Cidade das Sombras escrita por Cris Herondale Cipriano


Capítulo 7
As consequências da batalha.


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaaaaaaa
Mais um capitulo fresquinho!!
Boa leitura!!!



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Londres - 1878.

Tessa andava de um lado para o outro no longo corredor, estava a espera de noticias de Jem, após a sangrenta batalha Jem teve uma crise de tosse e havia desmaiado. Os irmãos do silêncio foram chamados e agora o irmão Enoch estava examinando o garoto.

Jem fora levado para a enfermaria em vez de seu quarto, como havia mais feridos na batalha Charlotte achou melhor colocar todos juntos na enfermaria, os que tiveram ferimentos leves levaram iratzes e foram praticamente expulsos da enfermaria, logo sobraram apenas Jem com sua crise habitual e o garoto loiro, Jace, que fora levado desmaiado e agonizante para lá.

Tessa queria ficar com Jem, segurar sua mão, mas o irmão Enoch só havia permitido que Charlotte ficasse, porém Will com sua teimosia habitual conseguira ficar também, então na enfermaria encontravam-se Charlotte, Will, Alec que era parabatai do garoto loiro e Clary, que assim como Will ficou na teimosia. Tessa achou injusto, Clary havia permanecido por ser namorada de Jace, mas ela era noiva de Jem e não pode ficar.

Finalmente a porta se abriu e o irmão do silêncio saiu sendo seguido pelos demais. Tessa os observou bem, Will parecia aliviado e ao mesmo tempo preocupado, Charlotte parecia cansada, Alec parecia muito preocupado e Clary parecia estar segurando o choro.

– Como ele está? - Perguntou Tessa, a falta de noticia a estava matando.

–Jem está bem, já tomou . . . seu remédio, agora só precisa de repouso. - Disse Charlotte cautelosamente.

Tessa soltou um suspiro de alivio, Jem estava bem, logo ele acordaria e tocaria seu violino de novo. Então olhou com mais atenção para a garota ruiva e viu o desespero em sua face.

– E quanto a Jace?

Infelizmente não posso fazer nada a respeito do garoto, algo age em seu organismo como veneno, nada que já tenha sido visto. Tessa ouviu a voz do irmão Enoch em sua cabeça.

– Tem razão irmão, acho que seus serviços já chegaram ao fim, obrigado por ajudar Jem. - Disse Will categórico.

– Will! - Exclamou Charlotte chocada.

Tessa não a culpava, até mesmo ela estava chocada com a atitude de Will, ele havia dispensado o irmão do silêncio sendo que Jace precisava de ajuda. Olhou para a ruiva e para o moreno e ambos fitavam Will como se quisessem mata-lo.

Sendo assim eu me retiro, irei para a cidade dos ossos e pesquisarei mais a respeito, para ver se acho uma cura a tempo. Ouviu mais uma vez a voz do irmão Enoch em sua cabeça, quando olhou para onde ele estava viu apenas o vazio, o irmão já havia ido.

– Como ousa fazer isso? Não vê que Jace precisa de ajuda, não vê que ele está mal? - Gritou Clary, a garota estava fora de si.

– Will você foi longe demais! Não podia ter feito isso! - Disse Charlotte.

– O que aconteceu? - Perguntaram Isabelle e Simon que haviam acabado de chegar, eles estavam esperando nas porta do instituto e quando viram o irmão Enoch saindo correram em busca de noticias de Jace.

– O que aconteceu é que esse idiota dispensou o irmão do silêncio, sendo que Jace está morrend. . . - Alec não conseguiu terminar a frase, não conseguia acreditar no que o irmão Enoch havia dito.

Quando terminou de examinar Jem, o irmão Enoch se aproximou do leito de Jace, ficou alguns minutos o examinando, Alec não conseguia ver bem o que ele fazia, já que esta não deixou que ninguém se aproximasse.

Este garoto não é normal, em seu corpo tem a marca da morte, mas também a marca do anjo, sua vida lhe foi tirada e devolvida, mas há algo mais, ele é intrigante, seu sangue também não é normal, sendo assim não posso fazer nada para ajuda-lo, havia veneno nas garras das criaturas que lhes atacaram e não era um veneno fraco, é poderoso, nunca vi algo assim. Ouviu a voz do irmão em sua cabeça.

– Como assim veneno? Todos nós fomos machucados por aquelas criaturas, mas só Jace está assim! Por que? - Clary estava desesperada e ele a entendia, Jace estava agonizando na cama, sua pele clara estava toda vermelha e suada pela febre alta que o acometia, ele se debatia como se estivesse em algum pesadelo, e vez ou outra soltava um gemido de dor.

Como eu disse Clarissa, este garoto não é normal, seu organismo é diferente, o veneno que usaram é algum tipo raro e muito eficaz, não surtiria efeito em pessoas normais, James também tem o mesmo veneno nas veias, assim como Alexandre e até mesmo Willian Herondale, mas eles são pessoas normais, o veneno não surte efeito, no máximo um dia e saíra do organismo deles. No caso de Jonathan é diferente, esse veneno tem propriedades demoníacas, mas foi alterado para não surtir efeito em caçadores normais, mas com seu caçador é diferente, está matando-o e se continuar nesse ritmo, ele não durará mais que duas noites.

As palavras do irmão Enoch soavam na cabeça de Alec como uma maldição, Jace não poderia estar morrendo, não suportaria perder o parabatai!

– Seu idiota! Como pode fazer isso? Se meu irmão morrer eu mesma te mato! - Gritou Isabelle.

– Jace está nas ultimas, os irmãos do silêncio não fazem mágica! - Disse Will rispidamente.

– Maldito! - Isabelle partiu para cima de Will, mas foi segurada por Simon.

– Will! Como pode dizer isso? Logo você que sofre tanto com a doença de Jem? - Perguntou Tessa horrorizada.

– Os irmãos do silêncio não fazem magica Tessa! - Disse o garoto mais uma vez.

– O que quer dizer exatamente? - Perguntou Clary, mais calma, ela havia percebido o tom que Will usará, conhecia aquele tom, Jace o usava sempre que tinha algo em mente.

– Eles não podem fazer, mas existe alguém que talvez possa ajudar. - Disse Will.

– E quem seria? - Perguntou Alec ansioso, talvez ainda existisse esperança para Jace.

– Um bruxo, Magnus Bane. - Disse Will. - Ele já me ajudou antes, ainda me ajuda, ele é muito bom, talvez possa ajudar seu parabatai.– Completou rapidamente ao ver o rapaz ficar mais pálido do que já estava.

– Magnus Bane? - Perguntou Simon surpreso.

Alec sentiu uma forte vertigem, claro que sabia que Magnus já era nascido nessa época, Magnus era velho, muito velho, o próprio bruxo já havia lhe dito, mas não havia parado para pensar que poderia encontra-lo aqui, nessa época e pior, não seria o seu Magnus, mas sim o Magnus de Will. Willian Herondale era o Will do passado de Magnus, aquele por quem Alec nutria um imenso ciúmes, mesmo sabendo que Will havia sido importante na vida de seu namorado de outra forma, não no sentido amoroso, Magnus já havia lhe garantido isso.

Seu coração estava divido entre alegria por rever Magnus, mesmo não sendo o seu Magnus, e também tristeza, pois sabia que a cada vez que Magnus o olhasse e não o reconhecesse ele morria um pouco. Mas a vida de Jace corria perigo, não podia pensar apenas em si mesmo, precisavam do bruxo, até Will sabia disso.

Os demais jovens do futuro olharam para Alec com pena, eles sabiam que o garoto estaria enfrentando um dilema, mas também sabiam que ele faria tudo para salvar o parabatai.

– Como podemos acha-lo? - Perguntou Alec decidido, mesmo que seu coração sangrasse a cada vez que visse Magnus ele faria isso por Jace. E também seu Magnus estava por ai em algum lugar e ele iria encontra-lo!

– Vou busca-lo. - Disse Will.

– Agora será que alguém pode me explicar o que meu irmão tem? - Perguntou Isabelle preocupada, pela cara de Clary coisa boa não era, já havia perdido um irmão, não poderia perder outro.

– E quando eu voltar com Magnus, quero saber que história é essa de Jace não ser normal. - Disse Will desconfiado, as palavras do irmão Enoch não saíam de sua cabeça.

Este garoto não é normal, seu corpo tem a marca de morte, mas também a marca do anjo, sua vida lhe foi tirada e devolvida, mas há algo mais, ele é intrigante, seu sangue também não é normal. . .

O que o irmão Enoch quis dizer com isso? Will viu o grupo trocar um olhar preocupado, ele estava curioso, queria respostas e as teria, mas primeiro as prioridades, convencer Magnus a vir ao instituto!

* * *

Nova York - Dias atuais.

– Como assim você os mandou para o passado Magnus?!

– Tive um sonho, na verdade acho que foi uma visão, eles estão no passado Maryse, tenho certeza!

– Quando e onde Magnus? - Perguntou Maryse derrotada.

Suas crianças estavam no passado, isso era péssimo, eles poderiam alterar o futuro irremediavelmente!

– Creio que em 1878, mais ou menos.

– O que?! Magnus como pode manda-los para lá?

– Desculpe Maryse, mas hoje resolvi levantar de madrugada e mandar meu namorado e seus amigos para o passado! - Disse Magnus friamente.

Ele estava exausto e preocupado, não fazia ideia de como traze-los de volta e ouvir Maryse lhe acusando a cada cinco minutos não estava ajudando.

– Desculpe Magnus, você pode traze-los de volta? - Perguntou Maryse suspirando.

– Não sei. - Disse derrotado.

* * *

Londres - 1878.

– Viu como pude lhe ser útil? - Mortmain ouviu uma voz arrogante e zombeteira lhe dizer.

– Como sabia que novos caçadores apareceriam? - Quis saber.

– Você confia muito nesses seus brinquedos velhos, eu lhe sou mais útil, aquele veneno, fui eu mesma quem o modificou, especialmente para aquele pequeno caçador, ele era o mais perigoso.

Mortmain estava sentado em sua confortável poltrona, observou a mulher que lhe dirigia a palavra, ela era linda, sem duvidas, mas também era cruel, podia ver isso em seus olhos, olhos antigos ele podia ver. Ela havia chego a dois dias lhe dizendo que poderia ajuda-lo, disse viriam de longe mais cinco caçadores e que estes eram muito poderosos. Lhe deu um veneno que disse ser mais antigo que os humanos e que este mataria a maior ameça no momento.

Mortamin por um lado se mostrou cético, os únicos incômodos no momento eram aquele maldito caçador que não passava de uma criança chamado Will Herondale e Charlotte Branwell, eles estavam com Tessa, sua Tessa.

Porém o que a misteriosa mulher lhe havia dito era verdade, cinco jovens ajudaram a frustrar seus planos, mas não confiaria plenamente nela, teria cuidado, ela havia lhe contado muitas coisas, mas ele não havia chegado onde chegou confiando em qualquer um, na verdade confiava apenas em si mesmo.

No entanto tinha uma obsessão, Tessa, ela seria sua, nem que para isso ele precisasse aceitar a ajuda da estranha mulher, cujo o nome ele nem ao menos sabia!

– O que você realmente quer? Vamos ver que tipo de acordos podemos ter. - Disse enquanto olhava para a bela montanha de Cadair Idris pela janela de sua sala.


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Notas finais do capítulo

Uouuuuuuuuuu Magnus vai aparecer! Será?! kkkkkkkkkkk
Espero que tenham gostado.
Bjsss e até o próximo!!!



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