Especial de Ano Novo escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 9
Captain Swan


Notas iniciais do capítulo

Esse é o último capítulo do Especial. Amei escrever cada capítulo e espero que tenham gostado de acompanhar. Eu sei que demorei um pouco, talvez muito, para postar, mas tenho meus motivos. Fiquei sem internet do dia 1 até agora a pouco. Os outros só foram postados, porque havia programado. Quando terminei esse para programar já não havia mais internet. Espero que me perdoem e nos vemos lá embaixo. Beijos com gosto de cupcakes azuis.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/668810/chapter/9

Acordo com meu filho me chamando, não faço ideia de que horas são. A única coisa que sei é que havia ido dormir tarde, pois meu amigo me chamou para jantar. Eu gosto dele há um mês mais ou menos, nos conhecemos quando estava correndo no parque.

Ele esbarrou em mim e parou o que estava fazendo para conversar, tentei continuar fazendo minha atividade matinal, porém ele não deixou.

— Está bem, love? – indagou.

— Estou – respondi revirando os olhos e tentando correr.

— Para quê tanta pressa, love? – lançou um sorriso sedutor.

— Não me chama de “love”. Eu não sou nada sua e nem te conheço. Eu tenho que ir. – respondi correndo e voltando para casa.

Quando abro os olhos, Henry já não está mais ali, sei que foi para a cozinha me esperar. Meu filho sempre faz isso, apesar de que quando chego lá, ele já tomou seu café da manhã. Coloco uma calça jeans, uma bota de couro marrom e uma jaqueta vermelha feita do mesmo material que o calçado.

Na cozinha, Henry já está sentado na mesa comendo uma torrada e bebendo suco de laranja, preparo panquecas para nós dois e juntos comemos. É feriado por causa do fim de ano, portanto não vou trabalhar hoje. Trabalho como policial.

Vamos passear na Quinta Avenida para nos distrairmos, antes de sair pego um par de luvas e um cachecol para cada um. Vamos passar em algumas lojas e depois vamos assistir Wicked na Broadway.

— Hey, está pronta? – Henry indagou.

— Estou e você? – retruquei colocando o cachecol em seu pescoço.

— Também, vamos que eu quero andar na Times Square antes dela ficar superlotada, mais do que o comum. E quero passar no Central Park também. – Henry fala animadamente.

Nós vamos até o elevador e descemos para o hall de entrada, passamos pelo antigo portão verde e andamos juntos até o mini shopping que tem e nos encaminhamos para a MACY´S.

Meu filho é paciente e me auxilia em tudo o que vejo, quero comprar uma peça nova para comemorar o ano novo, mas as vezes sinto que nada fica bom em mim. Decido por não levar nada e vamos para a Times, afinal falta menos de 30 minutos para o musical começar e ele fica perto do lugar mais movimentando de Nove Iorque.

Killian, o homem que conheci no parque há um mês mais ou menos, também vai conosco. Ele tanto insistiu que acabei cedendo e Henry gosta dele, o que é muito bom, já que o moreno tem frequentado bastante nossa casa.

— Oi love, oi kid. – nos abraça.

— Oi pirata. – respondemos juntos o abraçando.

— Pirata não, Hook. – disse fazendo um gancho com a mão.

Rimos e juntos seguimos para o teatro, Henry fez questão de se sentar na ponta para que eu e Jones pudéssemos sentar um perto do outro. As vezes sinto que esse garoto está querendo que tenhamos um relacionamento além da amizade.

Vamos embora do local onde a peça se passou e nos encaminhamos para o restaurante mais perto, precisamos almoçar e voltar para meu apartamento se quisermos comemorar o ano novo. Se não, podemos ficar caminhando pela cidade.

O que seria estranho, já que todos vão estar posicionados na Times Square esperando o tão famoso globo subir e soltar os fogos, dando sinal de que um ano acabou e outro está começando. Venho de uma cidade pequena do interior, onde as comemorações de fim de ano não eram tão grandiosas e espalhafatosas como as das cidades grandes e essas são as únicas lembranças que tenho. As vezes sinto que falta algo, nunca consigo me lembrar o que é, mas mesmo assim eu não trocaria a vida que tenho aqui por nada.

— Mãe, você acha que todas essas histórias são verdade? Quer dizer, você acha que pode existir uma outra realidade onde esses personagens existam e vivem, onde eles sejam pessoas como nós? – Henry indagou. — As vezes sinto que já tive contado com alguns "personagens" e então penso que estou sonhando. - complementa.

— Eu, eu não sei. Gosto de acreditar que sim, afinal histórias são memórias que já não são tão frequentes em nossas vidas. São memórias que queremos eternizar e para isso as transformamos em histórias. – respondi sorrindo. — E você Killian?

— Eu não acho, eu tenho certeza de que sim. Existem tantas Terras e tantas realidades, que seria impossível não existir uma realidade em que esses personagens sejam reais. — Jones disse.

Terminamos de almoçar e seguimos para minha casa, entramos pela tão conhecida porta. E cada um vai para um banheiro e começa a se arrumar. Eu decido fazer a maquiagem antes de vestir a roupa, pois sei que a probabilidade de derramar qualquer cosmético na roupa é grande.

Não faço nada demais, apenas passo uma base, um batom cor da boca e uma sombra nude. Nada que chame a atenção, não gosto disso. E uma policial sempre precisa ser discreta, apesar de estar em meu dia de folga, ando armada. Se o dever chamar, já vou estar preparada.

Por fim coloco minha saia xadrez marrom e branca, minha meia-calça e blusa brancas, por cima jogo um sobretudo da mesma cor que a blusa e coloco minha tão amada bota de couro marrom.

— Sabe Swan, você poderia mudar de sapato hoje. – Killian aparece no meu quarto de supetão.

— E você poderia bater na porta antes de entrar, não seria muito legal se me visse pelada, ao menos, não para mim. – respondo com raiva.

— Fica tranquila, love. Eu sabia que já tinha terminado de se trocar. – Jones disse com seu típico sorrir sedutor.

Bati em seu ombro e segui para a sala, peguei minha bolsa e me sentei no sofá. Ele se sentou do meu lado e Henry logo apareceu na sala se sentando ao lado de Killian. O moreno me abraçou e ao meu filho.

Talvez eu devesse dar uma chance a ele, não é como se nunca tivéssemos ficado. Todos esses jantares eram só uma desculpa para que pudéssemos ver. Henry é um garoto inteligente e já deve ter percebido isso.

Ao ver essas cenas percebo o quanto ele se esforça para nos agradar e nos manter unido, brigo com ele ao menos três vezes por semana. Tenho que parar de fazer isso, brigo com ele só porque tenta nos proteger. Sei que sou independente e que sei cuidar de mim mesma, mas as vezes sinto falta de alguém com quem conversar.

— Eu acho que deveriam namorar. Forma um belo casal, já tenho até um nome. Captain Swan. – Henry diz como se lesse minha mente.

— Captain? – Killian e eu indagamos juntos.

– É que o Killian se parece com o Hook, ou como ele é conhecido, Capitão Gancho. – meu filho diz sorrindo.

— Mas a gente só se conhece há um mês. E estávamos brincando, sabemos que o apelido dele entre nós é Hook. – eu digo incrédula e por fim sorrio.

— Na verdade nos conhecemos há mais tempo, muito mais que um mês. Henry você continua acreditando em “contos de fadas”, porque sabe que são reais. E Emma você sente que tem algo faltando em sua vida e não sabe o que é. – Killian disse sério demais.

E então eu comecei a me lembrar de tudo, de quando eu era a Senhora das Trevas e de ter matado Killian e ido, literalmente, até o inferno para o salvar. Haviam lançado uma nova maldição, o Rei Arthur para ser mais exata, e então eu e Henry corremos para Nova Iorque novamente, Hook nos seguiu como sempre.

— Hook! – Henry gritou o abraçando.

— Temos que voltar para Storybrooke e recuperar nossa cidade. Nenhum rei de Camelot vai criar um novo reino na minha cidade. -digo decidida.

— Podemos pelo menos comemorar o ano novo? – Henry e Killian pedem me olhando com suas melhores expressões de dó.

— Como negar? – respondo e juntos vamos para a Times Square.

Comemoramos o ano novo e seguimos de volta para o lugar do qual nunca deveríamos ter saído, onde todos estão nos esperando. Minha família precisa de mim, Regina e todos os outros precisam de nós. Eu os salvei, e mais importante, me salvei de mim mesa. Eu sou a Salvadora, derrotei Regina, derrotei Cora, derrotei Peter Pan, derrotei Zelena, derrotei a Rainha do gelo e me derrotei. Eu posso vencer um rei arrogante e falso. Entramos em meu fusca amarelo e partimos para Storybrooke.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, me desculpe mais uma vez pelo atraso e não se esqueçam de comentar, a opinião de vocês é muito importante para mim. Até uma próxima fic.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Especial de Ano Novo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.