Caro desconhecido... escrita por Miss Sant


Capítulo 4
Capítulo 4 - A emocionante e nada tediosa história de vida de Samantha: Declínio/Traição/Ascenção


Notas iniciais do capítulo

Estou tentando aderir aos títulos. kkk ueba
Ok,ok, esse é um capitulo um pouco diferente. Espero que gostem. Bjuuusx



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Quando o sol chega ao limite do horizonte, e a noite cai , a sempre agitada Nova York, a cidade que nunca dorme, pode se tornar um lugar triste e solitário, extremamente solicito a depressões e suicídios.  E eu não digo suicídio da forma tradicional, tomar veneno, se jogar de uma ponte... Ás vezes, o sujeito da oração, e no caso da morte, provoca aos poucos um falecimento de forma simples e lenta. Ele se engana, finge divertimento, vive na loucura das baladas e morre aos poucos, a cada amanhecer do dia, a cada dose de vodka, injeção,fumo,cheiro, a cada pílula... O suicídio a moda das grandes metrópoles de agitação, é a melhor forma de morrer.  Primeiro, deve-se tomar cuidado para que não haja nenhuma forma de recuperação, depois quando constatado que não se tem mais jeito, prepara-se o sujeito para o declínio à falsidade, ao artifício e a superficialidade da vida, embebedando-o com drinques caros, se iludindo com festas, com amigos de festas pra ser mais exato e ai, pronto, em todos os momentos em que passarem pela cabeça do sujeito, sentimentos como: dor, angustia, agonia, qualquer sentimento que não lhe faça bem, é simples, é só procurar a balada mais próxima, é só correr para qualquer esquina de Nova York, e serás “feliz” . Banhado em festas, orgias e recheado de amargura. Essa é a analise de metade de Nova York.

E eu era exatamente assim. Estava disposta a me matar divertidamente, até conhecer alguém tão pobre e miserável quanto eu, Chuck Bass, o sujeito em processo suicida que ironicamente me salvou.  

Isso foi há uns três anos...Eu era tão nova, inocente e recém chegada a vida adulta. Uma moradora suburbana de Nova York. Eu tinha acabado de ver o meu mundo perfeito cair em ruínas. Meus pais estavam separados, meu pai havia voltado para Barcelona e minha mãe saiu de Manhattan para Nova Jersey , em questão de meses ambos estavam com novos e felizes pares. Eu acreditava que tudo melhoraria quando saísse do colegial, mas isso não aconteceu... Yale me rejeitou sem motivo aparente, ou talvez porque a minha querida irmã tenha dormido com o marido da diretora. 

Enfim, eu estava as margens do precipício, ou do Empire State Building, quando conheci Chuck.  Eu não ia pular, mas aquela altura era muito convidativa.

Empire State Building, NY, há uns três ou quatro anos…

Nunca acreditei em ditos populares, mas sobre a esperança um era verdadeiro, essa vadia sem coração traz tristeza eterna.  Estava tudo tão perfeito, Yale, - universidade perfeita, Nate Archibaldi – o namorado perfeito, e a cereja do bolo –  Os Puckett, a família perfeita.

Bom, o meu filme com final feliz acabou, a faculdade perfeita me rejeitou, meu namorado perfeito dormiu com minha melhor amiga, na minha cama, no dia do meu aniversário, e pra melhorar a família perfeita, se despedaçou.

Sim, uma desgraça se abateu sobre minha vida, e agora cá estou, num prédio monstruosamente alto, com proteção de tela, olhando constantemente para baixo e pensando numa forma de me atirar daqui de cima.

Continuava ali parada, quando vi um homem se aproximar com um buquê de rosas na mão, meu coração deu um pulo ao pensar que poderia ser Nate, eu o perdoaria, eu o amava tanto.

— Ou você é burra ou é idiota, ou muito inteligente. Você não vai conseguir se jogar do Empire State.

Observei que ele olhava ansiosamente para o relógio.

— Ela não vai vir, não adianta olhar mil vezes para o relógio, as horas passam e o tempo não volta. No final você vai esperar por ela até ser expulso, e então vai esperar na porta do Empire, até o dia nascer e para brindar toda a sua desgraça o dia estará radiante, e você vai lembrar que podia estar com ela no Central Park tomando sorvete, mas que não esta, porque ela te trocou, ela desistiu de você, te abandonou, e você estará lá, parado com um buquê de petúnias na mão.

Surpreendentemente, ele esboçou um leve sorriso de lado, uma espécie de riso canalha, debochado.

— Não me interessa a opinião de uma vadia louca covarde.  E faltam dois minutos.

— Boa espera.

— Boa morte.

— Eu não vou me matar.

— Deveria, todos aqueles que cogitam suicídio devem morrer, é muito drama por nada, não vale o esforço.

— Você não entenderia.

— E eu nem quero entender. Você quer um lugar pra se jogar? Eu sou dono de um hotel, precisamos de visibilidade, pode se jogar de lá, fazer o escândalo que quiser, e ai todos vão sentir pena e falar de você por uns 15 minutos, tempo o suficiente para lembrarem-se do quanto a vida é curta e irem beber em algum lugar! – o homem jogou o buquê bruscamente no lixo.

Olhei o relógio, havia se passado três minutos.

— Qual o seu problema? Você é surdo? Eu não vou me matar!

— Eu não me importo ninguém se importa.

— Ah sim, você se importa, não comigo, mas com a mulher que te deixou esperando.  Quer saber? Você é um covarde. Não tem capacidade de esperar mais de cinco minutos o amor da sua vida.

— Se ela fosse o amor da minha vida, eu não precisaria esperar, ela estaria comigo.

—Não é assim que funciona.

—Olha, você não vai se jogar, e eu já desisti. Você tem duas opções, pode ficar ai e sofrer sozinha, ou dormir comigo, e eu te prometo que a segunda opção te fará mais feliz.

Nesse exato momento minha mente desabrochou, eu sempre fui uma garota boa e inocente e olhe o que me aconteceu.

            - Que cavalheiro... Quem é você? O gênio da lâmpada ou um covarde?

            - Nenhum dos dois. Eu sou Chuck Bass.

Então, Chuck Bass e eu, pegamos a sua limusine, onde eu já estava tomando umas taças de vinho.

— O que te leva a ajudar uma desconhecida?

— Tédio e essa desconhecida ser incrivelmente sexy.

— Muito altruísta.

— O que te leva a entrar no carro de um desconhecido?

— Nada melhor pra fazer, e uma proposta indecente.

— Você é sempre assim? Em um minuto depressiva em outro uma gata voraz?

—Hm... – Dei um riso engasgado. – Não, na verdade, eu não sou assim. Eu sou uma garota direita de família tradicional e classe média, com um namorado perfeito e uma carreira brilhante pela frente.

Ele gargalhou incansavelmente.

            - Do que você esta rindo tanto?

— Tem algo errado na sua vida perfeita, será que ela não exista?

—  Ela existia. Mas, eu não vou te incomodar com a minha triste história.

— Todo mundo tem uma historia triste pra contar.

— E qual é a sua?

— Eu amo e sempre amarei uma única mulher, Blair Waldorf. E digamos que tenhamos divergências amorosas.

— Ela não te ama?

— Aparentemente  não mais.

— Não se deixa de amar alguém, ou você nunca amou ou continua a amar.

— Tanto faz, ela não apareceu. Eu sempre corri atrás da Blair, eu sempre... Eu daria todo o meu mundo por ela... E ela me largou por um príncipe.

— Você não deveria ter desistido. O trânsito em Nova York é caótico.

— Nada ocuparia o tempo dela o suficiente pra ela não conseguir chegar.

— Ok. Então, agora você deixa de ser um bom moço e volta a ser um bad boy.

— O que te faz pensar isso?

— Sua limusine parece um motel, você coleciona virgens inocentes.

— Nem sempre virgens, nem sempre inocentes.

— Bem vindo de volta, eu serei sua oferenda com prazer.

— Não antes de você me contar a sua triste historia.

— Ok. Meu mundo perfeito caiu em ruínas. Meus pais se separaram, meu namorado dormiu com a minha melhor amiga e esta apaixonado por ela, e eu perdi a chance de ir para Yale, porque minha irmã não conseguiu controlar a vagina dela. Agora, eu não tenho pra onde ir, perdi minha casa e vou ter que ir pra Jersey.

— Nossa. Você tá muito fodida. Porque não vem comigo ao baile dos desgraçados?

— O que seria isso?

— Nada demais, é só a minha cobertura, no hotel do meu pai. Eu cheguei a mencionar que eu sou rico?

A limusine parou e nós descemos do carro.

— Não mencionou, mas não acho que andaria de limo se não fosse.

— E eu acho que nós podemos nos ajudar.

— O que você acha de cumprir a sua proposta? Eu com certeza quero dar pra você. A propósito, eu sou Sam Puckett.

— Bem vinda a minha Nova York, Puckett.

Em seguida, Chuck me levou para a sua cobertura e para minha surpresa a primeira coisa que ele fez não foi me agarrar, pelo contrario eu o ataquei e ele gentilmente riu e me afastou.

— Não entendi.

— Você não é assim e nem quer isso, não hoje.

— É um cavalheiro afinal. Você me conhece a meia hora...

— Eu tenho uma capacidade de ler as pessoas.

— Sei, e você não esta doido pra isso?

— Estou, mas eu tenho princípios.

— Eu quero que os princípios e o mundo inteiro se foda. Eu to cansada.

— Você precisa de uma bebida.

Ao longo da noite nós conversamos, bebemos e jogamos.

            - Esta muito tarde, eu tenho que ir.

— Ficou louca? Você esta sem casa, xingou metade da sua família, brigou com o mundo. Esse é o final do seu dia de fúria.

— O que? Por acaso você sugere que durma por aqui?

— Eu gostei de você. Acho que podemos ser amigos.

— Você não é tão mau. Amigos então!

— Mas eu ainda pretendo transar com você.

— Imbecil. – Disse e joguei almofadas em cima do meu novo melhor amigo, Chuck Bass.

Depois de todo esse encontro atordoado Chuck e eu realmente nos tornamos amigos, ele me ajudou a entrar na NYU, mas meu trabalho na BASS não teve nada a ver com o Chuck . Alguns anos depois Chuck resolveu correr o mundo atrás de Blair e eu nunca mais fui nem parecida com aquela garotinha de antes.  Ah, foi na NYU que eu conheci Carly e nos tornamos melhores amigas e desde lá, e isso faz uns cinco, quase seis anos, eu jurei que iria distribuir amor. Decidi que o meu único compromisso seria com a minha carreira, eu tinha o dever de ligar pra mim mesma!


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Notas finais do capítulo

Entaaaaaaaaaaaaaaaaão? Gostaram? Please me avisem se houver algum erro, porque como sempre eu acabei de escrever e postei, por que eu não vejo muito sentido em guardar um capitulo, sei lá, fico ansiosa. kkkk

Hey, obrigada pelos comentários, é por isso que eu amo vcs



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