno da Gronkel pareciam borrões pretos e ela foi ficando cada vez mais em foco. – Eu sou a fi... Não!— Heather se separou bruscamente de Helga, a afastando abrindo os braços de maneira  agressiva. Heather fitou a Gronkel com um olhar predatório e furioso. – Eu sei o que está fazendo, a maioria das fêmeas de dragões tem esse poder: hipnose. – Heather olhou ao redor com cuidado. – Saiam todos antes que eu arranque vocês daí!— Gritou.

Todos nós saímos de nossos esconderijos, das sombras, das pilastras, das pedras; cada um mais acanhado do que o outro.

Essa era a atitude da qual eu me referi antes: se o problema era a Heather, precisávamos encara-la e tirar todas as dúvidas de uma vez por todas. Descobrir o que, como, onde, quando e por quê; tanto para nos ajudar quanto para ajuda-la. 

Eu fui a primeira a me aproximar da Heather.

— Heather...

Não, não! Quer saber?! Pra mim já chega! Eu não aguento mais!— Heather começou a ficar mais histérica e começou a chorar, mas foi difícil saber do que ela estava falando.

Melequento decidiu se aproximar dela. Acho que ele sabia do que se tratava.

— Heather, você não...

Não, Melequento! Acabou!— Mais choro. Heather secou as lágrimas com muita força, como se não tivesse direito de chorar. – Eu estou cansada de viver assim... Sabia? – Ela se virou para o resto de nós. – Eu vou contar tudo... – Nos surpreendemos. – Mas... Prometam que não me vão rejeitar... Por favor... – Ela estava mesmo abalada.

— Claro que não. – Respondi abraçando-a. Nem eu sei se só disse isso para ela confiar em nós ou porque eu realmente a considero uma amiga. Só sei que eu não conseguiria rejeita-la; afinal, eu já sabia que ela era uma traidora mesmo.

— Mesmo que seja só para eu falar, obrigada. – Disse ela com um sorriso triste. Heather secou os olhos e respirou bem fundo. – Não pode ser aqui, não quero que tenham pena de mim caso alguém veja.

Comecei a ficar nervosa, assim como os outros. Cada um se entreolhou com o mais próximo. Heather começou a andar e nos chamou para um lugar reservado.


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Notas finais do capítulo

A seguir: cenas fortes.

ATÉ A PRÓXIMA!!!!!!!!!!!!!!



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