"Isso é ridículo" Meredith pensara assim que avistou a construção do colégio Robert E. Lee. Estava sozinha e já fazia dias desde que suas melhores amigas, Elena e Bonnie haviam desaparecido. Seu controle está prestes a chegar no fim, pois sem as duas, Meredith via-se desamparada, mesmo que odiasse admitir. Não podia simplesmente andar por aí, como todos estavam fazendo, aceitando que as amigas deviam ter deixado a cidade e logo voltariam. Tinha algo ruim por trás disto.

A pior coisa ainda era, sem dúvidas, ficar sob o olhar de Caroline Forbes. Esta, era uma antiga amiga tanto de Meredith, quanto de Elena e Bonnie. E Caroline sentia-se até, vamos dizer, um tanto grata pelo sumiço das duas. Caroline estava confiante que agora ficaria no poder da escola, que dominaria tudo. "Pobre sonhadora" Meredith pensou após passar por Caroline e dirigir-se à entrada da escola.

Decidira então, dar uma passada no banheiro, antes que começasse as aulas. Ao adentrar no mesmo, umas garotas calouras lhe deram privacidade. Meredith reparou, no entanto, que uma delas ainda estava no banheiro e a encarava com um semblante de puro desafio.

– O que você quer? - Meredith perguntara indiferente. Nunca alterava o tom de sua voz ou expressa emoção alguma. Mas algo na garota a irritara. Irritara bem mais que Caroline. - O que está esperando, dê o fora daqui! - Meredith ordenara e a garota saíra em seguida. E então, somente o silêncio permanecera.

– Bonnie, Elena... O que eu faço? - perguntou-se enquanto se olhava no espelho. Realmente era uma figura bonita. Alta, olhos escuros, cilios espessos e uma longa cabeleira escura. Virou-se e deduzira que tinha um físico desejável. Era de longe, bonita. "Bonita porém fria. Inalcançável" sorrira e concluíra antes de sair do banheiro.

Ao passar no corredor pela sala da mudança de cursos, acabou reparando em um jovem. Nunca o tinha visto ali e não parou para tirar mais detalhes, continuando para sua sala assim que o sinal batera. Por sorte, não teria aulas com nenhum conhecido além de Matt, um rapaz que joga no time da escola. Capitão do time e um ex-ficante de Elena. Ao levar o pensamento na amiga, Meredith prometera a si mesma que não deixaria ninguém tomar a sua posição, afinal, ninguém além de Elena poderia ser a rainha de Robert E. Lee.

No final do dia, Meredith estava já cansada de tantas perguntas. Algumas garotas se dirigiam a ela, falando coisas que Elena e Bonnie eram únicas e ninguém iriam substituí-las. Meredith já sabia disso como ninguém. A respeito do jovem que vira mais cedo, ela só ouvira rumores. Não chegou a vê-lo nenhuma outra vez e sentia-se feliz por isso. Não estava afim de perder tempo com garotos. Ela tinha algo mais importante: rebaixar Caroline com classe e indiferença extrema.

Foi na saída da escola, que Meredith tivera uma surpresa. Encontrara Caroline. Encontrara também o novato, ao seu lado. Era de estatura mediana, vestia uma roupa incomum demais para adolescentes americanos e seus cabelos eram escuros, levemente ondulados. Seu nome, pelo o que escutara era Stefan Salvatore. Ele viera da Itália. "Tem um vasto conhecimento pelo mundo então" pensara franzindo a testa. Algo nele não a agradava.

Estava surpresa por não ter sentido interesse algum desde o começo, mas agora se remoía por Caroline estar com ele. Caroline, aquela que se joga para qualquer garoto só por status, tentar chamar atenção. Era deplorável pensar que já foste amiga dela há um tempo atrás. Sem pensar duas vezes, Meredith seguiu o caminho para sua casa. Precisava por em prática o seu plano e rever todas as pistas que tinha sobre o paradeiro de Elena e Bonnie.

Tarde da noite, Meredith acordou suando. Tivera o pior pesadelo de todos e esforçava-se para não gritar, não perder o controle. Levantou-se da cama e foi lavar o rosto. Foi então que assustou-se com o que vira no espelho. Havia alguém de pé atrás de sua cama, a observando. No primeiro momento, fechara os olhos e imaginara ser coisa da sua cabeça. Quando os abrira de novo, percebera que a coisa, não havia mudado de posição. Meredith mexeu-se e percebeu que não tratava de alguém, de algo material e sim uma sombra. Virou-se rapidamente afim de encará-la.

E então não havia mais nada.