Caro desconhecido... escrita por Miss Sant


Capítulo 30
E foi!


Notas iniciais do capítulo

Olaa1 Cá estou dentro do prazo de 15 dias! milagres né mores?
Aviso triste: Tô com uma semana bem atolada, que pode folgar dia 31 apenas! E ai? Faz como?? Vou tentar adiantar, uns capítulos!



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Sai do banheiro disposta a implodir aquilo tudo, mas impulsividade não é meu forte, repassei o batom, e coloquei a máscara. Enviei uma mensagem a Chuck, pedindo que desse um jeito em Blair, ela não deveria estar lá.

Apareci no topo de uma escada exuberante de corrimão dourado e segui meu caminho até encontrar o centro da pista. Estava no inicio da música perfeita, luzes e a atenção exatamente onde eu queria. Arrastei uma cadeira até o centro e olhei entre todos os homens desconhecidos e misteriosos. Não foi difícil reconhecer Freddie. Acho que ele sabia exatamente que a dançarina misteriosa era eu. Gangsta começou, e eu fui até Freddie, andando de forma provocativa no ritmo da dança, agarrei sua gravata e puxei até a cadeira.

I need a gangsta to love me better,  than all the others do

 (eu preciso de um gangster, para me amar melhor do que todos os outros.)

Me afastei dele, o deixando sentado na cadeira, enquanto eu erguia o corpo e girava a cabeça de modo lento.

To always forgive me, ride or die with me ,that's just what gangsters do

(para me perdoar sempre, viajar ou morrer comigo, isso é o que gangster fazem.)

Voltei, e sentei em seu colo. O salão antes paralisado, se encheu de gritos entusiasmados.

—Lembra-se de como nós conhecemos? – sussurrei em seu ouvido, e ressaltei uma parte da música. To Always forgive me.

 

Fui construída para isso, todos os abusos, tenho segredos, que ninguém, ninguém sabe.

Essa música fazia todo sentido. Ela traduzia tudo.

Ainda em seu colo rebolei, e joguei meu corpo para trás, fazendo com que ele segurasse minha cintura. O puxei novamente o deixando de pé, e dançando comigo. Estávamos colocados, utilizando movimentos leves e sinuosos. Levantei uma perna a deixando no nível de seu quadril e ele segurou minha coxa com força. O afastei brutamente e agachei, balançando a cabeça de forma rápida e precisa, estendi uma perna e girei no chão. Freddie segurou minha mão, e eu levantei num pulo. Antes que a música acabasse eu o tirei dali, e belas dançarinas e dançarino tomaram nosso lugar para entreter público.

—Sam... – Freddie segurou meu rosto me beijou assim que entramos na sala.

—Você é louca! E eu amo esse seu jeito. Eu, eu posso me atrever a dizer que eu amo, eu amo v..

—Não! Não por favor, não!

—Sam... – Freddie me olhava de forma doce, eu quase poderia me derreter em seus braços ali mesmo.

—Freddie querido, não foi bem pra isso que eu te chamei aqui. Na verdade, precisamos falar sobre negócios. – assumi a postura que devia.

—Negócios?

—Sim, negócios, que por sinal foi o que você sempre foi para ela. Eu estou errado Sam?

—Chuck? O que ele esta fazendo aqui? O que é isso?

—Você conta, ou eu conto Sam?

—Eu vou resolver isso, pode deixar comigo.

—Assim eu espero, e espero também que você deixe as coisas bem claras com ele.

—Sam! – Freddie gritou em desespero.

—Vamos Samantha, fala, fala, fala, fala... Me deixa presenciar isso. Vamos!

—Chuck, vai embora! – gritei, ele estava me enlouquecendo, sentia um tic e tac alucinante em minha cabeça.

—Ok, bastardinho filho da mãe, bem-vindo ao inferno. – Chuck saiu rindo e bateu a porta.

—Samantha o que foi isso?

—Freddie, você não passa de um plano. Eu vi em você todas as oportunidades da minha vida, e eu pensei porque não?

—Eu não entendo.

—Deixe-me esclarecer pra você. É provável, quase 80% de certeza, que você e o Chuck sejam parentes em um grau bem próximo, tanto que lhe faria dono de boa parte das indústrias Bass. A Bass, esta passando por um momento delicado, alguém vinha maquiando os balancetes finais há algum tempo, e quando Chuck assumiu demorou pouco tempo de revisão para sabermos que a empresa estava quebrada. Nós precisávamos fazer algo. E ai, do nada você surgiu. Rico, francês e possivelmente herdeiro da Bass.

—Você me usou esse tempo todo?

—Ah Freddie, não venha com essa, você nunca foi de constatações obvia. Nós dois sabíamos muito bem onde estávamos nos metendo.

—Nós dois? Nós dois Samantha? Você! Você sabia muito bem onde estava se metendo, você sempre soube quem eu era você sempre soube tudo sobre mim... E pensar que eu, eu...

—Você o que? Você é noivo Freddie, noivo!

—E você é uma pessoa triste! Eu me abri pra você, eu te amei Samantha! Você tem noção, do quão cruel você foi? Eu ia dar um jeito, conversar com a Blair...

—Largar tudo por mim? – gargalhei – Ah, por favor, me poupe!

—Sim, largar tudo por uma...

—Por uma o que? Ham? Fala Freddie o que você sempre achou de mim, sua opinião nunca mudou não é mesmo? Pra você eu sempre vou ser uma vadia não é?

—Você não merece mais nada de mim, Samantha, nem mesmo essa resposta. A única coisa que eu quero é saber o que você quer de mim afinal? – Freddie se recompôs e sua expressão aflita deu origem a uma frieza passiva.

—Bom, dinheiro. Precisamos de uma determinada quantia para cobrir o rombo, é só isso.

—E o que te faria crer que eu simplesmente lhe daria o dinheiro?

—Não sei Freddinho, seu amor por mim... Ou pela reputação e honra de sua família e seu povo, que não merecem ser tão mal representados. – Andei até a escrivaninha peguei um envelope e joguei as fotos na mesa.

—Minha família, meu povo?

—Eu fiz meu dever de casa.

—Impressionante. Sabe Samantha, eu achei que você era diferente, que você era melhor que tudo isso. Qual o motivo? Status?

—Necessidade é diferente.

—Necessidade de que? Usar uma roupa mais cara, viajar mais, ser rica. Não, não, eu já sei. Necessidade de se impor mais, de ser a abelha rainha.

—Você deve estar me confundindo com a sua noiva, afinal a Queen sempre foi ela.

—Então era isso? Dinheiro, o novo lançamento da Gucci.

—Eu não sou tão fútil.

—Eu não sei mais quem você é.

—Você nunca soube.

—É. Você esta certa, eu fui o único otário nisso tudo.

Freddie olhou as fotos uma por uma, minunciosamente.

—Quer levar uma de recordação? Quer dizer, se bem que se você não concordar com o nosso acordo essas fotos estarão espalhadas pelo mundo mesmo...

—Isso não será necessário. Me diga o quanto precisa, e o número de uma conta, eu farei o cheque. Quero acabar com isso o mais rápido possível.

—Simples assim? Sem nem um teste de DNA?

—O DNA é apenas um bônus, essas fotos já são suficientes. Bom, eu sei o seu endereço. Eu mando a quantia ainda hoje. – Freddie ia saindo.

—Não vai mesmo levar uma foto? – Me arrependi assim que disse a ultima palavra. Dei as costas para ele, esperando que ele não dissesse nada.

—Eu não quero nada que lembre você. Por sinal, eu acho que agora você esta livre, pra ficar com quem você realmente gosta, isso se você consegue gostar de alguém. Apenas desapareçam da minha vida, você e seu amante, namorado, ou a qualquer merda que ele seja. Eu não quero nunca mais olhar pra você. Adeus. – Freddie mantinha um postura imponente e fria, mas seus olhos denunciavam sua dor. Castanho escuro imerso, banhados por lágrimas que não cairiam ali, talvez nunca caíssem, e eu de certa forma agradecia que ele continuasse forte, ao menos na minha frente.

Ele bateu a porta, e justo nesse momento à música estava lenta o suficiente para que a batida gelasse minha alma. Num ímpeto sem menor sentido corri até a porta e colei minha testa na madeira bruta e envernizada. Me deixei ali por um tempo. Respirando. A respiração cada vez mais rápida, o coração acelerando continuamente, como se estivesse trabalhando para produzir o que veio a seguir: lágrimas!


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Notas finais do capítulo

SPOILER BABEX: TEREMOS CHAIIIIR



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