The five dreams escrita por Yasmin


Capítulo 19
Capítulo 19 - Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, meninas, essa historia tb está viva. Boa leitura.



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Os exames da minha mãe não sinalizaram nenhum avanço, ainda respira com dificuldades, fiquei muito assustado quando a vi ofegando daquela maneira, acordei no meio da noite, e a encontrei no chão do quarto, quase sem ar, agonizando em busca de oxigênio.

 No entanto, Dr. Benson está esperançoso, a notícia boa é que seu quadro não vem piorando, os remédios, o cuidado em excesso têm surtido efeitos. E quando não estou velando seu sono, aproveito para trabalhar. Durante minha ausência Cato ocupa meu lugar, com isso não tem passado as noites fora, fica com ela o máximo de tempo possível, assim como eu.

O mau de tudo isso é que Beatrice tem vindo aqui. Temos nos visto mais do que eu gostaria, ela sempre vem com a desculpa que trouxe alguns contratos para Cato analisar. E quando vem, nunca perde a chance de me importunar. Insisti muito. Até me deixar de saco cheio dela e iniciarmos mais uma discussão. Até meu pai ela envolveu nisso. O que fez meu ranço por ela aumentar.  Por isso, sempre quando entro em casa a primeira coisa que pergunto a Arnold é se ela veio.

 — Chegou a alguns minutos! — Confirma e se oferece para tira-la daqui como das outras vezes, embora eu queira evitar o encontro, não quero que faça escanda-los, minha única saída é me esconder, desligo o motor do carro e entro ruidosamente colocando-o na garagem, depois ligo para Cato avisando que durante o tempo que a maluca estiver em nossa casa, permanecerei na edícula que cedíamos aos empregados.

 Desde que meus pais se separaram, dispensamos a maioria deles, temos apenas duas empregadas, Arnold e a enfermeira que contratamos recentemente para cuidar da minha mãe, mas agora elas ocupam os quartos internos da casa.

 Pego minha mala na porta malas e retiro tudo que precisarei usar. Apenas roupas de cama e toalhas limpas, tomo um banho e depois disso tento falar com Katniss, não consigo, seu telefone sinaliza estar desligado, o que é bem comum, o sinal na praia não é um dos melhores.

Além dos cuidados com dona Evelin, antecipei meu retorno ao trabalho, vou a montadora pela manhã e fiscalizo a produção dos veículos.  O ritmo o barulho. Tudo é muito intenso. Mas, nada se compara em ter de ficar no mesmo ambiente que meu pai, que ao contrário da minha mãe parece estar vivendo a melhor época de sua vida.

Eu sinto magoas por isso. Pela falta de interesse em ao menos saber como ela se passa. Ele age como se ela jamais existisse e para mim é como se eu e meu irmão não fizéssemos mais parte da vida dele.

Paro de pensar na podridão que meu pai se tornou e busco em minha mochila meu lápis de desenhos. Rascunho alguns projetos, deixo de lado apenas quando escuto a voz de Beatrice se aproximando do quarto de Arnold e perguntando se me viu por aqui. Com certeza, viu meu carro, no entanto, ela jamais irá cogitar de vir me procurar na edícula dos empregados, fico aliviado ao escutar o barulho dos saltos dela entrando em atrito com o piso e sua voz ganhando distância.

Silenciosamente apago a luz e retiro a camiseta, tento dormir, embora seja algo difícil, logo consigo, mas meu sono não dura muito, pois sinto mãos deslizando pela minha pele e já acordo pronto para colocar Beatrice para correr daqui, mas, não é isso que acontece quando a luz é acesa e num rompante, um vulto caramelo pula em cima de mim.

— Katniss? — A vejo parada no batente da porta, trajando um vestido branco, e os cabelos rebeldes balançando com a brisa que atravessa a porta. Levanto e vou até ela, preciso toca-la, só assim terei certeza que não é uma miragem.

— Que saudades!! — Me certifico que não quando sussurra isso em meu ouvido, deslizando os lábios por meu pescoço e envolve as penas em minha cintura, um incentivo a mais para eu perder totalmente o controle e ignorar o fato de Maia estar conosco no quarto, algo que ela não gosta de fazer na presença de sua cachorra, diz que assim mantem a pureza dela. E não queira fazer o mesmo. — Espera. — Se afasta sorrindo ao lembrar de Maia que nos olhava. — Pronto, foi por pouco! — Volta para meus braços assim que coloca a cachorra para fora, e eu começo a rir, mas não por muito tempo, pois ela me beija com avidez e tira minha roupa, normalmente é mais retraída, mas pelo que vejo não será assim hoje, por isso aproveito cada segundo que ficamos juntos. É intenso. Único.

 — Por que, não disse que viria? — Pergunto afagando seus cabelos, ela está deitada em cima meu peito, olhando diretamente nos meus olhos.

— Surpresa.

— E a clínica? — na semana anterior eu pedi que viesse, mas ela havia rejeitado minha proposta devido à impossibilidade de deixar a clínica fechada. Não queria deixar seus pacientes a ver navios.

— Está a todo vapor! — Responde saindo do meu peito, sentando e ajeitando o cabelo num coque. — Tenho uma nova colega de trabalho. — Explica.

Então me recordo do convite que ela havia feito à amiga. Fico feliz que aceitou.

— Isso quer dizer que irá passar o final de semana comigo?

— Essa é a ideia. — ela sorri — Fiz bem?

Não sei como ela ainda pergunta isso. Tê-la aqui, faz com que eu fique mais leve. Pode parecer bobagem. Mas, com sua ausência eu sentia que um pedaço de mim, a parte mais forte, aquela que custei a encontrar havia sido perdida de novo.

— Acho que leu meus pensamentos! — eu digo puxando para meu peito de novo.

— Que bom. — Ela deixa um beijo demorado em meus lábios — Aquela praia não tem graça sem vocês. Parece que você sempre esteve lá. — seus olhos ficam marejados e sempre que está demostrando seus sentimentos, esconde o rosto, agora ela faz isso se escondendo na curva do meu pescoço. — Eu estava com muitas saudades de brigar com você. Não tem ideia de quantos assuntos temos para discutir, a começar, precisa explicar o que sua ex-namorada está fazendo aqui. — Volta a sentar e fica me encarando de um jeito sério.

— Ela ainda está aqui? — sento também me escorando na cabeceira da cama e pegado meu relógio. É quase onze da noite.

— Está sim, foi ela quem abriu o portão e perguntou se eu era mais uma das namoradas de Cato. — eu não acredito, levanto e procuro por minha calça, colocando-a em seguida, estou disposto a por um fio nisso. — Posso terminar? — ela fica de joelho na cama e então permito que continue.

— Claro, desculpe, me exaltei.

— Como eu ia dizendo... — ela continuou — O Arnold, eu acho que esse é o nome dele, confirmou por mim. Não entendi, mas ele fez um sinal com olhar para que eu confirmasse a resposta. Eu juro que já ia voltar para trás. Mas, seu irmão apareceu e confirmou a mentira, depois ele começou a discutir com a tal Beatrice, dizendo para ela ir e que você não voltaria para casa hoje.

— E ela acreditou nisso? — desde que retornei, ela tornou meus dias exaustivos, tentou de todas as maneiras, saber quem era Katniss, possivelmente deve ter passado horas buscando algo sobre ela na internet, mas dificilmente encontrou alguma coisa, assim como eu, Katniss também não tem contas em redes sociais, o que dificultou sua investigação, mas é só uma questão de tempo, seu trabalho lhe proporciona diversas formas de descobrir o quer e tenho medo que infernize Katniss, ela não é apenas maluca, é mais que desequilibrada. Não aceita ser contrariada, tão pouco rejeitada. Descobri seu jeito analisando a forma como lida com os negócios, e talvez eu seja um bom negócio para ela. Uma estabilidade, que apenas com seu trabalho não consegue e sua família não dispõe de tantos, por isso insisti tanto em mim.

— Não sei, ela me olhou bem desconfiada, eu só não disse nada porque não queria protagonizar uma briga em minha primeira visita. Fiz bem? — Se move de joelhos, ficando próxima e tocando meu rosto.

— Se livrou de uma louca, por isso estou aqui. Desde que cheguei me trancafiei. Eu já não sei mais o que faço. Acho que vou ter ir para o polo norte, só assim que me deixará em paz, aceita ir comigo? — brinco tentando amenizar o clima.

— Aceito sim, mas não para fugir, uma hora ela irá entender.

Penso em dizer, que não acredito nisso nem se mudarmos de cidade. Sei que irá atrás de mim.

— Espero que sim. — Retorno para seu lado e mudo de assunto, na verdade volto a beija-la querendo tê-la outra vez para mim, no entanto, me impede de continuar e diz envergonhada que está com fome, então aproveito que Beatrice se foi e a convido para sair do meu esconderijo, vamos para a casa, passamos na cozinha, fazemos um lanche e antes de subirmos para meu quarto, brinco com Ruffus. Ela o trouxe também e não desgruda, sabe onde é meu quarto e me segue para todos os lados tendo Maia como sua companhia, é um sacrilégio tira-los da minha cama, mas quando faço isso, ficam do lado de fora arranhando a porta, então minha única opção é que os deixo dormir no quarto.

Pela manhã, acordo com o sol entrando pelas arestas da janela. Maia está atrás das persianas, é a culpada pela claridade que invade o quarto. Levanto e abro a porta, ela sai igual uma louca pela casa. Katniss dorme pesadamente. Não acordará agora. Coloco uma camisa e faço minha higiene, para depois perseguir Maia, Teresa ficará uma fera se ela quebrar alguma coisa, por isso vou atrás, mas quando passo pelo quarto da minha mãe, a porta está aberta e Maia está sentada entre as patas, recebendo um afago na orelha. Não vi minha mãe durante a noite e vê-la é a primeira coisa que faço no dia.

— Bom dia — Ela nem me responde, de supetão indaga o que os cães estão fazendo aqui. Conto a ela da visita de Katniss, o que a anima, aceita até fazer um passeio no jardim. Fico feliz, normalmente, Marisa precisa insistir que faça isso. Mas, hoje é diferente e a culpada disso é a mulher da minha vida.

— É bom tê-la entre a gente novamente.

Cato se junta a nós a mesa do café.

— Ora, ora, a quanto tempo não o vejo acordando tão cedo assim em pleno sábado, o que foi? O despertador quebrou? — Ironizo, nem mesmo durante a semana acorda antes do meia dia.

 — Ora, ora, alguém de bom humor, o que, foi? Tirou o atraso, foi? — olha para os lados procurando katniss — Cadê a morena? Ainda está dormindo? Sinal que a noite foi lucrativa para você, hein, loirão!!!

— Cala boca, infeliz! — Jogo uma torrada nele que se esquiva e continua falando coisas que não devem ser faladas na presença de uma mãe.

        — Bem que Marisa comentou de uns ruídos que ela ouviu durante a noite, eu pensei que fosse o Cato. — minha mãe comentou piscando para o filho.

— Mãe! — A repreendo, nunca toquei nesse assunto com ela. Os ensinamentos do que se fazer com a testosterona sempre foi tarefa do meu pai, poucas vezes intervia no assunto, não até encontrar revistas masculinas sob nosso colchão e preservativos aos montes no quarto de Cato. Depois disso passou a ser mais diligente e abordar o assunto, fazia ameaças sobre dar netos a ela com tão pouca idade.

 Ela finge que não falou nada demais e volta comer como um passarinho. Sua alimentação está completamente dosada e avaliada, mas, sempre ficamos em cima, no caso para ver se irá comer mesmo e não jogar fora como fazia das outras vezes.

Logo, Katniss se junta a gente, mas, não tem muito tempo para mim, já que fica a maior parte do tempo atualizando minha mãe dos últimos acontecimentos da cidade e é claro acalentando a notável saudade que uma sentia da outra. Depois disso a levo para conhecer alguns lugares de Releigh, não tem nada de mais, há tudo que uma capital possui lojas em cada esquina, aquários, museus, parques e como ela está habituada com o acumulo de gente, a levei num evento ao ar livre. Depois, ao circo que acampado próximo à saída da cidade, no entanto,  fomos expulsos, porque Katniss se aborreceu ao ver a forma que os animais eram tratados.

— Me desculpa! — eu digo pela péssima escolha que fiz ao leva-la, naquele lugar.

— Você não tem culpa, eles têm culpa e você não deveria ter me segurado eu ia quebrar a cara daquele maldito. Precisamos fazer alguma coisa. Eu prometo que faço tudo o que pedir depois, mas precisa me ajudar. — ela me olha de um jeito carinhoso, sempre quando quer algo me olha assim, não consigo negar, aceito e ela explica seu plano. Pede que eu a leve em uma delegacia qualquer. Faço contorno entrando na via expressa. Quando chegamos desce rapidamente do carro para fazer a denúncia. Se, aborrece novamente, quando seus apelos não surtem efeito. Na verdade o guarda em exercício, mal olha em seu rosto. Ela gesticula e começa a gritar. Então, me meto, tentando tira-la da delegacia. Sabe que desacato é crime. Mas, está tão alterada, que essa a última coisa que vai se preocupar.

Já, no caminho de casa, ela começa a lamentar. Então tudo que faço é ligar para algumas pessoas para me informar qual órgão é responsável em fiscalizar a situação do circo antes de autorizar sua instalação na cidade, já que por trás do espetáculo os animais se encontram em condições nocivas, completamente em desacordo com a lei. Mas, o chefe de polícia estava ocupado demais para se preocupar com meia dúzia de pinguins fora de seu habitat ou com um chimpanzé sendo espancando, é claro quer não presenciamos essa parte, mas Katniss conseguiu perceber de longe o quanto os animais estavam debilitados.

 — Eles não vão sobreviver, Peeta, e eu vou conseguir dormir sabendo que eu poderia ter feito algo e não fiz.

— E o que você poderia fazer?

— Resgata-los — diz parecendo uma criança travessa.

— Como?

— À surdina, escondido... Sei lá.

— Enlouqueceu?

— Não, Peeta, não enlouqueci, só não posso fingir que não vi o que eu vi. Eu fiz um juramento quando escolhi essa profissão.  E se  roubar os animais é o único subterfugio que poderá salva-los daqueles monstros, é isso que vou fazer, e  você, precisa me ajudar com isso.

— Nem pensar, pode ser perigoso. – nego de todas as mineiras, mas ela sabe que poucas coisas conseguem me fazer mudar de ideia.

E quando ela sussurra em meu ouvido, que serei muito bem recompensado depois. Não consigo fazer outra coisa, senão dirigir de volta ao circo.

— E agora? – já estamos no espaço externo do picadeiro. Há muitos carros ainda. O espetáculo não terminou, o que é já que nos permite chegar aonde eles armazenam os animais.

 – Ali – ela ilumina o caminho com a lanterna do celular, já está ficando escuro. Há algumas lâmpadas clareando as gaiolas, mas a luz é parca, insuficiente para iluminar o caminho, com a ajuda do celular chegamos à jaula do chimpanzé que se equilibrava nas cordas, a jaula é fechada e escura, Katniss levanta a lona que a cobre fazendo um vulto de insetos passarem por nós e um cheiro fétido de fezes e sangue podre quase me faz vomitar.

— Precisamos tira-lo daqui, Peeta – Olha ao redor, para as demais gaiolas, onde há mais animais inquietos, e todos nas mesmas condições. Mas, não sei como podemos fazer para tira-los daqui e o pior, para onde leva-los depois. Mas, ela já possui um plano:

— A sua fazenda, podemos leva-los para lá, assim eu posso cuida-los. – De fato é uma boa ideia, mas não consigo imaginar um jeito de sair com os animais sem sermos surpreendidos.

— Temos que agir e sermos rápidos, podemos usar aquele carro. – aponta para uma caminhonete. – Ainda bem que você entende tudo de carros e sabe fazer uma ligação direta, sim?

— O quê? – Arregalo os olhos, espantado com sua proposta.

— Peeta, nós não temos muito tempo. Nós poderíamos alugar um carro, mas, logo o espetáculo de horrores irá acabar e perderemos a chance.

— E você quer que eu roube um carro?

— Não... – ela se aproxima – Nós vamos roubar os animais, o carro ...bem – olha para a caminhonete velha e enferrujada, que possivelmente é de algum pai de família que trouxe os filhos para passar uma tarde agradável. – Nós só vamos pegar emprestado e quando devolvermos podemos deixar uma boa gorjeta...

— Katniss... – ela caminha, fica bem perto de mim e segura no colarinho de minha camisa.

— Por favor – Suplica – Pelo menos o Tommy – Esse era o nome do Chipanzé debilitado. – Ele não vai sobreviver se continuar aqui, não, nessas condições e seu carro não tem espaço. – Implora passando o nariz em meu pescoço, sabe que assim não vou negar e quando escutamos vozes se aproximando, nos escondemos atrás de uma bola de feno, assistimos um rapaz abrir uma outra gaiola, onde havia três Poodles coloridos, de corpo esguio e olhar amedrontado. Ele os chama, mas os cãezinhos não obedecem e decorrente disso o rapaz grita e os açoita, Katniss solta um gemido ao assistir aquilo, peço para que feche os olhos evitando que sofra. Ela faz isso e eu assisto a tamanha atrocidade que ele comete. Por essa razão, quando ele se afasta, Katniss não precisa dizer mais nada, estou disposto a seguir com o plano e não a salvar apenas o Tommy, mas o máximo que de animais possíveis.

 Então, quando o rapaz se vai, procuro um objeto sólido o bastante para arrebentar a corrente da jaula de Tommy, consigo com facilidade, uma vez que tudo nesse circo parece ser velho demais.

Katniss o retira, ele está muito fraco e com um sangramento na cabeça, ela suspeita que o adestrador ou quem, quer que seja o“cuidador” dos animais, o agrediu antes dele entrar no picadeiro.

Assim que conseguimos libertar o chimpanzé, me dirijo até o carro, é tão simples abri-lo, quanto fazer a ligação direta. Deixo o carro ligado e retorno para perto de Katniss que tenta atrair atenção de Tommy com algumas maças que ela tinha na bolsa.

— Precisamos coloca-lo dentro do carro, na carroceria chamará muita atenção.

— Tem razão – ela o puxa pelas patas como se estivesse segurando nas mãos de uma criança. Tem o dom para lidar com os animais. 


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