Hanna Dursley escrita por bia


Capítulo 7
Hogsmeade


Notas iniciais do capítulo

♥ ♥



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Hogsmeade era um lugar bem pitoresco, mas também calmo e aconchegante. Era como uma pequena vila, ou melhor, uma aldeia que era composta por chalés e algumas lojas. Pelo que sei é o único lugar da Grã-Bretanha habitado somente por bruxos.

Andava a passos pequenos observando tudo com mais calma enquanto a minha frente Lucy e Rose discutiam em qual estabelecimento entraríamos primeiro. Só alunos a partir do terceiro ano podiam sair e muitos desses preferiram ficar no castelo, o motivo? O frio estava de matar.

Eu estava quase congelando! Precisava de um lugar para me esquecer. Só que o fato de as garotas não entrarem num acordo não estava ajudando nem um pouco.

— Gente pelo amor de Deus, parem de discutir, eu estou morrendo aqui fora! Preciso entrar em algum lugar, qualquer lugar— elas me olham, mas logo depois voltam a discutir.

Bufo diante disso e decido ir sozinha. Que importância tem se formos à loja de doces antes de ir a uma casa de chá ou vice versa? Elas  provavelmente não vão chegar a um acordo nunca e quem se ferra sou eu.

— Pessoal, eu vou dar uma volta por ai. Depois encontro vocês duas, ta bom? — pergunto e elas parecem nem ouvir, então saio.

Ando sem direção a procura de algum estabelecimento e decido entrar no que estava mais próximo. Chamava-se três vassouras, já ouvira alguma das meninas falar sobre o  mesmo antes e parecia ser um bom lugar.

Como disseram, era um bar, podia se dizer que era bem sossegado e havia mesas a disposição dos clientes. Sento-me mais ao fundo onde o frio menos alcança. O lugar estava praticamente vazio, além de mim havia apenas um casal sentado a mesa perto da porta, o garoto segurava uma das mãos da menina, provavelmente eram namorados ou algo do tipo.

Fico sentada a longos minutos apenas pensando sobre a vida, na minha em particular e notando o quão ela mudou e em tão pouco tempo, praticamente virou de cabeça para baixo. Fico tão imersa nesses pensamentos que nem ouço o tilintar do sino quando a porta abre e também nem percebo quando a mesma pessoa que acabara de entrar se senta a meu lado.

Quanto noto levo um pequeno susto, ainda mais por ver quem era a tal pessoa, e por ironia era Potter. O olho com curiosidade apenas tentando decifrar o motivo dele vir aqui e se sentar justo na minha mesa e ao meu lado, e pergunto:

— Você por um acaso está me seguindo?

— Sim até porque o mundo gira ao seu redor. É claro que não estou te seguindo, não seja tola! — reviro os olhos por seu evidente tom sarcástico.

— Então pode me explicar o que está fazendo sentado aqui?

— Entrei e a vi então resolvi sentar — diz simplesmente.

— Achei que me odiava! — digo com incredulidade em minha voz e ele logo ri — do que esta rindo?

— De fato não vou muito com a sua cara, não por ser filha de quem é, mas por ter explodido aquela poção na minha cara e ter me xingado de imbecil e outros nomes. Mas não chego ao ponto de te odiar — ele hesita — talvez um pouco.

Nem me dou ao trabalho de me defender e dizer que não era de propósito que a poção tenha explodido. Quem me dera aquilo ter sido minha idéia e não uma falha ao preparar a poção. Até porque vamos combinar, foi muito engraçado ver a cara dele toda suja de gosma.

— Foi você que começou essa briga!

— Eu não estou me importando com isso, você está? — ele fala com uma naturalidade que me faz revirar os olhos novamente. Ultimamente isso vem se tornando uma mania, mas é cada situação que eu não posso evitar — então, não vai beber nada?

Ele me olha e hesito. O motivo para eu não ter pedido nada até agora era simplesmente pelo fato de eu não saber o que pedir, as coisas que vendiam aqui eram completamente diferentes das do mundo "trouxa", um termo que eu começara me acostumar a usar.

— Eu não conheço essas bebidas, não peguei porque fiquei com medo de errar — falo envergonhada.

— Não seja por isso, vou pegar uma bebida pra você que tenho certeza que irá adorar — ele se levanta da mesa e vai em direção ao balcão.

Achei que ele iria rir de mim por não conhecer as bebidas, mas ao contrario disso ele está me ajudando! Ele volta com dois copos na mão onde continha um líquido meio amarelo e me entrega um. Bebo e vejo que realmente é muito bom, ele diz que a bebida chama-se cerveja amanteigado, mas que na mesma não contém álcool. Ele percebe que estou o olhando de um jeito estranho e fala:

— Porque esta me olhando assim?

— Assim como? — dou de ombros.

— Não sei, de um jeito esquisito — diz ele tomado a bebida.

— Só estou estranhando o fato de estar sendo tão gentil comigo hoje — ele levanta a sobrancelha e explico — Você me ajudou com a bebida e nem foi mal educado. Levando em conta todos os acontecimentos passados, apenas estou surpresa!

Ele solta uma gargalhada alta, e vejo o quão bonito ele fica assim. Divirto-me com esse pensamento logo tratando de espantá-lo antes que ele perceba que estou o admirando e a coisa comece a ficar mais estranha do que já está.

— Não sou esse monstro de sete cabeças que está imaginando Dursley, que tal darmos uma trégua da nossa briga? — ele propõe e logo completa — Mas só por hoje, até porque é divertido brigar com você.

— Eu aceito essa sua proposta — digo irônica —  não tem ninguém melhor aqui para me fazer companhia mesmo.

— tsc tsc tsc Dursley, assim você me magoa — ele balança a cabeça de forma negativa acompanhando o movimento com um barulhinho feito com a língua.

— Pare de ser idiota Potter — digo revirando os olhos pela terceira vez no mesmo dia — por falar em idiotice, vou lá para fora esse lugar esta começando a encher.

— Pois eu vou com você.

— Você não tem amigos não?— indago divertida.

— Assim vou começar a achar que você não me quer por perto — fala com uma falsa mágoa enquanto andávamos lado a lado na neve, já fora do estabelecimento — e para seu governo eu tenho amigos sim. Só que Scorpius está em um encontro com a Deshayes e o resto ficou no castelo. Então decidi vir um pouco ao três vassouras e te vi, então claro, não podia perder essa oportunidade de te importunar.

— Espera, ele saiu com a Sienna? Eca — digo fazendo careta.

— Qual o problema? Ela é gostosa — ele diz e balanço a cabeça, homens! Não tem o menor senso crítico.

— Você já conversou com ela? Ela é simplesmente insuportável — digo me lembrando da bela recepção que ela me dera no primeiro dia.

— Não diria insuportável, talvez um pouco esnobe e chata, mas não é para tanto.

— Ou você está sendo modesto, ou estamos falando de pessoas diferentes — rio pelo nariz

— Me parece que a conhece bastante

— A você não imagina como. Ela é minha colega de quarto — ele me olha com uma cara de riso e diz:

— Meus pêsames, ela consegue ser bem má quando quer.

— Então só me resta rezar pra que ela não queira — falo e rimos.

Continuamos andando ao redor da vila e a todo momento olho em volta pra ver se encontro alguma das loucas das minhas amigas, mas nada delas. Depois de andarmos por um bom tempo eu e Potter decidimos voltar para o castelo, afinal ainda estava frio e eu não estava mais aguentando. Quando estávamos  quase chegando alguém puxa meu braço com tudo e eu quase tenho um ataque cardíaco, esse povo tem que para de me assustar assim! Quem me puxou foi Lucy com Rose logo ao seu lado, elas pareciam preocupadas.

— Ai graças a Merlin você esta bem — Rose e Lucy me abraçam forte quase me deixando sem ar.

— Onde você estava? Agente tava que nem loucas te procurando! — exclama Rose.

— Calma ela estava comigo, relaxa Rose — diz Albus que até a pouco estava quieto chamando assim a atenção das garotas.

— A estou muito mais tranquila — há muita ironia em sua frase  — e a propósito desde quanto os dois são tão amiguinho assim?

— Menos Rose, agente só se esbarrou e o Potter me ajudou a andar por ai — dei uma enrolada na história, não querendo contar tudo.

— Aham sei — Lucy diz com uma cara maliciosa. Mas que garota safada, pelo amor.

— Então gente, foi muito bom falar com vocês e tal, mas eu já vou indo — Albus diz meio desconcertado passando a mão no cabelo. Ele acena em nossa direção e entra no castelo desaparecendo das nossas vistas.

— Pode ir falando tudinho — olho pra Rose que esta com uma cara também maliciosa como Lucy. Ótimo.

— A gente pode entrar pelo menos?— pergunto e elas assentem e vamos andando pelos corredores até o quarto de Lucy, onde já estávamos acostumadas a ficar — Vocês duas podem ir tirando esses sorrisinhos do rosto porque não aconteceu nada.

— Não importa, queremos saber o motivo desta sua nova amizade com o Potter — Lucy diz gozando de mim.

— Primeiramente, não coloque a palavra "Potter" e "amizade" na mesma frase e segundo. Eu vou contar tudo, só que sinto em lhes dizer que vão se decepcionar— digo sorrindo com indiferença, já de frente para a porta do quarto de Lucy.


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Notas finais do capítulo

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