O Curioso Caso de Daniel Boone escrita por Lola Cricket, Heitor Lobo


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Para começar, admito que não sei o que dizer aqui nas notas iniciais. Vou começar com o básico.

Oi, oi, gente! Desculpa, Kéfera Buchmann, por eu ter roubado seu bordão épico de início de vídeo, mas é que não me veio outra coisa na cabeça e eu resolvi vir com essa. Enfim, agradeço por vocês chegarem aqui e se interessarem nessa história escrita por duas humildes pessoas. Eu sou o Vitor, a outra autora é a Luceana (Lacradora, como eu costumo chamá-la) e estamos aqui para contar a vocês a história de Daniel Arthur Boone. Espero que apreciem bastante esse cara, porque ele vai importunar as notificações de suas contas por um bom tempo ;)

Bom, não há muito o que dizer deste prólogo, apenas: 1) é uma cena que se passa no futuro, ou seja, a história vai contar basicamente acontecimentos anteriores ao que vocês vão ler agora; e 2) não nos matem ao final deste prólogo, por favor. Só isso mesmo...

Boa leitura, gente!



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— Eu gosto de você, porra! Eu realmente gosto, tá?

Senti meu rosto congelar diante do que acabara de ouvir. Então isso é real? Por favor, alguém me dá um tapa bem na cara e destrua meu óculos emo gótico depressivo, porque eu preciso de um tapa mesmo. Não consegui mover um músculo sequer. Shawn também não. Na verdade, ficamos absolutamente parados por intermináveis segundos, pensando no que fazer agora que nossas dúvidas foram – cruelmente – sanadas e não há nada que nos impeça de cometer uma atitude que outrora seria uma total loucura.

Fechei os olhos, contei até dez mentalmente e respirei fundo. Era uma mania minha; se eu não fizesse isso, já teria surtado, xingado Deus e o mundo e provavelmente meus pais estariam ligando para uma clínica psiquiátrica. Ou não, minha mãe ao menos não liga pra minha existência desde que a verdade sobre mim fora revelada a ela. E meu pai e tio Andy seriam os únicos que poderiam ligar pra um hospício. Mas eles se importam demais comigo para tal, então esquece.

Meus pensamentos foram interrompidos pela voz dele.

— Eu sei que vou me arrepender bastante disso depois, porque as pessoas vão falar disso eu vou negar porque essa é a natureza de um enrustido. Mas neste momento aqui, eu estou pouco me lixando pra essas pessoas e apenas sinto que preciso fazer isso.

Normalmente, quando esse tipo de coisa é dita, logo pensamos que vai rolar um beijo apaixonado pra depois ambos fugirem da própria responsabilidade de assumirem os sentimentos de uma vez por todas... certo? É o que todos pensam, e foi o que eu também pensei. Mas a vida tem essa Lei Oculta das Decepções: nada, absolutamente nada – nem mesmo os mais perfeitos sonhos sendo realizados – acontece como queremos que aconteça.

E algo que eu nunca pensei que veria tão cedo acabou ocorrendo diante de meus olhos. Shawn Hans, o segundo cara mais durão que eu já conheci – porque ninguém supera meu pai – começou a chorar. Vi uma lágrima teimosa sair de seu olho esquerdo, e não muito tempo depois ele pusera o rosto escondido entre suas mãos unidas, como se tentasse impedir que eu o visse daquela maneira.

— Não precisa esconder seu rosto. Todos choram. — Finalmente tive a coragem de dizer algo.

— Acredite, não é o que você está pensando — ergueu a cabeça para me encarar — não estou chorando por toda essa história... mas por algo que vai acontecer.

— Do que você está falando?

E no segundo seguinte, senti uma pontada forte invadir minhas costas e causar uma dor tão terrível quanto a de ter seu coração quebrado por alguém que não parecia te amar. Mas essa pontada era diferente... não parecia interna.

Só tive tempo de ver uma figura masculina se formar à minha esquerda... e essa figura segurava uma faca ensanguentada numa das mãos.

Aquele sangue era meu.

E aquela dor era resultado de uma facada brutal em mim.

Washington, D.C.
16 de Abril de 2016
E esse foi o momento da facada que pode ou não ter me matado.


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Notas finais do capítulo

E... e aí? Gostaram desse prólogo? Tô morrendo de ansiedade pelas reações de vocês quanto a essa primeira impressão! Não vou implorar por comentários, mas se quiserem deixá-los, também não reclamarei e eu e a Luceana responderemos com muito carinho!

PS. Gravei um monólogo aleatório que será parte de uma futura cena desta história e explica um pouco como é a vida do Daniel Boone. Se quiserem ouvir, aqui está: https://soundcloud.com/vitor-m-nogueira/monologo-by-daniel-boone
E até o dia 3 de fevereiro, pessoas!