Caro desconhecido... escrita por Miss Sant


Capítulo 33
Glória aos amigos, e que caiam os amantes!


Notas iniciais do capítulo

Oiiii! 15 dias? Espero que gostem! Vem coisa boa por ai, e muitas surpresas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/669743/chapter/33

SAMANTHA

Sai da festa pelos fundos, um sentimento estranho tomava conta de mim. Após chorar uma ansiedade, derramar uma tristeza e soluçar uma frustração de 10 minutos. Eu sai da festa pelos fundos, com um sentimento estranho. Algo estava errado.

Em casa e vi algumas chamadas de Carly, nem ouvi os recados. Joguei o celular na mesa, desci do salto, procurei uma seleção de musica que fosse condizente com o meu estado de espirito.

Fading away – desaparecendo, e indo para baixo. O aleatório me estimulou a levantar do sofá e pegar um vinho, pensei em beber na garrafa, mas isso é para vodca, eu merecia uma taça.

Respire Samantha, respire! A cada gole eu repensava cada um dos meus passos. Era impressão minha ou eu tinha me auto sabotado? Quer dizer, eu fiz o que fiz, por ser quem eu sou, pra me manter firme nos meus princípios, por mim e para defender os que eu amo. Será? Será que não fiquei com medo de admitir... de mudar? Aqui vamos nós, garçom do universo, manda descer uma crise de personalidade no capricho, com um adicional de perda do cara que você era afim, com muito ódio e frustração porque pra ele você não passa de uma vaca aproveitadora! Uhu!

Eu não tinha certeza de absolutamente nada. O que Nate me disse na hora pareceu tão concreto e eu me segurei nisso e rompi com tudo. Então, se eu fiz tudo tão certo, tudo tão Samantha, porque eu não estou com uma taça de champanhe dançando na festa que eu organizei?

A campainha tocou e sim, eu sou muito Alice. Porque eu achei que podia ser Freddie. É errado achar que o outro tem sangue de barata né? Se eu fizesse com ele metade do que eu fiz... Campainha. Campainha. Campainha. Eu não ia atender.

Dois segundo depois Carly entra, bate a porta, e fica parada em minha frente de braços cruzados.

—Sua cara ta péssima. Eu sempre te disse, para usar a prova d´água.

—Isso foi quando eu era Samantha.

—E hoje você não é? Transtorno de personalidade, linda? Sou advogada não psicóloga.

—Hey, você não é assim, e eu não tô bem ok?

—Porque você saiu da festa?

—Carly eu não quero...

—Sam?

—Eu fiz o que tinha que fazer com Freddie.

—E ele disse o que? Te dispensou?

—O que?

—Você não disse que gostava dele?

—Não.

—Então você não fez o que tinha que fazer, você fez o que Chuck queria.

—Eu fiz o que eu deveria, além do mais o Nate me mostrou algo que foi definitivo. Ou pelo menos na hora era, porque agora eu estou questionando tudo.

—Nate? Ele não me disse nada...

—Enfim, era um áudio de Freddie, dizendo o quão descartável e sortuda eu era, então eu fui lá e acabei com ele.

—Como aconteceu?

—Foi horrível, na verdade dependendo do ponto de vista foi genial.

Pdv Freddie: decepção, coração partido, rancor, que vaca!

Pdv Chuck: Genial, essa é a minha garota, a maior atriz!

Pdv Sam: que? Lagrimas, eu odeio te amar. O que??

—Então...

—Então, eu fui sarcástica, irônica, dissimulada e fútil. Eu o ameacei e ri dele. E ele reagiu de forma muita rápida, confuso, enraivado, triste e gélido. Sabe, eu não tô conseguindo esquecer as palavras dele, e ele ainda foi gentil, eu no lugar dele? (Virei a taça de vinho e coloquei mais) Eu nunca perdoaria alguém que fez com ele o que eu fiz. Talvez eu esteja exagerando, o calor do momento faz isso, mas Carly, se ele gostava mesmo de mim... e eu acho que sim, ele gostava porque, o olhar dele não era de raiva por perder a transa, era algo profundo, era mais uma decepção...

—Você tem absoluta certeza de que era ele no áudio?

—Tenho quase absoluta certeza de que não era ele. Mas era fácil acreditar que era ele, que foi tudo verdade. Quer dizer, eu ia desistir, eu ia falar a verdade sim, mas de uma forma mais delicada. E eu não podia trair meu amigo.

—Honra aos amigos, miséria aos amantes!

—Enfim, não importa. Ele vai mandar o cheque amanhã, eu acho prudente que...

—Ai esta você, a Samantha que o mundo conhece, implacável e negociadora.

—O mundo não vai parar porque eu preciso de um tempo.

—O mundo não, mas você sim, você precisa de um tempo.

—Eu estou bem, eu vou superar, eu sempre supero.

—Vai? Sam, tem outra coisa que eu preciso te dizer, Freddie vai oficializar o noivado e providenciar o casamento em por esses dias.

—Eu faria o mesmo, desejo felicidades, mande um cartão. – tentei parecer muito confiante e tranquila, mesmo com o coração saltando.

—Nate será o padrinho...

—Você vai ao casamento?

—Na verdade, será como férias na família real.

—Espero que seu cartão esteja com limite, posso te emprestar o meu. Era só isso?

—Você pode ir, se quiser, tenho autorização para levar convidados..

—E o que Carly? Na hora que o padre disser alguém se opõe, eu levanto a mão e digo, “Ei Freddie, não sou tão má pessoa assim, no inicio eu queria muito ferrar com você, depois vi que você era legal, mas, já era tarde demais, não casa não, vamos transar na praia.”

—Sam...

—Carly, eu sou uma mulher fria e calculista, eu não sou impulsiva ou emotiva ou qualquer coisa o tipo, eu sou determinada, eu sei o que eu quero e eu quero...

—Freddie!

—Eu quero, a minha carreira, eu quero ser diretora da nova filial, eu quero que meu projeto dê certo, quando eu precisar de um homem, eu caço na balada. Não se preocupe, eu estou ótima, foi só uma crise de idade.

—Samantha.

—Podemos falar sobre negócios? Preciso que você deposite, não o cheque todo, mas metade, preciso desse dinheiro parado pra os funcionários e depois nós depositamos o resto, eu ainda acho estranho um rombo desses e ninguém sabe quem foi?

—Você acha que a pessoa ainda esta na Bass?

—Eu tenho certeza! Só não acredito que a ideia possa ter realmente partido do funcionário da empresa...

Carly e eu continuamos falando sobre a Bass, ela contou sobre os dias lindo com Nate e como ele era interessado no que ela fazia, depois de uma garrafa e meia e petiscos ela foi encontrar com ele.

E eu estava sozinha novamente, pra ser apenas a mulher reflexiva em crise e paixonite aguda.

Nenhuma dor é tão grande que seja eterna.

Nenhum sofrimento é eterno.

A dor alivia aos poucos.

O sofrimento passa a ser a lembrança do incomodo.

Nenhum amor é tão grande que seja eterno.

Nenhum amor é eterno.

O amor alivia aos poucos.

O amor passa a ser a lembrança do incomodo.

 

 

Alguma hora, minutos e segundos depois...

 

Coloquei a cabeça no sofá e dormi ao lado da garrafa de vinho. Exatamente como o combinado, no dia seguinte tinha um envelope mostarda a alguns centímetros da porta, o que me fez imaginar que talvez Freddie tenha ido entregar, eu podia sentir seu perfume no ar. Ironicamente o envelope vinha cravado com o símbolo real. Abri, e lá estavam os zeros seguidos que eu havia exigido. E a única lembrança que eu tinha dele, eram as fotos do hotel e sua assinatura num cheque milionário. Suspirei e segui meu caminho.

Trabalho. Trabalho. Trabalho. Surpreendentemente nada do que aconteceu tirou minha eficiência. Continuava um eximia profissional. Falei com Carly para executar o depósito e fizemos tudo como combinado.

 

 

 

 

Enquanto eu verificava contas bancárias dia após dias (e esse nem era meu trabalho), Blair escolhia a cor dos convites. Cada um com o que merece!

Estava em minha sala conversando com Carly quando Chuck entrou. Não o via há alguns dias desde a festa.

—Até que enfim deu o ar da graça chefe! – disse.

—Ele sabia que nós cuidaríamos de tudo. – Carly completou de forma divertida.

—Onde você estava Chuck? Onde você estava enquanto eu me ferrava? Hein?! – sem nenhuma duvida esbravejei.

—Sam...

—Eu tentei falar com você, achei que você estivesse mal, mas ia te dar a boa noticia e você some?

—Sam...

—O que? Tomou outro fora foi isso?

—Samantha!

—O que?

—Então você gostava mesmo dele...

—É?

—Não sabia que, eu estava... eu não deveria ter te envolvido nisso, assim como não devo te envolver agora mas, eu te devo isso.

—Do que você esta falando?

—Blair. No dia da festa ela... Nós nos beijamos e, ela me pediu desculpas, estava a um passo de dizer que me amava, eu sei que estava, você sabia não sabia?

—Chuck!

—Acontece que ela sumiu, me mandou uma mensagem, dizendo que sentia muito, mas que tinha obrigações a cumprir e que não deixaria o marido na mão.

—Bingo! Você foi trocado, supere! Eu não acredito que largou tudo por ela novamente...

—É o que as pessoas fazem por amor.

—É o que as pessoas fazem quando são usadas, e estão cegas.

—Sam, eu sinto muito.

—Não importa Chuck. Esquece, eu estou ótima.

—Eu preciso ir nesse casamento, e vocês vão comigo!

—A Carly vai, acompanhada de Nathaniel. Bom casamento.

—Sam, eu não posso aparecer sozinho.

—Diga que é gay, ninguém vai desconfiar.

—Vamos Sam, você não se importa mesmo não é? Vamos nos divertir, vai que você acha um conde.

—Eu...

De repete a porta se abre de forma estrondosa. Antony.

—Antony? Algum problema?

—Senhorita, temos um leve problema.

—Leve? O pessoal do financeiro, pediu para lhe avisar que aquilo ocorreu novamente.

—Outro rombo?

—Sim, não temos ideia do valor...

—Quando os balanços estarão prontos?

—Daqui a algumas semanas...

—Semanas? – me apavorei e olhei para Chuck e Carly que pareciam tranquilos.

—Antony...

—Sam, temos que informar a polícia, isso vai se repetir...

—Antony, faça a Carly disse, solicite um investigador, ressalte a necessidade da discrição.

—Sam, nós precisamos sair da cidade, se viajarmos juntos irá parecer uma viajem de negócios.

—Não podemos responder por isso...

—A Bass não pode fechar.

—Ela não vai.

—Precisamos de mais dinheiro.

—Precisamos de Hamptons, de um casamento e de um antigo membro da família.

—Vamos de jatinho, Nate já esta nos esperando, eu fiz suas malas.

—Vocês organizaram a minha vida por mim? Freddie vai nos expulsar de lá.

—Não vai, ele é um nobre.

—E eu?

—Você é uma boa pessoa, que agiu de forma impensada, incentivada e pressionada por um ser humano confuso. – Carly era sempre a melhor pessoa.

—De qualquer forma, eu nunca fui a Hamptons mesmo... Pela Bass, até o fim.

—Pela sua promoção, pelos seus projetos! Por nossas vidas felizes!

—Ah que lindo, agora somos nobres e otimistas?

—Não, vamos roubar uma noiva e penetrar na família real!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acharam o capítulo confuso ou corrido? Diz pra mim,porque tô achando! kkk
bj



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caro desconhecido..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.