“Não se deve comprar um perfume pelo o frasco, então não se deve a subestimar por sua delicada beleza. Com olhos e um sorriso frio como o inverno russo, é a cobra mais venenosa que existe. Sem sombras de dúvidas é filha de sua mãe, já que o impossível é apenas um mito em sua vida.”

Terça-feira, uma hora da tarde.
Macao, China.

Irene. Um nome de origem grega que significa “a pacificadora”.

Ou é uma ironia, ou a mulher do cartório confundiu com outro nome e acabou que a albina acabou ficando com esse. Não seria a primeira vez que errariam em um cartório o nome de algum Morozov, já que Pavel seria chamado de Pavilik.

Estavam entrando no avião particular do Deadline. Alguns estavam ansiosos, outros com sono e Irene estava normal, andando até o avião a espera que ninguém tenha visto para supervisionar, já que era de costume mandar ao menos um caçador no avião para ver se tudo vai ocorrer bem.

Ela usava calça preta e uma blusa de manga cumprida azul escuro junto a um tênis preto de cano alto. Seus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo, talvez fosse a primeira vez que ela não estaria de cabelo solto na frente de todos. Suas malas já tinham sido colocadas dentro do avião assim como a de todos os caçadores, fazendo-a apenas ter uma bolsa simples com MP3, barras de cereais para se ela sentisse fome e um livro, Os Miseráveis, que já tinha lido oito vezes.

Quando a porta do avião abriu, a garota sentiu vontade de ir embora. Tinham mandado três caçadores dessa vez, sendo que uma delas, a menina ruiva, não reconhece tanto por mais que seja bem familiar. Os outros dois eram Yasmin e Dimitri, sendo a sua cunhada e seu irmão respectivamente.

— Me mate, por favor. — disse a Pavel, que apenas caiu na risada.

—Oi Irene! — disse Yasmin acenando para a garota, que apenas continuou com a mesma cara inexpressiva.

— Sorria e acene. — Pavel disse a irmã, que respirou fundo e sorriu forçadamente e deu um aceno rápido a de cabelos castanho escuro.

— Você tem uma família legal. — disse uma menina ao seu lado. Irene nem deu o trabalho de olhar.

— A minha família deveria ter um troféu da melhor família do mundo. — disse Irene em ironia. — Mas aquela garota não é da família, apenas quando ela se casar com Dimitri, se é que isso vai acontecer.

— Não gostaria que acontecesse? — a menina perguntou. — Ela parece deixar seu irmão contente.

Irene olhou os dois sorrindo um para o outro e olhou a de tranças com seus orbes vermelhas, analisando-a e logo a reconhecendo.

Rosmery Mamani Quispe, uma boliviana na qual ela dividiu o quarto eles três anos. Tinha uma pele morena de modo médio, cabelos negros e longos que sempre ficam amarrados em duas tranças que tampam o busto, junto a duas mexas soltas da trança no topo da cabeça e olhos da mesma cor que o cabelo. Era muito baixa, e não era por Irene ser exageradamente grande, e sim pela a mesma ter apenas 1,42 centímetros de altura. Usava um vestido florido de várias cores e uma sapatilha bege que combinava com os tons de cores, e tinha uma pulseira simples com a inicial dela.

— Nunca disse que não queria. — Irene forçou a dar um sorriso à mesma, como se quisesse que ela parasse de falar.

— Mas também nunca disse que queria. — Rosmery comentou fazendo certo bico.

Irene revirou os olhos.

— Talvez porque não tenho nada a comentar sobre isso. — disse Irene à garota, fazendo-a se calar. — Apenas não quero mais uma pessoa odiando o meu irmão depois dele a fazer sofrer, acredite. Ele tem esse dom de fazer garotas chorarem.

Elas ficaram em silêncio e subiram tranquilamente as escadas, entrando no avião particular do Deadline. Elas foram para seus lugares que tinham seus nomes e Irene apenas colocou os fones e apertou play no MP3, começando a tocar “Stronger”¹ da Kelly Clarkson, olhando o nome de quem seria a pessoa do seu lado. O nome a fez revirar os olhos e tombar a cabeça para frente.

— Ah não. — disse vendo o nome e a menina logo chegar, no qual arregalou os olhos ao ver a albina.

—... Oi! — a morena acenou a Irene, que apenas respirou fundo e contou até dez, colocando uma música no MP3.

Ela é Samantha White. Cabelo castanho liso e repicado na altura dos ombros, olhos ferozes da mesma cor e um pouco mais escuros, corpo bem definido e atlético por conta dos milhares de esportes que a mesma pratica, e é alta, pelo menos comparada as outras meninas que tinha conhecido, ela era a mais alta.

Usava uma blusa branca com detalhes em vermelho e azul escuro, uma jaqueta preta com as mangas arregaçadas e um short da mesma cor da jaqueta. Usava tênis, talvez por ter acordado um pouco atrasada e esse foi o único sapato que ela viu na bolsa arrumada. Seu cabelo estava solto, mas a garota tinha um elástico no braço para amarrar caso fosse preciso.

Irene e Sam eram muito amigas até o mais novo dos Morozov perder as memórias em um acidente de carro e a grande confusão entre os Morozov e os White acabar com a amizade devido aos White desistirem de fazê-lo se lembrar de Jake, a pessoa que Pavel esqueceu. Irene acabou se irritando com Samantha e, desde então, elas não são completamente amigas por mais que ambas querem.

Olhou para Pavel, vendo que o mesmo estava ao lado de Jake, o irmão de Samantha, e do seu outro lado estava Nikolai, que aparentava estar se preparando para dormir. Ela voltou a olhar para o lado onde Sam estava vendo Yasmin se sentar ao lado de Samantha.

— Olá, como estão? — disse a mesma as duas, sendo que Sam respondeu rapidamente e educadamente. Irene respirou fundo e revirou os olhos.

— Eu devo ter sido o Hitler na minha outra vida para merecer isso. — sussurrou Irene, olhando a janela.

Yasmin fez bico com a reação da Irene. A menina poderia pensar que a garota não gosta dela, mas sinceramente Irene não sabe se gosta da Yasmin ou não, por isso não se importa muito se Yasmin achar que ela não gosta dela.

— Vocês sabiam que estão no mesmo grupo? Desculpa contar, é que eu estava tão animada em saber logo qual vai ser a divisão de todos vocês que acabei lendo e agora queria contar. — disse Yasmin. — Mas eu só me lembro de vocês e do Benjamin no grupo.

Samantha sorriu nervosa e aparentou chamar Violetta de todos os nomes feios que vinha em sua mente naquele momento.

— Confirmado. Eu fui o Hitler na reencarnação passada.

***

Terça-feira, cinco e meia da tarde.
Japão, Inazuma.

— O que você acha de estar de volta a Inazuma, Cobra Morozov? — perguntou Michael, filmando a garota.

Eles estavam sentados no aeroporto esperando a pessoa que ia os levar para o Deadline aparecer, por mais que Irene já sabia aonde ir de tanta viagem que foi com os pais. A albina olhou o moreno por um tempo e depois a câmera e assim o moreno de novo. Ela estava com fones, não entendeu direito o que ele falou, sem falar que estava distraída com o livro.

Michael fechou a câmera e puxou o fone do ouvido direito da garota.

— Você faz o documentário ser chato, Irei. Nunca me responde. — disse Michael se sentando à direita da menina, fazendo uma voz fofa no apelido e tentando pegar uma mecha do cabelo da garota. — E seu cabelo é bonito.

— Não me chame de Irei. E nem pense em tocar no meu cabelo. — ela disse, tacando o rabo de cavalo para o lado esquerdo para o mesmo não mexer. Michael cruzou os braços e olhou para os lados.

— Porque você sempre é tão chata? — Irene olhou Michael, que apontou para outra pessoa.

Ela virou a cabeça, olhando um garoto de cabelos cor-de-rosa curtos e penteado de modo bagunçado e olhos azuis cristalinos. Ele estava simples, com uma camisa branca, calça jeans e tênis surrado que Irene se lembrava de que era o favorito dele. Não era tão velho, mas também não era tão jovem, a garota lembrou-se rapidamente de seus momentos onde eles ficavam correndo pelo o jardim ou tentavam voar.

Sim, Irene Morozov já foi criança. Ela já quis ser astronauta, médica, professora e ainda era a querida deles por seus sonhos. Ela já imaginou estar lutando contra dragões ou quis voar. Por mais que tenha o seu caráter meio difícil desde pequena, a maioria dos amigos dela sabia que ela não era malvada, ou chata, ela era apenas muito sincera, irônica e sarcástica, que faz muitas piadas de humor negro.

Se você a perguntar se ela já teve um amor de infância, ela teve. Ela dizia que ia se casar com o Souji e ele com ela, na realidade eles fizeram o acordo de que, se não tivessem casados ou comprometidos até os trinta, eles iam se casar. Mas é claro, isso foi antes dele começar a perceber que ele não gostava da garota mais popular do colégio, e sim o menino nerd que ficava sentado na frente todas as aulas e era péssimo em esportes. Ele era mais velho, e hoje em dia esse menino nerd que Souji observava era seu namorado.

Ela era chamada de cobra além de sua personalidade. Era porque ela nunca demonstrou isso, nunca demonstrou ter sido uma criança. É misteriosa, nunca se sabe o que passa em sua mente ou se ela realmente confia em você. Você pode a domar, mas se tentar a machucar, você se arrependerá do que vem em seguida.

Uns culpam os pais por seu caráter difícil, outros falam que é influência do filho bastardo da família e, por fim, tem aqueles que acreditam que ela é aliada a Takuya. Mas nada disso é verdade, ela tem apenas essa personalidade porque não se vê sendo gentil e amável com todos, e ao mesmo tempo não se vê uma rebelde que pinta o cabelo de rosa e sai por ai com um cigarro na boca.

Não tem quem culpar. Mas como o ser humano é alguém que ama por culpa nos outros, por Irene ser assim além da própria Irene.

— Talvez porque eu seja muito sincera. Pessoas não gostam de ouvir a verdade. — ela disse ao rosado. — Olá, Primo Yerik.

— Apenas Yerik, você sabe que eu odeio formalidades. E a sua sempre sai com sarcasmo. — disse Yerik, abraçando Irene que reclamou falando algo em russo. — Olha a boca, Irene. Temos crianças aqui. — ele disse, e ambos olharam Pavel, que estava brincando de cama-de-gato² com Nikolai. Respiraram aliviados por ele não ter escutado.

— Eu tenho alergia a abraços, e eu também não preciso ficar com o cheiro da sua axila. — ela disse se soltando dele.

— Yerik. — Dimitri falou, dando um aperto de mão no menino, que ignorou e deu um abraço logo. — Ok, você é muito sentimental. E como foi na Suiça? Na realidade, o que você está fazendo aqui?

Yerik se soltou do garoto e deu uma rodada com um dos pés no chão. Yasmin foi para o lado de Dimitri, fazendo Yerik perder o foco do que ia falar.

— Essa deve ser a Jasmim. — Dimitri deu uma corrigida fingindo tossir. — Ah, Yasmin. Desculpa, é muito nome para gravar.

— Você deve ser o primo Yerik. — ela disse sorridente e ignorando que ele tenha errado o nome dela, erguendo a mão para um aperto de mão simples. O mesmo fez o ato, por mais que Irene sabia que, se fosse outra situação, ele estaria agarrado a ela. — Prazer em conhecê-lo.

— O prazer é todo meu. — ele olhou Dimitri. — Foi legal na Suiça. E eu estou aqui porque a sua mãe está ocupada no Deadline, então eu me ofereci para dar o ar da graça e falar a separação de grupos.

Irene revirou os olhos. Apenas pelo o fato de estar com Samantha em um time onde o Benjamin é líder já a desanima. Não que ela não gostasse de Ben ou quisesse ser líder, ela o adora, todavia ele não pareceu muito contente em ser líder. E como a garota que foi líder dele durante as missões em duplas em Macao, ela diria que Benjamin sabe controlar um grupo, mas duvida.

E isso pode ser um grande problema.

— Então, primeiro o Harlequin. — Yerik comentou, mexendo nos bolsos de trás da calça e achando o papel com os grupos. — A líder é a Giulia e o segundo líder é o Valdir.

— Como assim segundo líder? — perguntou Valdir, confuso.

Valdir Ivanon. Irene se lembra dele, é russo e melhor amigo de Pavel junto a Nikolai, o menino de olhos azuis e cabelos pretos que brincava de cama de gato com Pavel. Valdir era bem feio quando pequeno, muito mesmo, mas com o tempo ele ficou bonito, por isso ele é muio conhecido como “Patinho feio” que, no final, se descobre um cisne.

Ele tem uma beleza simples. Alto, com um físico nada exagerado, cabelos e olhos negros e uma pele bronzeada. Não que Irene fosse atraída por ele, na realidade ela tem uma vontade de tampar a boca dele por conta de suas piadinhas frequentes e odeia o mesmo por não conseguir o odiar.

Na realidade, ninguém odeia ou consegue odiar Valdir Ivanon. É a lei da vida.

— É a pessoa que, em caso de ausência do líder principal, vai ficar no comando. Por exemplo, se a Giulia pegar catapora, você vai ficar no local dela como líder. — Yerik falou. — Antes isso era apenas falado quando o líder ficava ausente por um tempo, como foi o caso do Jun que teve apendicite. Quem ficou no local dele durante a ausência foi o Yuri, o segundo líder.

— E o melhor. — Yuri comentou a Jun, que estava calado e apenas fez uma careta para o albino.

— Continuando... — disse Yerik, segurando o riso da careta de Jun que foi cômica. — Os outros integrantes são: Pavel Morozov, Jake White, Nikolai Romanov, Souji Salazar e Michael Salazar.

— O que? — Irene soltou um baixo grito. Todos a olharam. — A minha mãe deve gostar de triângulos amorosos. — ela deu uma olhada para Pavel, Nikolai e Jake.

O loiro ficou um pouco confuso, mas logo entendeu e passou a mão na nuca. Niko, por sua vez, apenas abaixou a cabeça com um sorriso de canto. Enquanto Pavel nem reparou que estava se referindo a ele, ficando um pouco confuso. Pavel era meio lerdo para várias coisas, isso é fato. Ela nem sabe como ele consegue ser tão forte enquanto luta, é meio que uma surpresa para quem sabe que ele dança balé e é tão inocente.

— O Pierrot é o resto, por mais que foi avisado que duas integrantes ficaram em Macao para a última missão que ainda não foi terminada. — disse Yerik. — O líder é o Benjamin, não tem segundo líder definido, e os integrantes que estão presentes são Irene Morozov, Samantha White, Mey Yuri Tarabotti, Rosmery Mamani Quispe e Ally Hiroji.

— Cobra Branca, lhama esportiva, Yuri que não é o Yuri, “Merry Christimas” e laranja irritante. — Dimitri comentou e todos o olharam. — Sinto pena do Ben.

— Yuri que não é o Yuri? — uma albina perguntou.

Não era Morozov, era a Mey Yuri Tarabotti, ou apenas Mey para não confundir com o irmão. Ela tinha o cabelo branco, olhos violetas, que dependendo da cor parecem azuis e tinha um metro e setenta. Ela tinha uma personalidade meio parecida com a Irene, por mais que alguns acreditam que chega a superar por Mey ser boa com os amigos, mas a Irene ser do jeito dela com qualquer um.

Ela se lembra de que os Tarabotti, uma das famosas famílias de caçadores da Inglaterra, morreram e que Mey comentou em um jogo de verdade ou desafio que ela tinha entrado na DLC para fazer a família ficar de volta ao auge. Irene meio que iria rir daquilo no dia, mas talvez ela queira matar vampiros para algo sem ser o nome da família, por mais que talvez esse venha em primeiro.

— O seu nome é Mey Yuri Tarabotti. Mas temos o Yuri Morozov. Você a Mey Yuri, e ele o Yuri. Ela é a Yuri que não é o Yuri. — Dimitri explicou.

— Tem lógica. — disse Irene, Yuri e Ivan ao mesmo tempo.

— Eu não entendi. — Pavel comentou. — Me perdi no segundo “Mey Yuri”.

Jake começou a rir e olhou Pavel.

— A menina se chama Mey Yuri Tarabotti. E o seu irmão é o Yuri Morozov. — ele disse a Pavel, que fez sinal de que tinha entendido. — Eles têm o mesmo nome, “Yuri”. Portanto ela é Mey Yuri, e o Yuri é apenas o Yuri. Sem falar que ela é mulher e o seu irmão é homem.

— Segundo o que a minha mãe diz, ele é homem. — Pavel comentou brincando, levando um soco do irmão no ombro. Jake deu um riso.

— Ou seja, ela é a Yuri que não é o Yuri. — Jake disse. Pavel pensou um pouco e logo entendeu, sorrindo e abraçando Jake. Yerik deu um gritinho de brincadeira.

— Obrigada. — sorriu Pavel.

— Mas porque eu sou “Lhama esportiva”? — perguntou Sam.

— Porque você é fofa como uma lhama. — Dimitri comentou e ele sentiu um olhar pesado atrás dele. Ele abraçou a namorada. — É o que o Ivan diz.

— Lhamas não são fofas, mas sinto pena delas. — disse Irene a respeito do apelido. — Ela deveria ser chamada de Jabulani. — Irene comentou baixo. — Ela gosta de esportes, e a jabulani é uma bola de futebol. Simples.

Samantha olhou Irene, que apenas desviou o olhar para Yerik, que virava o papel como se fosse falar algo a mais.

— Eu também queria dizer que as suas malas estão indo para a DLC nesse exato momento. — Yerik sorriu e todos ficaram confusos. — O motivo é que os novatos vão começar o trabalho mais cedo.

— Por quê? — todos os novatos falaram juntos como se fosse ensaiado. Irene apenas cruzou os braços analisando o primo.

Yerik desfez o sorriso. Isso não era um bom sinal para Irene, na realidade quando o Yerik desfazia o sorriso, significava que tinha muitos problemas. A maioria sabia disso, podia ver pelo o olhar de Pavel que já se preparava para o pior.

— Takuya atacou a Raimon ontem à noite. — disse Yerik. — Todos que estavam fazendo segurança à noite foram mortos. Apenas um sobreviveu por mais que tenha muitos ferimentos e cicatrizes, disse que Takuya estava acompanhado com mais sete outros vampiros. Um deles conseguiu, com um chute, quebrar a coluna de um dos colegas. E outra o tacou na janela do segundo andar. E eles tinham nomes estranhos, sabia por que escutou uma conversa deles antes deles quase o matarem.

Ele fez uma pausa.

— E vai ter um baile de formatura e o diretor não pode cancelar porque os alunos estão realmente muito animados e querem fazer mesmo com a Raimon em zona de perigo. — ele disse.

Pela a primeira vez depois de tempos, Irene e Samantha fizeram a mesma coisa. Riram de canto não acreditando no que ele disse.

— Então eu acho melhor vocês correrem para a casa dos Morozov, se vestir e colocar as máscaras. — Yerik sorriu. — O tema é baile de gala e máscaras, como podem perceber pela a minha fala anterior. Eu escolhi os vestidos e as máscaras, enquanto o Dimitri escolheu os ternos. Tem uma limusine que irá levar todos para onde estão os vestidos, e para o baile. E ah, acho melhor todos se apressarem, o baile é às seis e vinte. — Yerik sorriu.

— Espera, reformulando... — Rosmery comentou ao lado de uma menina de cabelo laranja encaracolado e olhos azuis. Se não falha a memória, aquela era a Ally Hiroji. — Nós vamos para o baile?

—Sim. E vocês não podem demonstrar que são caçadores de vampiros, apenas quando aparecer um vampiro. Enquanto os outros que não são novatos, vocês vão para o Deadline. — Yerik falou animado e olhou os novatos meio sem muita motivação para ir à missão. — Será divertido.

— Ele tem razão. — disse Irene. — Afinal, quem nunca quis ver uma matança no baile de formatura? — perguntou Irene, com um sorriso aparecendo em seu rosto que, muitas vezes, é inexpressivo.